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6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS QUALITATIVOS

6.3 E NTREVISTA : D IRETOR DA ESCOLA

6.3.4 Modo como os professores colaboram

Pela descrição do diretor os professores colaboram, essencialmente, para a o etizaç oàdoàt a alhoàfo alàdeàes olaà o oàa:à a liseàdosà esultadosàes ola es ;à avaliaç oà dosà alu os ;à pla ifi ações ;à p o le asà daà eaà dis ipli a à ouà doà depata e to ;àet .àOàt a alhoài fo al,à ola o ativo,àespo t eoàai daà àdeàdifí ilà concretização, embora, segundo o diretor, alguns professores já o vão fazendo.

Os professores colaboram nas planificações, fazem reuniões em que discutem todos os problemas da área disciplinar ou do departamento, analisam os resultados escolares e debatem os problemas relacionados com a avaliação dos alunos, colaboram também ao nível da preparação das atividades letivas e refiro-me apenas alguns, nem todos fazem isso, mas há professores a fazê-lo em conjunto há outros que não o fazem. Ao nível das planificações, na realização de atividades e preparação de aulas deveria existir uma cooperação interdisciplinar e transdisciplinar que ainda é muito difícil de conseguir.

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O direto àa editaà ueàoà t a alhoài te dis ipli a ,à ueàseàdeve iaà o etiza à e à aulasà o ju tas ,àse iaàu à e efí ioàpa aàtodosàe àte osàdeàt o aàdeàsa e esà integrados. O diretor reforça que este tipo de trabalho favorece o processo de ensino e aprendizagem que ajusta a capacidade do outro e de cada um, para se adaptar ao des o he ido.àOàdi eto à oàgostaàdeàfala àe à supe vis o ,àpo ueà o side aà ueà oà traz nenhum contributo ao ensino.

O trabalho interdisciplinar deveria materializar-se em aulas conjuntas, seguramente mais produtivas e aliciantes para os alunos, para além do benefício evidente na transmissão de um saber global, integrado e não compartimentado que favorece a aprendizagem e o desenvolvimento da capacidade de aplicação dos conhecimentos a novas situações. Não estou a falar em supervisão porque acho que não é isso que interessa para o ensino. O que interessa é implementar a prática e desenvolver a colaboração inter e intra disciplinar na sala de aula.

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O diretor entende que esse trabalho é difícil de operacionalizar devido ao conflito nos horários dos docentes, que torna complicado o encontro em momentos comuns. O diretor diz que a flexibilidade curricular e de horários, ajudaria a facilitar a implementação da estratégia colaborativa. Mais uma vez a antevisão do diretor para os atuais normativos, referidos anteriormente (DL55/2018).

Por vezes é também difícil de implementar devido à incompatibilidade entre os horários dos professores. Uma maior flexibilidade nos conteúdos curriculares e nos horários facilitaria a colaboração interdisciplinar.

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6.3.4.1 Fatores que facilitam ou que impedem a colaboração docente e a aprendizagem profissional colaborativa

Osàfato esà ueài pede àaà ola o aç oà àaàfo teà des otivaç o àdosàp ofesso esà e a incompatibilidade de horários. O diretor acentua a necessidade de mudar a pe spetivaà i dividualista ,àai da,à uitoàvi adaà osàp ofesso esàeàaàpossi ilidadeàdeà oà futuro se pôr em prática a flexibilidade curricular e dos horários. A formação inicial dos professores é outro dos fatores que pode facilitar a colaboração docente.

Primeiro é a grande desmotivação de muitos professores, para além disso o horário, que muitas vezes não permite que se estabeleçam momentos de cooperação. Nas nossas escolas o horário de funcionamento é centrado na parte da manhã, os professores têm as aulas muito cheias e resta apenas a quarta-feira para fazerem algumas reuniões em que tratam desse trabalho cooperativo, embora devesse existir realmente mais tempo para que esse trabalho fosse feito noutras condições. Uma outra filosofia de gestão dos currículos e de elaboração dos horários, bem como uma visão mais cooperativa e menos individualista dos docentes seria facilitadora. Como é óbvio também passa pela formação inicial dos professores que deve incluir essa prática. T1

6.3.4.2 Potenciar a aprendizagem profissional colaborativa na escola

Segundo o diretor, para potenciar a aprendizagem profissional colaborativa é p e isoà uda à e talidades ,àpoisà uitosàp ofesso esà oà o segue àe po -se. Daí a necessidade de evoluir em termos de cultura escolar, pois os professores estão ainda formatados para o ensino tradicional. Para a colaboração docente resultar, o diretor, considera que é necessária mais abertura para que os professores reconheçam a importância de falar e expor as suas ideias, dentro daquela que é a sua formação e que pode ser muito importante para o outro, que pode por seu lado, aprender com ele.

Primeiro que tudo é preciso mudar mentalidades, porque há muitos professores que tem medo de se expor. Para além da mentalidade é preciso mudar também a cultura de escola que ainda está muito focada na divisão disciplinar e, portanto, os professores também estão formatados para essa tipo de ensino e, de facto, se queremos entrar no ensino colaborativo ou cooperativo é preciso haver abertura suficiente da parte dos professores para se exporem, reconhecerem que há outros professores e profissionais em determinadas áreas com uma formação mais adequada. Deviam ser capazes de abrir a sua sala de aula à cooperação quer de outros professores quer de outros profissionais.

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O diretor, enquanto líder, tem promovido a participação de outros profissionais na escola, no sentido da escola se abrir cada vez mais ao exterior. A abertura referida é outra das características do diretor na sua gestão. O diretor relembra que, outro dos pontos positivos da escola, àaà a e tu aà à o u idade .àáàes ola, à uitoàp o u ada à

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para a proposta externa de diversas atividades. A escola está aberta todos os dias da semana, e salvo raras exceções ao domingo, até quase à meia noite.

Eu tenho promovido a vinda de profissionais no sentido de abrir a escola ao exterior. A abertura da escola é uma das características da minha gestão. Não falei nisso, mas um dos grandes aspetos positivos desta escola é a sua abertura à comunidade. A escola é muito procurada para a realização das mais variadas atividades e, posso dizê-lo, está aberta de segunda a sábado até quase à meia noite e, por vezes, até ao domingo.

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O diretor confia que a cultura individualista se alterará com o tempo.

Infelizmente ainda há uma cultura muito fechada e individualista na sala de aula, mas que, com o tempo se alterará como fizemos com a abertura à comunidade.

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