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INTRODUÇÃO

A Media Capital Música e Entretenimento (MCME) é a sub-holding do Grupo Média Capital para os negócios relacionados com conteúdos musicais. As áreas de negócio da MCME incluem a edição de música gravada (em suportes físicos ou digitais), o agenciamento de artistas (booking), a produção de concertos, a exploração de direitos autorais (publishing), a produção de concertos, e a gestão de carreiras artísticas (management).

A edição de música gravada é realizada pela editora Farol Música, Lda (Farol). Para além do seu catálogo, a Farol distribui em Portugal o catálogo da Warner Music International (Warner), uma das principais editoras multinacionais (Majors). A distribuição do catálogo da Warner pela Farol envolve a execução de todas as actividades de

marketing, promoção e comercialização dos produtos físicos da Warner em Portugal. O agenciamento de artistas está a cargo da Eventos Spot, Lda (Spot), uma parceria entre a MCME e Agência Reunião, Lda.

Apesar da continuada queda do mercado discográfico, a edição de música gravada continua a ser a principal fonte de receitas desta unidade de negócios do Grupo Média Capital. Como resultado da parceria com a Agência Reunião, o agenciamento de artistas tem vindo a ganhar um peso importante no volume de negócios total, sendo actualmente a segunda maior fonte de receitas. Embora ainda com menor expressão, seguem-se, em termos de importância, as receitas originadas pelo publishing e pelos concertos.

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE EM 2008

Seguindo a tendência mundial, o ano de 2008 registou um novo agravamento da queda do mercado discográfico em Portugal. Uma vez mais, o crescimento da venda de conteúdos em suporte digital (as vendas de full track downloads,

ringtones, etc, cresceram 15%) foi insuficiente para

compensar a quebra de vendas em suporte físico (CDs e DVDs terão caído 14%), resultando numa queda global estimada de 13%. Na origem desta tendência continuam a estar a alteração dos padrões de consumo de música, a partilha de ficheiros e os downloads ilegais bem como a venda de cópias ilegais em suportes físicos. Para este agravamento terá ainda contribuído o difícil entorno macroeconómico. Apesar de um aumento do seu peso relativo, o mercado digital representou apenas 7% do volume de negócios total das editoras. 2008 registou igualmente uma alteração da composição do mercado digital, com uma perda de peso dos toques para telefones e um crescimento importante da venda de faixas. A Farol alcançou um volume de vendas de cerca de € 11 milhões, menos 3% do que em 2007. Esta variação, inferior à queda de mercado, foi possível

fontes de receita como os direitos conexos e a participação nas receitas de espectáculos. O ganho de quota de mercado foi alcançado através do catálogo da Farol, cuja quota no mercado físico terá ultrapassado os 18%. Esta liderança foi ainda mais expressiva no que diz respeito a repertório nacional, onde a quota da Farol terá alcançado os 25%. Por sua vez, o catálogo da Warner registou uma quota de cerca de 5%, fazendo com que o conjunto dos dois catálogos mantivesse, pelo quarto ano consecutivo, a liderança do mercado discográfico português.

MUSICA E ENTRETENIMENTO

A liderança da Farol alicerçou-se em 3 eixos fundamentais: desenvolvimento de projectos musicais associados a conteúdos do Grupo, reforço do catálogo de artistas nacionais e utilização eficaz da plataforma de meios do Grupo Média Capital. No que diz respeito ao desenvolvimento de projectos relacionados com conteúdos do Grupo, o destaque em 2008 vai para o DVD de coreografias e o 2º álbum de originais das Just Girls, a terceira banda da série juvenil “Morangos com Açúcar”, bem como para o 10º volume da banda sonora dessa mesma série. Refira-se também o 7º volume da compilação “Romântica FM” como exemplo de sucesso de um produto desenvolvido em parceria com a MCR. O concerto de despedida dos D’ZRT, um espectáculo produzido pela MCME, deu origem a um DVD e foi subsequentemente transmitido pela TVI.

Para além dos projectos relacionados com conteúdos do Grupo a Farol tem vindo a reforçar a sua aposta em artistas nacionais. O ano de 2008 fica marcado pela assinatura de um acordo com o artista Tony Carreira. “O Homem que Sou”, o primeiro álbum do artista editado pela Farol, foi o disco mais vendido em Portugal em 2008, entrando directamente para o primeiro lugar do top de vendas nacional e mantendo essa posição durante todo o decisivo período do Natal. Destaque ainda para os novos projectos dos artistas André Sardet, Rita Guerra e Madredeus, e também para o projecto multi-artista “Tributo a Carlos Paião”.

A aposta nos artistas nacionais reflectiu-se de forma importante na distribuição de vendas por tipo de reportório editado, com os artistas nacionais (incluindo as bandas TVI) a representarem mais de 40% das vendas (versus pouco menos de 30% em 2007) e as compilações a representarem cerca de 28% (um terço em 2007). A perda de importância das compilações fica também a dever-se às limitações próprias do

desenvolver projectos sem depender da disponibilidade do catálogo de outras editoras, nomeadamente as Majors, através de parcerias ou licenciamentos. Ainda assim, destaque para os projectos “Kizomba Brasil” (música africana), “O Melhor dos Anos 80” (êxitos dos 80), “Nº1” (sucessos de 2008), e “Sasha Summer Sessions” (dança).

No que diz respeito ao catálogo da Warner, o ano de 2008 pautou- se por um menor número de lançamentos de artistas de maior dimensão, assistindo- se a uma aposta em novos artistas de elevado potencial mas ainda numa fase de arranque de carreira. Ainda assim destaque para os novos trabalhos de Madonna, Linkin Park, Seal e Josh Groban. De entre os novos artistas destaque para o artista Jason Mraz, que liderou as tabelas de airplay de rádio durante as 8 últimas semanas do ano.

Para além da sua actividade de edição discográfica, a MCME prosseguiu em 2008 a sua estratégia de diversificação e participação noutros elos da cadeia de valor do negócio da música, procurando desenvolver os negócios de agenciamento,

publishing, produção e management.

No que diz respeito ao agenciamento de artistas, o ano de 2008 ficou marcado pelas importantes tournées dos artistas Jorge Palma e Just Girls. O crescimento das receitas desta área de negócio ultrapassou em 2008 os 25%.

A nível de Publishing (gestão de direitos de autor), a MCME registou um crescimento de receitas de mais de 50%.

Em termos de produção de concertos, o ano de 2008 ficou marcado pela produção do concerto de despedida da banda D’ZRT e pelo espectáculo

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