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Número de Bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq e da Fundação Araucária

6 DIAGNÓSTICO DA PESQUISA E DA PÓS-GRADUAÇÃO DA UNICENTRO

6.14 Número de Bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq e da Fundação Araucária

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A bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq é destinada aos pesquisadores que se destacam entre seus pares, valorizando sua produção científica segundo critérios normativos estabelecidos pelo Conselho.

Gráfico 10 - Evolução do Número de Bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq

Fonte: Dados da DIRPES/UNICENTRO Elaborado pela autora.

O número de professores da UNICENTRO contemplados com bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq ainda é pequeno, mas vem apresentando um crescimento ao longo dos anos, conforme revela o Gráfico 10. Em 2013, temos 14 bolsas do CNPq, sendo que destes, 4 são bolsistas de produtividade em desenvolvimento tecnológico e 10 são bolsistas de produtividade em pesquisa.

Conforme dados do PNPG 2011-2020 (CAPES, 2010a), a maioria dos bolsistas de produtividade é formada por orientadores de teses e dissertações, correlacionando mais uma vez a pesquisa à pós-graduação, congregando as políticas de ensino superior com as políticas de ciência, tecnologia e inovação.

A Fundação Araucária, comprometida em promover o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia no Estado do Paraná, lançou em 2008, a primeira edição do Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa. O Programa visava, diretamente, a melhoria da qualificação dos cursos de pós-graduação stricto sensu no Estado, e, indiretamente, a consolidação de grupos de pesquisa, bem como a qualificação de todo sistema público estadual de nível superior (Fundação Araucária, 2013).

As bolsas de produtividade em pesquisa são concedidas por meio de cotas mensais, com duração de 12 ou 24 meses, conforme o edital. O Programa de bolsas beneficia os

pesquisadores do Paraná de alta produtividade e de reconhecida liderança na sua área, que sejam responsáveis por redes ou projetos de pesquisa de alta relevância para a política estadual de C, T & I, que atuem na pós-graduação stricto sensu e não possuam bolsa equivalente de outra agência de fomento (Fundação Araucária, 2013).

Gráfico 11 - Evolução do Número de Bolsas de Produtividade em Pesquisa da Fundação Araucária

Fonte: Dados da DIRPES/UNICENTRO. Elaborado pela autora.

Conforme verificamos no Gráfico 11, no primeiro edital (2008) a UNICENTRO teve apenas dois professores contemplados, das 43 bolsas concedidas no Estado, sendo que ambos foram também contemplados com Bolsa do CNPq, não assumindo as cotas da Fundação Araucária. Já na Chamada de Projetos n. 12/2011, cujo início da concessão das bolsas ocorreu em setembro de 2012, 16 pesquisadores da universidade foram contemplados e mantêm a bolsa ativa por um período de 12 meses. Em 2013, a Fundação Araucária divulgou o resultado da primeira etapa, distribuindo 120 bolsas de produtividade no Estado, no qual mais quatro docentes da UNICENTRO tiveram seus projetos aprovados. Na segunda etapa, a Fundação concederá mais 180 bolsas de produtividade em pesquisa, evidenciando a contribuição desta FAP ao desenvolvimento da pesquisa no Estado.

A SBPC (2011) atribui a vários fatores os avanços ocorridos na pós-graduação brasileira nos últimos trinta anos, dentre eles está a concessão de bolsas de produtividade em pesquisa pelo CNPq, a qual distingue o trabalho dos professores doutores, valoriza a produção científica individual e ilustra o esforço nacional em promover a pesquisa científica em prol do desenvolvimento do país.

7 COMPARATIVO DA EXPANSÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO DA UNICENTRO COM AS OUTRAS IES PARANAENSES

O Brasil, nas últimas décadas, tem realizado contínuos investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação, muitos deles são direcionados ao desenvolvimento de pesquisa científica na pós-graduação. Esses investimentos têm surtido efeito, na medida em que os estados têm procurado estruturar melhor seus sistemas de C, T & I (Rolim&Serra, 2009). O Estado do Paraná é um exemplo disso.

A expansão da pós-graduação paranaense nos últimos anos é notável. Segundo dados do Censo Acadêmico da SETI (2011), até 1999, a Universidade Federal do Paraná era responsável por 53,1% dos cursos de mestrado ofertados no Paraná. A partir de 2004, as universidades estaduais passaram a liderar essa oferta, consolidando a tendência de desconcentração dos cursos de pós-graduação da capital para o interior. No caso dos doutorados, os dados de 2009 apontam uma oferta de 48,1% dos cursos pela UFPR; 36,7 % pelas estaduais; e 15,2% pelas instituições privadas.

Observando os indicadores apresentados a seguir, verifica-se que a UNICENTRO acompanhou a expansão dos cursos de pós-graduação no Estado do Paraná, no qual a presença das instituições de ensino superior estaduais é forte e peculiar, desempenhando papel fundamental na consecução das políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação, através da produção científica e da formação de novos pesquisadores.

Fonte: DIRPG / UNICENTRO. Elaborado pela autora.

Conforme demonstra o espiral do Gráfico 12, que considera a evolução dos cursos de pós-graduação a partir de 20087, data comum a todas às IES, a UNICENTRO cresceu 250% na criação de cursos de Mestrado, sendo a instituição paranaense que registrou o maior crescimento nesse período (2008-2013). Em segundo lugar, a UNIOESTE com um percentual de 154,55, índice igualmente considerável. Na sequência, aparece a UEPG com 90%, a UEL com 41,38% e a UEM com 18,52%, demonstrando que houve crescimento superior à média nacional que foi de 38% na criação de mestrados de 2006 a 2012, na maioria das instituições estaduais paranaense. No que se refere aos cursos de doutorado, analisando o período de 20098 a 2013, a UNICENTRO cresceu 200%, pois teve em 2013 mais dois cursos de doutorado aprovados pela CAPES.

A UEPG aparece em segundo lugar com 133,33%; a UNIOESTE registrou 100% de crescimento; seguida pela UEL (18,75%); e pela UEM (11,76%), movimento de crescimento similar aos de cursos de mestrado, também com a maioria dos índices superiores à média de

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Ano de criação da UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná.

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crescimento nacional, que foi de 12% na criação de cursos de doutorado, no período de 2009 a 2012. Os índices revelam que a pós-graduação da UNICENTRO cresceu em ritmo mais acelerado que as demais IES, apresentando uma história recente e exitosa no stricto sensu. Desse modo, a universidade demonstra, conforme descrito em seu PDI 2014-2018, que tem potencial para crescer ainda mais, desempenhando papel importante na produção científica e na formação de recursos humanos qualificados no estado do Paraná.

Fonte: Dados do Censo Acadêmico da SETI/ PR. Elaborado pela autora.

Como consequência direta do aumento no número de cursos de pós-graduação recomendados, observa-se o crescimento do número de alunos matriculados em mestrado e doutorado no Estado do Paraná. No período de 2008 a 2013, a UNICENTRO registrou um crescimento de 183,72% no número de alunos matriculados em seus cursos de mestrado, seguida pela UENP (141,67%); pela UNIOESTE (97,84%); e pela UEPG (70,35%). Já a UEM e a UEL apresentaram um decréscimo nesse indicador no período analisado.

Gráfico 13 - Evolução do número de matriculados em cursos de Mestrado nas IES estaduais paranaenses no período de 2006 a 2013.

Fonte: Dados do Censo Acadêmico da SETI/ PR. Elaborado pela autora.

O gráfico 14 demonstra que o crescimento do número de matriculados em cursos de doutorado nas IES públicas paranaenses, no período de 2009 a 2013, foi bastante expressivo. Nesse indicador, a UNICENTRO ficou em terceiro lugar, com um percentual de crescimento de 333,33%. O primeiro lugar ficou com a UEPG, com um índice de 620%; seguida pela UNIOESTE (391,18%); pela UEM (81,23%); e pela UEL (76,46%). Todas as universidades registraram bons índices de crescimento no número de alunos matriculados nos cursos de doutorado.

A formação de doutores é considerada de extrema importância na produção e transmissão do conhecimento, além de ser um indicador do tipo de sociedade moderna que se deseja construir (CAPES, 2010a). De acordo com o CGEE (2010), a existência de recursos humanos qualificados tem importância vital para o aumento das vantagens competitivas de base tecnológica, porque essas vantagens dependem de nossa capacidade de absorver, transformar e produzir novos conhecimentos e inovação. Acrescenta-se ainda que, em qualquer país, a pós-graduação forma uma reduzida parcela de mão de obra, mas que essa parcela específica é composta de profissionais com capacidade para realizar pesquisa e desenvolvimento original.

Nesse sentido, a UNICENTRO deve ampliar sua capacidade de formação de doutores nos próximos anos, com a recente aprovação de dois cursos de doutorado, os quais iniciarão suas atividades letivas em 2014.

Gráfico 14 - Evolução do número de matriculados em cursos de doutorado nas IES estaduais paranaenses no período de 2006 a 2013.

Fonte: Dados do Censo Acadêmico da SETI/ PR. Elaborado pela autora.

Fazendo uma análise do gráfico 15 e tomando como referência o ano de 2008, percebemos que a UENP foi a instituição que mais cresceu em número de contratação de professores, registrando 52,17% de aumento no seu quadro docente, desde o ano de sua criação até 2012. Esse percentual revela a disposição do governo do Estado em consolidar sua recente criação. A UNICENTRO aparece em segundo lugar com um índice de 16,95% de aporte de professores no mesmo período. A UEPG registrou 12,09% de crescimento nesse quesito, a UEM 9,31% e a UNIOESTE 6,49% de aumento no seu quadro de docentes efetivos e temporários. Somente a UEL teve um decréscimo de 12,62% na contratação de docentes no período em questão. A contratação de novos professores e o investimento na qualificação docente tem relação direta com o objetivo dessa pesquisa, pois a partir desses grupos de professores que surgiram as propostas de criação de cursos de pós-graduação.

Gráfico 15 - Evolução do número de docentes (Efetivos e temporários) nas IES estaduais paranaenses no período de 2006 a 2012.

Fonte: Dados do Censo Acadêmico da SETI/ PR. Elaborado pela autora

Conforme demonstra o Gráfico 16, a UNICENTRO possui um quadro técnico administrativo pequeno, pois contava em 2012 com 299 agentes (efetivos e temporários). Conforme dados da PRORH, a instituição apresentava, em agosto de 2013,em seu quadro funcional 250 funcionários e 58 contratados temporariamente. Com exceção da UENP, que teve um aumento de 52,17% em seu quadro funcional, as demais instituições não apresentaram crescimento significativo, quando não apresentaram decréscimo, como no caso da UEM e da UEPG, consequência de aposentadorias, exonerações, dentre outros motivos que levam à diminuição do número de funcionários. A escassa realização de concursos públicos não conseguiu repor essas perdas em algumas instituições.

Conforme destaca Rolim e Serra (2009), as universidades sempre deram significativa contribuição para o desenvolvimento das nações, bem como ao desenvolvimento regional, tornando-se “peças- chaves” para o aumento da competitividade, para formação de sistemas regionais de inovação, e principalmente para a formação de recursos humanos qualificados. Nesse contexto, destaca-se a atuação das IES públicas paranaenses dentro do universo nacional de ensino superior, demonstrando que o governo estadual cumpre com responsabilidade seu compromisso com a educação superior, e consequentemente com a ciência, tecnologia e inovação.

Gráfico 16 - Evolução do número de agentes universitários (efetivos e temporários) nas IES estaduais paranaenses no período de 2006 a 2012.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise dos indicadores (nº de cursos de pós-graduação recomendados; nº de bolsas e projetos de iniciação científica; nº de grupos de pesquisa; nº de patentes registradas; captação de recursos para infraestrutura de pesquisa junto à FINEP, CAPES e Fundação Araucária; nº de bolsas de mestrado e doutorado; recursos para custeio dos programas de pós- graduação – Proap CAPES e institucional; nº de docentes em cursos de pós-graduação e nº de bolsas de produtividade em pesquisa junto ao CNPq e Fundação Araucária) permite concluir que o processo de expansão da pós-graduação da UNICENTRO foi fundamentado nas políticas públicas de valorização da pesquisa e da pós-graduação como fontes vitais para a inovação tecnológica do Brasil, mas também é resultado de um processo interno registrado em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Esses indicadores retratam a realidade da pesquisa e da pós-graduação da universidade, além de fornecerem subsídios para a formulação de políticas institucionais.

Estabelecendo um confronto entre as políticas nacionais e estaduais de ciência, tecnologia e inovação com as diretrizes do Plano Nacional de Pós-Graduação, e ainda com os índices de pesquisa e pós-graduação da UNICENTRO, concluímos que a universidade está cumprindo o seu papel na execução dos objetivos das políticas públicas em questão, apresentando resultados positivos no que se refere à:

- Integração entre a pesquisa e a pós-graduação, conforme políticas de pesquisa e pós- graduação expressas no PDI, bem como pela regulamentação interna de pesquisa e também os critérios para atuar em programas de pós-graduação;

- Fixação, numa região interiorana, de pesquisadores produtivos, com titulação de doutor, demonstrada pelo crescimento do número de doutores no quadro efetivo da instituição nos últimos anos, ultrapassando em 2011 o número de mestres;

- Ampliação do parque de equipamentos e laboratórios com perfil multiusuário e interdisciplinar, otimizando os recursos públicos investidos em infraestrutura para pesquisa, comprovada pelo número de laboratórios e centros de pesquisa construídos, bem como pelo montante aprovado para aquisição de equipamentos em editais estruturantes de pesquisa;

- Contribuição para o avanço do país na produção de Ciência e Tecnologia, o que permite maior competitividade no cenário nacional e internacional, comprovado pelo aumento no número de grupos de pesquisa, número de patentes depositadas junto ao INPI etc;

- Criação de novos cursos de pós-graduação em função das demandas regionais e nacionais, oferecendo formação de alto nível no interior do país, desde a iniciação científica e tecnológica até o doutorado, comprovado pelo aumento no número de cursos de pós- graduação recomendados, e também pelo número de projetos e bolsas de iniciação científica e tecnológica;

- Atendimento das demandas regionais por formação de pessoal, produção de conhecimento científico e transferência de tecnologia para o setor produtivo da área de inserção da instituição, cumprindo seu compromisso social.

Conforme prevê o PDI 2014-2018, o potencial de crescimento da pesquisa e pós- graduação da UNICENTRO continuará ativo, tendo em vista o atendimento de outras metas das políticas nacionais e estaduais, tais como:

- Estabelecer maior número de parcerias com o setor produtivo, para inovação e transferência tecnológica, por meio da NOVATEC- Agência de Inovação da UNICENTRO, com licitação de patentes, transferências diretas e criação de novas empresas de base tecnológica na Incubadora da UNICENTRO, fazendo valer o modelo da Tripla Hélice.

- Contribuir mais efetivamente para a redução das assimetrias regionais, equiparando a UNICENTRO às demais Instituições Estaduais de Ensino Superior - IEES do Paraná que estão localizadas e atuam em regiões mais desenvolvidas do estado, articulando as pesquisas com as demandas da comunidade.

- Ampliar a indução de cooperação científica e formação de redes de pesquisa, nacional e internacional;

- Oferecer formação de recursos humanos que respondam às necessidades de desenvolver competências profissionais pós-graduadas em programas de mestrados profissionalizantes, acompanhando as diretrizes do PNPG 2011-2020;

A análise dos indicadores, de maneira geral, revela uma conformidade com as diretrizes e conteúdos do PNPG 2011-2020 (CAPES, 2010a), em que se destaca que o maior investidor da pós-graduação no Brasil é o governo federal, seguido pelo governo estadual. Destaca-se a atuação estratégica das principais agências de fomento (CAPES, FINEP, CNPq e Fundação Araucária), as quais propiciam através de uma gama variada de editais, um aporte de recursos fundamental para o desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação. De forma integrada à utilização dos recursos externos, internamente, a UNICENTRO procede à gestão da pesquisa e a pós-graduação com um conjunto de medidas articuladas pelo PDI, como: a criação dos programas Proap Institucional e Pró-Publicações, a ampliação do Programa de Iniciação Científica, a regulamentação da pesquisa, as licenças integrais e parciais para

qualificação docente e técnica, a criação da Agência de Inovação Tecnológica, dentre outras. Tal integração permite concluir que a UNICENTRO tem obtido êxito na execução de políticas públicas externas e na articulação com políticas internas, fator que tem produzido efeitos positivos na instituição e também tem contribuído para a alavancagem da pós- graduação no cenário estadual e nacional.

Do mesmo modo, a comparação quantitativa proposta dos indicadores da UNICENTRO com os dados da série histórica da pós-graduação no país contidos no PNPG 2011-2020, no período de 2006 a 2012, apresenta dados reveladores do êxito na gestão das políticas para “Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação”:

1) No índice “Número de cursos de pós-graduação recomendados no Brasil” encontra- se um crescimento nacional de 38% na criação de mestrados acadêmicos, já a UNICENTRO partiu de um curso de mestrado recomendado em 2006 para 11 em 2012, registrando 1000% de crescimento nesse indicador. A criação de cursos de Doutorado, o Brasil apresentou um crescimento de 43,68% no período em questão, enquanto que a UNICENTRO teve o seu primeiro doutorado aprovado em 2009 e obteve mais duas aprovações em 2013. Com relação aos mestrados profissionais, o crescimento no país, entre 2006 e 2012, foi de 127%; sendo o índice da pós-graduação brasileira que mais cresceu no período analisado. A UNICENTRO tem apenas dois cursos de mestrado profissional e ambos foram aprovados em 2013, de forma que inviabiliza a comparação dos dois últimos quesitos com as projeções nacionais. Mesmo assim, nota-se um considerável avanço na oferta dessa modalidade de pós-graduação (dois cursos em um só ano).

2) No índice “Número de Discentes em Cursos de Pós-Graduação”: o Brasil cresceu 38,43% no número de alunos matriculados em cursos de mestrado acadêmico; 116,59% em cursos de mestrado profissional; e 70,65% em cursos de doutorado. Por sua vez, a UNICENTRO cresceu 3.557% em matriculados em cursos de mestrado acadêmico, a única modalidade passível de quantificação no período analisado.

3) O índice “Número de Docentes em Cursos de Pós-Graduação” apresenta registros no PNPG apenas até o ano de 2009, sendo que o número de docentes na pós-graduação brasileira cresceu 20,31% de 2006 a 2009. Na UNICENTRO, o crescimento foi de 342% no mesmo período, índice bastante superior ao crescimento nacional.

4) No índice “ Número de bolsas do CNPq”: o número de bolsas distribuídas no Brasil pelo CNPq, de 2006 a 2010 cresceu 29,34% para cursos de mestrado, e 19,10% para doutorado. Na UNICENTRO não houve bolsas de mestrado e doutorado advindas do CNPq em 2006.

5) No índice “ Número de bolsas CAPES”: o número de bolsas distribuídas no Brasil pela CAPES, de 2006 a 2010 cresceu 79,20% para cursos de mestrado e 68,20% para doutorado. No mesmo período, na UNICENTRO o crescimento atingiu 1.450% para bolsas de mestrado, sendo que para doutorado a concessão iniciou somente em 2009, ano da criação do primeiro curso dessa modalidade na instituição.

Em âmbito nacional, assinalamos que o PNPG 2011-2020 (CAPES, 2010a) destaca que a política pautada na pós-graduação como uma de suas sustentações garantirá a continuidade do desenvolvimento social e econômico que o Brasil vem apresentando. Nesse contexto, a implementação de políticas estaduais de C, T & I valorizando a pós-graduação configura-se como elemento de extrema relevância. Diante desse cenário e analisando os dados apresentados no decorrer desse trabalho, relativos às IES públicas paranaenses, percebe-se que no Estado do Paraná, a Fundação Araucária e a SETI têm ampliado a sua presença no fomento à ciência, tecnologia e inovação, tanto no aporte de recursos destinados à pós- graduação, quanto na consolidação de um sistema sólido de ciência e tecnologia no Estado, com ações importantes como a sanção da Lei de Inovação Estadual em setembro de 2012 e a criação, a partir da união de sete faculdades estaduais, da Universidade do Estado do Paraná, UNESPAR.

A análise a partir dos dados do Censo Acadêmico elaborado pela SETI levou-nos a algumas considerações acerca da expansão da pós-graduação da IES públicas paranaenses. Os números demonstram que a UNICENTRO, no período de 2008 a 2013, liderou o processo de crescimento entre as IES na maioria dos indicadores: foi a universidade que mais cresceu na criação de cursos de mestrado e no número de matriculados em cursos de mestrado. Em relação aos cursos de doutorado, o período analisado foi de 2009 a 2013, no qual a UNICENTRO manteve o primeiro lugar na criação de cursos de doutorado e o terceiro lugar no crescimento do número de matriculados, pois dois dos seus três cursos de doutorado somente iniciarão as atividades letivas em 2014. Esses índices permitem concluir que a UNICENTRO acompanhou e em alguns quesitos até superou o processo de crescimento da pós-graduação no Estado do Paraná, tornando-se junto com as demais universidades paranaenses, peças-chave para o desenvolvimento científico e tecnológico nacional, por meio da produção científica, da formação de sistemas regionais de inovação e principalmente da formação de recursos humanos qualificados.

Embora o Paraná apresente um sistema peculiar de ensino superior, que mantendo sete universidades estaduais, realiza investimentos contínuos na qualificação dos professores e na modernização da infraestrutura de pesquisa das IES, é nítida a falta de um plano estadual de

pós-graduação e também a demanda por maiores investimentos sob a forma de bolsas de financiamento de projetos de pesquisa e de iniciação científica, além de bolsas de mestrado e doutorado e para capacitação docente.

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