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Necessidade de Aprimoramentos na Metodologia de DRS do BB

Participante 1

- Eu acho que não existem fragilidades na metodologia. Eu acho que existem focos que a gente precisa trabalhar um pouco mais. Por exemplo, aumentar o foco na concertação institucional.

- A concertação institucional está sendo uma fragilidade da nossa metodologia.

- Nós colocarmos todas as fichas em cima do nosso pessoal, dos parceiros, das lideranças comunitárias, mas nós precisamos investir mais nesse processo de concertação.

- Outra fragilidade da metodologia é a ausência de indicadores de impacto na nossa avaliação, com foco no social, cultural e ambiental. Estamos contratando uma consultoria para nos ajudar a criar estes indicadores.

Participante 2

- Em regra geral não vejo muito problema a corrigir.

- A etapa da metodologia de identificação da atividade produtiva precisa ser mais participativa e compartilhada, com os parceiros, com os beneficiários. Por que na forma como escrevemos a nossa metodologia esta escolha, mesmo ouvindo vários atores, fica muito reservada ao Banco. O BB tem que vencer este medo de ir para a sociedade e discutir abertamente, a atividade produtiva que será escolhida, deixando o jogo aberto, claro, limpo. - A nossa metodologia precisa investir mais nas etapas anteriores à da elaboração do diagnóstico. Principalmente naquela que exige muita concertação que é a da Formação da Equipe de Trabalho DRS. Temos que evoluir bastante no aprimoramento de competências para uma eficaz concertação.

- Na etapa de elaboração do diagnóstico DRS precisamos avançar. Talvez a gente pudesse ir ao limite de até suprimir ou substituir o diagnóstico por outras metodologias, que tratem de priorização de problemas, e depois encaminhe um projeto para equacioná-los.

- Talvez tenhamos uma forma mais eficiente de apurar a realidade do que num diagnóstico que muitas vezes tá sendo mal feito, “em cima da perna”, na corrida, pelo gerente, sendo feito pelo próprio gerente sem envolver os atores.

- Internamente a parte da metodologia da análise, no que tange à análise da viabilidade econômico-financeira é muito longa. Temos que desenvolver uma nova metodologia de análise da viabilidade econômico-financeira destes projetos de DRS, incluindo com mais ênfase os componentes sociais e ambientais na análise.

Participante 3

- Eu acho que a gente tem que mudar o foco da nossa metodologia, a nossa metodologia tem que estar voltada para o território. Eu acho que nós não promovemos desenvolvimento com monoculturas, promovemos desenvolvimento observando várias vocações.

- Nossa metodologia ainda é muito pesada, e eu acho que nós devemos aprimorá-la. Já chegamos há levar 154 dias para aprovar um Plano de Negócios DRS. Quando o plano volta para as localidades, para implementação, todo mundo já está desmobilizado.

- A educação ambiental está dentro da nossa metodologia, mas a gente percebe é que preciso dar um “upgradezinho”. Ampliar um pouquinho mais a ênfase nas questões ambientais.

- Quanto à educação política a gente percebe que há certa ausência dentro dos nossos planos de negócios DRS.

Participante 4

- A metodologia tem fragilidade. A gente tem comentado. A fragilidade dela está muito ligada à questão do que é possível, ao dado de realidade.

- A área mais carente de aprimoramento da metodologia é a concertação. Eu acho que em vez de 4 horas dedicadas a este tema no curso[o curso possui 24 horas], este tema deveria ser os três dias do curso. Aprimorando

conceitos como mobilização social, embate político, jogo de interesses.

- Tem que valorizar mais a participação dos parceiros. Na medida em que o BB pega e se arvora como autor exclusivo dos benefícios do que foi realizado, está cometendo um erro grande demais em desarticular o trabalho. - Outro desafio é fazer com que efetivamente as comunidades se apropriem do processo DRS.

- Agora tem muitos lugares que nosso gerente ainda não está preparado para isto. Não sabe transmitir a metodologia para as comunidades. Para que elas caminhem por si só. Porém, já temos situações nas quais os gerentes estão conseguindo fazer três, quatro DRS, pois lá quem faz DRS é a comunidade. O gerente atua mais na parte estratégica.

- Na área urbana, temos que avançar muito. Nós não sabemos trabalhar DRS nas grandes cidades, nos grandes centros urbanos. Ainda não encontramos o eixo de trabalho nestas grandes cidades.

- Falar de sustentabilidade trabalhando uma única atividade produtiva na localidade é muito pouco. Você teria que ter a sustentabilidade da localidade, trabalhando de forma integrada várias atividades. Se você fica só com uma atividade produtiva por mais que desenvolva, se tiver problemas de mercado, de fornecedores, uma praga, uma seca, já era.

Participante 5

- A metodologia do BB está alinhada às melhores práticas de mercado em relação ao DRS. Fala de parceria, fala de endógeno, respeito e aproveitamento dos saberes locais, de construção coletiva junto às comunidades. Que não existe fórmula pronta, que se devem respeitar as culturas locais, a diversidade cultural.

- A metodologia está perfeita.

- Logicamente existem algumas coisas que precisam ser aprimoradas: essa visão, por exemplo, de integração de cadeias. Um salto na metodologia será a integração. Essa questão de desenvolvimento territorial tem que evoluir bastante.

- O momento agora é de dá um novo salto de qualidade, no querer fazer, isto no que concerne ao apoio institucional que o BB vai alocar para as estruturas de gestão do DRS nos estados.

- Eu acho que, na parte de capacitação, nós temos que evoluir em relação aos parceiros. Ampliando a participação dos mesmos nos treinamentos que o BB oferece.

- Quando você coloca na linha do tempo as oito fases da metodologia,[1 Capacitação/ 2 Escolha da Atividade Produtiva / 3 Formação da Equipe de Trabalho DRS / 4 Diagnóstico DRS /5 Plano de Negócios DRS / 6 Análise de Aderência e Viabilidade / 7 Implementação / 8 Monitoramento e Avaliação] quais as mais importantes, dá 1 a 5, estas etapas tem que consumir 90% do tempo. As restantes, 10% do tempo. No momento está sendo o contrário. Perde-se muito tempo por não haver alçadas para aprovação dos projetos diretamente pelas agências.

- Outra fragilidade é a assistência técnica do BB, que tem que participar mais ativamente.

Participante 6

- Atualmente a metodologia, depois de vários acertos que foram feitos ao longo do tempo, tem poucas fragilidades.

- Lógico que a metodologia é uma coisa que a gente sempre pode melhorar, agora mesmo nós estamos propondo uma melhoria nas alçadas de aprovação dos Planos de Negócios DRS. Dependendo do valor, vários projetos vão ser aprovados na própria agência.

Participante 7

- Falta uma disseminação maior na área estratégica do BB da metodologia DRS, este é um caminho muito aberto ainda.

- A gente ainda depende da disposição e da característica do gestor. E essa é uma fragilidade no programa. - Outra fragilidade são os nossos métodos de análise de crédito que ainda não estão adaptados para este tipo de tipo de negócio. Aí estamos carentes de construir metodologias mais adequadas para um programa complexo como o DRS.

- O BB não pode substituir com sua iniciativa a organização social, ele prescinde.

Participante 8

- Insipiente visão ideológica de nosso pessoal. Existe um negócio chamado ideologia dominante. Esta ideologia está arraigada na gente.

- Perda da cultura de crédito no BB. As pessoas no BB, nas agências, viraram vendedores. - Falta de segurança se a metodologia vai ser posta em prática como ela deva ser. Isto me pertuba.

- Falta de pessoal preparado nas agências. O nosso gerente estava desacostumado com trabalhos nas comunidades. E aí ele pode ter pressa e não seguir os passos da comunidade. Queimar etapas. Querer fazer na mesa dele. Decidir pela comunidade. E aí você fere a metodologia.

- Falta de visão sistêmica das atividades produtivas apoiadas. Eu preciso ter uma visão sistêmica, por exemplo, da caprinocultura no Estado, no Nordeste, no Brasil. Tenho que fazer com que os produtores vão se organizando em pequenas cooperativas.

- Incentivo a atividade produtivas únicas, monoculturas. É preciso diversificar como no DRS de Ceará Mirim- RN com mamão, banana, feijão, milho, sorgo, peixes, este conjunto vai gerar sustentabilidade. A monocultura mata, escraviza. Vai cair na mão de um consumidor X ou de um atravessador Y. Esta complexidade e diversidade da produção têm que ser mais trabalhada.

- Gestão democrática e participativa. Eu não sei até que ponto os Diagnósticos e Planos de Negócios DRS são participativos realmente. Este é outro grande problema. Fazer com que as pessoas do BB aprendam a necessidade da participação.

Aprendizados Organizacionais com o DRS