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Neurônio e aprendizagem

COMO O CÉREBRO APRENDE

2.2. Neurônio e aprendizagem

O Sistema Nervoso é composto pelo cérebro, cerebelo e pela medula espinal que tem diversas funções incluindo a de manter os seres humanos acordados e de fazer pensar, refletir e reagir ao ambiente. O Sistema Nervoso Central percebe estímulos externos e internos, tanto físicos quanto químicos, libera respostas musculares e glandulares por meio da medula que tem a função de receber e elaborar as percepções, como frio, luz, som,odor, sabor, temperatura, vibrações. Portanto a medula tem função condutora (manda informações somassensorial para o encéfalo e do encéfalo para os músculos) e coordenadora (comunica o encéfalo e o organismo e as atividades reflexas).

A constituição do sistema nervoso nos permite entender a adaptação sensório-motor dos seres vivos e com efeito dos sujeitos aprendentes, sabendo que os seres humanos estão sempre se adaptando ao meio, com o intuito de preservar a espécie. Que isso possa ocorrer, três situações precisam acontecer: irritabilidade, condutibilidade, contratilidade que acontecem no Sistema Nervoso, através dos neurônios. Segundo Relvas (2009) Neurônios são células especializadas. Eles são feitos para receber certas conexões específicas,executar funções apropriadas e passar suas decisões de um evento a outros neurônios que estão no mesmo evento.

A irritabilidade é a parte da célula que percebe as modificações no ambiente. A sensibilidade celular causada por um estímulo chega até a outra célula através da condutibilidade. O que garante o movimento da célula e a contratilidade. Por isso a grande importância que é dada ao Sistema Nervoso, ele coordena as atividades internas e externas do organismo.

Não são apenas as estrelas no universo que fascinam o homem com o seu impressionante número. Em um outro universo, o nosso universo biológico interno, uma gigantesca “galáxia” com centenas de milhões de pequenas células nervosas,que formam o cérebro e o sistema nervoso,comunicam-se umas com as outras pelo impulso eletroquímicos para produzir atividades muito especiais, nossos pensamentos, sentimentos, dor, emoções, sonhos, movimentos e muitas outras funções mentais e físicas, sem as quais não seria possível expressarmos toda a nosso riqueza interna nem perceber o nosso mundo externo, como som, cheiro, sabor e, também, luz e brilho, inclusive o das estrelas. ( RELVAS, 2009, P. 25)

O sistema nervoso exerce várias tarefas no corpo da criança, produzindo impulsos elétricos. Esses impulsos são enviados de uma célula a outra por meio de sinapes, que são junções formadas com outras células nervosas onde o terminal pré-sináptico de uma faz contato com a membrana pós-sináptica da outra. O Sistema Nervoso Periférico é feito de nervos sensitivos e fibras que provocam estímulos nervosos da periferia para o sistema nervoso central. O Sistema Nervoso Somático controla a musculatura esquelética, processa a informação dos órgãos sensoriais e produzi a sensação tátil térmica. Os vários comportamentos, como andar, escrever, chorar etc., provém da conexão entre nervos sensitivos e nervos motores.

O sistema nervoso autônomo controla estruturas viscerais, como coração, os vasos sanguíneos, o sistema digestivo, os órgãos sexuais. A parte simpática é mais ativa, age quando precisa-se de mais energias. Ela aumenta o ritmo cardíaco e o nível da glicose. Já contra partida o sistema parassimpático atua no sentido inverso inibitório. Essas informações são importante ao educador, pois determina de que forma o conteúdo pode ser dado para que esses sistemas sejam acionados. Deve-se a todo instante o educador questionar-se, qual dos sistemas está sendo acionado, o simpático ou parassimpático? O mais importante a saber é que o educador deve criar atitudes que estimulem positivamente o sistema nervoso autônomo.

Para que o sistema parassimpático seja ativado em uma aula que o tema seja difícil entendimento, seria bom que efetuasse uma dinâmica com música juntando respiração, movimento e afetividade. A partir daí as informações serão assimiladas pelos sentidos e serão armazenadas na memória de longo prazo. O cérebro tem preferência por imagens facilitam o processamento das informações aprendidas.

O simpático prepara o organismo para agir e reagir a situações em que necessitamos de mais energia (estresse, medo, angústia etc.), manifestadas pelo aumento do ritmo cardíaco, respiração e nível de açúcar no sangue etc. O parassimpático acalma organismo, restabelecendo o equilíbrio interno, e provoca períodos de relaxamento e calma, reduzindo a atividade do organismo (poupando energia). Traduz-se pelo abrandamento do ritmo cardíaco e da respiração, diminuindo o nível de adrenalina no sangue. (MUNIZ, 2012,p. 108)

Imagem nº 12 retirada do site:

http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2013/05/sistema- nervoso-autonomo.html

Algumas substâncias, como acetilcolina, adrenalina, noradrenalina, dopamina e a serotonina, ácido glutâmico que operam como neurotransmissores. Para o aprendizado, algumas destas são solicitadas para favorecer assimilação do que se aprendeu.

A acetilcolina está distribuída no cérebro, principalmente no córtex cerebral, hipocampo, diencéfalo, ponto e cerebelo. No momento do aprendizado esse neurotransmissor dispara circuitos que articulam a atenção, o humor, a dor e todas as recepções sensoriais. Adrenalina é liberada pelas glândulas suprarrenal é o hormônio que libera o estresse, estimulando o coração, elevando a tensão arterial. Enquanto a noradrenalina induz a excitação física e mental e o bom humor.

A dopamina tem diversas funções cerebrais motoras de automatismo, motivação, recompensa, produção do leite, regulação do sono, do humor, da ansiedade, da atenção e do aprendizado. É responsável por sensações de satisfação e prazer.

A serotonina é mais conhecida como hormônio da felicidade. Ele regula a fase inicial do sono e do humor, a supressão dele causa depressão e ansiedade.

Ácido glutâmico é um grande estimulador do SNC. Tem sua importância validada pelos vínculos estabelecidos entre os neurônios que são a base da aprendizagem e da memória.

Imagem nº 13 retirada do site:

http://psiqweb.net/index.php/depressao-2/depressao-fisiopatologia/

É preciso colocar para funcionar o sistema sensorial e usar todo o potencial neural guardado no cérebro, para pensar, sentir e agir. Por isso o educador tem seu papel social de estimulador do cérebro na sala de aula e fora dela. Ele deve buscar incessantemente situações que provoque emoções positivas sobre o ato de aprender.

É necessário que o educador se questione o que está fazendo com os cérebros que estão sob seu comando e buscar conhecimento acerca das

estruturas cerebrais como conexão para aprendizagem. O estudo da biologia cerebral tem colaborado para o sucesso em sala de aula, oportunizando entendimento das áreas cognitivas, motoras, afetivas e sociais.

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