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(1000) (12) (84) (118) (202) (433) (142) (09) Nova Classe econômica do

entrevistado % N.A. % % % % % N.A. Classe A0 0,4 (3) -- -- -- -- -- -- Classe A1 0,8 (4) 4,8 -- -- -- -- -- Classe A2 4,5 (5) 36,9 6,8 0,5 -- -- -- Classe B1 8,8 -- 51,2 33,1 3,5 -- -- -- Classe B2 16,5 -- 7,1 53,4 41,6 2,8 -- -- Classe C 34,3 -- -- 4,2 51,5 52,4 4,9 -- Classe D 26,3 -- -- 2,5 2,9 42,0 50,7 -- Classe E 8,4 -- -- -- -- 2,8 44,4 (9)

Tabela 60 – Nova Classe econômica do entrevistado, por Total e pela antiga Classe Econômica. (Fonte: o próprio autor) 8,4% 26,3% 34,3% 16,5% 8,8% 4,5% 0,8% 0,4% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% Classe A0 Classe A1 Classe A2 Classe B1 Classe B2 Classe C Classe D Classe E

Renda Familiar Mensal (em R$) TOTAL Até 600 600 / 1300 1301 / 2000 2001/ 3500 3501/ 7200 7201 / 25000 Mais de 25000 (1000) (150) (282) (220) (187) (108) (41) (12) Nova Classe econômica do

entrevistado % % % % % % % % Classe A0 0,4 -- -- -- -- -- -- (4) Classe A1 0,8 -- -- -- -- -- -- (8) Classe A2 4,5 -- -- -- -- 3,7 100,0 -- Classe B1 8,8 -- -- -- 17,1 51,9 -- -- Classe B2 16,5 -- 1,4 25,0 31,0 44,4 -- -- Classe C 34,3 3,3 50,8 52,3 42,8 -- -- -- Classe D 26,3 54,7 41,1 21,8 9,1 -- -- -- Classe E 8,4 42,0 6,7 0,9 -- -- -- --

Tabela 61 – Nova Classe econômica do entrevistado, por Total e por Renda Familiar Mensal. (Fonte: o próprio autor)

E ainda, relacionando a nova Classe Econômica com a Renda Familiar mensal e utilizando as mesmas estatísticas do item 5.2, temos que: , que permitem criar faixas da renda para cada uma das classes econômicas:

Estatísticas da Renda Familiar Mensal, segundo a nova Classe Econômica

Nova Classe Econômica

A0 A1 A2 B1 B2 C D E (4) (8) (45) (88) (165) (343) (263) (84) Média 42500 29125 13496 4365 2943 1621 1060 542 Moda 40000 30000 8000 3000 2000 1000 500 400 Mediana 40000 30000 10000 4000 3000 1500 900 400 Variância 25000000 3267857 41528162 1796101 1348076 476826 358064 59809 Desvio Padrão 5000 1808 6444 1340 1161 691 598 245 Coeficiente de Variação 12% 6% 48% 31% 39% 43% 38% 45% Valor Mínimo 40000 25000 4000 2500 600 600 400 300 1º Quartil 40000 29500 8000 3000 2000 1000 600 400 2º Quartil 40000 30000 10000 4000 3000 1500 900 400

O que permite, portanto, definir as seguintes faixas de renda familiar para cada classe econômica, bem como o valor médio da Renda Familiar:

Relação entre Nova Classe Econômica e Renda Familiar

Classe % Faixa de Renda Familiar Renda Familiar Média

A0 0,4 Mais de R$ 30.000,00 R$ 42.500,00 A1 0,8 De R$ 25.000,01 a R$ 30.000,00 R$ 29.125,00 A2 4,5 De R$ 7.200,01 a R$ 25.000,00 R$ 13.496,00 B1 8,8 De R$ 3.500,01 a R$ 7.200,00 R$ 4.365,00 B2 16,5 De R$ 2.000,01 a R$ 3.500,00 R$ 2.943,00 C 34,3 De R$ 1.300,01 a R$ 2.000,00 R$ 1.621,00 D 26,3 De R$ 600,01 a R$ 1.300,00 R$ 1.060,00 E 8,4 Até R$ 600,00 R$ 542,00

Tabela 63 – Nova Classe econômica do entrevistado, Faixa de Renda Familiar e Renda Familiar Média. (Fonte: o próprio autor)

7. CONCLUSÕES

O estudo tinha como pergunta de pesquisa avaliar se o atual Critério de Classificação Econômica - CCEB - utilizado nas Pesquisas de Mercado no Brasil está atualizado e se representa efetivamente o poder de compra dos consumidores. A seguir, são descritas as conclusões obtidas através da análise realizada com os dados da pesquisa.

De modo geral, o atual critério apresenta alguns problemas de desatualização e mede, com pequeno grau de garantia, o real poder de compra dos consumidores. Os problemas ocorrem, na sua grande maioria, nos extremos da classificação, isto é, nas classes mais altas (classes A) e nas classes mais baixas (classe D e E). Que são, justamente, as regiões mais “tempestuosas” da Curva Normal, as suas caudas. São, reconhecidamente, as regiões mais propensas a apresentar problemas.

Vejamos alguns exemplos. Um cidadão de Renda Familiar Mensal superior a R$10.000,00, mas que possui, em sua residência, bens mais modernos que não constam do atual critério, nem contrata empregada mensalista, apenas uma faxineira semanalmente e que, no momento está sem carro. Será classificado, provavelmente, como um consumidor de classe B ou quem sabe de classe C. No outro extremo, imagina uma família, de Renda Familiar Mensal inferior a R$1.000,00, mas que, em função das facilidades de crédito direto ao consumidor e dos financiamentos disponíveis nas grandes lojas de departamento, possui vários bens na residência,

Vale lembrar que a classe A1 representa menos de 1% da população brasileira e que a classe E pouco, ou nada, representa no mercado consumidor brasileiro, em função do seu baixo poder de compra. Deste modo, podemos dizer que, se considerarmos apenas consumidores das classes intermediárias, B e C (3/5 da população), o atual critério pode ser utilizado com algumas ressalvas, mas se pensarmos nas demais classes, A, D e E (2/5 da população), as distorções são muito graves.

Deste modo, duas possibilidades são apresentadas:

1ª) A atualização das faixas de Renda Familiar correspondentes às Classes Econômicas segundo o atual CCEB:

Relação da Classe Econômica e Renda Familiar, entre os valores obtidos na Pesquisa

Classe Faixa Média

A1 Mais de R$ 20.000,00 R$ 29.667,00 A2 De R$ 5.000,01 a R$ 20.000,00 R$ 9.112,00 B1 De R$ 3.000,01 a R$ 5.000,00 R$ 3.822,00 B2 De R$ 2.000,01 a R$ 3.000,00 R$ 2.367,00 C De R$ 1.000,01 a R$ 2.000,00 R$ 1.389,00 D De R$ 500,01 a R$ 1.000,00 R$ 736,00 E Até R$ 500,00 R$ 400,00

Tabela 64 – Relação da Classe Econômica e Renda Familiar, entre os valores obtidos na Pesquisa e os fornecidos pela ABEP. (Fonte: o próprio autor)

2ª) Substituir algumas de suas atuais variáveis por outras de maior representatividade, modernas, atuais e sobretudo, que pudessem minimizar um pouco estes problemas que ocorrem nas classes mais altas e mais baixas.

Deste modo, é apresentado uma proposta de um novo modelo de Classificação Econômica que, a exemplo do atual, também se baseia em uma escala de pontuação em função da posse de bens, na contratação de serviços domésticos e no grau de instrução do chefe da família.

Dos bens que compõem o atual critério, 5 foram excluídos: Televisão, Rádio, Aspirador de pó,

Videocassete e Máquina de Lavar roupa.

Foram mantidos Banheiro, DVD e Empregada Doméstica sem nenhuma alteração.

O Automóvel foi mantido e incluída a variável Ano de Fabricação.

O Grau de Instrução do Chefe da família também foi mantido, no entanto, foi criado um novo nível: Pós-graduação/Mestrado/Doutorado completo, para separar aqueles que têm apenas o curso superior daqueles que se especializar um pouco mais.

E foram incluídos os bens: Máquina de Secar Roupa, Microcomputador, Máquina de Fotografia

E ainda, com relação à divisão das classes, é sugerido uma separação na classe A1, criando uma sub-classe, a classe A0, que seria composta por aqueles, muito poucos, de renda realmente muito alta. As demais classes se mantém.

Os resultados obtidos são:

Classe % Faixa de Renda Familiar Renda Familiar Média

A0 0,4 Mais de R$ 30.000,00 R$ 42.500,00 A1 0,8 De R$ 25.000,01 a R$ 30.000,00 R$ 29.125,00 A2 4,5 De R$ 7.200,01 a R$ 25.000,00 R$ 13.496,00 B1 8,8 De R$ 3.500,01 a R$ 7.200,00 R$ 4.365,00 B2 16,5 De R$ 2.000,01 a R$ 3.500,00 R$ 2.943,00 C 34,3 De R$ 1.300,01 a R$ 2.000,00 R$ 1.621,00 D 26,3 De R$ 600,01 a R$ 1.300,00 R$ 1.060,00 E 8,4 Até R$ 600,00 R$ 542,00

Tabela 65 – Nova Classe econômica do entrevistado, Faixa de Renda Familiar e Renda Familiar Média. (Fonte: o próprio autor)

8. DELIMITAÇÕES

Este estudo se baseia numa pesquisa quantitativa realizada com moradores da cidade do Rio de Janeiro. Seus resultados, por si só, não podem ser generalizados para outras populações, por exemplo, de outras cidades do País, como São Paulo, Salvador, Porto Alegre, etc.

Consideremos o caso, por exemplo, da variável Secadora de Roupa, que, no Rio de Janeiro não é tão importante em função das condições climáticas, e, portanto, não está presente em muitos dos domicílios. Mas, provavelmente, teria grande importância em cidades como Porto Alegre,

Curitiba, enfim, cidades da região Sul do Brasil, por causa das baixas temperaturas, principalmente nos meses de inverno.

9. SUGESTÕES PARA PRÓXIMAS PESQUISAS

Depois de apresentados os resultados, feitos os testes com o atual critério e apresentado uma proposta de um novo critério, é evidente que se fazem necessários novos estudos, mais aprofundados, e que permitam a validação deste novo critério em outras amostras, para se certificar que realmente ele é mais preciso do que o utilizado atualmente.

E ainda, é interessante também realizar estudos semelhantes a estes em outras praças, que não apenas a cidade do Rio de Janeiro, para se permitir uma comparação e verificar se os demais centros urbanos do país também se comportam como o Rio de Janeiro.

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