• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 3 – A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO MUNICÍPIO DE

3.3 Novas políticas públicas para a EJA de Valinhos

A partir do ano de 2005, após as eleições municipais, assume nova administração. A política proposta neste momento em Valinhos começou a valorizar a EJA e a implementar melhores condições de trabalho e formação continuada aos professores. O primeiro curso

realizado teve como equipe de docentes os membros do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos – GEPEJA, participando todos os professores de 1º ao 8º Termos.

Para a realização deste curso de formação, a Secretaria da Educação do Município de Valinhos se inscreveu no Programa Apoio ao Sistema de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos – Programa Fazendo Escola – criado pelo Ministério da Educação, por meio da Resolução 25 de 16 de junho de 2005, onde o Governo Federal fazia o repasse de verbas destinado à EJA do município, que poderia ser usado para formação de professores, merenda escolar e material didático e escolar para os alunos.

O curso foi realizado com 32 professores, 02 Diretores e 04 Coordenadores, totalizando um grupo de 38 participantes. O objetivo da formação foi proporcionar uma reflexão a respeito da EJA, estabelecer um diálogo com os professores e produzir debates acerca desta modalidade de ensino O curso teve como prioridade promover reflexão sobre os questionamentos ―como ensinar o aluno adulto?‖, ―como esse aluno aprende?‖,―que conteúdos trabalhar com eles?‖, tendo como referencial teórico Paulo Freire.

No início do curso foi aplicado um questionário (anexo I), para que dessa forma pudesse ser verificada a necessidade de formação e assim construir o curso em parceria com os professores. Participaram da pesquisa somente os 32 professores86 que responderam ao questionário.

Gráfico 2 – Tempo de experiência dos professores da EJA

Fonte: Gráfico elaborado pela pesquisadora tendo como base a resposta dos professores ao questionário aplicado

86

O maior número de professores (78%) tem poucos anos de experiência na EJA. Os professores que possuíam mais de 06 a 10 anos (13%) e mais de 16 anos de experiência na EJA(9%), computaram o tempo trabalhado em outras redes de ensino.

Analisando o gráfico, podemos observar que a maioria dos professores tinham pouca experiência na Educação de Jovens e Adultos. Isso vem legitimar o que vem sendo discutido a respeito do perfil do professor da EJA em Valinhos. São professores em sua grande maioria que vem do ensino regular e nem sempre no ano seguinte estão nas salas de aula da EJA.

Gráfico 3 – O que levou o professor a trabalhar na EJA

Fonte: Gráfico elaborado pela pesquisadora tendo como base a resposta dos professores ao questionário aplicado

Para os professores, o maior interesse pelos estudos por parte dos adultos foi o que motivou a darem aulas na EJA (58%), possibilitando um melhor trabalho com os alunos. Os alunos que buscam a EJA possuem objetivos, pois são conscientes da importância da volta aos estudos, da importância que a leitura e a escrita tem na vida do ser humano por isso, procuram a escola, mesmo com tantas e diversas dificuldades. O interesse pelos estudos, a busca do conhecimento são características bem presentes na vida desses alunos.

Outros motivos elencados, além dos já citados na tabela, foram: falta de opção, curiosidade, realização profissional e tranqüilidade para trabalhar e ter mais uma Carga horária suplementar, somando 6,25% dos entrevistados.

Gráfico 4 – Quais as maiores dificuldades no trabalho com a EJA

Fonte: Gráfico elaborado pela pesquisadora tendo como base a resposta dos professores ao questionário aplicado

A maioria dos professores julga a falta de material didático adequado para atender às necessidades e realidade dos alunos a maior dificuldade para trabalhar na EJA (47%). A evasão dos alunos, faltas em excesso dos alunos, dificuldades para trabalhar um currículo que não é específico para a EJA, falta de troca de experiência entre os professores, falta de livros para pesquisa e de cursos de formação para os professores também foram motivos outros elencados pelos entrevistados.

Gráfico 5 – Qual a proposta o professor tem para aperfeiçoar o trabalho na EJA

Fonte: Gráfico elaborado pela pesquisadora tendo como base a resposta dos professores ao questionário aplicado.

Devido à dificuldade de encontrar materiais didáticos para o uso do professor no preparo de atividades, para os professores (41%), a elaboração de material pedagógico é importante para o aperfeiçoamento do trabalho com os alunos na EJA. A proposta era para que esse material fosse elaborado pelos próprios professores.

Dentre as respostas dadas, outras propostas também foram elencadas pelos professores como trabalhar Temas Geradores (6%), maior número de aulas (3%), formar turmas mais

homogêneas (10%), promover atividades diferenciadas fora do ambiente escolar (6%), acesso a mais livros voltados para a EJA e curso de alfabetização em um tempo maior (3%).

Observamos que a resposta dada por 10% dos professores é a de que as turmas deveriam ser mais homogêneas,no sentido de que as salas deveriam ser compostas só de jovens ou só de adultos. Para os adultos, muitas vezes a presença do aluno jovem é motivo de desistência. Os professores não sabem lidar com a situação, pois os interesses do jovem são muito diferentes do aluno adulto, de onde nascem os conflitos. Os questionamentos são muitos: Como trabalhar os conteúdos que atendam os jovens e os adultos? Como haver respeito e minimizar os conflitos entre eles? Como aproveitar as diferenças para que isso se transforme em crescimento para todos, independente da idade?

O convívio entre alunos com idades e interesses tão diferenciados tem trazido desafios aos professores. É necessário pensar, além de uma proposta curricular diferenciada, pela característica dessa modalidade de ensino, as diferenças de idade, interesses e experiências dos alunos que convivem em um mesmo espaço de sala de aula, no sentido de proporcionar a ambos, jovens e adultos, momentos de aprendizagem e de crescimento.

Gráfico 6 – Qual o objetivo da EJA

Fonte: Gráfico elaborado pela pesquisadora tendo como base a resposta dos professores ao questionário aplicado

Na visão da maioria dos professores (63%) o objetivo da EJA é proporcionar o conhecimento aos alunos que não tiveram oportunidade na idade adequada. Além das respostas elencadas no gráfico, na opinião de 12,5% dos professores, o objetivo dessa modalidade também é trabalhar a auto-estima dos alunos e a conclusão do curso com uma carga horária mais reduzida (3,2%).

É necessário olhar a EJA para além da continuidade da escolarização. De acordo com Soares et al (2007, p. 23) ―os jovens e adultos continuam sendo vistos na ótica de suas carências escolares: não tiveram acesso, na infância e na adolescência, ao Ensino Fundamental, ou dele foram excluídos ou dele se evadiram‖. Proporcionar o conhecimento aos alunos que não tiveram oportunidade na idade adequada foi a reposta mais frequente nesta questão.

É evidente a percepção que se tem ainda da EJA como uma política compensatória.É preciso pensar esse direito à educação para além da oferta de uma segunda oportunidade de escolarização, ―da universalização do ensino fundamental, de dar novas oportunidades de acesso a esses níveis não cursados no tempo tido como em nossa tradição como oportuno para a escolarização‖ (p.23). Um novo olhar deve ser reconstruído na direção de reconhecer esses jovens e adultos como sujeitos de direitos, não de favores e suplências.

Ainda 28% dos professores responderam que o objetivo da EJA é preparar o aluno para o mercado de trabalho, uma visão pragmática distante da proposta freireana que é formar para o exercício da cidadania, para as condições de vida. Além dessa preocupação, o aluno da EJA procura a escola para melhor compreender o mundo em que vive, para conhecer, entender, e ter condições de atuar nesse mundo e produzir transformações.

Gráfico 7 – Que tipo de aluno a EJA deve formar

Fonte: Gráfico elaborado pela pesquisadora tendo como base a resposta dos professores ao questionário aplicado

Formar cidadãos críticos, exercendo sua cidadania de forma consciente foi a resposta mais frequente entre os professores (72%). Outras respostas dadas foram que a EJA deve formar alunos alfabetizados (3,0%), aluno leitor que saiba compreender textos diversos (3,0%), capaz de utilizar diferentes linguagens (3,0%). Observamos também que 16% das respostas indicam que

ainda continua a idéia de que é necessário preparar o aluno para competir no mercado de trabalho. Formar é muito mais que treinar o educando no desempenho das tarefas; Freire chama a atenção dos educadores formados ou em formação à responsabilidade ética, elucidando-os na arte de conduzir os educandos à reflexão crítica de suas realidades. (FREIRE, 1996)

A partir dessa pesquisa, os temas estudados no curso foram: O contexto da prática educativa

Histórico da EJA O Educador da EJA Caminhos metodológicos Paulo Freire

Avaliação na EJA

Metodologias da prática educativa em: Educação Artística, Matemática, Português, Ciências, História, Geografia e Inglês.

Metodologias da Prática Educativa: 1ª a 4ª séries

Num primeiro momento as aulas foram com todo o grupo de professores, quando puderam conhecer o histórico da EJA, estudar temas sobre o contexto da prática educativa, refletir sobre o papel do educador da EJA, quais caminhos metodológicos adequados a esta modalidade de ensino, a questão da avaliação, refletir sobre Paulo Freire, sua história, suas idéias e pensamentos a respeito de como o aluno aprende e ensina, como deve ser o diálogo constante entre alunos e professores, entender como se dá essa aprendizagem, o que é necessário ensinar, o que o aluno necessita aprender.

Após esses encontros, os professores foram divididos por segmentos: os professores do primeiro segmento tiveram momentos mais específicos para discutir e refletir sobre questões relacionadas à metodologia da prática educativa para 1º ao 4º Termos, e os professores do segundo segmento, de 5º ao 8º Termos discutirem sobre metodologias da prática educativa nas diversas disciplinas.

Apesar das oitenta horas de curso, nas avaliações os professores julgaram um tempo muito curto para muitas informações e discussões a respeito dos temas propostos. Havia a reivindicação de que fossem oferecidos outros cursos de formação continuada, encontros entre os professores para troca de experiências e até mesmo um grupo de estudos.

Muitos dos professores que participaram deste curso não estavam mais ministrando aulas na EJA no ano de 2006 e, devido às dificuldades de dias e horários para a formação de grupo de estudos, essas propostas não foram concretizadas.

Anteriormente a 2005, há ações pouco consistentes no que se refere às políticas públicas para a EJA, o que revela não somente o descompromisso dos governantes anteriores, mas a falta de investimento e incentivo de políticas públicas no país, realidade pela qual passa a EJA ao longo de sua história.

Pode-se levantar algumas questões: será que a verba oferecida pelo Governo Federal, através do Programa Fazendo Escola, em 2005, motivou a administração a investir na Educação de Jovens e Adultos? Se não houvesse essa verba específica, essas políticas seriam implementadas? Sem essa verba, de fato, talvez houvesse algumas restrições.

Mas deve-se enfatizar aqui a vontade política da administração, começando por designar um coordenador para estar à frente da EJA no município, o que antes não havia; garantir o direito dos alunos estudarem, ampliando de atendimento com a abertura de salas com menos de quinze alunos, o que não acontece na maioria dos municípios. Sem dúvida, nesse momento histórico, destaca-se a importante contribuição da administração da Secretaria da Educação nessa trajetória da EJA no município, em relação à formação continuada dos professores.

Quando atuei como professora nessa modalidade de ensino, a partir do ano de 2000, Valinhos não se diferenciava de muitos municípios que ofereciam a EJA em suas escolas. Pude experimentar o que muitos professores hoje vivem ao assumir uma sala de aula. Não somente eu mas os professores que trabalhavam na época se sentiam desanimados e sem apoio para desenvolver o trabalho. Havia ausência de material pedagógico, de uma equipe técnica para nos apoiar, sem contar que o prédio que usávamos para dar aulas não pertencia à prefeitura. Foram cedidas três salas de aula pela escola SESI, onde havia espaço e liberdade suficientes para desenvolver nossos projetos com os alunos.

Os professores que atuavam na EJA do município, não tinham formação inicial adequada para trabalhar com esse público e a Secretaria da Educação era desprovida de recursos humanos com formação na área da EJA. Assim, faziam um trabalho que, dentro das possibilidades, julgavam ser o mais próximo da realidade daqueles alunos. Mesmo assim, muitas vezes, desenvolviam atividades inadequadas, infantilizadas, pois a experiência desses professores no período diurno era com as crianças do ensino regular. A necessidade de formação continuada era

urgente mas não havia de fato uma política pública municipal voltada para a solução deste problema.

Valinhos nunca teve em seu quadro professores efetivos para atuar na EJA87. Nenhum concurso público foi efetivado nesse sentido. De acordo com Soares et al (2007, p. 159), ―uma das dificuldades apontadas no processo de formação do professor da EJA é a falta de concursos públicos para a área que, evidencia o não-reconhecimento da EJA como habilitação profissional‖. Os mesmos professores que dão aulas no período diurno são aqueles que assumem as aulas na EJA.

Há uma descontinuidade do trabalho em equipe porque todo ano mudam os professores, já que a atribuição de aulas se dá através de Carga Suplementar de Trabalho (substituição) por pontuação dos professores inscritos. Esta atribuição de Carga Suplementar ocorre em dois momentos: No início do ano letivo há uma atribuição para os professores inscritos em nível de Rede, e durante o ano letivo a atribuição se dá de acordo com as salas disponíveis através de licenças-saúde, afastamentos e abertura de novas salas. Aos professores que dão aulas no período da manhã e tarde são atribuídas as salas da EJA.

Uma das características dos professores que atuam na EJA é a idéia de transitoriedade. Borgh (2007) afirma que

[...] a idéia de transitoriedade, característica do contexto dos educadores da EJA e a vinculação a outras modalidades educativas, desfavorecem a criação de um sentimento de pertença dos professores à proposta educativa. E em certas circunstâncias, as salas de aula da EJA na não fazem parte das prioridades dos professores. É possível que neste contexto, a infantilização das práticas seja legitimada e justifique a assunção do aluno passivo como referencial da modalidade educativa em foco (BORGH, 2007, p.230).

Muitos desses professores, como já sabemos, assumem as aulas para complementar a carga horária e ganhar um pouco mais, porque não têm o problema de indisciplina como no regular, entre outras. A justificativa para essa falta do concurso específico é a de que as salas abertas nem sempre continuam no ano seguinte, pela desistência dos alunos, e assim o professor não poderia dar aulas no ensino regular, por ser um concurso específico.

87

Atualmente há apenas cinco professoras efetivos através de Concurso de Remoção(1º ao 4º Termos), porém, como essas professoras não fizeram concurso específico para a EJA, podem se remover novamente para o ensino regular quando desejarem.

Na impossibilidade de ter um concurso específico para os professores da EJA, seria necessário, neste caso, criar mecanismos legais como uma forma de garantir que esses professores permanecessem na EJA e assim pudéssemos contar com um quadro de professores mais constante e tentar garantir uma continuidade do trabalho a ser desenvolvido.

No ano de 2004 ingressei na Supervisão de Ensino e em 2005, após eleições no município, a nova administração me convidou para coordenar a EJA. Ao constatar os problemas enfrentados nessa área, me dispus a traçar metas e objetivos para o avanço da EJA em Valinhos, tanto no que se refere à formação dos professores, que era um dos objetivos principais, como a extensão de oferta de vagas dessa modalidade nas escolas, para que os alunos tivessem mais opções de escolha para frequentarem o curso como, por exemplo, ampliação da oferta de passe escolar e melhoria na merenda escolar88.

Um dos primeiros problemas, assim que a nova administração assumiu em 2005, foi a abertura de novas salas nas EMEFs, ou seja, a ampliação do acesso à Educação de Jovens e Adultos, já que o número de escolas que ofereciam o curso era pequeno e a dificuldade de alguns alunos para irem a essas escolas era grande, pela distância, falta de recursos para o transporte e o cansaço após um dia de trabalho. A resistência por parte de alguns diretores em oferecer o curso em suas escolas era grande e ainda hoje esse é um problema no município.

Muitas vezes a EJA é tida como um curso à parte da escola como um todo, não existindo por parte dos alunos um sentimento de pertencimento em relação ao espaço da escola, sentem-se como que ―invadindo‖ um lugar do qual não fazem parte. Percebe-se, através da convivência com estes jovens que, quando eles chegam à EJA, em geral, estão desgastados, desmotivados, com histórico de repetência de um, dois, três anos ou mais, e necessitando que o professor lhes ajude a recuperar a auto-estima na sala de aula e, muitas vezes, na sua vida particular.

O reconhecimento, por parte dos professores e de toda a equipe escolar, de que esses jovens possuem capacidades individuais e criativas, faz com que eles adquiram novamente um sentimento de pertença ao espaço escolar, perdido na maioria das vezes, ao ingressarem ou retornarem à escola. É importante compreender que o espaço da escola é o espaço gerador de conhecimentos e aprendizagens, aos quais os educandos não teriam acesso por mais que vivessem em uma sociedade letrada; é um espaço de interação, de trocas e relações e a escola

88

A merenda escolar oferecida na EJA não atendia às necessidades de vários alunos que vinham para a escola após o período de trabalho. Solicitamos a melhoria dessa merenda no sentido de oferecer um cardápio que incluísse uma alimentação mais reforçada.

deve significar para toda a comunidade escolar, professores,alunos e funcionários, um lugar de pertença, de acolhimento, de ser e perceber-se como parte dela.

Para Haddad (2007),

Uma nova visão do sujeito da EJA tem como desdobramento um novo modo de acolhimento, onde a participação efetiva dos educandos é princípio básico dos processos de escolarização, garantindo que os modelos de escola vão se produzindo e reproduzindo como resultado desta ação participativa (HADDAD, 2007, p. 15).

Os professores também muitas vezes se sentem à parte da comunidade escolar em algumas escolas por não poderem usar algumas dependências para desenvolver seus projetos com os alunos (como a culinária), pela falta de reuniões pedagógicas voltadas para planejamento das atividades e estudo, sendo que os HTPCs89, que são momentos para se desenvolver o diálogo,

reflexão, troca de experiências, na maioria das escolas, não são usados especificamente para esse fim. Em muitas das escolas esses momentos são feitos em conjunto com os professores do ensino regular que sempre têm a prioridade, não tendo o tratamento e importância devidos para a equipe pedagógica da escola.

Esta visão tem melhorado, através de reuniões, reflexões com a equipe da escola, coordenação, direção e professores das escolas, inserindo no Projeto Político Pedagógico maior participação da EJA nos projetos a serem desenvolvidos no espaço escolar. Têm-se insistido que a EJA não pode ficar apartada da escola, mas sim que faz parte da mesma.

Foi inserida também a Ginástica Laboral90 para os alunos da EJA, o que tem proporcionado momentos de relaxamento após um dia cansativo de trabalho. Houve uma mudança no cardápio da merenda escolar, onde os alunos têm uma alimentação adequada, refletindo assim na satisfação dos alunos e, consequentemente, em um melhor desempenho em sala de aula, além do oferecimento do passe escolar, que muitas vezes era motivo de evasão dos alunos.

Valinhos precisava avançar também de um crescimento também qualitativo, que reconhecesse e trabalhasse de forma efetiva com as particularidades do público da EJA. Assim, mais uma vez a parceria com a UNICAMP, através da FE – GEPEJA, trouxe a formação continuada às professoras das séries iniciais (1º ao 4º Termos), que teve seu início no segundo

89

Os professores têm, por semana, duas horas de trabalho pedagógico coletivo (1º ao 8º Termos)

90

semestre do ano de 2007, estendendo-se até o final de 2008, quando evidenciamos um marco histórico neste período, e por isso ser a formação continuada das professoras o foco desta