• Nenhum resultado encontrado

Capítulo I O CINEMA EM CONTEXTO EDUCATIVO

2. O valor pedagógico do cinema

2.3. O cinema em Portugal

A utilização do cinema em contexto escolar já tem uma longa história com bastantes exemplos internacionais e nacionais de projetos estruturados, e com um vasto trabalho de investigação e produção de recursos pedagógicos, mas não se encontram muitas referências à existência de uma área curricular distinta para a aprendizagem da imagem em movimento. A tabela seguinte evidencia, ainda que de forma sintética, algumas das iniciativas e medidas de integração do cinema à educação.

11 Informação obtida: Oliveira, 1996)

12 A versão originária do projeto da Constituição foi publicada no Decreto n.º 22 241 de 22 de fevereiro de 1933. Entrou em vigor

a 11 de abril de 1933.

13 Torgal, 2011:65

Da

ta Projetos /Iniciativas de integração do cinema

Iní cio d o S éc u lo XX 19 14

As primeiras referências ao cinema com fins educativos surgem na obra de Adolfo Lima “Educação e Ensino” que é a favor deste meio de comunicação, valizando o seu valor didático e a possibilidade de reflexão pelos alunos.

19

18

O decreto nº 4650 de 14 de junho de 1918, do governo de Sidónio Pais estabelecia uma reformulação dos espaços dos liceus de forma a criar um salão cinematográfico, pressupondo uma modernização dos processos educativos com recurso à imagem em movimento. (Cerca de dez anos mais tarde, já havia aparelhagens de projeção em 15 dos 35 liceus).

19

25

A lei nº 174811 determinava que em Lisboa e no Porto fossem realizadas duas sessões

educativas por mês para as crianças das escolas primárias, acompanhadas por um professor. À semelhança do que já se verificava em outras nações europeias e nos Estados Unidos, o cinema, apesar dos seus meros primeiros passos, já se evidenciava em alguns meios escolares pelas suas as possibilidades pedagógicas.

Os diplomas da primeira república previam uma vertente educacional na utilização do cinema.

19

27

A Inspeção Geral dos Teatros teve como responsabilidade a seleção dos filmes, pelo que se inaugurou um maior controlo por parte das entidades estatais. O cinema conhece nesta altura uma utilização engenhosa, muito direcionada à propaganda, com reflexos nos comportamentos da população e sobretudo nos mais jovens, o que levou à adoção desta sétima arte como um instrumento fundamental de informação/formação, tanto ao nível do documentário como da ficção.

ca da d e trin ta 19 32

Criação da Comissão do Cinema Educativo complementada três anos depois no relatório “Cinema Educativo” publicado no Boletim Oficial do Ministério da Instrução Pública. Legitimava-se a importância do cinema na formação dos cidadãos com as vantagens da utilização das películas didáticas (documentários de investigação ou das atividades do homem) ou das películas culturais (de temas científicos, sociais ou políticos) e profetizava-se uma substituição do quadro pela tela.

19

33 Inauguração em outubro de 1933 do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), após a

aprovação da constituição12 e a formação do Estado Novo.

Liderado por António Ferro, “um intelectual modernista que admirou o jazz e o mundo do cinema”13. O SPN tinha duas funções associadas à educação política do povo: primeiro,

informativa pois o público só saberia da existência daquilo que se pretendesse que conhecesse e depois, formativa, pois a imagem que se pretendia do Estado Novo era a de uma fusão entre a tradição e a modernidade, por isso convinha cultivar um distanciamento relativamente aos estados totalitários europeus, distinguindo-se pelo seu autoritarismo de carácter rural, conservador e com um marcado sentido de «conversão», devido à sua matriz católica.

19

34

O Ministério da Educação começou a promover a exibição dos filmes de carácter propagandístico e rapidamente a ação política começou a obter os seus frutos, porque a maioria dos professores estava ligada ao partido.

14 Informação disponível em: http://www.acessoensinosuperior.pt/indest.asp (Consultado em: 07/04/2016)

ca da d e ci n qu en ta 1952 -56

Entre 1952 e 1956 ocorreu a Campanha Nacional de Educação de Adultos (CNEA) inserida no Plano de Educação Popular (PEP), com a particularidade de recorrer aos meios de comunicação audiovisuais no programa de alfabetização de adultos. O interesse e adesão das populações às missões culturais já tinham sido valorizados pela UNESCO no Congresso Internacional de 1953. Apesar de este projeto não incluir a educação infantil, considera-se como um marco no cinema educativo pelo seu pioneirismo, pela criação de infraestruturas na generalidade do território nacional continental e por envolver igualmente a formação de professores.

19

55

O I Encontro Nacional de Cineclubes ocorreu em Coimbra, continuando até 1958 (apesar de o Estado Novo ter procurado controlar as suas atividades, reduzindo a sua autonomia com a criação da Federação Portuguesa de Cineclubes em 1956).

19

58

Iniciaram-se as sessões regulares da Cinemateca Nacional, com a primeira sessão a ter lugar no Palácio Foz a 29 de setembro, depois de dez anos antes Manuel Félix Ribeiro ter assumido a direção da instituição criada a partir de um acervo documental do Secretariado de Propaganda Nacional. ca da d e se ss en ta 19 60

Surge a necessidade de alterar o rumo do ensino artístico, a partir de novos conceitos como a “educação pela arte” influenciados pelos textos de Herbert Read, com reflexos nos programas escolares e na ação pedagógica dos professores mais despertos para a inovação.

19

63

-65

Os meios audiovisuais registam novos avanços, com a fundação em 1963 pelo Ministro da Educação Nacional Galvão Telles do Centro de Estudos de Pedagogia Audiovisual e, no ano seguinte, o Instituto de Meios Áudio-Visuais do Ensino (IMAVE) e a criação da Telescola. Isso proporcionou a instalação de televisores nas escolas. As emissões regulares iniciaram-se em outubro de 1965, procurando colmatar a falta de professores quando a escolaridade obrigatória passou para seis anos, vindo a ser a experiência mais consistente e prolongada de utilização dos meios audiovisuais no ensino à distância em Portugal, e tendo inclusivamente mais sucesso educativo que o ensino formal direto.

ca da d e se tent a- oi tent a 19 71

O Instituto de Meios Audiovisuais de Educação (IMAVE) passa a designar-se Instituto de Tecnologia Educativa em 1971 e surgem condições de acesso generalizado a meios de gravação e reprodução, nomeadamente o sistema Vídeo Home System (VHS).

19

73 Surge, pela primeira vez, um curso oficial de cinema, ganhando o estatuto de um curso

superior com a reforma do Conservatório Nacional.

19

75

Criação de disciplinas relacionadas com as tecnologias educativas nos cursos de formação inicial de professores nas Universidades do Minho e de Aveiro. Surgem algumas iniciativas de professores do ensino básico de diversas áreas curriculares que utilizavam o audiovisual e o cinema com objetivos pedagógicos e didáticos na sala de aula. O audiovisual nas atividades letivas do ensino generalizado ganhou importância, particularmente a ação pedagógica do cinema, pelo que as escolas foram sendo equipadas com leitores de vídeo e televisões e, mais recentemente, leitores de DVD, computadores e projetores. Apesar de não se tratar de uma aprendizagem da linguagem cinematográfica, a ação dos professores ajudou para afirmar o papel relevante que o cinema poderia trazer para o universo escolar.

19

80 Proliferação de universidades privadas e Escolas Politécnicas, outros cursos superiores de

cinema, vídeo, som e imagem, foram entretanto surgindo noutras zonas do país14.

19

83

A Escola Piloto para a Formação de Profissionais de Cinema, passou a curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa com a reconversão do Conservatório (a partir da adaptação ao modelo de Bolonha em 2007 contempla seis áreas chave - Argumento, Produção, Realização, Imagem, Montagem, Som -, à semelhança do que acontece noutras escolas de referência).

15 António, 1998:2 A pa rtir da d éc ad a de 9 0 19 90 -92

Criação de videotecas escolares pela iniciativa de Roberto Carneiro enquanto ministro da educação do XI governo constitucional: o esforço mais evidente de iniciar uma aprendizagem da linguagem cinematográfica, construída metodicamente, numa coleção chamada “Os Filmes na Escola”. Este projeto, ao qual esteve associado Lauro António, começou pela edição em videocassetes de um conjunto de 24 filmes em 1992 de diferentes épocas, géneros e proveniências, devidamente acompanhados “por uma brochura de 16 ou 24 páginas, impressa e ilustrada, escrita especialmente por um crítico cinematográfico português, convidado para o efeito”15.

Criação de um Grupo de Trabalho de Cinema e Audiovisual, pelo esforço conjunto da Direcção-Geral do Ensino Básico e Secundário (DGEBS), o Gabinete de Educação Tecnológica, Artística e Profissional (GETAP), a Direcção-Geral da Extensão Educativa, o Instituto de Inovação Educacional e a Secretaria de Estado da Reforma Educativa, que estabeleceu como prioridade os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico.

A pa rtir da d éc ad a de 9 0 19 90 - 95

Procedeu-se à qualificação de professores através de ações de formação, após um levantamento dos equipamentos tecnológicos (televisões e vídeos) das escolas de Portugal continental e insular, entre maio de 1991 e janeiro de 1992 em Tróia, Funchal e Ponta Delgada. Foram ainda pensados cursos de formação inseridos no Projeto Foco, acompanhando uma vasta necessidade de formação de professores, mas que não se concretizaram.

O Grupo de Trabalho chefiado por Miguel Graça Moura iniciou uma reforma do ensino artístico tendo elaborado legislação específica, nomeadamente com o Decreto-Lei nº 344/90 de 2 de novembro, onde se definia o enquadramento do cinema e do audiovisual no sistema educativo permitindo a sua opção como disciplinas no 3º ciclo e secundário: foi sobretudo em ações extracurriculares ou inseridos em Áreas de Projeto que os filmes começaram a ser observados e discutidos.

Criação de uma disciplina de Iniciação à Linguagem do Cinema e do Audovisual no 10.º ano, continuando com a História do Cinema Mundial e do Cinema Português e concluindo com a Evolução Estética e Sociológica do Cinema e do Audiovisual no 12.º ano.

A reforma educativa assumia como prioridade a “formação estética e a educação da sensibilidade”, onde o cinema passaria a ser uma possibilidade no ensino genérico e para o qual tinha contribuído o projeto dirigido por Lauro António com a distribuição da coleção de filmes a cerca de 500 escolas, complementado por um festival de vídeo escolar.

O programa “Cinescola” centrado no Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual (IPACA) pretendia criar parcerias entre as salas de cinema e as escolas, e divulgar o cinema europeu nos jovens.

Nesta perspetiva de sensibilização para o cinema num contexto educativo, a intervenção prioritária caberia aos professores e gestores de cinema, a partir de modelos e experiências realizadas em países europeus. Tanto o projeto “Os Filmes na Escola”, como o “Cinescola” criado poucos anos depois e que pretendia desenvolver relações entre as escolas e as salas de cinema locais, não tiveram continuidade nas legislaturas seguintes.

19

96

Foi elaborado um relatório resultante da ação conjunta dos Ministérios da Educação e da Cultura, coordenado por Maria Emília Brederode Santos, no sentido de promover o ensino artístico.

16 Apesar do vazio resultante da falta de iniciativa das políticas educativas após Roberto Carneiro, a experiência levada a cabo

deixou algumas marcas, com a formação de docentes e diversas iniciativas de criação de clubes de vídeo escolares. O clube de cinema na Escola Secundária de Loulé criado em 1986 pela professora Anabela Moutinho, que trouxe para o meio escolar a sua experiência como dirigente do Cineclube de Faro, foi o exemplo mais significativo no Algarve, por ser anterior às propostas de Roberto Carneiro e por seguir uma estrutura muito semelhante a um cineclube. Os alunos inscritos tinham acesso à projeção de filmes em 35 mm no CineTeatro local, mediante o pagamento de uma quota mensal. Com a realização de boletins informativos e a respetiva apresentação dos filmes, foi possível trabalhar as dimensões extracurriculares e curriculares, através de explorações temáticas relacionadas com os conteúdos escolares, em mais uma experiência inovadora em escolas do Algarve.

17 Disponível em: http://www.avanca.com (consultado em janeiro de 2016)

S éc u lo XXI 20 00

Criação de um grupo de trabalho coordenado por Augusto Santos Silva, que produziu um segundo relatório, desenvolvendo o trabalho iniciado anteriormente. Considerou-se o alargamento de opções artísticas no 3.º ciclo, possibilitando-se a inclusão da área curricular de cinema, dança, drama, fotografia, etc., mas mantendo a obrigatoriedade de Educação Visual e Educação Musical. Este relatório mais extenso que o anterior fazia uma análise aprofundada do panorama artístico em Portugal, destacando a valorização das “boas escolas”.

20

04

Um terceiro relatório, coordenado por Jorge Barreto Xavier, o mesmo ano da criação da disciplina de cinema no Algarve, destacava as propostas da Direção Regional de Educação do Algarve com relevo para o Programa Juventude/Cinema/Escola. Propunha um conjunto de recomendações, entre as quais a consolidação da diversificação da oferta artística no 3.º ciclo do ensino básico e a ação estratégica dos Planos Educativos e Planos Anuais de Atividades das escolas ou agrupamentos.

Ped ag og ia lmic a na s es co la s e os cin ec lu be s

Os cineclubes16 tiveram um papel fundamental na formação do público, na medida em que

permitem assistir a filmes que não estão nos circuitos comerciais, ou seja, uma vasta cinematografia que foge às ideias dominantes e que muitas vezes é quase inacessível, e também por algumas iniciativas de promoção do cinema em projetos singulares que permitem uma aprendizagem da teoria, técnica, história e estética do cinema. Têm sido parceiros privilegiados em atividades de promoção da literacia fílmica nas escolas, em iniciativas inovadoras que oferecem aos jovens o que as áreas curriculares não conseguem ou não podem dar. Dada a impossibilidade de analisar todas as atividades desenvolvidas pelos cineclubes nas escolas, poder-se-ão considerar alguns dos exemplos mais significativos da ação pedagógica dos Cineclubes de Avanca, Viseu e Faro, apesar de haver muitos outros que fomentam o ensino do cinema em contexto escolar.

O Cineclube de Avanca iniciou as suas atividades em novembro de 1982, tendo-se vindo a distinguir pelas suas propostas singulares, como os Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia de Avanca, ao qual está associado o Festival de Cinema de Avanca, além de outros concursos e iniciativas. No primeiro encontro escrevia-se que esta necessidade de “olhar a infindável paisagem audiovisual” levara a “provocar o encontro, a formação e um espaço de discussão”17.

20

01

Projeto em associação com o Centro da Área Educativa de Aveiro, mostrando alguns dos filmes portugueses mais significativos nas escolas do 2º e 3º ciclo do Ensino Básico do Distrito de Aveiro. Este projeto de Cinema Português nas Escolas tem a particularidade de contar com a presença dos realizadores nas diversas sessões, possibilitando um outro nível de discussão sobre os filmes visionados e uma dimensão diferente na relação entre o espectador e a obra. O trabalho desenvolvido no cineclube inclui ainda a produção de filmes,

principalmente de curtas-metragens de ficção e animação e ainda de documentários, e a edição de livros em quatro coleções distintas (Comunicação e Arte; Comunicação em Debate, Fotobiografias e BD).

Tabela 2: Iniciativas e projetos de integração do cinema em contexto educativo. Fonte: Elaboração própria segundo síntese de ideias de Neves (2011)

Tendo em conta o exposto, e tendo em consideração as ideias de autores como Araújo (2007), desde os primórdios da produção cinematográfica, a indústria do cinema tem sido considerada até pelos próprios produtores e diretores um poderoso instrumento de educação e instrução. Portanto, o cinema pode muito bem servir como instrumento útil ao processo de

18 Informação em: http://www.cineclubeviseu.pt (consultado em janeiro de 2015)

19 Informação em http://dge.mec.pt/plano-nacional-de-cinema (consultado em setembro de 2016)

20

10

I Conferência Internacional de Cinema – Arte, Tecnologia, Comunicação, funcionando em paralelo com os Encontros e que teria continuidade no presente ano. O Cineclube de Viseu mantém desde 1955 uma grande vitalidade, mesmo nos momentos de “adormecimento cultural”18 do Concelho. Além da divulgação e estudo do cinema, as suas atividades passam

pela formação, exposições, concursos, e também pela dinamização de outras áreas artísticas, com particular relevo para a fotografia, através de um concurso anual. A partir de 1999 e com uma periodicidade anual, o Cineclube de Viseu tem desenvolvido o projeto Cinema nas Escolas e pretende desenvolver as escolas de todo o concelho numa proposta de envolver alunos e professores numa ação educativa que relaciona o currículo tradicional com a componente audiovisual, visionando filmes acompanhados de fichas de análise, e também a criação de objetos animados e pequenos filmes, sempre com a preocupação de adequação aos programas curriculares. Envolve todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar até ao ensino superior. Anualmente, participam neste projeto mil alunos de três dezenas de escolas, que além de assistirem aos filmes relacionados com as diversas disciplinas, ainda têm a oportunidade de desenvolver competências fílmicas.

O Pro jeto J u ve n tu de -Cin em a- Esc ola 20 10

O projeto Juventude-Cinema-Escola (JCE) da Direção Regional do Algarve em parceria com o Cineclube de Faro, naquele que é provavelmente o mais sistemático e mais abrangente dos projetos de ensino do cinema em contexto escolar. O JCE é o projeto a nível nacional com maior longevidade, com mais escolas, professores e alunos envolvidos. Iniciado no ano letivo 1997/1998 pelas professoras Anabela Moutinho e Graça Lobo, que além da atividade docente também trouxeram a sua experiência na direção do Cineclube de Faro, tem-se preservado numa rede de escolas do ensino básico e secundário, que vai do 5.º ano até ao 12.º ano. Em 2010, quase todas as escolas EB 2,3 e secundárias do Algarve passaram pelo projeto (60 das 67 escolas da região), mais de 25 mil alunos e 1250 professores, em cerca de 1200 sessões em salas de cinema. Pl an o Na ci on al de Ci n em a 20 13

O Plano Nacional de Cinema (PNC) é uma iniciativa conjunta da Presidência do Conselho de Ministros, através do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura, e do Ministério da Educação e Ciência, pelo Gabinete do Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, conforme Despacho n.º 15377/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 229, de 26 de novembro de 2013, e operacionalizado pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), pela Cinemateca Portuguesa — Museu do Cinema e pela Direção-Geral da Educação (DGE).

O PNC19 trata-se de um plano de literacia para o cinema e pretende divulgar obras

cinematográficas nacionais junto do público escolar e formar públicos escolares, despertando nos jovens o hábito de ver cinema, bem como valorizá-lo enquanto arte junto das comunidades educativas, garantindo instrumentos essenciais e leitura e interpretação de obras cinematográficas junto dos alunos das escolas abrangidas pelo programa.

ensino-aprendizagem, pois educar pelo cinema ou utilizar o cinema no processo escolar é ensinar a ver diferente. É educar o olhar, segundo Leonardo Carmo (2003).