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CAPÍTULO 2: CONTORNOS DE UM FORMATO

2.2 O DESCOBRIMENTO DAS LIVES POR VEÍCULOS BAIANOS (ETAPA 1)

Esta pesquisa acompanhou, mesmo que inicialmente de modo não-sistemático, o uso do

Facebook Live por redações brasileiras desde que o recurso ficou disponível no Brasil, em

dezembro de 2015. Este primeiro tópico é resultado deste acompanhamento. Antes mesmo da formulação das nossas questões de pesquisa, no que podemos nomear como a etapa exploratória

do estudo, observamos como se deu o início dessa operação do Facebook Live no contexto regional (entre empresa de comunicação com sede em Salvador-Bahia). Denominamos essa fase da investigação de Etapa 1, como detalhamos na Introdução. Ela aborda o primeiro contato dos veículos baianos com o Facebook Live.

Acreditamos, como Winocur (2007), que os diagnósticos sobre os impactos de ferramentas novas da Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), devem partir sempre do modo como se tem acesso à elas, do ato fundador dessa aproximação entre apropriadores a apropriações, sem deixar de considerar que “a incorporação de qualquer meio ou gênero novo de comunicação sempre esteve mediada por experiências anteriores e também pelos imaginários sociais que estabelecem funções, sentidos e prescrições a respeito da incorporação das TICs mesmo antes que seu uso se generalize” (p. 74).

Considerando que tratou-se de um momento de adaptação da apropriação do Facebook Live pelos veículos e seus seguidores, nossos resultados da análise dos três primeiros meses de uso da ferramenta no âmbito local apontam para a existência de uma distância entre parte das potencialidades do recurso e seus reais empregos. Exemplo disso é o modo como, embora seja um valor conferido pelas empresas às transmissões, a interatividade entre quem produz e consome estas lives nem sempre foi um sinônimo de real interlocução entre esses dois polos. Ainda assim, defendemos que há modos próprios do público de reagir a esse tipo de postagens na rede social.

Outro resultado, detalhado a seguir, indica como as limitações técnicas, especialmente relacionadas à conexão com a internet, circunscreveram características das lives do período analisado, entre elas o aprisionamento às redações. As transmissões audiovisuais pelo Facebook foram identificadas como novos produtos das e pelas redações, com forte apelo às temáticas do

soft news, iniciadas sem planejamento, de modo aperiódico, sem prioridade ou exclusividade

em relação aos demais suportes e com implicações nas rotinas e no modo de relacionamento das redações com seus públicos.

2.2.1 Protocolo

Detalharemos, nesta seção, os procedimentos e escolhas metodológicas adotados exclusivamente nesta primeira etapa da pesquisa, cujo objetivo principal foi a identificação das características mais gerais do modo como as redações inicialmente se apropriaram das lives. Nossos resultados são baseados na observação exploratória, identificação dos padrões médios

e de seus principais desvios, na busca e identificação do contexto em que as produções foram desenvolvidas nas redações, além de uma primeira tentativa de identificar traços da relação dos usuários do Facebook com essa produção. Vale destacar que a forma como os jornalistas passaram a lidar com um formato ainda não consolidado, muito pelo contrário, deixou marcas nos vídeos, ligadas às suas inseguranças e aprendizagem dessa nova ferramenta de trabalho. Esse aspecto também fez parte da observação e nos permitiu alguns avanços na identificação de impactos na rotina profissional e de características do fazer jornalístico convergente.

Considerando o recorte e as questões de pesquisa específicas, a etapa aqui apresentada – bem como as etapas 4 e 5 – pode ser entendida como um caso de um estudo múltiplo. Para operacionalização deste estudo de caso foram adotados os seguintes procedimentos de coleta e processamento de informações: 1) a construção de uma base de dados com informações das 73 transmissões/postagens analisadas; 2) a análise dessas informações adotando ferramentas próprias do Estudo de Caso; e 3) visitas e entrevistas nas redações pesquisadas. Tais procedimentos foram realizados entre os meses de maio e junho de 2016. Uma revisão da análise, com o reexame das transmissões, em busca de refino da observação com base em nossas questões de pesquisa, teve lugar em dezembro de 2018.

Tratemos, então, da composição desta primeira amostra do estudo. Com foco nas empresas de comunicação do estado da Bahia com sede na capital, fizemos um levantamento em maio de 2016 para identificar as que usavam o recurso Facebook Live. Inicialmente, realizamos um levantamento dos sites noticiosos de Salvador auditados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC). Das seis empresas que contratavam o serviço, apenas três delas utilizam o recurso do live streaming do Facebook: Bahia Notícias, Correio24horas e o iBahia. Varela

Notícias, Portal A Tarde e o Bocão News102 não haviam feito transmissões ao vivo pelo

Facebook até aquele período.

Buscamos também o uso do recurso em outras empresas de comunicação conhecidas na cidade, incluindo as principais emissoras de TV, mas ignorando as rádios. Encontramos, nesta segunda busca, apenas a página da Aratu Online, que já era verificada pelo Facebook103, porém

havia usado o recurso de transmissão ao vivo apenas uma vez, para a transmissão de um show promovido pelo grupo em que a empresa faz parte. A Aratu Online não foi incluída neste caso

102 Fora dos veículos auditados pelo IVC, o site Bocão News tinha uma peculiaridade por optar por publicar

vídeos gravados e editados com os destaques diários do site (formato similar ao do Bahia Notícias e do iBahia, que optam por transmissão ao vivo do mesmo tipo de conteúdo).

103 Selo atribuído pelo Facebook confirmando que o perfil pertence, de fato, à pessoa, marca ou empresa; apenas

pelo uso da live não ser, nesta primeira e até então única transmissão, necessariamente jornalístico.

A partir da seleção (Bahia Notícias, Correio24horas e iBahia), exploramos o catálogo de vídeo e transmissões ao vivo destas três empresas, considerando sempre o período de três meses a partir da primeira live realizada por cada empresa. A distribuição foi a seguinte: a página do jornal e site Correio24horas realizou 20 lives a partir do dia 28 de janeiro de 2016; a do portal de notícias e entretenimento iBahia transmitiu 15 lives, estreando no dia 29 de março de 2016; a página do site Bahia Notícias fez a primeira transmissão no Facebook no dia 15 de abril daquele ano e, três meses depois, somou 38 lives. Nossa amostra total desta primeira etapa, então, foi de 73 transmissões ao vivo analisadas.

Como já assinalado e como detalharemos abaixo, essa análise teve caráter exploratório, de modo que reconhecemos que houve um grande volume de dados coletados, parte dele subaproveitado no relato aqui apresentado, mas importante para o entendimento conjectural a que se pretendia esse primeiro contato empírico com o objeto de pesquisa. Inicialmente, observamos de modo não sistemático a cartela de vídeos dessas empresas, tanto as lives como o conteúdo gravado. De igual modo observamos os sites, tentando buscar anúncios ou incorporações de lives neste espaço, o que não se verificou neste primeiro momento.

Após essa última etapa, passamos, então, para uma análise sistemática que, como mencionamos, foi desenvolvida em 2016 e revisitada em 2018. Ao final, essa análise se dividiu em cinco quadros de observação. Um primeiro ligado à identificação da transmissão (veículo, data, dia da semana, horário, duração, ID104 e link permanente, título, descrição, thumbnail, locação); um segundo para identificação dos “personagens” – jornalistas, fontes ou convidados envolvidos na transmissão; a terceira seção de dados identificou as finalidades da transmissão (que temática/editoria usava o recurso e em qual “formato” – boletins, bastidores da redação, resenhas, prestação de serviço, comentários, entrevistas, flashs; além de observar se era um uso externo ou não em relação à redação); um quarto quadro relacionado ao consumo e interação (registro dos pedidos dos jornalistas para que a “audiência” interagisse com a produção, retornos a essas interações, relação com conteúdo de outras plataformas e o engajamento da publicação – reações, comentários e visualizações) e também no mesmo bloco buscamos descrever a qualidade da transmissão (composição, imagem, som, travamentos, interrupções

abruptas, uso de equipamentos evidentes). O quinto e último espaço de compilação dos dados ficou aberto para anotações gerais.

Parte dos dados da tabulação foram coletados pela API do Facebook, através do software Facepager, e aspectos qualitativos foram inseridos pelo pesquisador após a recuperação e observação da transmissão. Todas as informações foram tabuladas e estão disponíveis para consulta através do link <http://bit.ly/dadoslive>.

Após a primeira análise dos dados, esta pesquisa realizou visita às redações para entrevistas semiestruturadas com profissionais diretamente responsáveis pelas transmissões, todos em posição de liderança de equipes. A entrevista teve como objetivo coletar informações contextuais das transmissões, as condições de produções e validação de parte das informações inferidas através da análise do conteúdo. Também foi um objetivo das entrevistas entender a percepção desses profissionais em relação a aspectos e implicações profissionais e editoriais e a inserção desse formato no modelo de negócio das empresas. Os resultados105, que passamos a descrever agora, são consequência desses diversos modos de entrada e, portanto, de diferentes fontes de evidências em relação a este que foi o primeiro contato empírico com o objeto de estudo na trajetória desta pesquisa.

2.2.2 Principais resultados

Um movimento importante para entender como se deu a utilização do Facebook Live nas redações baianas foi datar a transmissão inaugural. Dentro da categoria de fanpages com o selo “site de notícias/mídia” da Bahia, a primeira live pelo Facebook ocorreu na tarde do dia 28 de janeiro de 2016, na página do Correio24horas, do jornal Correio, uma empresa da Rede Bahia de Comunicação, que edita um jornal impresso diário e mantém o site que explica a alcunha “24 horas”. Essa primeira transmissão ocorreu tão logo o editor de inovação do jornal teve conhecimento da disponibilidade do recurso, sem planejamento ou script, procedimento similar ao das demais empresas investigadas nesta etapa da pesquisa. O primeiro vídeo transmitido pela

fanpage do jornal consistiu em um giro de câmera de 180º, durante 30 segundos, revelando a

redação do jornal, com som ambiente.

Desavisados da transmissão, os jornalistas aparecem trabalhando, no telefone, no computador ou conversando com editores. Não foi cadastrada qualquer informação que

105 Parte dos resultados aqui relatados foi apresentado e debatido durante o XIV Enecult - Encontro de Estudos

legendasse a transmissão antes que ela tivesse início. O teste da ferramenta nova teve alcance total (após ficar disponível no acervo) de 11 mil visualizações.

Na caixa de comentários da primeira transmissão106, as reações foram diversas. Há críticas e elogios em relação ao jornal; dúvidas sobre o uso do próprio recurso, a exemplo de “qual o sentido disso?”; especulações e brincadeiras como “Isso eh arte de estagiário novato q deve ter apertado em algum botão q não sabia pra q era” (sic); pedidos de emprego; além de uma série de pedidos de cumprimentos (“alô”) pelos seguidores, muito deles, espontaneamente, sinalizaram a cidade ou bairro do qual assistiam.

Foi por conta deste último tipo de interação que os editores justificaram uma segunda transmissão na mesma tarde, na qual a então editora de conteúdo aparece no vídeo lendo os comentários, atendendo aos cumprimentos pedidos – o que remete ao conhecido hábito de emissoras de rádio popular de saudar a “audiência” nominalmente e referindo-se ao bairro de origem – e finalizando convidando os espectadores a conferirem a cobertura de Carnaval. Na tarde seguinte, o Correio usou a live para que a colunista social e suas repórteres assistentes mostrasses os bastidores da produção da coluna e antecipassem parte do conteúdo do impresso do dia seguinte, depois dali, o jornal ficou 13 dias sem transmitir lives107, até começar, no dia 11 de fevereiro de 2016, uma série de resenhas esportivas em dias em que clubes locais jogavam, com comentários e informações apresentados pelo repórteres da editoria setorizada na área, o que pode ser considerado como o principal produto/formato desse primeiro contado desta redação com o recurso.

O Correio ficou por quase dois meses sendo o único veículo dentro do nosso recorte regional com a disponibilidade e utilizando o Facebook Live, até a primeira transmissão do portal de notícias com foco em entretenimento, o iBahia, do mesmo grupo de comunicação, que fez a primeira transmissão pelo Facebook Live em 29 de março de 2016. Enquanto o uso do Correio nos primeiros três meses ficou marcado pelas resenhas esportivas, o iBahia teve como principal produção transmissões relacionadas aos bastidores de visitas de artistas à redação. Embora tenha havido um investimento financeiro, que detalharemos mais à frente, e posteriormente uma tentativa de ter uma grade de programação no Facebook Live, esses três primeiros meses do iBahia reuniram conteúdos difusos, como foi o caso das primeiras transmissões, nas quais não é evidente se a live é o conteúdo principal ou apenas um bastidor

106 Disponível em: <fb.com/correio24horas/videos/1287880994559723/>. Acesso em: 12 de jan. de 2019. 107 Em entrevista ao autor, os editores atribuem esse hiato à dificuldade de conexão com a internet de qualidade.

para atrair “audiência” para uma entrevista completa que seria apresentada posteriormente no site.

Vale mencionar que o Facebook Live não foi o primeiro contato do iBahia com transmissão de vídeo por streaming. Como recordou o gerente de projetos, em entrevista ao autor, a aposta do veículo em transmissões ao vivo teve início em 2011, quando passou a ser considerado um “portal”. A empresa usava neste primeiro momento a plataforma Live Streaming, que só viria a se popularizar no Brasil em junho de 2013, por conta de uma série de protestos de rua em todo o país.

O Facebook Live também não foi a primeira ferramenta live streaming usada pelo Bahia

Notícias, que iniciou o projeto Destaques do Dia, seu principal quadro ao vivo, no aplicativo Periscope, do Twitter. Inicialmente esta foi uma ação na conta pessoal do jornalista editor-chefe

do site, posteriormente migrada para a conta institucional. Em entrevista ao autor, o editor reconhece, no entanto, que o amplo alcance do Facebook Live foi o que consolidou uma cultura do live streaming e uma busca por investimento dentro da empresa para esta área. O Bahia

Notícias é um veículo nativo digital, inicialmente lançado no formato blog.

No Bahia Notícias, o quadro Destaques do Dia – um boletim transmitido no início da noite com um resumo dos assuntos considerados importantes no dia, principalmente da editoria de política – é, ainda em 2019, o principal produto das lives transmitidas pelo site e correspondeu a 66,7% do conteúdo analisado nos três primeiros meses de transmissão. Embora o Destaques

do Dia tenha sido formatado ainda no período do uso do Periscope e permanecido, as primeiras

transmissões tiveram um perfil inusual dentro do catálogo de transmissões da empresa. Por uma questão ocasional, elas foram dedicadas à cobertura da votação da admissibilidade, na Câmara dos Deputados (Brasília), do processo de impeachment da presidente da república Dilma Rousseff, entre os dias 15 e 17 de abril de 2019. De um modo geral, a cobertura de eventos in

loco com uso de streaming de vídeo ou transmissões fora da redação do Bahia Notícias estavam

inviabilizadas pela falta de um plano de internet móvel, mas a oportunidade na Câmara dos Deputados pareceu ao editor duplamente oportuna, primeiro pelo fato do Facebook ter disponibilizado o recurso Live no primeiro dia da estadia em Brasília, depois de meses de tentativa de verificação da página sem sucesso108, segundo por conta da rede de internet wifi

disponível no Congresso Nacional permitir a transmissão. Novamente, mais um caso de início

de transmissão sem um prévio planejamento ou discussão editorial em relação ao uso da ferramenta.

Avançando desse primeiríssimo contato das redações para voltar a tratar de toda a amostra, passamos agora a listar questões sobre o modo como as lives podem ser apresentadas textualmente para o público. Isso se dá através de dois campos: título e descrição. Não cabe aqui, no entanto, estabelecer uma analogia com os títulos e linhas de apoio em conteúdos jornalísticos de outros suportes, entre outras questões, por conta de o “título” ser aqui um elemento quase não utilizado nas transmissões analisadas. Ao iniciar a live, o próprio aplicativo do Facebook sugere a inclusão de uma descrição do conteúdo que explique o tema da comunicação. Essa descrição aparecerá no push enviado aos inscritos na função live da página logo após o texto “[fanpage] está ao vivo:” ou “[fanpage]: fez uma transmissão ao vivo:”, conforme a figura abaixo e no qual fanpage corresponde ao nome do veículo. Há duas opções em que o campo título pode ser cadastrado. Quando a live não é iniciada pelo aplicativo do

Facebook, mas por outro software no qual esse campo já pode ser antecipadamente incluído ou

quando a página, após encerrar a transmissão ao vivo, é atualizada por um dos administradores com as informações do vídeo que fica disponível sob demanda.

Figura 14 - Exemplos de pushs que avisam sobre lives na versão web do Facebook

Fonte: Recorte de um print de tela

Na análise da Etapa 1 da pesquisa, 90,5% dos vídeos (N= 67) não atualizaram a opção título, o que pouco tem impacto no modo como o conteúdo é apresentado, podendo interferir apenas na indexação, que costuma ser facilitada com preenchimento de mais campos. As figuras 15 e Figura 16 demonstram como, uma vez inserido, o título aparece na interface desktop, mas não modifica a versão mobile. O Bahia Notícias usou título quando experimentou a transmissão com o uso do software Wirecast109, o Correio editou o título de uma de suas transmissões com

o seguinte texto “Entrevista ao vivo aconteceu no dia 14 de março”, para situar quem assistisse

o vídeo gravado. Não há elementos significativos para destacar da análise do campo título, o que é diferente da opção descrição, que exploraremos adiante e que tem números inversos ao primeiro – apenas 5,4% das lives analisadas não apresentaram descrição (N=4).

Figura 15 - Visualização do campo título (em negrito, lado superior direito) na versão web

Fonte: Reprodução de tela

As seguintes características gerais podem ser atribuídas às descrições dos vídeos, de acordo com a análise do nosso recorte regional e temporal. As descrições que apresentam os vídeos são textos de um único parágrafo, contendo uma média de 14 palavras. Entre os três veículos pesquisados houve uma mudança de padrão em relação a essa extensão, o que também estabelece uma relação com a diversidade de pauta. Correio e iBahia, que realizaram lives preponderantemente com uma única temática ou restrito a uma única editoria, em média descreveram suas transmissões com sete ou oito palavras, enquanto o Bahia Notícias, com a pauta de seus boletins ampliada, chegando a abranger até sete temas de diferentes seções do site, precisou de uma média de 19 palavras. O uso de hashtags foi frequente apenas no Bahia

Figura 16 - Não há diferença na visualização das lives com (1 e 2) e sem (3) títulos. A visualização mobile

apresenta apenas a descrição

Fonte: Montagem sobre captura de tela

Com auxílio do serviço de análise textual Linguakit110, identificamos que os textos que apresentam as lives ao público seguem uma tradição de formatos jornalísticos, com pouco uso de adjetivos (1,8% das palavras) e preponderância do uso de verbos no presente (82,5% dos verbos empregados), conjugados principalmente em seu modo indicativo (sendo os mais frequentes os verbos ser, ir e ter); além de chamar atenção o uso de verbos no modo subjuntivo – mesmo que em alguns contextos sugerem um tom imperativo – que convida os usuários ao consumo da transmissão, com maior frequência de derivações dos verbos ver e acompanhar – o que notadamente remete a uma tradição televisiva – ou mesmo da linguagem audiovisual – e