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2 MÍDIAS DIGITAIS E REDES SOCIAIS COMO PROCESSO DE INTERAÇÃO

2.7 Principais mídias e redes sociais da internet

2.7.3 O Facebook

A exemplo do que ocorre com o twitter, em virtude da facilidade de acesso, a praticidade do manuseio e a interatividade nas redes sociais da internet, o facebook tornou-se uma das mais populares redes sociais da Web.

Com apenas dez anos de existência, o Facebook, fundado em 2004, pelos ex- estudantes da Universidade de Harvard Mark Zuckerber, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Cris Hughes, constitui-se atualmente no maior fenômeno das redes sociais no mundo. No inicio, funcionava de forma restrita apenas para os estudantes de Harvard. Com o passar do

tempo, o facebook foi expandindo suas ações para outros campos estudantis; porém, apenas a partir do ano de 2006, foi permitido o acesso para que qualquer usuário acima dos 13 anos de idade pudesse criar o seu perfil nessa ferramenta da internet.

Conforme apontam Silva e Almeida (2014), o facebook é uma rede social digital que tem o objetivo de reforçar e criar laços de amizade no ambiente virtual. No ano de 2012, a plataforma atingiu um bilhão de usuários ativos.

De acordo com Silva e Almeida (2014), a missão do facebook é “fazer do mundo um lugar mais aberto e conectado”. Dentre os seus princípios, destacam-se:

a) desenvolver aplicativos sociais e envolventes;

b) ajudar os usuários a compartilhar conteúdo expressivo e relevante; c) respeitar a privacidade; e

d) não iludir, confundir, enganar ou surpreender os usuários.

Os autores descrevem que o facebook é organizado em perfis, páginas e grupos. “No perfil é possível inserir informações sobre local de trabalho e formação educacional, informações pessoais, cidade natal e residência atual, contatos, preferências e fotografias. As atualizações feitas pelos participantes não são públicas e as suas visualizações seguem escolha de nível de privacidade”. E explicam que:

As páginas permitem que as instituições se comuniquem com pessoas que as curtem. E apenas podem ser criadas e gerenciadas pelos representantes oficiais. Já os grupos permitem que um pequeno grupo de pessoas interaja sobre tema de interesse comum. O usuário pode curtir, compartilhar e comentar as postagens sem limitação de espaço. Portanto, o texto segue a edição do usuário. (SILVA ; ALMEIDA, 2014). Outras características importantes do facebook destacada por Silva e Almeida (2014), “são as mudanças constantes em sua interface, que dividem a opinião dos usuários. A última modificação significativa ocorreu em março de 2013, quando houve a atualização da “linha do tempo” e a unificação do layout de plataformas”.

Isso implica dizer que a ferramenta e meio de comunicação da internet está sempre inovando e se reinventando para não perder espaço para os concorrentes, conquistar novas audiências, patrocinadores, internautas adeptos.

Segundo dados do IBOPE (2013), o facebook lidera o ranking de redes sociais no Brasil, com 67,96% da preferência nacional entre as redes sociais. A rede social tem utilizado diversas estratégias com o objetivo de manter os usuários o maior tempo possível conectados a sua rede. De acordo com informações do instituto de pesquisa, uma das estratégias atuais do facebook está voltada para a atenção dos integrantes da terceira idade, que tem disponibilidade de tempo e carência de ocupação atividades.

O facebook tem crescido à medida que a rede social evolui como uma espécie de habitat completo, contendo aplicativos, jogos e recursos que tem proporcionado aos usuários um leque cada vez maior de atividades possíveis dentro de seu ambiente.

Atentas a esta realidade, e, na busca pela audiência de ouvintes, telespectadores, leitores e clientes de modo geral, as instituições públicas e empresas privadas estão buscando aproximação com o público, em maior frequência, pelas redes sociais porque entendem que é lá onde o povo está.

Conforme constata Dunn (2012, p. 51) “se você não está se comunicando com as mídias sociais, está deixando uma parcela cada vez maior da população fora da conversa”. Ex-diretora de Comunicação da Casa Branca, no primeiro governo do Presidente Obama, ela acredita na complementaridade entre as mídias tradicionais e as digitais: “Não se trata de mídia social contra imprensa convencional. Esses não são canais concorrentes. Trata-se de um processo cumulativo. Se você se comunica só pelas mídias sociais, deixa de fora uma parcela significativa da população”.

Dunn (2012) indica que é por essa razão que os governos se comunicam cada vez mais por todas as plataformas, devido ao fato de que, nas páginas da internet, as mídias sociais e a tecnologia móvel têm grande potencial para intensificar a comunicação entre governos, jornalistas e cidadãos.

Os assessores de comunicação do governo podem divulgar mais informações com mais rapidez a um número maior de jornalistas. Atualmente, os jornalistas podem receber informações em uma sala de imprensa virtual e não física. Os governos podem usar twittes e blogs para esclarecer fatos, lidar com rumores e boatos e informações equivocadas. Eles também podem divulgar notícias, fotos e vídeos diretamente ao público, sem passar pelo filtro da imprensa. Igualmente, podem solicitar a opinião dos cidadãos e obter suas sugestões sobre os programas de forma direta. (DUNN, 2012, p. 51).

Tendo estado à frente de uma das mais importantes equipes de comunicação do mundo, a citada autora afirma com propriedade que: “os dias de monólogos acabaram. Se você não estiver dialogando – e isso é verdade para qualquer instituição, universidade, comércio, todos – se você não convidar as pessoas para conversar com você, elas têm vários lugares onde podem falar sobre você”.

Considerando este contexto, a inserção em redes sociais da internet deve passar a ser analisada com maior seriedade pelas instituições públicas para melhor socializar as suas ações com o público, tendo em vista o amplo acesso em todas as camadas sociais. É proposta do

nosso estudo, portanto, que a Assessoria de Comunicação Social da FUNDAJ possa fazer uso das redes sociais de forma adequada para proporcionar maior visibilidade as suas ações junto à sociedade. Nessa inserção, faz-se necessário atentar para regras que poderão nortear a conduta dos responsáveis pela produção de conteúdo institucional. Nesse sentido, os manuais de conduta representam ferramenta basilar na condução das atividades de comunicação.