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o futuro e a conjuntura em desenvolvimento dos medicamentos biossimilares

No documento medicamentos biossimilares (páginas 35-38)

TABELA 3 > EXEMPLOS DE ANTICORPOS MONOCLONAIS APROVADOS ATUALMENTE

DCI da substância

ativa Nome comercial Função ou alvo Utilização clínica (exemplos)

Adalimumab Humira® Inibidor do TNFα Artrite reumatoide,

doença de Crohn Alemtuzumab Campath® Inibidor de CD52 Leucemia linfocítica crónica de células B

(LLC-B) Basiliximab Simulect® Inibidor do recetor

de IL2 Rejeição de transplante Bevacizumab Avastin® Inibidor do fator de crescimento endotelial

vascular (VEGF)

Cancro colo-rectal, cancro do pulmão Cetuximab Erbitux® Inibidor do recetor do fator de crescimento

epidérmico (EGFR)

Cancro colo-rectal, cancro da cabeça e do pescoço Daclizumab Zenapax® Inibidor do recetor

de IL2 Rejeição de transplante Infliximab Remicade® Inibidor do TNFα Artrite reumatoide, doença de Crohn,

psoríase Natalizumab Tysabri® Inibidor da integrina α4 Esclerose múltipla

Omalizumab Xolair® Inibidor de IgE Asma

Palivizumab Synagis® Inibidor do vírus

sincicial respiratório Infeção pelo vírus sincicial respiratório Panitumumab Vectibix®

Inibidor do recetor do fator de crescimento

epidérmico (EGFR) Cancro colo-rectal Ranibizumab Lucentis® Inibidor do fator de crescimento endotelial

vascular (VEGF) Degeneração macular Rituximab Mabthera/Rituxan® Inibidor de CD20 Linfoma não-Hodgkin de células B, artrite

reumatoide Trastuzumab Herceptin® Inibidor de HER2 Cancro da mama

O primeiro biossimilar de anticorpo monoclonal (infliximab) foi autorizado na UE em 2013. A fim de desenvolver uma versão biossimilar de um mAb terapêutico existente, todas as características estruturais do medicamento de referência, incluindo a cadeia peptídica, o enrolamento estrutural, os perfis de pureza e o perfil de glicosilação, deverão ser concebidos, verificados, validados e reproduzidos. Para alcançar estes objetivos, encontra-se disponível um conjunto de ferramentas abrangente de técnicas analíticas, biológicas e de engenharia de processos para permitir a otimização do processo de fabrico e subsequentemente a determinação da comparabilidade entre o mAb biossimilar final e o medicamento de referência. As competências atuais das autoridades regulamentares da UE e da Agência Europeia de Medicamentos para a realização de uma avaliação científica sólida baseiam-se na experiência adquirida com a análise de diversos produtos mAb originadores, incluindo as avaliações efetuadas relativamente às muitas alterações no processo fabrico destes produtos, ocorridas ao longo de vários anos, bem como na avaliação de inúmeros pedidos de aprovação de biossimilares. As orientações abrangentes da UE existentes em matéria de medicamentos biossimilares são aplicáveis ao desenvolvimento de mAbs biossimilares. Além disso, encontram-se a ser desenvolvidas orientações específicas sobre biossimilares de anticorpos monoclonais.

|QUADROS REGULAMENTARES DE BIOSSIMILARES FORA DA UE Devido aos seus elevados padrões de qualidade, eficácia e segurança, o quadro regulamentar da UE fornece um excelente modelo para países de todo o mundo. O quadro regulamentar da UE apresenta a grande vantagem de manter os litígios em matéria de patentes separados dos processos de

aprovação regulamentar. Ao fazê-lo, permite o acesso oportuno a medicamentos biossimilares com preços competitivos.

Este quadro regulamentar da UE já influenciou muitos países em todo o mundo e continua a fazê-lo. Na Austrália, o quadro regulamentar da UE relativo a medicamentos biossimilares foi efetivamente adotado em 2006, e todas as revisões subsequentes foram igualmente introduzidas. Em Março de 2009, o Japão emitiu um conjunto semelhante de orientações relativas a biossimilares, estabelecendo instruções claras sobre os requisitos de desenvolvimento e registo deste grupo de medicamentos. Em Março de 2010, as orientações em matéria de SEBs (sigla em inglês para Medicamentos Biológicos Subsequentes) foram finalizadas e emitidas no Canadá, tendo sido aprovado o primeiro medicamento biossimilar em 2009 utilizando a proposta de orientações anterior. Uma versão revista foi lançada para consulta em 2015. Nos EUA, a lei sobre a concorrência de preços e inovação em matéria de medicamentos biológicos (Biologics Price Competition and Innovation Act ou BPCI Act) foi promulgada em 2010. Esta Lei estabelece uma via de aprovação abreviada para medicamentos biológicos que se demonstra serem ‘altamente similares’ (biossimilares) a, ou ‘interpermutáveis’ com, um medicamento biológico autorizado pela FDA. Esta via de aprovação de medicamentos biossimilares foi incorporada na lei de cuidados de saúde dos EUA, ou seja, a lei de proteção do doente e prestação de cuidados acessíveis (Patient Protection and Affordable Care Act ou PPACA), em Março de 2010. A FDA tem emitido orientações sobre biossimilares desde 2012, tendo 4 destes conjuntos sido finalizados em 2015.

Por último, a FDA lançou em Março de 2016 a sua proposta de orientações sobre “Rotulagem de Produtos Biossimilares” e anunciou que será emitida uma orientação sobre interpermutabilidade durante 2016.

“O objetivo de um programa de desenvolvimento biossimilar é demonstrar a biossimilaridade entre o medicamento proposto e o medicamento de referência, e não estabelecer de forma independente a segurança e a eficácia do medicamento proposto. Consequentemente, um medicamento biossimilar que se demonstre ser altamente similar a um medicamento de referência aprovado pela FDA pode basear-se na nossa avaliação anterior da segurança e eficácia desse medicamento, ao invés de gerar um perfil completo de dados clínicos e não clínicos específicos do medicamento.

Neste sentido, recomendamos uma abordagem para a informação de prescrição de biossimilares, ou “rotulagem”, que também depende em larga medida da informação de segurança e eficácia que consta na rotulagem do medicamento de referência.”19

Leah Christl, PhD, Diretora Adjunta para Medicamentos Biológicos Terapêuticos – Equipa de Medicamentos Biológicos Terapêuticos e Biossimilares, Gabinete de Novos Medicamentos, CDER, Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (Food and Drug Administration ou FDA)

Existe a necessidade de chegar a um acordo sobre os critérios

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