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DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 151 4.1 O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO QUE ANTECEDEU A

4 A EXPERIÊNCIA DE SANTA CATARINA COM A DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

4.2 DA PROPOSTA DE PLANO DE GOVERNO À CONCRETIZAÇÃO DO MODELO DE DESCENTRALIZAÇÃO

4.2.2 O nível regional do modelo de gestão descentralizada

O assunto “Descentralização Administrativa do Estado de Santa Catarina” está sustentado num arcabouço legal que compreende o total de quatro leis complementares que definem a reforma administrativa ao longo de 09 (nove) anos desde o seu lançamento.

A LC 243/2003 inaugurou esse momento político; a LC 284/2005 aprimorou o processo de descentralização administrativa fortalecendo o papel das SDRs e dos CDRs ao dividir a estrutura da administração pública catarinense em dois níveis: setorial e regional; a LC 381/2007, sancionada no quinto ano do processo, definiu conceitos fundamentais que não haviam sido tratados nas anteriores e ratificou o papel e as competências do nível regional, ou seja, das SDRs e respectiva estrutura. A LC 534/2011 promoveu alterações apenas no nível setorial, criando duas novas secretarias e em nada alterou o que as anteriores tinham definido em relação específica ao nível regional.

Assim sendo, a descrição do nível regional concentra-se também nas definições feitas pelas três primeiras LCs, mas vai além, incluindo os respectivos decretos que regulamentaram a implantação da reforma administrativa contida nelas.

Segundo o arcabouço legal, a SDR é um órgão executivo do Governo Estadual em cada região administrativa e dela se espera que execute a função de articulação das ações dos diferentes agentes, induzindo e promovendo o desenvolvimento regional a partir das políticas públicas definidas pelas Secretarias Setoriais (SANTA CATARINA, 2007). A LC 381/2007 definiu que as SDRs têm a competência de:

a) Atuar como agências de fomento ao desenvolvimento regional;

b) Articular a transformação das regiões em territórios de desenvolvimento sustentável e de bem-estar social;

c) Motivar o desenvolvimento econômico e social, enfatizando o planejamento, o fomento e a geração de emprego e renda;

d) Induzir o engajamento, a integração e a participação da sociedade civil organizada; e) Colaborar com a sistematização das propostas dos programas governamentais, dos planos e orçamentos estaduais; e

f) Promover o planejamento para o desenvolvimento sustentável das áreas de seu espaço regional (SANTA CATARINA, 2007, Art. 76º).

Ao final desse período de nove anos de experiência com a implantação do modelo, o território do Estado dos catarinenses está dividido em 36 (trinta e seis) SDRs, distribuídas conforme a Figura 4.1. Figura 4.1 – Estado de Santa Catarina e a distribuição das 36 SDRs.

Fonte: Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina (2011).

Embora durante a concepção do modelo por parte da equipe de Luiz Henrique da Silveira, em função da experiência com os Fóruns Regionais, a Federação Catarinense dos Municípios (FECAM) tenha sugerido uma compatibilização da área geográfica das SDRs com a das

21 (vinte e uma) associações de municípios que, por sua vez, é compatível com o corte e o número de fóruns e agências, nenhum critério nesse sentido parece ter sido considerado para a divisão adotada quando da criação das SDRs (FILIPPIM; ABRUCIO, 2010).

Pela LC 284/2005, as SDRs estavam divididas em duas categorias de estrutura de cargos: SDR de nível mesorregional e SDR de nível microrregional. Mas a LC 381/2007 estabeleceu uma nova classificação, mediante a composição de 04 (quatro) estruturas administrativas, levando em consideração o número de municípios e a população a ser atendida. A partir da classificação dada pela Lei 381/2007, as 36 SDRs estão distribuídas conforme mostra o Quadro 4.1.

Nível SDR

1 Grande Florianópolis e Joinville.

2 Blumenau, Chapecó, Criciúma, Itajaí e Lages.

3

Araranguá, Brusque, Caçador, Campos Novos, Canoinhas, Concórdia, Curitibanos, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Laguna, Mafra, Rio do Sul, São

Miguel d’Oeste, Tubarão, Videira e Xanxerê. 4

Braço do Norte, Dionísio Cerqueira, Ibirama, Itapiranga, Ituporanga, Maravilha, Quilombo, São Joaquim, São Lourenço d’Oeste, Seara, Taió

e Timbó.

Quadro 4.1 – Distribuição das SDRs do Governo do Estado de Santa Catarina, conforme nível de estrutura.

Fonte: Santa Catarina (2007).

À medida que o modelo foi sendo implantando, além das leis complementares já citadas, outros dispositivos legais foram regulamentando procedimentos importantes para a sua implantação. Nesse propósito, os Decretos Executivos nº 2.640/2009, 2.641/2009, 2.642/2009 e 2.643/2009 instituíram o Regimento Interno de cada um dos quatro níveis de SDR e, a partir da sua aprovação, foram estabelecidas a estrutura organizacional e as atribuições de cada setor que compõe o nível regional.

Assim, de acordo com os níveis, as SDRs estão estruturadas por um conjunto de cargos conforme apresentados no Quadro 4.2.

DENOMINAÇÃO DO CARGO Estrutura 1 Estrutura 2 Estrutura 3 Estrutura 4 GABINETE DO SECRETÁRIO Consultor Jurídico 1 1 1 1 Assessor de Comunicação 1 1 1 1 Assistente do Secretário 1 - - - Assistente Técnico 2 2 - - DIRETORIA GERAL Diretor Geral 1 1 1 1 Gerente de Administração, Finanças e Contabilidade 1 1 1 1

Gerente de Recursos Humanos 1 1 - -

Gerente de Planejamento e

Avaliação 1 1 1 -

Gerente de Apoio Operacional 1 1 - -

Gerente de Convênios, Contratos

e Licitações 1 - - -

Gerente de Tecnologia da

Informação 1 1 - -

GERÊNCIAS AÇÕES FINALÍSTICAS

Gerente de Saúde 1 1 1 1

Gerente de Educação 1 1 1 1

Gerente de Infraestrutura 1 1 1 1

Gerente de Turismo, Cultura e

Esporte 1 1 1 -

Gerente de Desenvolvimento

Econômico Sustentável e

Agricultura

1 1 1 1

Gerente de Assistência Social,

Trabalho e Habitação. 1 1 1 1

Gerente de Projetos Especiais 2 1 - -

TOTAL DE CARGOS 20 17 11 09

Quadro 4.2 – Composição da estrutura de cargos conforme o nível de classificação da SDR do Governo do Estado de Santa Catarina.

Fonte: Santa Catarina (2007).

De maneira geral, a estrutura organizacional de cada SDR compreende: i) o CDR, ii) o Gabinete do Secretário, iii) a Diretoria Geral, iv) os órgãos de execução de atividades-meio (que são as gerências subordinadas à Diretoria Geral) e v) os órgãos de execução de atividades finalísticas (gerências subordinadas ao Gabinete do Secretário).

O Quadro 4.2 expõe as diferenças entre um e outro tipo de estrutura e, especificamente no que concerne aos cargos titulares de

órgãos de execução de atividades-meio e órgãos de execução de atividades finalísticas, destacamos, em função do tema pesquisado nest tese, a inexistência do cargo de Gerente de Planejamento e Avaliação nas SDRs de nível 4, do cargo de Gerente de Convênios, Contratos e Licitações nas SDRs de nível 2, 3 e 4, e do cargo de Gerente de Turismo, Cultura e Esporte (excetuando-se, nesse caso, a SDR de São Joaquim).

4.2.2.1 O Conselho de Desenvolvimento Regional (CDR)

Cada SDR tem na sua estrutura um CDR. O CDR é o órgão de deliberação coletiva sobre assuntos relacionados à execução de programas, projetos e ações voltados para o desenvolvimento regional. Da maneira como está previsto na legislação, é um importante instrumento de participação popular, pois foi concebido como um fórum permanente de debates sobre assuntos de interesse da região, tais como: a aplicação do orçamento regionalizado, a escala de prioridade das ações, a integração do Estado, municípios, universidades e comunidade no sentido de construção do planejamento e da execução de metas que levem ao desenvolvimento regional, conforme ilustra a Figura 4.2. Figura 4.2 – Ilustração do processo de descentralização administrativa do governo central para o CDR.

Fonte: Elaborado pela autora.

Prioridades de aplicação do orçamento; Integração com os diferentes órgãos do governo; Interação entre governo e sociedade civil, incluindo o

mercado.

meio e órgãos de execução de m função do tema pesquisado nesta e Avaliação do cargo de Gerente de Convênios, Contratos e nas SDRs de nível 2, 3 e 4, e do cargo de Gerente de a SDR de São

O CDR é o órgão de deliberação coletiva sobre assuntos relacionados à execução de ento regional. Da maneira como está previsto na legislação, é um importante instrumento de participação popular, pois foi concebido como um fórum permanente de debates sobre assuntos de interesse da região, tais como: , a escala de prioridade das omunidade no sentido de construção do planejamento e da execução de metas que

a Figura 4.2. o do processo de descentralização administrativa do

A composição dos CDRs sofreu alterações ao longo da trajetória das três primeiras leis da reforma administrativa e estas mudanças estão apresentadas no Quadro 4.3.

Lei Complementar

n° 243 Lei Complementar n° 284 Lei Complementar n° 381

I – membros natos: I – membros natos: I – membros natos:

a) o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional a) o Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional a) o Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional b)os Prefeitos da região de abrangência b) os Prefeitos da região de abrangência b) os Prefeitos da região de abrangência c) os Presidentes de Câmara de Vereadores da região de abrangência

c) os Presidentes das Câmaras de Vereadores da região de abrangência

c) os Presidentes das Câmaras de Vereadores da região de abrangência II – representantes dos segmentos sócio- culturais, sócio- políticos, sócio- ambientais e sócio- econômicos mais expressivos da região, assegurando a representatividade empresarial e dos trabalhadores, definidos por decreto do Chefe do Poder Executivo.

II – dois representantes, por município da região de abrangência, membros da sociedade civil organizada,

assegurando-se a

representatividade dos

segmentos culturais, políticos, ambientais, econômicos e sociais mais expressivos da região, definidos por decreto do Chefe do Poder Executivo;

II – dois representantes, por

município da região de

abrangência, membros da

sociedade civil organizada,

assegurando-se a

representatividade dos

segmentos culturais, políticos,

ambientais, econômicos e

sociais mais expressivos da região, definidos por decreto do Chefe do Poder Executivo.

III – um representante da Secretaria de Estado da Fazenda, indicado pelo titular da Pasta, em ato próprio, sem direito a voto; e

III – um representante da administração pública (direta ou indireta), mas sem direito a voto e definido via Decreto do Poder

Executivo (Art. 82º, § 6º)

IV – dois representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão com lotação na respectiva região, indicados pelo titular da Pasta, em ato próprio, sem direito a voto.

Quadro 4.3 – Trajetória da composição dos CDRs das SDRs do Governo do Estado de Santa Catarina, segundo Leis de Reforma Administrativa. Fonte: Santa Catarina (2003; 2005; 2007).

No que se refere aos membros natos, desde a primeira LC esta composição se mantém a mesma. No que diz respeito aos demais representantes, a segunda LC teve o cuidado de incluir, mesmo sem direito a voto, a participação de um representante da Secretaria de Estado da Fazenda e dois da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão. Mas a LC 381/2007 voltou à composição anterior e atualmente este órgão deliberativo se compõe dos membros natos, ou seja, Secretário de Desenvolvimento Regional, Prefeitos e Presidentes de Câmaras, e dois representantes da sociedade civil por município, cabendo aí a representação do mercado.

Os membros representantes da sociedade civil devem ser identificados pelo Secretário Regional para depois serem confirmados por meio de decreto do Chefe do Poder Executivo. Devem ser escolhidos de maneira a assegurar a representatividade dos segmentos culturais, políticos, ambientais, econômicos e sociais mais expressivos da região (SANTA CATARINA, 2007), como pode ser observado na Figura 4.3 que se refere àqueles com direito à voto.

Figura 4.3 – Composição do CDR.

Fonte: Elaborado pela autora.

Assim formado, compete ao CDR:

a) Apoiar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional na elaboração do Plano de Desenvolvimento Regional, do Plano Plurianual e do Orçamento Anual;

b) Aprovar os planos e programas relativos ao desenvolvimento regional elaborados em conjunto com as Secretarias de Estado Setoriais; c) Emitir parecer, quando solicitado pelo Secretário de Estado de Desenvolvimento

Secretário Regional Presidentes Câmaras

Municipais Prefeitos Sociedade Civil (02 representantes por município) CDR

No que se refere aos membros natos, desde a primeira LC esta No que diz respeito aos demais representantes, a segunda LC teve o cuidado de incluir, mesmo sem ntante da Secretaria de a Fazenda e dois da Secretaria de Estado da Segurança Pública Mas a LC 381/2007 voltou à composição anterior e atualmente este órgão deliberativo se compõe dos membros natos, ou volvimento Regional, Prefeitos e Presidentes de Câmaras, e dois representantes da sociedade civil por município, Os membros representantes da sociedade civil devem ser is serem confirmados Devem ser escolhidos de maneira a assegurar a representatividade dos segmentos culturais, políticos, ambientais, econômicos e sociais mais expressivos ode ser observado na

a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional na elaboração do Plano de Desenvolvimento Regional, do Plano

os planos e programas relativos ao desenvolvimento regional elaborados em de Estado Setoriais; parecer, quando solicitado pelo Secretário de Estado de Desenvolvimento

Presidentes Câmaras

Sociedade Civil (02 representantes por

Regional, sobre projetos que requeiram decisão do Chefe do Poder Executivo para efeito de execução;

d) Auxiliar na decisão quanto à liberação de recursos estaduais para aplicação em projetos de desenvolvimento regional;

e) Assessorar o Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional na coordenação do inter-relacionamento dos setores público, privado e comunidade científica e tecnológica;

f) Incentivar, orientar e apoiar programas de novos empreendimentos na região;

g) Emitir parecer, por escrito, firmado pelos membros do Conselho de Desenvolvimento Regional, a cada quadrimestre, sobre a execução orçamentária e o relatório das atividades executadas na região, por área de atuação, a ser enviado ao Chefe do Poder Executivo por intermédio da Secretaria de Estado do Planejamento;

h) Definir as prioridades de intervenção das funções públicas de interesse comum especificadas na Lei Complementar nº 104, de 04 de janeiro de 1994; e

i) Deliberar sobre a instituição e as regras de funcionamento de consórcios no âmbito regional (SANTA CATARINA, 2007, Art. 83º).

Em outras palavras, o CDR é o órgão de deliberação coletiva onde se legitima a participação da sociedade na direção do desenvolvimento da região, cabendo aos conselheiros a responsabilidade pela definição das diretrizes a serem priorizadas, dos projetos e ações de governo na região. Mas em decorrência das diferentes formações e origens dos conselheiros, os projetos e temas discutidos, no âmbito do Conselho e da SDR, devem ser encaminhados para embasamento técnico.

Por isso, o modelo de administração descentralizada de Santa Catarina conta na sua estrutura também com a existência de Comitês Temáticos (CT) que têm função de prestar consultoria aos conselheiros. Ao receber as demandas do CDR ou da SDR, os CTs são responsáveis pela análise e identificação das diferentes formas de solução dos problemas e de viabilização dos projetos, levando em consideração suas características técnicas, financeiras e de responsabilidade institucional.

A Figura 4.4 ilustra a interação do CDR com a SDR e os CTs caracterizando o nível regional da estrutura da administração pública catarinense.

Figura 4.4 – Interação da SDR, CDR e CTs dentro do nível regional da estrutura da administração pública de Santa Catarina.

Fonte: Santa Catarina (2005).

Cada CT deve ser composto por pessoas de formação técnica na respectiva área, capazes de analisar e construir pareceres que s

as decisões tomadas nas reuniões do conselho. Os estudos e pareceres emitidos pelos comitês são apresentados ao CDR de maneira a permitir uma sustentação adequada ao projeto debatido, proporcionando também legitimidade às decisões a respeito de assuntos específicos e permitindo a qualificação das deliberações que retornam para a gestão por parte dos técnicos e gerentes da SDR a quem cabe conduzir o processo até sua viabilização.

Assim sendo, o CT torna-se fundamental na estrutura regionalizada, já que a sua efetividade tende a consolidar o papel do CDR dentro desse modelo e proporcionar à SDR a gestão de projetos voltados ao desenvolvimento da região compreendida pelos seus municípios.

SDR

• A Secretaria de Desenvolvimento Regional foram criadas não apenas na perspectiva da descentralização, mas também na criação de um estabelecimento de sinergias e sociedades organizadas e para a geração de ambientes de participação e cooperação construir estratégias de eficiência governativa na promoção do desenvolvimento

CDR

• O Conselho de Desenvolvimento Regional é um órgão de deliberação coletiva, aconselhamento, orientação e formulação de normas e diretrizes gerais para a execução de Programas voltados para o

desenvolvimento regional.

CT

• Os Comitês Temáticos são fundamentais preparar o processo de tomada de decisão tendo em vista que a sua função é a de a qualidade técnica e a viabilidade

solicitações e dos projetos que chegam ao CDR para homologação.

ilustra a interação do CDR com a SDR e os CTs caracterizando o nível regional da estrutura da administração pública

SDR, CDR e CTs dentro do nível regional da

Cada CT deve ser composto por pessoas de formação técnica na respectiva área, capazes de analisar e construir pareceres que subsidiem Os estudos e pareceres emitidos pelos comitês são apresentados ao CDR de maneira a permitir uma sustentação adequada ao projeto debatido, proporcionando também suntos específicos e permitindo a qualificação das deliberações que retornam para a gestão por parte dos técnicos e gerentes da SDR a quem cabe conduzir o processo até sua se fundamental na estrutura que a sua efetividade tende a consolidar o papel do SDR a gestão de projetos voltados ao desenvolvimento da região compreendida pelos seus

foram criadas não apenas na perspectiva da estabelecimento de sinergias entre governos ambientes de participação e cooperação a fim de

desenvolvimento regional. são fundamentais para tomada de decisão tendo em vista que a sua função é a de avaliar a qualidade técnica e a viabilidade das solicitações e dos projetos que chegam ao CDR