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Capítulo VI Apresentação e discussão dos resultados

1. Apresentação dos resultados

1.5. O papel do supervisor no Grupo Cooperativo

Nesta temática vamos compreender a visão que os participantes têm do papel do supervisor e a importância deste no seio deste tipo de grupos, bem como o perfil que pensam ser importante o supervisor ter para um melhor apoio às aprendizagens de todos.

1.5.1. Contributo da presença de um supervisor no grupo cooperativo

Tabela 15

Contributo da presença de um supervisor no grupo

Tema Categoria Subcategorias Indicadores Frequência

O papel do supervisor no Grupo Cooperativo Contributo da presença de um supervisor Importância da existência do supervisor Dinamizador 5 Colaboração 4 Encaminhador 4

De acordo com as respostas dadas pelas participantes, houve um elemento (F) que referiu que não existe um supervisor, mas sim um trabalho feito com a colaboração de todos, as restantes participantes referem a existência de um dinamizador que apoia o desenrolar das atividades realizadas no grupo cooperativo. Quatro das cinco participantes consideram que este trabalho é feito em colaboração (C, F, G e H) e quatro das participantes (D, E, G e H) referem que o supervisor ajuda a manter um fio condutor ao longo das sessões.

"ai na parte da supervisão não se vê como um elemento que está ali a questionar ou a pedir ou a refletir, é um todo, todas com o mesmo objetivo de reflexão" (F) "acho fundamental, porque tal como todos os espaços na nossa vida, quer dizer se não tivermos alguém que no fundo proponha, oriente, não é bem orientar, é dinamizar,

pode morrer, pode não ter mais inspiração" (C)

"foi feito levantamento pelas duas pessoas que estão a gerir, digamos assim, a organizar" (D)

"Eu acho bem que haja supervisão de alguém que já conheça como funcionam os grupos" (G)

"é um trabalho colaborativo" (C)

"Acho que aqui não fazemos isso só com uma pessoa" (F)

"Eu senti que ela também foi aprendendo, portanto também queria aprender, o facto de termos alguém que está acima, que está um patamar acima de nós mas que

também quer aprender, ajuda-nos" (H)

"para encaminhar o decorrer da «formação», de facto ajudam a conduzir e a seguirmos aquele fio para não nos perdermos" (D)

"mantém o movimento, tem uma grande responsabilidade, sem querer" (E) "alguém que nos ajude na orientação inicial" (G)

1.5.2. Perfil do supervisor

Tabela 16

Perfil do Supervisor

A tabela apresenta-nos as competências, manifestadas pelas cinco participantes que referiram como importante existir um supervisor, consideradas imprescindíveis para que este supervisor tenha sucesso na sua função.

Com a menção de cinco participantes (C, D, E, G e H) temos as seguintes competências: ser atento ao desenvolvimento do trabalho, ser reflexivo no e com o grupo e a necessidade de ter experiência consolidada enquanto educador que trabalha com o modelo do MEM.

"deve ser uma pessoa atenta ao desenvolvimento do trabalho, para não deixar «morrer» os propósitos iniciais, fomentando interesse e mantendo a dinâmica da

partilha, discussão e cooperação" (C)

"rentabilizar todos os conteúdos que são abordados" (E)

"puxar o tapete na altura em que já estamos seguras e achamos que estava tudo certo" (G)

Tema Categoria Subcategorias Indicadores Frequência

O papel do supervisor no GC Perfil do Supervisor Competências do Supervisor

Potencia a discussão dentro do grupo 3 Apaixonado pelos princípios e

fundamentos do MEM 1

Domine o Modelo 4

Atento ao desenvolvimento do trabalho 5 Facilitador da organização e gestão do

grupo 3

Líder democrático 3

Reflexivo no grupo 5

Reconhecido pelos pares 4 Experiência consolidada 5

Bom ouvinte 3

Empático 2

"sendo também importante que questione as suas práticas pedagógicas, como elemento do grupo (...) deve ser reflexivo e inovador, gostar de escrever e acreditar no

valor da cooperação e da aprendizagem ao longo da vida" (C)

"não são pessoas que nos estejam a dirigir, são pessoas que refletem connosco porque também estão na prática" (D)

"tem que ser uma pessoa que dê, mas que também queira receber, apesar de estar no patamar acima, consegue estar no mesmo nível que nós e era uma pessoa que

também queria aprender mais" (H)

"eu acho que é importante já serem pessoas com mais experiência, com mais anos de prática, quer ao nível do MEM, quer a nível dos grupos cooperativos" (D)

"tem que ter mais experiência" (E)

"é importante ter alguém que tenha mais conhecimentos nessa área porque se todas formos para o mesmo lado vamos ter menos resultados" (G)

Com a frequência de quatro participantes encontramos as seguintes competências: que domine o Modelo do MEM (C, D, E e G) e que seja reconhecido pelos seus pares (C, E, G e H).

"é importante que “domine” a utilização do modelo, não significando isto que não o questione" (C)

"com mais anos de prática, quer ao nível do MEM, quer a nível dos grupos cooperativos" (D)

"se não for uma pessoa que domine não nos vai poder puxar o tapete" (G) "ser reconhecido pelos seus pares, como alguém que partilha das mesmas convicções, desejos e perspetivas face à educação, à escola e ao modelo do MEM"

(C)

"tem que ser uma pessoa com quem... em quem nós confiemos, uma pessoa confiável" (H)

Referido por três participantes surgem-nos as seguintes competências: ser capaz de potenciar a discussão dentro do grupo (C, G e H), apoiar a organização e gestão do

grupo (C, E e G), ter capacidades de um líder democrático (C, E e H) e ser um bom ouvinte (E, G e H).

"deve ser capaz de animar os processos de discussão e partilha de informações entre todos, sem se sobrepor, facilitando a participação de todos, ser capaz de gerir o tempo

e os recursos" (C)

"se todas formos para o mesmo lado vamos ter menos resultados (...) Mas é importante ter alguém que nos desafie" (G)

"organizar, o gerir os tempos" (E)

"ter alguém que nos ajude na orientação inicial" (G)

"Deve ter competências de liderança, uma liderança democrática, que agregue as pessoas em torno de um projeto comum" (C)

"que tenha uma liderança... que seja líder" (H) "tem que saber ouvir" (E)

"tem que ser alguém que saiba ouvir" (G)

Há ainda duas participantes que referem a necessidade de que esse supervisor seja uma pessoa empática.

"que saiba se colocar do outro lado" (G) "com à-vontade com as outras pessoas" (H)

A ser mencionado apenas por uma participante temos duas características, o facto de ser apaixonado pelos princípios e fundamentos do MEM e ser uma pessoa positiva.

"mas fundamentalmente deve ser um animador e uma pessoa apaixonada pela formação e pelos princípios e fundamentos do MEM" (C)