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1 CONCEITOS BÁSICOS E PARADIGMAS TEÓRICOS DO PROCESSO DE

3.3 O PNAIC E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) reconhece a necessidade da formação de professores motivados com a educação, preparados e comprometidos, além dos recursos didáticos e pedagógicos que precisam ser disponibilizados, como, livros didáticos, jogos e mídias e acompanhamento dos alunos no processo de alfabetização, como forma fundamental para o sucesso do programa.

Tendo a alfabetização como prioridade, há a necessidade de voltar os olhares para o professor alfabetizador e sua formação. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (BRASIL, 1997, p. 30-31):

Além de uma formação consciente, é preciso considerar um investimento educativo contínuo e sistemático para que o professor se desenvolva como profissional de educação. O conteúdo e a metodologia para essa formação precisam ser revisto para que haja possibilidade de melhoria de ensino. A formação não pode ser tratada com acúmulo de cursos e técnicas, mas sim como um processo reflexivo e crítico sobre a prática educativa.

Investir na formação continuada do professor alfabetizador é focar sobre os planos de aula, as sequências didáticas e a avaliação diagnóstica, mapeando as habilidades e competências do aluno, para então criar estratégias que permite o aluno aprender efetivamente.

De acordo com as propostas do programa, o curso para o professor alfabetizador é de dois anos, com aulas presenciais ao longo do ano letivo. Esses profissionais serão contemplados com bolsas de estudos fornecidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) como uma ajuda de custo, para garantir a participação nos encontros presenciais, durante o ano de 2013 e 2014, bem como os orientadores de estudos.

Como o PNAIC define, as crianças receberão acompanhamento de seu desenvolvimento por duas vertentes avaliativas, avaliação permanente e formativa, e avaliação diagnóstica e externa. Sendo que a primeira são instrumentos de avaliação e registros de aprendizagem construídos pelos professores, e ainda a provinha Brasil no início e no final do 2º ano do ciclo de alfabetização, com o objetivo de diagnosticar "quais os conhecimentos sobre o sistema alfabético de escrita e quais habilidades as crianças dominam" (BRASIL, 1997, p. 33). A última será no final do 3º ano e será aplicada pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), para checar todo o percurso de aprendizagem do aluno.

Para atuar nos três primeiros anos do ensino fundamental, os alfabetizadores precisam atender critérios como: ter domínio dos conhecimentos necessários ao desenvolvimento do ensino da leitura e da escrita na perspectiva do letramento; ter habilidades para interagir com as crianças, dinamizando o processo pedagógico e promovendo situações lúdicas de aprendizagem; ser assíduo e pontual, evidenciando compromisso com os processos pedagógicos; ter sensibilidade para lidar com a diversidade social, cultural, de gênero e etnia (BRASIL, 2012).

Entende-se que é de suma importância um maior investimento na formação do professor alfabetizador para que este possa contribuir de forma significativa no processo de aquisição da alfabetização e do letramento de seus alunos e, consequentemente diminuir o fracasso escolar e o fracasso na alfabetização. Com o interesse na busca pela qualidade da educação e uma gestão democrática é que se espera a participação de todos os envolvidos no programa.

Percebeu-se, portanto, que o Pacto poderá obter grande êxito, pois os materiais escritos são de grande relevância.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho objetivou verificar como ocorre o processo de alfabetização, ou seja, como se deve ensinar a ler e a escrever e quais os conhecimentos necessários ao alfabetizador para que obtenha sucesso em seu trabalho, contribuindo para minimizar os índices de fracasso em alfabetização.

Em resposta ao problema, quais os conhecimentos necessários para que o professor alfabetizador possa obter êxito em alfabetizar os alunos dos três primeiros anos do ciclo de alfabetização, constatou-se que este deve compreender os paradigmas atuais para que seja capaz de atuar de maneira construtiva, possibilitando aos alunos um processo de alfabetização eficiente. Para que isso ocorra é preciso compreender os níveis de escrita, saber analisá-los através de um diagnóstico e propor intervenções que sejam pertinentes ao diagnóstico realizado.

Para que as intervenções sejam adequadas é importante que o alfabetizador tenha domínio dos conteúdos e das capacidades que os alunos necessitam alcançar durante o processo. Desta forma, faz-se necessário que o planejamento seja bem elaborado, direcionando as ações docentes para o alcance dos objetivos.

Assim sendo, pode-se concluir que é necessário que o professor alfabetizador busque uma formação continuada para se capacitar e se preparar para atender aos desafios que se instauram no processo de alfabetização e letramento.

Visando diminuir os fracassos na alfabetização o governo implantou em 2012 o Pacto Nacional de Alfabetização (PNAIC) com o objetivo de alfabetizar as crianças até 8 anos de idade. Percebeu-se que existem grandes possibilidades de sucesso neste pacto, embora este esteja apenas no início, pois, contempla no material escrito todos os requisitos para o professor alfabetizador conduzir o processo de alfabetização no tempo proposto e de forma eficaz.

Enfim, ao realizar este trabalho foi possível reforçar o que aprendeu-se no decorrer do curso buscando-se sempre novos conhecimentos, abrindo-se à mudanças e renovando-se continuamente, a fim de preparar para lidar com os novos desafios da profissão.

REFERÊNCIAS

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