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6. O PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NAS

6.1. Histórico da auto-avaliação institucional na UFV

6.1.1. O primeiro processo de auto-avaliação institucional da UFV:

Em oito de março de 1993, o MEC/Secretaria de Educação Superior (SESu) criou o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – PAIUB. Na UFV, foi designada uma comissão para elaborar o anteprojeto do processo. Durante seis meses, a comissão trabalhou no sentido de conhecer com profundidade o modelo de avaliação e levantar os possíveis problemas de sua aplicação na UFV.

A comissão participante desta primeira etapa foi composta por: pró-reitores, presidentes de conselhos, diretores de centro de ciências, chefes de departamentos, representantes de outras instâncias administrativas da UFV, representantes dos sindicatos dos professores e servidores e membros da comunidade civil.

Para viabilizar o programa de avaliação, a UFV contou com uma estrutura formada pelas seguintes comissões e suas respectivas atribuições: CEPE e CONSU - responsáveis por instituir a Comissão Coordenadora do Programa de Avaliação e Desenvolvimento Institucional da UFV (CADIV), que foi responsável pela coordenação do processo de avaliação; Comissão Executiva (COEX) - encarregada de coordenar e assegurar a execução do processo e contou também com a assessoria técnico-operacional da Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento; e a Comissão Consultiva (COMCUN) - que orientou, acompanhou e analisou criticamente o processo de avaliação e apresentou recomendações, a partir dos resultados obtidos.

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Estas informações foram retiradas do Relatório de Avaliação Institucional, publicado em 1999, que foi realizada com os dados referentes ao período de 1989 a 1994.

Basicamente, o processo de avaliação institucional da UFV realizou-se em seis etapas a seguir:

• Etapa 1 - Auto-avaliação

1.1 Auto-avaliação nos departamentos; 1.2 Análise dos relatórios pela CADIV; 1.3 Retorno dos relatórios aos departamentos; 1.4 Devolução dos relatórios corrigidos à CADIV. • Etapa 2 - Áreas de conhecimento

• Etapa 3 - Sistematização dos relatórios • Etapa 4 - Análise e sugestões

• Etapa 5 - Decisão

• Etapa 6 - Avaliação e ampliação do processo.

Os dados obtidos e avaliados referem-se aos cursos de graduação e pós- graduação, docentes, alunos, produção acadêmica, acervo bibliográfico, servidor, área construída, entre outros. Os cursos não-regulares, como os de Extensão, não foram considerados na avaliação. Uma grande dificuldade, encontrada na fase de coleta de dados, refere-se à ausência de um sistema único de coleta e armazenamento de dados, pois, não havia sistematização.

O PAIUB propôs alguns indicadores globais, a fim de que estes refletissem as principais características derivadas da condição de instituição acadêmica das universidades. Os indicadores propostos estavam ligados às dimensões de ensino, pesquisa, extensão e gestão universitária. Cada instituição poderia selecionar os indicadores, que mais refletissem suas realidades e acrescentar outros, que caracterizassem aspectos específicos da mesma.

Os indicadores institucionais de avaliação, apresentados no primeiro relatório de auto-avaliação da UFV, foram agrupados de acordo com o centro de ciências e de forma padronizada, utilizando-se tabelas iguais que possibilitavam, por meio de dados estatísticos, verificar o comportamento dos setores acadêmicos em relação às suas atividades essenciais. Estes indicadores institucionais encontram-se no Anexo B, ao final do relatório.

Na área acadêmica, foram coletados os dados relacionados às seguintes variáveis: alunos, ingressantes, concluintes, docentes, produção acadêmica, atividades acadêmicas e disciplinas. No âmbito geral, foram trabalhados os itens:

acervo bibliográfico, servidores técnico-administrativos, área construída e volume de recursos alocados. A partir destes itens, foi proposto pelo PAIUB uma série de indicadores para a construção de uma metodologia comum de avaliação global, que possibilitasse uma análise conjunta das IES.

Uma observação, contida no próprio relatório de auto-avaliação, refere-se às medidas quantitativas propostas, comparadas a alguns aspectos qualitativos abordados, que propiciou uma visão restrita de algumas dimensões da vida universitária. Esta postura mais quantitativa não invalida as análises, mas desperta, nos avaliadores, a necessidade de buscar outros métodos, que reflitam melhor a realidade das instituições, assim como “ajuda a criar consciência de permanente busca de melhoria nos instrumentos utilizados para a mensuração e qualificação crítica dos resultados obtidos nesse processo” (RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL, 1999, p. 142).

Nesta primeira experiência de auto-avaliação, as conclusões foram as seguintes:

• Necessidade e importância da avaliação institucional - esta não deve ser um fim em si mesma, mas um instrumento para a tomada de decisões e melhoria da qualidade;

• A avaliação é um processo contínuo, integral e participativo, que proporcione juízos de valor;

• Avaliação como instrumento de prestação de contas à sociedade; • A avaliação da UFV baseou-se no modelo proposto pelo PAIUB, não

deixando de ressaltar os aspectos próprios da instituição;

• A avaliação despertou a necessidade de uma sistematização e uniformidade dos dados da instituição.

As observações finais contidas no relatório destacaram que no desenvolvimento dos estudos para realização da avaliação, foram detectadas muitas carências e necessidades que foram estudadas, a fim de serem supridas. Propuseram- se várias ações futuras, que se fizeram necessárias, entre as quais destacam-se: análise do relatório pela comunidade; criação de um banco de dados institucional; estruturar e operacionalizar um programa de avaliação dos órgãos administrativos da UFV; e desenvolver um relatório anual, que conjugue o Relatório de Atividades da UFV com um Relatório de Avaliação Institucional.

Cabe ressaltar que, apesar destas propostas de ações futuras, o resultado desta experiência de auto-avaliação institucional da UFV não foi divulgado e trabalhado como deveria. A oportunidade de diagnóstico poderia ter originado ações e políticas efetivas em busca do desenvolvimento institucional, porém estes resultados não foram otimizados. Todavia, o processo foi positivo por ter despertado a Instituição para a importância da avaliação, sendo que, a partir da mesma, desenvolveram-se instrumentos para a sistematização dos dados.

6.1.2. O atual processo de auto-avaliação institucional da UFV (SINAES, 2005-