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CAPÍTULO 2: DA REESTRUTURAÇÃO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS AOS

2.4 O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À

A política nacional de formação de profissionais do magistério da Educação Básica, instituída pelo Decreto no6. 775/2009, em seu artigo primeiro, pontua a “finalidade de organizar, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas da educação básica” (BRASIL, 2009).

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Esta política “[...] inaugura na história brasileira a possibilidade de se organizar, sob regime de colaboração entre os entes federados, a formação inicial e continuada de profissionais do magistério da Educação Básica para as redes públicas de ensino” (SILVESTRE et al, 2015, p.15). Algumas ações, ocorridas anteriormente a esta política foram fundamentais para a sua formulação: o Decreto no 6.094/200712que, em seu artigo 2o, indica que uma das diretrizes da União é instituir um programa próprio ou em regime de colaboração para a formação inicial e continuada de profissionais da educação e a assinatura da Lei no 11.502/2007 que modifica as competências e a estrutura organizacional da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) (SILVESTRE et al, 2015, p.15).

A CAPES, criada por Anísio Teixeira em 1951, é reconhecida no Brasil e no exterior pelo trabalho direcionado à expansão dos cursos de pós-graduação e da pesquisa no Brasil e em 2007, após a reformulação da Lei que a instituiu passou a “[...] induzir e fomentar a formação inicial e continuada de profissionais da educação básica e estimular a valorização do magistério em todos os níveis e modalidades de ensino” (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014, p.4).

De acordo com a nova CAPES, denominação que recebeu após a sua reformulação, a valorização do magistério decorre de uma política de estado fundamentada em três fatores: atrair novos profissionais; manter na rede os que já estão em exercício e assegurar o reconhecimento da sociedade ao trabalho docente. Essa política envolve plano de carreira, salário digno, formação inicial e continuada articulada à progressão funcional, boas condições físicas e tecnológicas nas escolas, clima organizacional que motive professores e alunos para o ensino e a aprendizagem, jornada de trabalho integral e, ainda, gestão escolar comprometida com o sucesso escolar de todos. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014).

Respondendo à nova demanda, a Coordenadoria investiu em um pacote composto por cinco Programas que abrangem a formação inicial e continuada, extensão, pesquisa e divulgação cientifica e acadêmica, da educação infantil à pós-graduação, todos caracterizados pelo primor. A preocupação com excelência orienta-se pela certeza de que formar um professor hoje “exige alto grau de complexidade científica, acadêmica, metodológica e prática; a busca pela equidade considera que a excelência do processo de ensino e aprendizagem deve alcançar os professores e seus alunos, em todo o país”. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014, p.5).

Assim, a Capes lançou o Programa de Consolidação das Ações de Licenciatura (PRO-DOCÊNCIA); o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFPOR); o Programa Observatório da Educação (OBEDUC); Programa de Apoio à

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Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores (LIFE); Programa Novos Talentos e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), o qual trataremos de maneira mais aprofundada neste trabalho.

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID)“traduz de forma inequívoca os princípios e o compromisso da Capes com a formação de professores”. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014, p.5).

Ao longo de sua existência, o PIBID tem atingido parcelas significativas de estudantes de licenciatura em todo o Brasil por meio de parcerias entre escolas públicas de educação básica e instituições de ensino superior. A inserção dos licenciandos nas escolas propicia, dentre outras coisas, “[...] oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. (BRASIL, 2010, artigo3º, inciso IV)”.

Nesta perspectiva, em 2014, a Fundação Carlos Chagas publicou um dossiê sobre o PIBID, divulgando dados de uma pesquisa em que ouviu mais de vinte mil participantes envolvendo Professores Supervisores, Coordenadores de Área, Coordenadores Institucionais e Licenciandos Bolsistas participantes do Programa que responderam aos questionários disponibilizados on-line pela equipe da Capes responsável pelo programa13.

O relatório final da pesquisa permitiu concluir que o PIBID é um Programa valorizado por todos os respondentes, porém aprimoramentos devem ser implementados em relação à sua metodologia. Além disso, é avaliado como uma política de extrema importância para a formação docente e a valorização do magistério e cursos de licenciatura além de possibilitar “[...] criatividade didática. Sem dúvida, pelos dados até aqui analisados, esse é um programa de grande efetividade no que se refere à formação inicial de professores (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014, p.103).

Silvestre et. all (2015) afirmam que duas ações do governo, ocorridas ainda no ano de 2007, foram a pedra de toque para a formulação desta política: o Decreto no 6.094/2007 14que, em seu artigo 2o, indica que uma das diretrizes da União é instituir um programa próprio ou em regime de colaboração para a formação inicial e continuada de profissionais da educação e a

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Relatório disponível em: https://www.capes.gov.br/images/stories/download/bolsas/24112014-pibid-arquivoAnexado.pdf

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assinatura da Lei no 11.502/2007 que modifica as competências e a estrutura organizacional da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

A CAPES é reconhecida nacional e internacionalmente pelo seu trabalho direcionado à pós-graduação e à pesquisa no Brasil e partir desta reformulação, “[...] recebeu atribuição de induzir e fomentar a formação inicial e continuada de profissionais da educação básica e estimular a valorização do magistério em todos os níveis e modalidades de ensino.” ((FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014, p.4).

De acordo com a CAPES, a valorização do magistério decorre de uma política de estado fundamentada em três fatores: atrair novos profissionais; manter na rede os que já estão em exercício e assegurar o reconhecimento da sociedade ao trabalho docente. Essa política envolve plano de carreira, salário digno, formação inicial e continuada articulada à progressão funcional, boas condições físicas e tecnológicas nas escolas, clima organizacional que motive professores e alunos para o ensino e a aprendizagem, jornada de trabalho integral e, ainda, gestão escolar comprometida com o sucesso escolar de todos. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014).

Respondendo à nova demanda, a CAPES investiu em programas que abrangem a formação inicial e continuada, extensão, pesquisa e divulgação cientifica e acadêmica, da educação infantil à pós-graduação, todos caracterizados pelo primor. A preocupação com excelência orienta-se pela certeza de que formar um professor hoje “exige alto grau de complexidade científica, acadêmica, metodológica e prática; a busca pela equidade considera que a excelência do processo de ensino e aprendizagem deve alcançar os professores e seus alunos, em todo o país”. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, 2014, p.5).

Neste contexto, a CAPES lança um pacote composto por seis Programas voltados para a valorização do magistério: o Programa de Consolidação das Ações de Licenciatura (PRO-DOCÊNCIA); o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFPOR); o Programa Observatório da Educação (OBEDUC); Programa de Apoio à Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores (LIFE); Programa Novos Talentos e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).

De acordo com Gatti et. all (2014) todos os Programas citados são caracterizados por princípios comuns, como a conexão entre teoria e prática; a integração entre instituições formadoras, escolas e Programas de pós-graduação; equilíbrio entre conhecimento, articulação entre ensino, pesquisa e extensão. Tais princípios respeitam a autonomia das instituições formadoras e das redes de ensino e, ainda, as características locais e regionais, mas, ao serem

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intencionalmente incorporados nos projetos pedagógicos de cada instituição parceira, produzem uma dinâmica capaz de renovar e inovar a formação dos professores no país.

Neste trabalho de pesquisa, investigaremos os egressos do PIBID, que foi criado através do Decreto n. 7.219 de 25/06/2010 e propõe, dentre outras coisas:

[...] oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. (BRASIL, 2010, artigo3º, inciso IV).

Contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. (BRASIL, 2010, artigo3º, inciso VI).

O PIBID era direcionado inicialmente às Instituições Federais de Ensino Superior e atendia cerca de 3.ooo bolsistas no ano de 2007, contudo, expandiu-se rapidamente e passou a incluir as universidades públicas estaduais, municipais e comunitárias, abrangendo todas as licenciaturas. De acordo com Gatti (2014) no ano de 2014 o PIBID envolvia mais de 90.000 bolsistas, cinco mil escolas de educação básica e 284 instituições de ensino superior.

São objetivos do PIBID:

I-incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica; II - contribuir para a valorização do magistério;

III - elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica;

IV - inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de

ensino-aprendizagem;

V - incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; e

VI - contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura (BRASIL, 2010)

Este Programa possui alguns pontos em comum com o Programa de Residência Pedagógica: primeiramente, a formação em parceria entre universidade e escolas públicas de educação básica; a intervenção realizada pelos graduandos nas turmas que acompanham, sempre auxiliados por professores da escola e da universidade; o compromisso com a formação inicial e continuada de professores, entre outros.

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