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A 0 I V 111 observação existente é tão incom pleto ou insuficiente que, na produção de

um a cadeia de desenvolvimento coerente, somos obrigados a preencher as lacunas por meio de hipóteses”.13

A comunidade científica da época de Haeckel tinha como base a proposta dele de um a suposta semelhança dos embriões nos seus estágios menos de­ senvolvidos, e esses tanto de formas de vida terrestres como de formas de vida aquática. Em conseqüência disso, eles diziam ter encontrado as evidências necessárias para provar a evolução da vida através da tradicional seqüência: vida m arinha primitiva, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Os estudos de embriões em estágios menos desenvolvidos e os estudos comparativos de DNA e RNA entre as formas de vida da seqüência tradicio­ nal, apresentada pela teoria da evolução, m ostram que estas formas de vida não possuem n en h u m a indicação de transição genética, form ando grupos isolados. Portanto, a árvore genealógica das espécies proposta por Charles Darwin, A. R. Wallace, E m st Haeckel e outros continua sem as evidências necessárias para um a das suas partes mais im portantes: a raiz!

Dr. H ubert P. Yockey, disse o seguinte: “A pesquisa sobre a origem da vida parece ser única no sentido de que a conclusão tem sido aceita de forma autoritária... O que falta é encontrar os cenários que descrevam de forma de­ talhada os m ecanism os e processos pelos quais a vida teria acontecido. Uma pessoa pode concluir que, ao contrário do conhecim ento estabelecido e atual que descreve a origem da vida na terra através do acaso e de causas naturais baseadas em fato e não na fé, ainda não foram dadas descrições detalhadas”.14

E

v o l u ç ã o e a

O

r i g e m d a

B

i o d i v e r s i d a d e

Ao observarm os a biodiversidade, nos deparam os com o problem a inicial da classificação e organização das formas de vida. Como classificá-las e organizá-las de forma coerente e consistente? Quando se fala da evolução das espécies, qual é exatam ente o significado de “espécie”?

Em bora haja um grande esforço para estabelecer um conceito de espécie que seja adequado a todos os organismos e que tenha aceitação geral, tal propósito ainda não foi atingido. A proposta de classificação mais conhecida vem de um a das áreas da biologia cham ada taxonomia.

Termos com o “espécie morfológica” (relacionada com a forma dos or­ ganismos), “espécie genética” (relacionada com os cruzam entos biológicos)

13 Reinhard Junger e Siegfried Scherer, Evolução - um Livro Texto Crítico, Sociedade Criacionista Brasileira, Brasília, 2002, p. 179.

14 H. P. Yockey, A calculation of the probability of spontaneous biogenesis by information theory, Journal ofTheoretical Biology, 67:377-398,1977; citações das páginas 379,396.

Cravo Ribeirinho Geum rivale Cravo Urbano Geum urbanum

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Picus canus

O termo MICROEVOLUÇÃO será utilizado neste livro,

não como um suposto mecanismo evolutivo, mas como um termo conhecido que descreve variação do material genético já existente.

e “tipo básico” (relacionado com as características morfológicas e genéticas) procuram dar um sentido mais específico à classificação e organização das m uitas formas de vida.15

Apesar das definições e dos m étodos de classificação, existem ainda m uitos exemplos da limitação tanto destas definições quanto destes métodos, como nos m ostram os exemplos a seguir.

No reino vegetal, tem os o cravo ribeirinho (Geum rivale) e o cravo

urbano (Geum urbanum) que são considerados como duas espécies genéti­

cas, mas um a espécie morfológica (ilustração da página anterior). No reino animal, tem os o pica-pau verde (Picus viridis) e o pica-pau cinza (Picus canus) que são considerados como duas espécies morfológicas, mas um a

m esm a espécie genética (ilustração ao lado).

Estes exemplos dem onstram as dificuldades encontradas, até mesmo nos níveis mais elem entares, para se obter um sistema de classificação co­ erente e consistente das formas de vida. Isto tem um a implicação profunda na proposta da teoria darwiniana, pois, antes de afirmar que um a espécie “x” evoluiu de um a espécie “y”, é necessário provar que tanto a espécie “x” quanto a espécie “y” não são apenas variações de um mesmo tipo básico.

É preciso, portanto, esclarecer a diferença entre evoluir e diversificar (variações). Esta diferença aparece em dois conceitos que são utilizados para definir as divergências:

Microevolução: recom binação do m aterial genctico existente

Macroevolução: aprim oram ento do m aterial genético existente

Exemplos de m icroevolução seriam as variações da cor da pele, ou da cor dos olhos, ou ainda do tam an h o de um a folha, ou da cor de um a pétala. Microevolução, portanto, seria apenas a recom binação do m ate­ rial genético que sem pre esteve presente, no sentido de características e organizações já existentes.

Macroevolução seria a soma de todas as variações que supostam ente transform aram , por exemplo, mamíferos terrestres (antílopes) em m am í­ feros aquáticos (baleias).16 Seria o surgim ento de material genético quali-

15 Para uma descrição detalhada sobre o conceito de espécie, tipo básico e outras alternativas de classificação da biodiversidade, ver o livro Evolução - um Livro Texto Crítico, de Reinhard Junger e Siegfried Scherer, parte II, capítulo 3, publicado pela Sociedade Criacionista Brasileira.

16 David Quammen, Darwin Estava Errado?, National Geographic Brasil, Ano 5, N255, novembro de 2004, p. 66-67. Este exemplo específico é dado como prova de evolução. A refutação do exemplo aparece no Capítulo 5 deste livro.

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MACROEVOLUÇÃO

tativamente novo (aprimoramento genético ou anagênese).

Ainda, microevolução muitas vezes é descrita como evolução infra-es- pecíâca (dentro da mesma espécie), ao passo que macroevolução é descrita

como evolução transespecíüca (além do limite da espécie).

Na teoria da evolução, quando se trata de alteração do material genéti­ co, a unidade evolutiva não é o indivíduo, mas sim a população. Em outras palavras, evolução ocorre no grupo de indivíduos conhecido pelo term opool gênico. A esta proposta evolutiva foi dado o nome de Teoria Sintética da Evo­

lução (por sintetizar vários processos evolutivos num a única proposta). Segundo ela, um grupo de indivíduos possuiria a representação de todo o material genético, ou seja, tanto dos genes quanto das diversas formas de um mesmo gene (alelos). À medida que mutações atuassem no pool gênico,

este seria enriquecido. Através das recombinações, ocorreriam novas con­

figurações dentro da população. Finalmente, por meio da seleção, alguns alelos dim inuiriam enquanto que outros aum entariam .

Esses fatores, mutação, recombinação e seleção são os utilizados

como explicações para as possíveis variações encontradas nos organismos. É im portante notar que este processo de variações nos organismos é pos­ sível, mas está longe de provar a divisão de um a espécie em duas ou mais espécies (desm em bram ento).17

A este desdobramento de um a espécie em duas ou mais deu-se o nom e de especiação. Nele se pressupõe o processo de separação (separação geo­

gráfica das populações), e o processo de isolamento (isolamento genético ou a inexistência de acasalamento fértil).

Voltemos agora para os resultados práticos que poderiam determ inar a validade da proposta evolucionista quanto à origem e as causas da biodi­ versidade do nosso planeta. Dentro da limitação do significado do term o espécie, a especiação é um processo comprovado empiricamente e bem documentado através da história. Os portugueses, por exemplo, levaram coelhos domésticos para a ilha de Porto Santo, na costa oeste do continente

17 Existem casos raros de seleção disruptiva e o caso especial da especiação da duplicação ou

mesmo multiplicação do chamado patrimônio genético (poliploidia). Embora estes casos Ilha de Porto Santo

raros existam, os mesmos não são considerados como processos naturais. (Arquipélago Madeira)

Especiação

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