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4. Resultados e discussão

4.2. Descrição dos entrepostos

4.2.1. Operações logísticas comuns aos dois entrepostos

Antes de descrever as situações encontradas e as não conformidades verificadas, é importante referir as operações associados ao processo logístico, sendo elas iguais em ambos os entrepostos.

Descrevem-se de seguida as etapas corresponde ao fluxo de mercadorias na recepção (Fig.1), armazenagem (Fig.2) e expedição (Fig.3):

4.2.1.1. Recepção

4.2.1.1.1. Recepção da

Ao chegar à empresa, o motorista dirige

documentos que acompanham a entrada da mercadoria, nomeadamente a guia de transporte e/ou factura e o registo de temperatura ao longo do transporte no caso dos produtos refrigerados e congelados.

mapa de agendamentos, se aquela mercadoria está agendada para aquele dia e em caso afirmativo, introduz o nº da ordem de compra no SAP (sistema informático utilizado) e

ordem de recepção. De seguida, atribui um cais à mercadoria recepcionada, onde o motorista deverá encostar para descarregar.

Se o fornecedor não constar no mapa de agendamentos, o responsável pela recepção telefona ao gestor de compras que decide qu

Figura 1 - Etapas da operação de recepção

Recepção da mercadoria

Ao chegar à empresa, o motorista dirige-se à recepção de mercadorias entregando os documentos que acompanham a entrada da mercadoria, nomeadamente a guia de e o registo de temperatura ao longo do transporte no caso dos produtos refrigerados e congelados. Ao recebê-los a Recepção de mercadorias confere no mapa de agendamentos, se aquela mercadoria está agendada para aquele dia e em caso afirmativo, introduz o nº da ordem de compra no SAP (sistema informático utilizado) e

ordem de recepção. De seguida, atribui um cais à mercadoria recepcionada, onde o motorista deverá encostar para descarregar.

Se o fornecedor não constar no mapa de agendamentos, o responsável pela recepção telefona ao gestor de compras que decide que destino dar à mercadoria.

Recepção Controlo de qualidade Descarga Entrada no sistema Arrumação Entrega dos documentos

Etapas da operação de recepção

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se à recepção de mercadorias entregando os documentos que acompanham a entrada da mercadoria, nomeadamente a guia de e o registo de temperatura ao longo do transporte no caso dos los a Recepção de mercadorias confere no mapa de agendamentos, se aquela mercadoria está agendada para aquele dia e em caso afirmativo, introduz o nº da ordem de compra no SAP (sistema informático utilizado) e gera a ordem de recepção. De seguida, atribui um cais à mercadoria recepcionada, onde o

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4.2.1.1.2. Controlo de Qualidade

Após a descarga deverão ser verificadas as características de qualidade da mercadoria recepcionada, bem como o estado do veículo e respectivas temperaturas, tanto do produto como do veículo, no caso dos produtos refrigerados.

Devem ainda ser verificadas as características logísticas do produto (código de barras, lote e Data Limite de Consumo).

4.2.1.1.3. Entrada no sistema

Através de ERF (Equipamento Rádio Frequência) a operadora lê o código de barras e introduz de seguida os dados que por ele são pedidos: Quantidades do produto, lote de fornecedor, pesos e DLC.

Após esta operação, o operador coloca o IDI na mercadoria, que garante a rastreabilidade da palete, encontrando-se um exemplo no Anexo III.

4.2.1.1.4. Entrega dos documentos

Após o controlo por parte da operadora, os dados introduzidos no ERF são lançados no SAP e a recepção de mercadorias imprime, a partir deles, o comprovativo de recepção verificando se a encomenda solicitada corresponde à encomenda recebida, através do número de unidade/caixas por produto. Se existir produto em falta, é pedido novamente à operadora que verifique a mercadoria e caso isso se comprove é passada uma nota de devolução. O mesmo acontece caso o produto apresente alguma não conformidade, como por exemplo, DLC demasiado curta. Se, por outro lado, a mercadoria recebida se encontra em excesso, é passada uma nota de excesso.

Se estiver tudo conforme, isto é, não seja detectada nenhuma anomalia tanto em termos de quantidade, como de qualidade, a recepção administrativa entrega os respectivos documentos ao fornecedor.

O fornecedor recebe o triplicado da factura ou guia e o original e duplicado da nota de falta, excesso e/ou nota de devolução.

A Recepção de mercadorias fica com o

comprovativo de recepção e triplicado da nota de falta, excesso e/ou devolução.

Após entregar os documentos ao fornecedor, a recepção administrativa regista no SAP dando ordem para a entrada da mercadoria no armazém, com a respectiva arrumaç

4.2.1.2. Armazenagem Figura Entrada da mercadoria no armazém Armazenagem Picking? Arrumação em zona de stock Controlo de qualidade dos produtos em armazém Conforme? Expedição

A Recepção de mercadorias fica com o original da factura ou guia, p comprovativo de recepção e triplicado da nota de falta, excesso e/ou devolução.

Após entregar os documentos ao fornecedor, a recepção administrativa regista no SAP dando ordem para a entrada da mercadoria no armazém, com a respectiva arrumaç

Armazenagem

S

N

S

Figura 2 - Etapas da operação de armazenagem Zona de preparação N Zona de trocas 23

original da factura ou guia, primeira via do comprovativo de recepção e triplicado da nota de falta, excesso e/ou devolução.

Após entregar os documentos ao fornecedor, a recepção administrativa regista no SAP dando ordem para a entrada da mercadoria no armazém, com a respectiva arrumação.

preparação

Zona de trocas

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4.2.1.2.1. Entrada da mercadoria no armazém

Após a recepção, as paletes são encaminhadas para o interior do armazém, o operador responsável pelo empilhador coloca as paletes que se encontram no cais de recepção, no interior do armazém, prontas para serem encaminhadas para os respectivos locais de armazenamento.

Não está definido o tempo de espera dos produtos para serem armazenados.

A arrumação em armazém pode ser feita de duas maneiras: arrumação em zonas de stock e arrumação em zonas de picking, consoante a mercadoria apresente, respectivamente, menor ou maior rotatividade.

4.2.1.2.2. Armazenagem

O armazenamento das paletes é feito em categorias de acordo com a indicação do sistema informático e com a leitura óptica do IDI: Alimentar/Bebidas e DPH ( Detergentes e Produtos de Higiene).

Por outro lado, produtos refrigerados são encaminhados para a câmara de OPLS, onde permanecem o mínimo de tempo possível, uma vez que são produtos bastante perecíveis. Se o produto recepcionado for destinado a picking, é encaminhado para a zona de preparação, caso contrário é armazenado em zona de stock.

Quando o picking se esgota, há reaprovisionamento sugerido pelo sistema e o operador abastece.

Caso haja movimentação das paletes, essa movimentação é registada em SAP através do IDI que acompanha a palete desde a entrada no armazém até à sua saída, permitindo a rastreabilidade do processo. (Anexo 3)

4.2.1.2.3. Controlo de qualidade dos produtos em armazém

Caso seja verificada alguma não conformidade (DLC curto, por exemplo), o produto deve ser segregado dos restantes em zona devidamente identificada e separada. Os produtos devem também ser identificados e a causa da não conformidade apurada, a ocorrência e o

destino definido e registado. O destino dos produtos não conforme pode tomar duas rotas: ou é destruído, ou a mercadoria é devolvida ao fornecedor.

4.2.1.3. Expedição

Figura

4.2.1.3.1. Alocação de encomendas

A alocação de encomendas consiste em reservar o stock existente para atender ao pedido de saída solicitado pelo cliente e dar seguimento aos pedidos que constam no mapa de entregas. A alocação é feita informaticamente, no final da qual se emitem as listas destino definido e registado. O destino dos produtos não conforme pode tomar duas rotas: ou é destruído, ou a mercadoria é devolvida ao fornecedor.

Figura 3 - Etapas da operação de Expedição

Alocação de encomendas

A alocação de encomendas consiste em reservar o stock existente para atender ao pedido de saída solicitado pelo cliente e dar seguimento aos pedidos que constam no mapa de entregas. A alocação é feita informaticamente, no final da qual se emitem as listas

Alocação da encomenda Preparação da encomenda Controlo de qualidade Conforme? Paletização Carga da mercadoria Entrega dos documentos S N Zona de trocas 25

destino definido e registado. O destino dos produtos não conforme pode tomar duas rotas:

A alocação de encomendas consiste em reservar o stock existente para atender ao pedido de saída solicitado pelo cliente e dar seguimento aos pedidos que constam no mapa de entregas. A alocação é feita informaticamente, no final da qual se emitem as listas de

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picking. Os artigos dispostos na lista de picking têm em atenção as regras FIFO e FEFO, que são sugeridas informaticamente.

4.2.1.3.2. Preparação da encomenda

Ao ser fornecida a lista de picking (encontra-se no anexo IV um exemplo), o operador encarrega-se de separar os produtos de acordo com essa lista e com as localizações de armazenagem (localização de reserva/stock e localização de picking).

Quando é necessário separar o produto da localização de picking, pode haver necessidade de fazer o reaprovisionamento, sendo que este é sugerido pelo sistema informático.

A preparação da encomenda deve ter em atenção as regras de estiva das paletes, que deverão estar definidas e ser conhecidas por todos os colaboradores.

4.2.1.3.3. Controlo de qualidade

Após preparada, a palete deve ser avaliada em termos de qualidade e segurança alimentar, verificando se os produtos se encontram conformes e prontos para saírem do armazém. Deve ainda ser feito um controlo em termos de contagem física, validação de lotes e validades, confirmando se está de acordo com a lista de picking.

4.2.1.3.4. Paletização

Após a verificação da mercadoria, as paletes são envolvidas em filme extensível para que se proceda ao correcto acondicionamento da mercadoria, evitando contaminações. Os artigos são agrupados no menor número de paletes possível para optimizar o espaço a ocupar nas filas de expedição e nas próprias viaturas que transportarão a mercadoria.

4.2.1.3.5. Carga da mercadoria

Antes de se proceder à carga da mercadoria, é registado no SAP a saída dos artigos preparados, fecha-se a encomenda, gera-se a saída do stock e é registada a viatura onde a mercadoria irá ser carregada. De seguida, emite-se a factura/guia de remessa que acompanha a mercadoria.

Ao chegar, o motorista dirige-se à supervisão de cargas e crossdocking para indicar a matrícula da viatura e esta dá indicação de qual o cais de carga. No caso dos produtos refrigerados deve ser verificada a temperatura do veículo.

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Procede-se então à carga da mercadoria com o auxílio de um porta paletes, respeitando a ordem de descargas descrita no mapa de entregas. A carga de mercadoria de produtos refrigerados e congelados deve ser feita pelo corredor técnico.

Após a carga, o motorista preenche as guias de transporte, sendo estas assinadas e entregues á supervisão de cargas e crossdocking para assinar e carimbar.

4.2.1.3.6. Entrega dos documentos

O responsável da expedição encarrega-se de entregar os documentos afectos à mercadoria carregada, sendo que são entregues ao motorista a guia de remessa (original, duplicado e triplicado), a guia de transporte (Original, duplicado e triplicado) e a factura (original e duplicado).

O cliente fica com o original e duplicado da guia de remessa, o original da guia de transporte e o original e duplicado da factura.

Após fazer a entrega da mercadoria, o motorista é responsável por entregar ao responsável da expedição o triplicado da guia de remessa e o duplicado da guia de transporte.

4.2.1.4. Transporte

Esta etapa é de fundamental importância e traz aspectos relevantes para a qualidade dos produtos. O transporte dos produtos pode ser feito directamente para o cliente, no caso de clientes que se encontram nas proximidades do entreposto, ou então, para centros de distribuição que se encarregam posteriormente de encaminhar os produtos para o cliente final. Durante este segundo processo, os produtos passam por um fenómeno que se toma o nome de crossdocking, onde a principal vantagem é a diminuição de custos e de tempo de operação.

Ao chegar ao centro de distribuição o motorista descarrega as paletes já previamente separadas por cliente que irão depois ser colocadas em transportadores capilares que se encarregarão de as distribuir pelos diferentes clientes.

È de destacar que a mercadoria é descarregada para o cais de recepção do centro de distribuição e não sofre armazenamento.

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