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3. PANORAMA SOBRE O OPEN ACCESS NAS COMUNIDADES

3.1 QUESTÕES METODOLÓGICAS

3.1.2 Operacionalização

Este projeto pretendeu identificar e discutir a influência do movimento OA nas comunidades acadêmicas da área de Biblioteconomia das Universidades Federais da Região Nordeste do Brasil. Nesse sentido, a sua metodologia envolveu: a recolha de dados, nomeadamente, através do emprego da entrevista75 (ver capitulo 3, que trata sobre análise dos resultados, item 3.4 – Inquérito por entrevista) e os questionários76 que podem ser consultados no anexo A, envolvendo pessoas que têm experiência nas questões relativas à produção, à disseminação e ao uso da informação científica e fazendo a análise de exemplos que estimulem a compreensão do tema.

Trata-se de uma pesquisa exploratória que visa proporcionar um maior entendimento sobre o problema abordado, com a finalidade de o tornar mais explícito, procurando aprimorar e esclarecer ideias relativas à utilização da via verde e da via dourada, para responder à seguinte questão de investigação: Quais os

75 A entrevista será realizada ao Tecnologista Sênior do IBICT , com a finalidade de obter informações sobre o movimento OA no Brasil que pode ser consultada no anexo D.

76 Questionários aplicados a professores e alunos dos cursos de Biblioteconomia das Universidades Federais da Região Nordeste do Brasi, com o objetivo de verificar os efeitos e as consequencias do movimento OA sobre essas comunidades e podem ser consultados nos anexos A.

efeitos/consequências que tais vias ou formas de divulgação do conhecimento científico trazem para o cenário científico na Região Nordeste do Brasil?

Por ser uma pesquisa exploratória, tende a assumir a forma de pesquisa bibliográfica que será desenvolvida com base no material já elaborado, constituído, principalmente, de livros e artigos científicos. Sendo uma investigação descritiva, que, de acordo com Carmo e Ferreira (2008), consiste em estudar, compreender e explicar a situação do objeto de investigação, inclui a recolha de dados para testar a hipótese ou responder às questões que dizem respeito à investigação.

Utilizámos, como instrumentos de recolha de dados, de acordo com Bruyne et al (apud Lessard-Héberd et al 1990, p.143), o inquérito de forma oral - entrevista orientada, para informação que pretendeu circunscrever a percepção e o ponto de vista de uma pessoa ou de um grupo de pessoas em uma determinada situação, que foi aplicada aos tecnologista sênior do IBICT, com a finalidade de obter informações sobre o movimento OA no Brasil; e, o inquérito de forma escrita, ou seja, o questionário, conforme o apresentam Powney e Watts (1987 apud Lessard-Héberd et al 1990, p. 162) foi aplicado aos professores e aos alunos dos cursos de Biblioteconomia, com o objectivo de verificar os efeitos e as consequências do movimento OA sobre as comunidades acadêmicas da área de biblioteconomia das Universidades Federais da Região Nordeste do Brasil, de acordo com a figura 10, localizadas na Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão.

Figura 10: Mapa da Região Nordeste do Brasil

O inquérito de forma oral (entrevista), enquanto interação direta a ser aplicada, foi estruturado com perguntas fechadas, com uma duração geralmente curta, contendo o maior número de perguntas possível e obedecendo a uma ordem rigorosa, focando-se nos conhecimentos e opiniões do entrevistado, propondo-se alcançar um grau elevado de interação entre o entrevistado e o entrevistador, visando facilitar a análise quantitativa das respostas. Dessa forma, foi definido o objeto de estudo e, consequentemente, elaborado um guia para a entrevista, com uma atenção especial às variáveis. Sendo explicados os objetivos da entrevista, esta foi realizada através de correio eletrônico, como estava já previsto no Plano de Contingência, elaborado durante o projeto de pesquisa, em virtude das questões relativas à localização tanto do entrevistado, como do entrevistador.

O inquérito de forma escrita (questionários), por ter sido uma interação indireta, levou a um cuidado especial na formulação das perguntas, as quais foram organizadas por temática: (1) dados pessoais e institucionais; (2) OA; (3) produção bibliográfica e OA; (4) produção técnica e o OA; desta forma as questões mais difíceis ou mais complexas foram apresentadas no final. O questionário foi elaborado com perguntas de identificação (género, idade, profissão, habilitações acadêmicas); perguntas de informação com a finalidade de colher dados sobre fatos e opiniões; perguntas de descanso ou de preparação que servem para introduzir uma pausa ou mudar de assunto e introduzir perguntas com um maior grau de dificuldade; e, finalmente, perguntas de controle para verificar a autenticidade de outras, contendo, na medida do possível, perguntas fechadas, com apresentação do tema a ser investigado e apresentação do pesquisador com instruções precisas, claras e curtas sobre como responder às questões. Algumas das perguntas foram apresentadas sob a forma de uma escala de atitudes, o que permitiu medir melhor as atitudes e as opiniões do inquirido; e, para a avaliação dessas questões, usamos a Escala de Likert, que consiste na apresentação de uma série de proposições: concorda totalmente, concorda, sem opinião, discorda, discorda totalmente, e cujas respostas serão cotadas, com as cotações + 2, +1, 0, - 1, e - 2, ou com pontuações de 1 a 5, sendo que, se a proposição for negativa, a cotação deve ser invertida.

Para a realização da pesquisa foram elaborados dois questionários, um para os estudantes e outro para os professores, que podem ser consultados no anexo A. O questionário dos estudantes77 contém trinta e duas questões, divididas em quatro partes: a primeira parte com a finalidade de recolher dados pessoais e institucionais

77O questionário foi disponibilizado em : http://wsl2.cemed.ua.pt/biblioteconomia/estudante.asp e podem ser consutados, tabém no anexo A.

do aluno; a segunda parte com o objectivo de averiguar conhecimento sobre o OA; a terceira parte com o intuito de verificar a sua produção bibliográfica em OA; e, a quarta parte com o propósito de verificar a sua produção técnica em. OA Os questionários foram enviados aos estudantes por três vezes, em virtude das várias dificuldades encontradas na obtenção das listas de e-mails dos alunos dos cursos de Biblioteconomia, por parte das Coordenações de Cursos ou mesmo dos Centros Acadêmicos, em razão da inexistência das mesmas e isso impediu a participação dos alunos do Curso de Biblioteconomia da UFBA na pesquisa. Outra questão bastante relevante foi o reduzido número de e-mail de alunos fornecidos pelo Centro Acadêmico ou mesmo pelas Coordenações dos Cursos e o longo tempo de espera entre o pedido das lista de e-mail e fornecimento das mesma. E, ainda neste contexto, existiu, concomitantemente, um grande número de e-mails que retornavam à caixa de mensagens, face à inexatidão da informação relativa à lista de e-mails. Este fato verificou-se freqüentemente durante o envio dos referidos e-mails para os alunos.

De acordo com a tabela 5 podemos verificar o número de alunos e os questionários recebidos.

Tabela 5: Número de alunos e questionários recebidos Universidades

Federais alunos Nº de Frequência (N) Percentual por universidade UFAL 124 42 33,8 UFC 142 46 32,3 UFRN 150 21 14,0 UFPB 448 22 4,9 UFPE 192 4 2,0 UFMA 325 2 0,6 UFBA* 242 0 0

* Os alunos do curso de Biblioteconomia da UFBA não

participaram da pesquisa, porque não obtivemos a lista de e-mails dos referidos alunos. E mais oito alunos não informaram suas instituições.

Um segundo questionário foi elaborado para os professores78 contendo trinta e quatro questões organizadas em quatro partes distintas: a primeira parte com a finalidade de recolher dados pessoais e institucionais do professor; a segunda parte com a intenção de verificar conhecimento sobre o OA; a terceira parte com o

78 O questionário foi disponibilizado em: http://wsl2.cemed.ua.pt/biblioteconomia/professor.asp., podem

objectivo de verificar a sua produção bibliográfica em OA; e quarta parte para verificar a sua produção técnica em OA. Os questionários dirigidos aos professores foram enviados por duas vezes, em situação semelhante à dos questionários dos alunos. De acordo com a tabela 6, abaixo apresentado, podemos verificar o número de professores e os questionários recebidos.

Tabela 6: Número de professores e questionários recebidos Universidades

Federais professores Nº de Frequência (N) Percentual por Universidade UFAL 10 9 90.0 UFRN 14 6 42,8 UFPB 24 10 41,6 UFBA 25 9 36,0 UFC 18 6 33,3 UFPE 17 5 29,4 UFMA 23 4 17,3

Dois dos professores resondentes não indicaram qual a instituição onde trabalham.

A criação dos links dos questionários, na internet, contou com a colaboração do Centro de Multimédia e de Ensino a Distância (CEMED), da Universidade de Aveiro, que também ficou responsável pela recebimento dos questionários preenchidos e, por este motivo, frequentemente enviavam planilhas em Excel com os resultados obtidos.

Para analisar os dados recolhidos, foi utilizado o programa SPSS, com o objetivo de facilitar a mensuração das informações recebidas, a construção de tabelas, privilegiando sempre a frequência e o percentual válido.

3.2 ANÁLISE DAS RESPOSTAS AOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS AOS