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Operando a in stituciona lidad e da po lítica d e quali fic ação co m o PLA NFO R

No que t ange à o perac io na liza ção do PLAN FO R, est a se d e u at ravé s de do is me ca nis mo s que o est ruturara m: o s P la no s Est adua is d e Qua lifica ção – PEQs74 e as Parcer ia s N ac io na is e Reg io na is – P AR Cs. Ent re 1995 e 2001, e nvo lveu 1 5,3 milhõ es de t ra ba lha do res no s P la no s de Qua lific aç ão Pro fis s io na l fina nc ia do s co m recur so s do FAT , a mp lia ndo o at end ime nt o de 153 mil e duca ndo s, e m 1 995, para a lgo pró ximo de 4 mi lhõ e s, e m 2001. Dura nt e es se p er ío do , ho uve cresc ime nt o s ig nific at ivo do vo lu me de recurso s d is po nib iliz ado s pe lo FAT. Est e p as so u de R $ 28 milhõ es, e m 1995, para R $ 49 3 milhõ e s, e m 2001. Ao mes mo t e mpo , a carga ho rár ia mé d ia do s curso s o fere c ido s pas so u de 150 ho ras para 6 4 ho ras méd ias. Est a redução e vide nc ia u m c laro ind íc io d e perda qua lidad e do s pro ces so s de fo r ma ção pro fis s io na l (BR ASI L, 2003, p. 18).

E m 2 002, o s r ecurso s o rça me nt ár io s para a Qua lific aç ão Pro fis s io na l de cres cera m p ara 302 milhõ es, qu e, e nt ret ant o , fo ra m reduz ido s co m o co nt inge nc ia me nt o p ara ap e na s R$ 153 milhõ e s (represe nt a ndo a lgo e m t o rno de 30% do s va lo r es do ano a nt er io r). Para 2003, o Orça me nt o da U nião , de fin ido a in da no Go ver no ant er io r, a lo co u ape na s R$ 186 milhõ e s (B R ASI L, 2 0 03a, p.18). Ver ifico u - se u ma d iminu ição s ig nific at iva de recur so s a c ada a no de e xe cução do P la no , aspe ct o que e nfraqu eceu, e m p art e, sua a bra ng ê nc ia e ca pac id ade d e mo bilização social da rede dos “novos sujeitos” da qualificação pro fis s io na l.

Ao fina l d o s do is quadr iê n io s de v igê nc ia do PLAN FOR, 1 995 - 1998 e 1 999 -2002, t o rno u -se e vid e nt e a nec es s id ade d e mud a nç a s pro fu nd as, apó s int e nso desga st e ins t it uc io na l. U m co nju nt o de 74 Os PE Qs er a m el a bor a d os e g er i d os p el a s Se cr et a r ia s d e Tr a ba lh o ( ST bs) , s o b h om ol og a çã o d o s C om i ss õ es E st a d u a i s d e T r a ba lh o ( C E T s) , p or v ez a r t i cu l a d os a C on sel h os Mu n i ci p a i s d e Tr a ba lh o ( C MT s) . Os PE Qs er a m in str u m en t os d e m o bi l i z a çã o e a r t i cu l a çã o d a o f er t a e d a d em a n da d e E d u ca çã o Pr o fi ssi on a l em ca d a E st a d o f ed er a t i vo ( B RA SI L, MT E , 2 0 0 1 , p . 1 2 ) .

de nú nc ia s, ve icu la do a mp la me nt e pe la míd ia, le vo u o Tribu na l de Co nt a s da U nião – TCU e a Secret ar ia Fed era l de Co nt ro le da Co rregedo r ia - Gera l da U nião – SFC/CG U a pro po rem mec a nis mo s vis a ndo garant ir ma io r co nt ro le pú blico e o perac io na l (TC U, 2001).

U ma d e flagrad a d iminu iç ão de q ua lid a de do s curso s, e m su a tot a lidad e, e u ma ba ixa e fet ivid ade so c ia l d as açõ es do PLAN FO R re fo rçara m t a l de sga st e e le vara m o MTE, já so b o no vo go ver no , a inst it u ir o P la no Nac io na l d e Qua lificação – PNQ, e xt ing u indo o PLAN FO R, be m co mo reco ndu z indo as d iret r izes d a Po lít ic a Pú blica d e Qua lifica ção . U ma a ná l is e ma is cu id ado sa e cr it er io sa d as a va lia çõ e s e xt erna s e de d iver so s do cu me nt o s o fic ia is e não -o fic ia is e v ide nc ia m impo rt ant es lacu na s, inco erê nc ia s, limit aç õ es.

E m d eco rrênc ia da s vár ia s a ná lis e s a cad ê mic as e de nú nc ia s ac erc a da o perac io na liz aç ão dest e P la no , dest aca m-s e:

 pouca int egração entr e a Política Pública de Qua lificaçã o P r ofiss i ona l e a s dema is P ol ít ica s P úb l ica s de T r a ba lho e R enda (s egur o- des empr ego, cr édit o p opu la r , i nt er medi a çã o d e mã o - de- obr a , pr odu çã o de i nf or ma ç ões s ob r e o mer ca do d e t r a ba lho, et c. );

 desarticulação desta em r elaçã o às Polít icas Públicas de Edu ca çã o;

 fragilida des das Comissões Estadua is e Municipais de T ra ba lho – C ET e C MT, como es pa ç os ca pa z es de ga r a nt ir u ma pa r t ic ipa çã o ef et i va da s oc i eda de c i vi l na ela b or a çã o, fis ca l i za çã o e c onduçã o da s P ol ít i ca s P úbli ca s d e Qua l if ica çã o;

 baixo grau de inst itucionalida de da r ede nacional de qua li f ica çã o pr of iss i ona l, qu e r es er va a o Est a do, p or mei o d o MT E, o pa pel de a p ena s def i nir or i ent a ç ões ger a is e d e fi na nc ia ment o do P la no Na c i ona l de Qua l if i ca çã o, ex ecut a d o i nt egr a l m ent e p or mei o de c onvêni os c om t er c eir os;

 ênfase do PLANFOR nos cursos de curta duração, voltados ao tratament o funda mentalment e das “habilida des específicas”, c ompr omet endo, c om iss o, u ma a çã o educ a t iva de ca r á t er ma is i nt egr a l;

 fragilida des e deficiências no sist ema de pla neja ment o, moni t or a ment o e a va l ia çã o do P L ANF OR (BR AS IL, MT E, 2003, p. 19).

O PLAN FO R fo i e xt int o e m 2003, e, co mo respo st a ao s pro ble ma s e limit açõ es apr ese nt ad as, co nst it u iu - se o no vo pla no : o PNQ P la no Nac io na l d e Qu a lific a ção . Est e P la no fo i apre se nt ado co mo capa z d e est a be le cer u ma no va inst it uc io na lida de, no â mb it o da qua lifica ção do s t raba lhado res. A pro me s sa do PNQ era est a be le cer u ma nov a polític a

pública de car áte r social pa ra educa çã o prof is sional , fu ndad a so b o

“no vo/velho” discurso integrador, embora, para Saviani (1997, p. 121), a po lít ica so c ia l se ja u ma e xpre s são t íp ic a da so c iedad e cap it a list a, que a pro duz co mo u m a nt ído t o para co mp e nsar o carát er ant is so c ia l d a eco no mia pró pr ia de ss a so c ieda de. Ent reta nt o, a det ermina ção eco nô mic a projeta sobre a “po lít ica social” o seu caráter ant issocial, limit ando -a e c ir cu nscre ve ndo o seu pape l à s açõ es t ó pica s que co nco rra m para a preser vação da o rde m e xist e nt e. É co m e st e vié s qu e o PNQ se apre s e nt a. Ma s, o que é o PNQ? Qua is a s co ncep çõ es que o sust ent a ? Qu a is a s est rat ég ia s que pro põ e e as fo r mas inst it uc io na is de o perac io na lizá - la s ? Qua is a s su bst anc ia is s imilit u de s e d ife re nças e/o u rupt uras e co nt inu id ade s ? Enfim, qua l a mat er ia lid ade hist ó rica d a inst it u c io na lid ade da no va po lít ica pú blic a de qua lific aç ão , inst it u íd a co m o PNQ?

4.2. PNQ – e xp re ssã o da “nova/ ve lha” instituciona lidad e da Po lític a