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Os bancos e bolsa de valores: espaço de comercialização do capital

CAPÍTULO 2 OS CLÁSSICOS NA TEMÁTICA DO

2.1 O capital financeiro em Hilferding

2.1.4 Os bancos e bolsa de valores: espaço de comercialização do capital

Para Hilferding (1985), a aquisição de ações por parte dos bancos apenas significa um simples negócio monetário, do tipo D-D´, pois per- mite ao banco uma vez proprietário das ações de uma sociedade anôni- ma, poder comercializá-las facilmente no mercado da bolsa.

Tão logo os bancos vão adquirindo ações dessas sociedades anô- nimas e controlando-as como acionistas majoritários, maior será a repre- sentação bancária nos conselhos fiscais e administrativos. Com isso resta, também demonstrada a demagogia da tese da democratização do capital, pois como se sabe, os acionistas minoritários não decidem nada acerca dos destinos da grande empresa.

Temos assim, a manifestação da terceira função exercida pelo bancos. A primeira é a do gerenciamento gradativo de parte do próprio crédito de circulação. A segunda é a concessão do crédito de capital, do capital monetário ocioso na forma de empréstimo. A terceira, aparece juntamente com o desenvolvimento das sociedades anônimas, qual seja, a conversão do capital monetário em capital industrial, na forma de ações, as quais transformam-se em capital fictício - em títulos de renda capitalizada na forma de ações. Observe-se, como não há cessão de crédito nessa última função. Assim,

O banco não só pode conceder créditos em maior escala à sociedade anônima do que à em- presa individual; pode investir também uma parte de seu capital monetário em ações, por um tempo mais ou menos longo. Em qualquer dos casos nasce sempre um interesse duradouro do banco pela sociedade anônima que, por um lado, deve ser controlado pelo banco para ga- rantir a aplicação correta do crédito concedido e, por outro lado, deve ser dominada na medida do possível, pelo banco, a fim de garantir todas as transações financeiras geradoras de lucro bancário. (HILFERDING, 1985, p. 124)

Eis a importância obtida pela bolsa de valores, pois é neste espa- ço onde as ações são sempre comercializadas. Uma vez fundada uma sociedade anônima, o capital monetário transformado em capital indus-

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Assim sendo, todo o capital-dinheiro de empréstimo em geral está concentrado junto aos bancos, e salvo melhoramentos nas funções técni- cas do dinheiro, o aumento – e mesmo a diminuição – do capital- dinheiro de empréstimo disponível está vinculado à dinâmica da repro- dução do capital.

O próprio desenvolvimento do sistema de crédito, em especial o capital produtor de juros, sua base, é uma necessidade e resultado do desenvolvimento do capital industrial, da acumulação real.

Todavia, observando-se essa categoria especial de agentes, comerciando com dinheiro, constata-se, ser o lucro obtido, nada mais do que dedução da mais-valia apropriada pelo capitalista industrial na forma de juros. Tão logo se acumulam os capitais nas mãos desses agentes, e mesmo parte do próprio lucro do banco é convertido em capital-dinheiro de empréstimo, aumenta a massa de capital-dinheiro disponível, sempre pronta a converter-se em capital produtor de juros. Nesse sentido, quan- do a esfera do capital industrial apresenta algum tipo de limitação, eis que os títulos da dívida pública, bem como, a comercialização de ações e títulos diversos na bolsa, se apresentam como alternativa. A acumula- ção de capital-dinheiro de empréstimo e sua conversão em capital pro- dutor de juros, como valor que efetivamente se valoriza no ciclo do capital industrial ou como capital fictício, na forma de títulos e ações, converte-se em negócio especial desses agentes.

Assim, se faz relevante destacar, segundo Marx (2008), que uma parte do capital-dinheiro de empréstimo potencial nas mãos dos bancos, direciona-se para atividades, as quais, não fazem parte do ciclo de re- produção do capital industrial.

A primeira refere-se aos títulos da dívida pública

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. Neste caso o banco concede o empréstimo ao Estado, ou seja, para o Banco, em parti- cular, ocorre a conversão do dinheiro em capital, mas o Estado consome o capital-dinheiro emprestado não como capital, valor que se valoriza – exceto quando o próprio Estado atua no ciclo de reprodução do capital, como por exemplo, na produção do petróleo ou qualquer outra mercado- ria – mas para suas funções de promover a educação, a segurança e a saúde pública, fazendo-o desaparecer. O Banco terá em suas mãos um título da dívida pública, dando-lhe o direito a um juro mensal ou anual, parte da renda auferida pelo Estado, e esse título pode inclusive ser co-

65 Carvalho (2003), em capítulo sobre a dívida pública e o papel do Estado no capitalismo, mostra inclusive como o endividamento público, é, em geral efetuado para criar a infraestrutura necessária para a reprodução do capital, e como o espaço do Estado é também um espaço da luta de classes.

ormente, porque o banco opera como se esse dinheiro fosse próprio. Aliás, em não sendo próprio o dinheiro depositado nos bancos, apenas revela-se a importância dos mesmos como centralizadores das funções técnicas do dinheiro e da função central, as quais, têm no siste- ma de crédito desenvolvido: a de prover todo o capital-dinheiro de em- préstimo necessário para a reprodução do capital industrial em escala sempre ampliada, e com isso auferir o juro.

Percebe-se então, o negócio principal dos bancos: centralizar o dinheiro ocioso de todas as classes e suas categorias, remunerando-as com um juro pelo dinheiro depositado, mas um juro muito abaixo da- quele auferido ao transformar esse dinheiro em capital-dinheiro de em- préstimo, capital produtor de juros

Conforme acima exposto, nem toda a acumulação de capital para os detentores do capital-dinheiro de empréstimo – os bancos - tem vin- culação com a acumulação real ou mesmo representa ampliação da re- produção do capital real. Por exemplo, quando se aprimoram as funções técnicas do dinheiro, parte dos pagamentos, antes de serem efetuados, ficam depositados junto aos bancos, e isso faz com que, até a data do pagamento, possa utilizar-se desse dinheiro como capital-dinheiro de empréstimo e emprestá-lo. O banco recebe o depósito do valor da dívida de 100 U$ no dia 01, e efetua o pagamento da dívida no dia 15 do cor- rente mês. Ao longo de 14 dias poderá utilizar-se do dinheiro depositado para pagamento futuro e convertê-lo em capital produtor de juros, aufe- rindo juros desse capital que não é próprio, mas está em seu poder nes- ses dias. Aumenta a massa de capital-dinheiro disponível. Outro exem- plo, é do trabalhador que deposita seu salário e o consome gradualmen- te. O banco poderá utilizar-se do valor depositado, que diminui gradu- almente, e convertê-lo em capital produtor de juros.

Mas, boa parte da massa disponível como capital-dinheiro de empréstimo junto aos bancos, terá sim, grande vinculação com o proces- so real de reprodução do capital. Isso se evidencia quando por exemplo, excetuada a parte do lucro de empresário que o capitalista consome para a satisfação de suas necessidades pessoais, o lucro de empresário é des- tinado à ampliação da esfera da reprodução do capital, no entanto, não atingiu o limite mínimo para expandir-se o negócio, e assim fica deposi- tado; ou mesmo, quando um capitalista se desfaz de seu negócio particu- lar ou vende parte de suas ações, depositando seu dinheiro num banco; ou na ocasião de uma crise, na qual fica impossibilitado de transformar parte do capital-dinheiro acrescido de mais-valia, em novo capital adian- tado, porque os estoques estão cheios.

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trial – e representado pela ação -, é sempre novamente conversível em capital monetário quando vendida. Mas, uma vez efetuada a transforma- ção do capital monetário em capital industrial, o mesmo se converte em título de rendimento capitalizado, em capital fictício. Deixa de existir como dinheiro, como capital monetário para existir como ações, como capital fictício enquanto permanece nas mãos de seu possuidor. Tão logo é comercializado na bolsa, reconverte-se o capital fictício, a ação – como rendimento capitalizado com base na taxa de juros estabelecida no mercado - em capital monetário para seu possuidor.

É importante perceber como o capital próprio dos bancos vai assumindo importância nesse sentido, pois quando aumenta a transfor- mação do capital monetário em capital industrial, por intermédio da aquisição de ações, não é a cada momento que o mercado está favorável para a comercialização dessas. Nesse sentido, a comercialização de ações vai consumando-se como privilégio dos grandes bancos, os quais para além de atraírem as massas do capital monetário ocioso de todas as classes, possuem um grande capital próprio, parte do qual, pode ser sempre convertido em ações para venda nos momentos mais favoráveis, sem prejuízos em outras operações efetuadas com capital de terceiros.

Desse modo, se a bolsa é um mercado por excelência, onde se comercializam títulos, estes, conforme Hilferding (1985), dividem-se em dois grandes grupos. O primeiro grupo abrange as letras de câmbio, crédito de circulação, e expressam uma quantia em dinheiro a qual tem de retornar ao detentor do título na data do vencimento acrescido do juro, e o segundo compreende em especial os títulos da dívida pública e as ações – expressando um rendimento capitalizado, porque os valores adiantados não retornam mais, foram consumidos improdutivamente pelo Estado ou valorizam-se como capital.

Com o desenvolvimento dos bancos, o crédito de circulação deixa de se concentrar na bolsa e passa a ser uma função dos primeiros, e “A esfera da verdadeira atividade da bolsa é o mercado de títulos de juro ou do capital fictício.” (HILFERDING, 1985, p. 138). Assim, a bolsa torna- se o centro da especulação dos valores expressos pelas ações, pelo capi- tal fictício, pois esses valores nada têm a ver com produção da mais- valia diretamente, mas com a mais-valia destinada como dividendo aos acionistas, capitalizada a uma taxa de juros de mercado. Portanto, o especulador não está preocupado em propiciar à sociedade anônima, da qual possui ações, a obtenção de lucros elevados. Seu objetivo é com- prar e vender ações, e nesse ato busca ganhar, enquanto outros perdem – quer comprar mais barato do que vendera anteriormente ou vender mais

caro do que comprara -, ora, isto independe da empresa auferir lucros, apesar de os lucros futuros ou esperados servirem de orientação para a compra e venda de ações. Por isso, quanto maior o conhecimento sobre a empresa da qual adquiriu ações, maior a segurança e previsibilidade sobre os lucros futuros, e tanto maior a segurança quando da compra e venda de ações na bolsa, em especial porque como a taxa de juros é dada a cada momento, e em geral, conhecida pelos agentes da bolsa, é sobre os lucros futuros que acabam recaindo as atenções dos especula- dores, trazendo à tona duas novas variáveis. Se o valor das ações nego- ciadas em bolsa é determinado pelo lucro na forma de rendimento capi- talizado com base na taxa de juros de mercado, adiciona-se também - `a determinação desse valor fictício - o movimento da oferta e demanda por essas ações.

Se, anteriormente a magnitude do capital determinava o lucro, esse agora transmutado em rendimento é quem determina a magnitude do capital.

Portanto,

A possibilidade de especulação se deu com o surgimento desse mercado de capital fictício. Por outro lado, a especulação é necessária para salvaguardar a capacidade de absorção perma- nente desse mercado e para dar com isso ao ca- pital monetário, como tal, a possibilidade de se transformar continuamente em capital fictício e novamente em capital monetário. (HILFER- DING, 1985, p. 143)

Assim, com o comércio das ações na bolsa de valores comerciali- za-se a propriedade dessas sociedades anônimas, e a mudança de propri- edade poderá ser independente da reprodução do capital, pois as ações podem ser compradas ou vendidas por pura especulação10. Mas, o pouco caso com os destinos futuros da empresa, não é estratégia dos grandes

10 É importante perceber que para o grande especulador profissionaL, com base em Hilferding (1985), o que interessa são as cotações dadas cotidianamente e a cada momento. Por isso, para ele que compra e vende ações a cada instante, se faz necessário ter a maior previsibilidade possível sobre a taxa de juros, ter também informações sobre as estratégias empresariais que podem interferir sobre os rendimentos auferidos pelos acionistas no futuro mas que se refletem no preço presente das ações através dos movimentos da oferta e demanda. Os negócios efetua- dos na bolsa são rápidos, as oscilações de preço das ações são pequenas, por isso quanto maior o montante de capital monetário destinado à especulação, maiores as possibilidades de ganhos com a compra e venda.

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Consumam-se então a figura de fetiche e a con- cepção fetichista do capital. Em D-D` temos a forma vazia do capital, a perversão, no mais al- to grau, das relações de produção, reduzidas a coisa: a figura que rende juros, a figura simples do capital, na qual ele se constitui condição prévia de seu próprio processo de reprodução; capacidade do dinheiro, ou da mercadoria, de aumentar o próprio valor, sem depender da produção – a mistificação do capital na forma mais contundente. (MARX, 2008, p. 521, L.3, V.5)

Como demonstrado anteriormente, tanto faz quem detém o capi- tal-dinheiro de empréstimo, se é o prestamista bancário ou o próprio capitalista ativo, é proprietário do capital utilizado no ciclo de reprodu- ção. O juro é inato à propriedade do capital, aparece sempre como fruto de uma planta que se retroalimenta, se não for devorada pelo seu dono. Por isso o capitalista ativo, quando é o proprietário do capital, tem na ponta do lápis o montante do lucro total que lhe cabe como juro. O cál- culo feito refere-se a quanto ganharia com seu o capital-dinheiro, adian- tado no ciclo de reprodução, caso esse fosse transformado em capital- dinheiro de empréstimo, em capital produtor de juros, ou ainda, quanto teria de pagar da parte do lucro como juro, caso o capital adiantado fos- se emprestado. Mesmo sendo impossível que todos os capitalistas ativos se transformem em prestamistas de capital-dinheiro, esse fetiche do valor que se valoriza, sem passar pela esfera da produção é o desejo de todos, sinônimo de status, de poder e riqueza, “tudo isso sem confrontar- se com essa massa de trabalhadores ignorantes, que produz a riqueza material social, mas dela não se apropria”.

5.5 O capital dos bancos

Conforme Marx (2008), é importante perceber o dinheiro em poder dos bancos aparecer na forma de dinheiro de contado – ouro, pra- ta, papel-moeda – e títulos diversos. O montante desse capital-dinheiro latente, potencial – porque tem de ser emprestado para se converter em capital produtor de juros – é, em parte, propriedade do próprio banco, e, parte, propriedade de terceiros. No entanto, não muda em nada a proce- dência do dinheiro centralizado no banco, com a sua destinação posteri-

ativo e capitalista prestamista – mas sim, da existência da dupla função do capital, que lhe é imanente: a propriedade jurídica e a função econô- mica.

Conforme Marx (2008), tanto faz se o capitalista ativo adianta capital próprio ou de terceiros no ciclo de reprodução. Se o capital adi- antado for capital-dinheiro tomado de empréstimo, ao final do ciclo de reprodução dividirá o lucro total em juro e lucro de empresário. Juro pertencente ao proprietário do capital. Lucro de empresário que lhe per- tence, por comandar, enquanto capitalista ativo, o processo de reprodu- ção. Se o capital for próprio, o juro pertence-lhe por ser ele mesmo o proprietário do capital, como também pertence-lhe o lucro de empresá- rio.

Do ponto de vista quantitativo, a existência do juro é sempre referida ao capital-dinheiro de empréstimo, e assim o é, porque uma parte do capital social sempre aparece, e, tem de aparecer nessa forma; é conseqüência e condição do desenvolvimento do modo capitalista de produção e do sistema de crédito que o acompanha.

Do ponto de vista qualitativo, tanto o juro como o lucro de em- presário são formas da mais-valia, trabalho não-pago, trabalho exceden- te, apropriado pelo capitalista sem contrapartida equivalente.

Constatou-se ser o juro uma parte do lucro, e ambos serem parte da mais-valia apropriada pelo capitalista ativo no processo de reprodu- ção do capital. No entanto, constatou-se, também, que o detentor do capital-dinheiro de empréstimo transforma seu dinheiro em capital ape- nas no ato do empréstimo. Para ele o dinheiro converte-se em capital porque se valoriza, gera mais dinheiro. Não importa ao detentor do capi- tal dinheiro de empréstimo, como será utilizado o valor-de-uso do capi- tal emprestado, importante é que ao emprestá-lo como capital produtor de juros, seu dinheiro se transforma em capital, valor que se valoriza, acresce. Emprestou 100 unidades monetárias e recebe ao final de um ano 110 U$, seu capital valorizou-se, foi acrescido de juros. Conforme Marx (2008) esse é o fetiche máximo, pois o dinheiro valoriza-se como autômato, valor simplesmente reproduzido por ter sido entesourado. Desaparecem todos os indícios da fonte criadora da riqueza. O dinheiro é coisa que se multiplica independentemente.

Portanto, no capital produtor de juros:

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capitalistas. Os grandes bancos, por exemplo, têm o máximo interesse em participar nos conselhos fiscais e de administração das sociedades anônimas, e tanto maior será esse interesse quanto maior for a participa- ção acionária, pois maiores poderão ser os lucros diferenciais na compra e venda das ações com base em informações mais seguras acerca do rendimento futuro.

Para Hilferding (1985), a comercialização das ações na bolsa encobre definitivamente qualquer manifestação da relação de explora- ção, do processo de produção de mais-valia. A propriedade capitalista deixa de ser individual para manifestar-se como propriedade do capita- lista associado, como propriedade de ações, de títulos que adquirem valor a partir do rendimento capitalizado.

2.1.4.1 A bolsa de mercadorias

Para além da bolsa de valores, também existe a bolsa de mercado- rias. Nesta última realiza-se o comércio bursátil, a partir da variação dos preços das mercadorias, onde o importante não é a mercadoria em espé- cie, tampouco a sua comercialização, mas, a especulação acerca do pre- ço dessa mercadoria, oriundo da diferença entre o tempo de produção e o tempo de circulação. É o chamado negócio a termo, que permite à mercadoria11 um padrão de qualidade – em geral internacional – e ao mesmo tempo abre a possibilidade dela exercer temporariamente a fun- ção de equivalente geral, na medida em que o capital monetário ocioso poderá converter-se por determinado momento.

Assim, não há no negócio a termo, compra e venda de mercadori- as, como acontece na esfera de circulação. Ocorre apenas o negócio bursátil, onde a mercadoria é imaginária, empresta sua existência e seu valor para os especuladores, que apostam nas variações do seu preço de mercado ao longo de determinado tempo. É mais uma possibilidade apresentada para o capital monetário ocioso, pois a especulação acerca do comércio bursátil de mercadorias permite ao capital monetário, uma vez apostado, poder reconverter-se novamente em dinheiro, a qualquer instante. Conforme Hilferding,

11 Como exemplo de mercadorias que em geral são objeto de especulação no mercado bursátil, tem-se a soja, o trigo, o milho, o café, o algodão, arroba do boi e alguns minerais, dentre outras mercadorias que em geral são produzidas em muitas partes do mundo, e, que mantém um padrão de qualidade semelhante.

...A bolsa compra e vende apenas especulati- vamente, os especuladores não têm ganho, mas sim lucro diferencial. O lucro de um é o prejuí- zo de outro...Com isso, resulta um novo tipo de emprego do capital bancário. O capital bancário participa do comércio; mas o faz somente na forma em que lhe é adequada como capital que rende juros. As mercadorias, nas quais seu di- nheiro se transformou, podem a todo momento ser transformadas novamente em dinheiro... A existência de uma bolsa, de uma cadeia inces- sante de compra e vendas, que constituem a es- peculação, sempre assegura ao banco a possibi-