Os Dispositivos Móveis: e-readers, tablets e smartphones

O surgimento dos dispositivos móveis como e-readers, tablets e smartphones originam da convergência e combinação de diversas outras tecnologias digitais que começaram a ser desenvolvidas e testadas na década de 60. Segundo a Enciclopédia Britannica Online (2012, tradução nossa), "Os precursores do tablet foram os dispositivos conhecidos como Stylator (1957) e do Tablet RAND (1961) que é utilizado como uma mesa digitalizadora bidimensional para enviar os dados para um computador". Em relação à convergência de diversos dispositivos, as empresas de tecnologia trabalham incessantemente para que, a cada lançamento, seja possível agregar funcionalidades que podem ser extensões de outros aparelhos ou funcionalidades completamente inovadoras. Sobre isso, Johnson, Adams e Haywood retratam que,

Dispositivos móveis são uma categoria que desafia definições de longo prazo. Com mais de 1,2 bilhões de novos dispositivos móveis produzidos a cada ano, o ritmo de inovação nos mercados de telefonia móvel é sem precedentes, especialmente smartphones e

tablets, permitindo o acesso ubíquo à informação, redes sociais,

ferramentas de aprendizagem e produtividade, e centenas de milhares de aplicativos personalizados. [...] Agora eles [os dispositivos móveis] são computadores especializados efetivamente para a palma da sua mão, com uma coleção enorme e crescente de ferramentas e aplicativos que fazem uso de seus acelerômetros, bússolas, câmeras, microfones, GPS e outros sensores. (JOHNSON; ADAMS; HAYWOOD, 2011, p. 06, tradução nossa)

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Figura 12: Modelo do Tablet RAND de 1965

Fonte: Portal PCMag.

O aparelho celular é um outro exemplo de convergência que originou do telefone. Conforme descrito pela Enciclopédia Britannica Online (2012, tradução nossa),

Foi publicamente introduzido em Chicago em 1983 e foi um sucesso e quando foi concebido. O celular era conhecido como Sistema Móvel Avançado de Telefonia e foi desenvolvido por AT&T e Motorola. [...] O sistema empregava um módulo analógico de frequência (FM), e foi projetado desde o início para suportar unidades para uso em automóveis e pedestres. (ENCIPLOPÉDIA BRITANNICA ONLINE, 2012, tradução nossa)

No decorrer das décadas, o celular começa a ganhar novas funcionalidades e melhorias, absorvendo características de outros dispositivos. A primeira grande mudança que o aparelho móvel sofreu foi na redução do seu tamanho para torná-lo cada vez mais portátil. Além disso, foi atribuída a função de enviar e receber mensagens de texto conhecida como SMS (do inglês Short Message Service),

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ganhou diversos recursos multimídia como o de tirar fotos e filmar através de uma camera digital, tocadores de vídeo e áudio digital, jogos e aplicativos, acesso à Internet, entre outras. Sobre isso, Silva complementa da seguinte forma:

A tendência de crescimento de acesso à Internet por dispositivos móveis como celulares, smartphones e tablets, conectados a nova arquitetura de Cloud Computing, possibilitam a integração de aplicações Web 2.0 com redes sociais. Cada vez mais os usuários postam conteúdo e usam aplicativos via algum dispositivo móvel. Trata-se de uma grande oportunidade para a educação também. (SILVA, 2012, p. 01)

Figura 13: A Evolução dos Celulares

Fonte: Portal GeekProject.

No que diz respeito aos recursos agregados nos aparelhos e, em certos casos, até mesmo a convergência, Johnson, Adams e Haywood enxergam que,

Com a Internet sempre conectada, os dispositivos móveis incorporam a convergência de várias tecnologias que se prestam ao uso educacional, incluindo leitores de livros eletrônicos, ferramentas de anotação, aplicações para criação e composição e ferramentas de redes sociais. [...] Mais e mais, os dispositivos móveis abrangem tudo, e sua inovação, no quesito desenvolvimento, continua a um

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ritmo sem precedentes. (JOHNSON; ADAMS; HAYWOOD, 2011, p. 15, tradução nossa)

No início da primeira década do novo milênio o celular começa a ser repensado e é quando surgem os aparelhos PDAs (do inglês Personal Digital

Assistants), com o objetivo de realizar tarefas similares a de um computador porém

com um tamanho que cabe na palma da mão. De acordo com a Enciclopédia Britannica Online (2012, tradução nossa): "Os primeiros PDAs foram desenvolvidos no início de 1990, como melhorias digitais em relação aos tradicionais objetos: caneta e papel, utilizados para gravar informações pessoais, como números de telefone, endereços e calendários".

Figura 14: Modelo de PDA NCR System da década de 90

Fonte: Portal PCMag.

É nesse momento que grandes fabricantes do setor da telefonia móvel como a Blackberry, Nokia, Motorola, Samsung e novos competidores no setor, como a Apple e seu aparelho Iphone, e a Google com seu sistema Android e a parceria com alguns fabricantes, iniciam a era dos smartphones, oferecendo aparelhos que possuem um sistema operacional que pode variar de acordo com o fabricante,

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possuem a capacidade de executar aplicativos multitarefas, jogos, envio de SMS, chamadas, conexão por rede de dados e wi-fi, sistema de navegação de GPS, camera digital, entre outras características.

A história do e-reader começa algumas décadas antes do lançamento do Kindle em 1997 pela empresa Amazon.com. Conforme a Wikipédia (2012),

Foi em 1945 que o visionário cientista americano Vannevar Bush conceituou uma máquina chamada de Memex (abreviação do inglês Memory Extension), que funcionaria como um arquivo para guardar livros e outros tipos de mídias em um microfilme. [...] Através do dispositivo do tamanho de uma mesa, também seria possível a visualização do conteúdo pela projeção em telas translúcidas, e com um teclado acoplado seria possível navegar de um conteúdo para o outro. (WIKIPÉDIA, 2012)

Figura 15: Modelo de Leitor Kindle lançado em 2011

Fonte: Amazon Kindle.

Após algumas tentativas para chegar em um modelo de e-reader portátil de algumas empresas na década de 90, é com o Kindle que o mercado dos livros digitais começa a revolucionar. Conforme a Wikipédia (2012): " Kindle é um leitor de

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livros digitais desenvolvido pela subsidiária da Amazon, a Lab126, que permite os usuários comprar, baixar, pesquisar e, principalmente, ler livros digitais, jornais, revistas, e outras mídias digitais via rede sem fio".

A grande contribuição que os dispositivos móveis trazem na aprendizagem é a portabilidade de diferentes tipos de mídia em um aparelho que pode ser carregado e segurado facilmente na palma da mão, além do mais, é possível interagir com as informações armazenadas de maneira interativa e ágil levando o conhecimento na forma que cada aluno se sinta mais confortável e disposto a aprender. Sobre a portabilidade dos dispositivos, Johnson, Adams e Haywood possuem a seguinte perspectiva:

Imensamente portáteis, os tablets servem como e-readers, visualizadores de vídeo e suportam navegação na rede, com acesso instantâneo a milhares de aplicativos. Tudo em um pacote que se encaixa facilmente em uma mochila ou uma bolsa, e ainda substitui a necessidade de carregar os livros físicos para todos os lugares. (JOHNSON; ADAMS; HAYWOOD, 2011, p. 14, tradução nossa)

Mesmo que de forma experimental, os dispositivos móveis e suas funcionalidades estão sendo incorporados cada vez mais na educação e utilizadas de diferentes formas aleatórias como ferramenta de aprendizagem, a partir disso, Kolb, Esterbauer e Ruckenbauer observam que,

Inovações tecnológicas cujas possibilidades de aplicação ainda se mostram tão indefinidas ocasionam perguntas sobre sua associação a determinados modelos de orientação já existentes. Novas tecnologias suscitam esperanças, “dão asas à imaginação e carecem, ao mesmo tempo, de um campo coletivo de projeção”. (KOLB, ESTERBAUER e RUCKENBAUER, 2001, p. 85)

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