Convictos de que a abolição da pena de morte contribui para a promoção da dignidade hu- mana e para o desenvolvi- mento progressivo dos direitos do homem;
Recordando o artigo 3.o da Declaração Universal
dos Direitos do Homem (3), adoptada em 10 de Dezembro de 1948, bem como o artigo 6.o do
Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Polí- ticos (4), adoptado em 16 de Dezembro de 1966; Tendo em conta que o artigo 6.o do Pacto Inter-
nacional sobre os Direitos Civis e Políticos prevê a abolição da pena de morte em termos que suge-
rem sem ambiguidade que é desejável a abolição desta pena;
Convictos de que todas as medidas de abolição da pena de morte devem ser consideradas como um progresso no gozo do direito à vida;
Desejosos de assumir por este meio um compro- misso internacional para abolir a pena de morte; Acordam no seguinte:
Artigo 1.
o1. Nenhum indivíduo sujeito à jurisdição de um Estado Parte no presente Protocolo será executado. 2. Os Estados Partes devem tomar as medidas adequadas para abolir a pena de morte no âmbito da sua jurisdição.
Artigo 2.
o1. Não é admitida qualquer reserva ao presente Pro- tocolo, excepto a reserva formulada no momento da ratificação ou adesão prevendo a aplicação da pena de morte em tempo de guerra em virtude de con- denação por infracção penal de natureza militar de gravidade extrema cometida em tempo de guerra. 2. O Estado que formular uma tal reserva trans- mitirá ao Secretário-Geral das Nações Unidas, no momento da ratificação ou adesão, as disposições pertinentes da respectiva legislação nacional apli- cável em tempo de guerra.
3. O Estado Parte que haja formulado uma tal reserva notificará o Secretário-Geral das Nações Uni- das da declaração e do fim do estado de guerra no seu território.
Artigo 3.
oOs Estados Partes no presente Protocolo devem informar, nos relatórios a submeter ao Comité dos Direitos do Homem, ao abrigo do artigo 40.o do
Pacto, das medidas adoptadas para dar execução ao presente Protocolo.
Artigo 4.
oPara os Estados Partes que hajam feito a declaração prevista no artigo 41.o, a competência reconhecida
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Ins t i t uições Nacionais de Direi t os Hu m anos • Série de Formação Profissional n.º 04 [ACNUDH]N.T.Adoptado e proclamado
pela Resolução n.o44/128
da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 15 de Dezembro de 1989. Entrou em vigor na ordem interna- cional a 5 de Dezembro de 1991. Assinado por Portugal a 13 de Fevereiro de 1990, aprovado para ratificação pela Resolução da Assem- bleia da República n.o25/90,
de 27 de Setembro, e ratifi- cado pelo Decreto do Presi- dente da República n.o54/90, da mesma data. Ambos os documentos se encontram publicados no Diário da República, I Série A, n.o224/90. O ins-
trumento de ratificação foi depositado junto do Secre- tário-Geral das Nações Unidas a 17 de Outubro de 1990 (Aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros publicado no Diário da República, I Série, n.o273/90, de 26 de Novem-
bro). Entrou em vigor na ordem jurídica portuguesa a 11 de Julho de 1991.
ao Comité dos Direitos do Homem para receber e apreciar comunicações nas quais um Estado Parte pretende que um outro Estado Parte não cumpre as suas obrigações é extensiva às disposições do pre- sente Protocolo, excepto se o Estado Parte em causa tiver feito uma declaração em contrário no momento da respectiva ratificação ou adesão.
Artigo 5.
oPara os Estados Partes no (Primeiro) Protocolo Adicional ao Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, adoptado em 16 de Dezembro de 1966, a competência reconhecida ao Comité dos Direitos do Homem para receber e apreciar comu- nicações provenientes de particulares sujeitos à sua jurisdição é igualmente extensiva às disposi- ções do presente Protocolo, excepto se o Estado Parte em causa tiver feito uma declaração em con- trário no momento da respectiva ratificação ou adesão.
Artigo 6.
o1. As disposições do presente Protocolo apli- cam-se como disposições adicionais ao Pacto. 2. Sem prejuízo da possibilidade de formulação da reserva prevista no artigo 2.o do presente Pro-
tocolo, o direito garantido no n.o1 do artigo 1.odo
presente Protocolo não pode ser objecto de qual- quer derrogação ao abrigo do artigo 4.o do Pacto.
Artigo 7.
o1. O presente Protocolo está aberto à assinatura dos Estados que tenham assinado o Pacto. 2. O presente Protocolo está sujeito à ratificação dos Estados que ratificaram o Pacto ou a ele ade- riram. Os instrumentos de ratificação serão depo- sitados junto do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas.
3. O presente Protocolo está aberto à adesão dos Estados que tenham ratificado o Pacto ou a ele tenham aderido.
4. A adesão far-se-á através do depósito de um instrumento de adesão junto do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas.
5. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas informa todos os Estados que assinaram o presente Protocolo ou que a ele aderiram do depó- sito de cada instrumento da ratificação ou adesão.
Artigo 8.
o1. O presente Protocolo entrará em vigor três meses após a data do depósito junto do Secretário- -Geral da Organização das Nações Unidas do 10.oins-
trumento de ratificação ou de adesão.
2. Para os Estados que ratificarem o presente Protocolo ou a ele aderirem após o depósito do 10.o
instrumento de ratificação ou adesão, o dito Pro- tocolo entrará em vigor três meses após a data do depósito por esses Estados do seu instrumento de ratificação ou de adesão.
Artigo 9.
oO disposto no presente Protocolo aplica-se, sem limitação ou excepção, a todas as unidades cons- titutivas dos Estados federais.
Artigo 10.
oO Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas informará todos os Estados referidos no n.o1
do artigo 48.odo Pacto:
a)
Das reservas, comunicações e notificações recebi- das nos termos do artigo 2.odo presente Protocolo;b)
Das declarações feitas nos termos dos artigos 4.oou 5.odo presente Protocolo;
c)
Das assinaturas apostas ao presente Protocolo e dos instrumentos de ratificação e de adesão depositados nos termos do artigo 7.o;d)
Da data de entrada em vigor do presente Pro- tocolo, nos termos do artigo 8.oArtigo 11.
o1. O presente Protocolo, cujos textos em inglês, árabe, chinês, espanhol, francês e russo são igual- mente válidos, será depositado nos arquivos da Organização das Nações Unidas.
2. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas transmitirá uma cópia autenticada do pre- sente Protocolo a todos os Estados referidos no artigo 48.odo Pacto.
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analysys. Comp. and ed. By John Hatchard. Londres, 1992, 143 pp.
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Bibliografia seleccionada*
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Esta bibliografia inclui sobretudo publicações que abordam questões gerais relativas às instituições nacionais de direitos huma- nos. Para informação sobre determinadas instituições em particular, o leitor poderá ter necessidade de contactar a instituição nacional do Estado em causa.
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Relativamente a esta edição em língua portuguesa, os interessados pode- rão contactar o Gabinete de Documentação e Direito Comparado, Rua do Vale de Pereiro, 2, 1269-113 Lisboa.