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Os estudos do Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de

2.1 A FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR ALFABETIZADOR NO CURSO DE PEDAGOGIA: O

2.1.1 Os estudos do Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de

formação de professores alfabetizadores no Curso de Pedagogia

No período de 2000 a 2009, foram encontrados um total de 33 (trinta e três) trabalhos, no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, que versavam sobre a formação do professor alfabetizador, sendo 29 teses e quatro dissertações. Entre esses trabalhos, destacam-se apenas 4 (quatro) teses e 2 (duas) dissertações, que tinham como enfoque a formação inicial do professor alfabetizador no curso de Pedagogia, quais sejam:

 COSTALONGA, Elida Maria Fiorot. Formação universitária de professores para o ensino da linguagem escrita: um estudo a partir dos discursos didático- formadores 01/09/2006 - TESE.

 PEREIRA, Ana Dilma de Almeida. A educação (sócio)linguística no processo de formação de professores do ensino fundamental. 01/02/2008 - TESE.

8 Tenho consciência que outros estudos já foram e ainda estão sendo realizados acerca da formação inicial do professor alfabetizador. No entanto, devido a minha indisponibilidade de tempo, não pude contemplá-los nesta pesquisa.

 ARAUJO, Jacyene Melo de Oliveira. A Formação do Professor Alfabetizador em Cursos de Pedagogia: contribuições e lacunas teórico-práticas. 01/07/2008 - TESE.

 NOGUEIRA, Kely Cristina. As Concepções de Alfabetização e Letramento nos Discursos e nas Práticas de Professoras Alfabetizadoras: um estudo de caso em uma Escola Municipal de Belo Horizonte. 01/02/2009 - TESE.

 VILELA, Ana Lúcia Nunes da Cunha. As concepções de alfabetização no curso de pedagogia da UFMS: implicações para a prática pedagógica. 01/03/2000 - DISSERTAÇÃO.

 FERREIRA, Ângela Maria Liberalquino. Formação de alfabetizadores no Estado de Rondônia: uma contribuição da linguística aplicada ao ensino/aprendizagem de línguas. 01/04/2003 - DISSERTAÇÃO.

Das pesquisas analisadas, em relação à caracterização do estudo, todos são de abordagem qualitativa, sendo 5 (cinco) estudos de caso e (1) um de natureza etnográfica.

No que diz respeito à análise dos dados colhidos, a maioria dos autores utilizou como referência, a análise de conteúdo de Laurence Bardin.

Quanto aos objetivos dos trabalhos, 3 (três) deles investigaram o tratamento dado ao ensino da língua escrita no curso de Pedagogia, 2 (dois) investigaram as concepções e os pressupostos teóricos e metodológicos que permeavam a formação inicial do professor alfabetizador e 1 (um) buscou identificar as contribuições e lacunas na formação do pedagogo alfabetizador.

“Formação universitária de professores para o ensino da linguagem escrita: um estudo a partir dos discursos didático-formadores”, de Elida Maria Fiorot Costalonga, aponta que há uma predominância nos discursos formadores em fazer crer aos professores que a psicogênese da linguagem escrita é a teoria que lhes permite "acompanhar a escrita da criança [...] e fazer intervenções adequadas, desconsiderando a multidimensionalidade do processo de desenvolvimento da linguagem escrita, pelas crianças”.

“A educação (sócio)linguística no processo de formação de professores do ensino fundamental”, de Ana Dilma de Almeida Pereira, investiga as contribuições da (sócio)linguística no processo de formação de professores do Ensino Fundamental e destaca como eixos sustentadores de qualquer processo de formação de professores responsáveis pela educação (sócio)linguística as contribuições mais recentes da (sócio)linguística, dos novos estudos de letramento e da etnografia.

“Formação de alfabetizadores no Estado de Rondônia: uma contribuição da linguística aplicada ao ensino/aprendizagem de línguas”, de Ângela Maria Liberalquino Ferreira, oferece contribuições da linguística aplicada ao ensino- aprendizagem de línguas para formação inicial de professores que irão atuar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental no Estado de Rondônia, em consonância com os objetivos da educação nacional. Discute as competências necessárias ao alfabetizador e o tipo de formação que está sendo ou pode ser oferecida nos cursos de pedagogia de Rondônia. Com base nos resultados dos estudos desenvolvidos no decorrer desta investigação científica, são apresentadas sugestões para uma formação inicial de melhor qualidade para os alfabetizadores.

As pesquisas “As Concepções de alfabetização e letramento nos discursos e nas práticas de professoras alfabetizadoras: um estudo de caso em uma Escola Municipal de Belo Horizonte”, de Kely Cristina Nogueira, e “As concepções de

alfabetização no curso de pedagogia da UFMS: implicações para a prática pedagógica”, de Ana Lúcia Nunes da Cunha, tiveram como foco de estudo a compreensão das concepções e dos pressupostos teóricos e metodológicos que fundamentavam as práticas de alfabetização, estabelecendo relações com as ações e os processos de formação inicial. O primeiro lança, também, um olhar para a formação continuada e em serviço dos professores. Os resultados desses estudos evidenciaram que a prática de alfabetização e de letramento pode ocorrer de modo integrado, ou não, e que atividades específicas voltadas para a apropriação do sistema de escrita, ou seja, aquelas que possibilitam a análise da microestrutura da língua, nem sempre podem se sustentar nos textos disponibilizados em sala de aula. Os discursos dos professores convergem para a construção dos conceitos de alfabetização e de letramento, mas, numa análise mais ampla, tanto um trabalho como outro destaca que as concepções de alfabetização presentes nas práticas têm

sustentação na experiência profissional junto com os colegas de trabalho e professores mais experientes, no interior da escola, ancorados em pressupostos empiristas/associacionistas. O discurso das professoras realça, também, que muitas das suas práticas pedagógicas são orientadas pela intuição, a qual se torna constitutiva do exercício da profissão. O modo como fazem referência à intuição permite reconhecer que esta representa as subjetividades delas ou um modo de legitimar o próprio fazer pedagógico.

“A formação do professor alfabetizador em Cursos de Pedagogia: contribuições e lacunas teórico-práticas”, de Jacyene Melo de Oliveira Araujo, aponta que, apesar das inúmeras contribuições do Curso de Pedagogia para a formação do professor alfabetizador, há necessidade de uma revisão das propostas curriculares desse curso, chamando a atenção para a importância de uma proposta curricular de formação mais voltada para o processo de alfabetização/ letramento e para a inclusão social.

2.1.2 Os trabalhos na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em