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Os LIMITES Do MINISTÉRIO

No documento o Preparo Do Obreiro Para o Ministerio (páginas 116-123)

Embora muitos obreiros não entendam, mas o exercício ministerial tem limites!

Se por um lado, diferentemente dos Sacerdotes que enfrentam limites espirituais intransponíveis (o simples tocar na arca significava a morte - 2Sm 6.6,7), atualmente temos ampla liberdade pelo caminho que nos foi proposto por Cristo.

Não olvidando existirem distintas aptidões e vocações individuais, no plano espiritual o exercício ministerial pode não encontrar limites, pois Jesus disse que seus discípulos "poderiam fazer obras maiores que as Suas". É evidente que as prerrogativas no plano espiritual são conquistadas com dedicação, consagração e santificação, principalmente na orientação bíblica que tudo é possível ao que crê.

No entanto, os limites que desejo mencionar circunscrevem-se em áreas específicas, e para os quais o obreiro deve atentar para não correr o risco de se considerar um semideus. Vejamos:

1) Lim it e In d iv id u a l

Por imposição Bíblia a obra do ministério deve ser realizada por pessoas (IPe 1.12), e por tais motivos seu exercício se sujeita à finitude e limitação características do ser humano (homem pó - Gn 3.19)

Portanto, o obreiro deve entender que mesmo laborando para Deus (sem limites e transcendente), suas limitações físicas devem ser consideradas.

É interessante, neste sentido de limitação individual, que um obreiro ao iniciar seu ministério começa com muita força e disposição, mas nenhuma experiência.

Passados os anos é inevitável que se conquiste experiência, contudo, as forças já não são as mesmas, e o ministério passa a ser exercitado e condicionado a este limite individual.

São tantos os limites individuais que um obreiro (novo ou experiente) tem que enfrentar: alguns, limites físicos; outros, limites intelectuais; outros, limites familiares; e assim por diante.

Um obreiro que não considera os seus próprios limites no ministério certamente terminará enfadado e desanimado, e, por conseguinte poderá até culpar a Deus por sua decepção. Jeremias estava iludido (Jr 20.7).

2 ) Lim it e De Au t o r id a d e

Segundo Watchman Nee: "A primeira lição que um obreiro tem de aprender é obediência à autoridade. Estamos sob a autoridade dos homens como também temos homens sob nossa autoridade. Esta é nossa posição. A autoridade se encontra em toda parte.

Há autoridade na escola, há autoridade no lar. O guarda da rua talvez tenha menos instrução que você, porém foi estabelecido por Deus como autoridade sobre você. Sempre que alguns irmãos em Cristo se reúnem, imediatamente, estabelece-se uma ordem espiritual.

Um obreiro cristão deve saber quem está acima dele. Alguns não sabem quais são as autoridades que estão acima dele, por isso não obedecem. Não deveríamos nos preocupar com o certo e o errado, com o bem ou mal; antes, deveríamos saber quem é a

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autoridade sobre nós. Quando ficamos sabendo a quem devemos estar sujeitos, naturalmente encontramos nosso lugar no corpo.

Quantos cristãos hoje em dia não têm a menor ideia do que seja submissão. É por isso que existe tanta confusão e desordem. Por causa disto, a obediência à autoridade é a primeira lição que um obreiro deveria aprender.

3 ) Lim it e De Co m p e t ê n c ia

Um obreiro não pode esquecer que seu ministério deve ser dentro de um limite de Competência.

A competência aqui não é utilizada como antônimo do termo pejorativo incompetência, como induzindo que um obreiro com limite de competência não tem condições de exercer um determinado trabalho.

Na realidade o termo competência é um termo técnico- jurídico, e se refere, em linguagem simples, a como deve ser

exercida a autoridade e em que lugar.

Este sistema de competência é dividido em: A ) Co m p e t ê n c ia Ma t e r ia l:

É a competência em razão da matéria. Na prática jurídica, uma questão trabalhista (funcionário que quer receber salários) não pode ser processada (julgada/analisada) perante um Juiz de Direito (Juiz Estadual)19.

Embora o Juiz do Trabalho e o Juiz de Direito sejam legalmente (constitucionalmente) iguais, na questão hipotética escolhida, o Juiz de Direito é incompetente em razão da matéria, para apreciar o caso (Rm 15.20).

Nenhum obreiro é inferior a outro perante Deus (2Co 11.5; 2Co 12.11; Rm 2.11), principalmente porque nenhum trabalho 19 Salvo em alguma localidade que não exista a Justiça do Trabalho, e o Juiz de

Direito Estadual acumule a função trabalhista.

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é vão no Senhor (quer grandioso ou pequeno - ICo 15.58), CONTUDO alguns acabam prejudicando seu ministério (e a Obra do Senhor) porque insistem em desrespeitar o limite da competência material.

Muitos obreiros deixam a essência do Ministério (2Tm 4.1,2), e se envolvem em questões para as quais não tem competência material. Exemplo bastante visto em igrejas no Brasil é o de obreiros querendo pregar com princípios da psicologia20, sem conhecer a matéria.

Paulo orienta a Timóteo e a Tito para que não ultrapassem os limites da competência material, conforme se vê nos seguintes textos Bíblicos:

"Nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora" (lT m l.4 ).

"Mas rejeita as fábuias profanas e de veihas, e exercita-te a ti mesmo em piedade" (1 Tm 4.7).

"Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade" (Tt 1.14).

B) Co m p e t ê n c ia Te r r it o r ia l:

Isto é, em razão do território. Utilizando-se do exemplo dado no item anterior, uma questão trabalhista de um empregado que trabalhou na cidade de Ponta Grossa-Pr, não pode ser apreciada por um Juiz do Trabalho de Porto Alegre-RS.

Embora o Juiz do Trabalho de Porto Alegre-RS tenha a mesma competência material do Juiz paranaense, a competência territorial para apreciar a questão, é do o juiz da cidade de Ponta Grossa-Pr que possui a competência territorial, por ser juiz no local da prestação dos serviços (Ler Romanos 15.20).

20 No exemplo citado, embora o obreiro seja psicólogo deve utilizar os recursos apreendidos com moderação.

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At iv id a d e s - Liç ã o III

• M arque "C" para Certo e "E" para Errado:

1 ) ü Sete anos antes de Paulo escrever esta epístola, advertira os presbíteros de Éfeso de que os falsos mestres procurariam distorcer a verdadeira mensagem de Cristo (At 20.29).

2) Q A disciplina eclesiástica visa trazer a pessoa de volta ao arrependim ento, à fé verdadeira e à salvação em Cristo. 3 ) □ O Espírito Santo revelou explicitam ente que haverá, nos

últimos tem pos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo e a verdade bíblica (2Ts 2.3; Jd 3,4). 4 ) ü Um grande desafio para Igreja é o crescim ento em

quantidade e qualidade, com transform ações nas Vidas e na Sociedade.

5 ) ü O grande desafio na atualidade é alcançar as pessoas com o evangelho genuíno cristológico (Is. 61.1-2; Lc. 4.18- 19) na unção do Espírito Santo, sendo dinâm ico e incandescido com o amor de Cristo.

6 ) ü

Quando um obreiro deixa de ser procurado para resolver questões para as quais poderia trazer uma orientação bíblica, e é preterido por um psicólogo, um médico ou advogado, conclui-se que parte de sua influência esta se perdendo.

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Anotações:

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