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CAPÍTULO 2: CAMINHOS INVESTIGATIVOS

2.2 OS POTIGUARA: CONDIÇÕES SÓCIO-HISTÓRICAS

Os Potiguara habitam o litoral da Paraíba e permanecem em terras em que seus ancestrais habitavam quando da chegada dos colonizadores ao Brasil, embora tenham sofrido redução de seus territórios. A permanência nessas terras comprova a sua resistência.

A partir da segunda metade do século XIX, os Potiguara, como os demais grupos indígenas do Nordeste, foram tratados, tanto pelo Estado quanto pelos pensadores sociais, como grupos indígenas extintos. No processo de conquista das terras indígenas, os

colonizadores adotaram as estratégias da “guerra justa”, da conversão e da mistura, que

contribuíram para a invisibilidade dos indígenas. A extinção dos aldeamentos indígenas, no

Nordeste, surge no “quadro de alterações que compõem a reordenação dos padrões de

intervenção e controle sobre a população rural pobre nordestina num momento de transição

Recentemente, a partir da década de 1980, os Potiguara inauguraram um processo de emergência étnica15 (ARRUTI, 1995) e lutam pelo fortalecimento de sua identidade e tradições (NASCIMENTO; BARCELLOS, 2011). Seu território é formado por três Terras Indígenas: Potiguara, Jacaré de São Domingos e Potiguara de Monte-Mór, onde estão localizadas as diversas aldeias. Eles habitam uma zona litorânea, cortada pelos rios Camaratuba, ao norte, e Mamanguape, ao sul, e por outros rios de menor porte, que nascem e deságuam dentro da própria terra indígena: são os rios Jacaré, Sinimbu, Estiva e Grupiúna. A vegetação original das terras era composta de mangues e de Mata Atlântica. Porém, atualmente, resta pouco desta última na aldeia Grupiúna, em Jacaré de São Domingos.

As terras dos Potiguara abrangem 33.757 hectares, distribuídas em 3116 aldeias: Akajutibiró, Benfica, Bento, Cumaru, Forte, Galego, Lagoa do Mato, Laranjeira, Santa Rita, São Francisco, São Miguel, Silva da Estrada e Tracoeira, no município de Baía da Traição; Brejinho, Caieira, Camurupim, Carneira, Estiva Velha, Grupiúna de Baixo, Grupiúna de Cima, Ybykuara, Jacaré de César, Jacaré de São Domingos, Lagoa Grande, Tramataia, Três Rios e Vau, em Marcação; e Boréu, Jaraguá, Monte-Mór e Silva de Belém, em Rio Tinto.

Em termos de organização e representação política, cada aldeia tem um cacique, que representa a comunidade perante os órgãos oficiais, como a FUNAI, a FUNASA, as prefeituras, etc., e comerciais, como as usinas, os criadores de camarão, etc. O cacique também se encarrega de resolver pequenos problemas da comunidade. Existe também um cacique geral, que representa todos os Potiguara perante os órgãos oficiais e a Justiça (PALITOT, 2005).

De acordo com os dados apresentados na homepa ge da Fundação Nacional do Índio - FUNAI - a população potiguara está estimada, atualmente, em 19.149 indígenas. É considerada uma das maiores do Brasil e a maior do Nordeste.

Além dos habitantes das aldeias, processos migratórios levaram uma parcela significativa dos Potiguara a habitar outras cidades da Paraíba, como Mamanguape, João

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Trata-se de um fenômeno social, consolidado e crescente, que tem se manifestado no Brasil, desde a década de 1970. Entretanto, a emergência étnica indígena vem ocorrendo de forma mais expressiva no Nordeste do país (LIMA, 2009).

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Vieira (2012) explica que os Potiguara encontram-se distribuídos em 38 localidades e que, dessas, 31 são

Pessoa e Cabedelo, ou cidades de outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte (PALITOT, 2005).

Durante os cinco séculos de convivência com os não índios, os Potiguara perderam os privilégios, os direitos e os confortos de que usufruíam, antes da chegada dos colonizadores, e foram obrigados a viver conforme as regras e os valores da sociedade nacional, mas sem ter acesso pleno a essa sociedade e à sua cultura. Suas terras foram tomadas, sua religião foi proibida pelas autoridades estaduais, assim como a língua. Além disso, foram privados de decidir sobre o seu destino (MOONEN, 1989).

Em pesquisa realizada nas Terras Indígenas (TI) dos Potiguara, Moonen (1989, p. 8)

percebeu que [...]“a quase totalidade dos Potiguara vive numa extrema pobreza, em péssimas condições habitacionais e sem o mínimo conforto material” [...] Todos vivem conforme os

padrões culturais dos habitantes rurais não indígenas da região, como aponta o autor:

Lavram a terra ao modo regional, plantam os mesmos produtos dos camponeses não-indígenas, compram, trocam e vendem como eles e com eles, mas tudo isto é insuficiente para satisfazer suas necessidades básicas. Casam no civil e no religioso, possuem título eleitoral e alguns remanescentes são até vereadores do município de Baía da Traição. [...] os adultos jogam futebol e dançam ao som de músicas tipicamente nordestinas. Algumas aldeias já têm energia elétrica e água encanada. Os velhos recebem aposentadoria (MOONEN, 1989, p. 9).

As visitas que fiz às aldeias dos Potiguara para coletar os dados da pesquisa confirmaram que os padrões culturais desses indígenas se assemelham à cultura regional dos não índios. As aldeias dos Potiguara se assemelham a qualquer vilarejo interiorano do estado

da Paraíba. Como mencionei, eles se incluem na categoria dos chamados “índios misturados”

(OLIVEIRA, 2004). Além disso, é notório o estado de pobreza em que vivem: as casas são muito simples, e muitas ainda são de taipa (ver Figura 3).

Figura 3: Foto do interior de uma casa da Aldeia Estiva Velha

Fonte: Dados da pesquisa – julho de 2010.

Entretanto, em comparação com outras etnias do Brasil ou de outros países, os Potiguara desfrutam de melhores condições em razão da riqueza do meio ambiente onde residem. Podem contar com os recursos oriundos da pesca (peixe, camarão, aratu, caranguejo, etc.), da caça (principalmente aves e tatus), além da coleta de frutos das matas.

O estado de pobreza dos Potiguara não é um caso isolado, pois, como relata Garcia Canclini (2006), em algumas zonas do México e da América Latina, os indígenas não conseguiram adaptar-se plenamente ao desenvolvimento capitalista e se mantiveram em um estado de pobreza crônica. Além disso, as recentes transformações das economias latino- americanas concorrem para agravar a desigualdade no acesso aos bens econômicos, à educação média e superior, às novas tecnologias e ao consumo mais sofisticado (GARCIA CANCLINI, 2006, p. 239).

Ainda sobre a pobreza dos indígenas brasileiros, corroboram as palavras de Lopes (2000):

Em que pese nossas sonoras proclamações de independência, a relação colonizador- colonizado não se extinguiu, apenas mudou de cara, e sobrevive, hoje, na forma da relação entre a pequena elite dos possuidores e a multidão dos despossuídos que

chamamos de povo brasileiro, mas que poderíamos chamar, também, de índios. Porque os índios agora são os pobres – índios globalizados, trêmulos da narcotraficante modernidade de todas as periferias, que vivem imersas num estranho devir histórico onde os acontecimentos ocorrem, mas não se sucedem porque não variam nem geram outros acontecimentos fora circunstâncias desprezíveis, de modo que é impossível deixar de sentir-se mergulhado na temporalidade mítica de uma espécie de eterno retorno quando nos damos conta de que, no fundo, o tempo passa mas nada muda nessa terra (LOPES, 2000, p. 25-26. Grifos do autor). No que concerne à educação, o Censo Escolar da Educação Básica 201117, realizado pela Secretaria da Educação do Estado da Paraíba, apontou que a comunidade indígena potiguara conta com 31 escolas indígenas – nove estaduais e 22 municipais - e o número de alunos matriculados nessas escolas, em 2011, atingiu o total de 4.955. De acordo com a Coordenação Técnica Local da FUNAI em João Pessoa (FUNAI – CTL–JPA), os Potiguara contam, também, com duas escolas filantrópicas (da Igreja Betel Brasileiro) - uma situada na Aldeia São Francisco, e outra, na Aldeia Benfica. A Figura 4 é uma foto da Escola Municipal de Ensino Fundamental Iracema Soares de Farias, situada na Aldeia Ibykuara, em Marcação.

Figura 4: Foto da Escola Municipal de Ensino Fundamental Iracema Soares de Farias, situada na Aldeia Ibykuara.

Fonte: Dados da pesquisa – 2010.

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Os dados foram fornecidos pela Subgerência de Estatística da Secretaria da Educação do Estado da Paraíba em

Os Potiguara, assim como os demais povos indígenas do país, a partir da Constituição de 1988, conquistaram o direito a uma educação diferenciada, a Educação Escolar Indígena, que foi implantada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (BRASIL, 2006).

A institucionalização de Educação Escolar Indígena favoreceu o aparecimento de publicações de autoria indígena. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), do Ministério da Educação, publicou e distribuiu inúmeras obras para as escolas indígenas como recurso didático, que servem também como literatura de registro e fruição de expressões culturais. Em 2005, a FUNAI, em parceria com a Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Paraíba, publicou um livro, em língua portuguesa, intitulado

“Os Potiguara pelos Potiguara” (OS POTIGUARA..., 2005).

Nas escolas indígenas da Paraíba, estão sendo ministradas para os alunos aulas de língua portuguesa, a oficial do Brasil, e de língua tupi. No ano de 2001, dezesseis Potiguara participaram de um Curso de Tupi, ministrado pelo Professor Eduardo de Almeida Navarro, da Universidade de São Paulo (USP), para aprender a língua de seus antepassados. O curso realizou-se na Paraíba, em três etapas, e teve a duração de um ano. Após o término do curso e com a colaboração do referido professor, os Potiguara publicaram um livro em Tupi, intitulado Tîa-nhembo' e Potiguar Ymûana nhé enga resé (Vamos aprender a língua dos antigos Potiguara): tupi antigo para o ensino fundamental (NAVARRO, 2005), que apresenta um estudo do tupi antigo, língua falada até, aproximadamente, 1750.

Depois do curso, os indígenas formados em Magistério foram aproveitados nas esco las para ensinar a disciplina Língua Tupi. O tupi é ministrado duas vezes por semana, para as crianças, nas escolas indígenas potiguaras, no turno diurno, e para os adultos, no noturno.

Dentre as publicações adotadas nas escolas dos Potiguara, além do já mencionado livro de Tupi (NAVARRO, 2005), inclui-se o “T’îa-nhembo’ e Potigûar-ymûana nhe’enga

resé” (FREIRE; PEREIRA, s.d.).

Na atualidade, esses indígenas estão aprendendo o tupi e reinventando uma língua, ressignificando, criando termos que, no tupi antigo, não existiam, como televisão, geladeira, computador, etc. Entendo que eles têm consciência da importância da língua tupi como um diferencial da sua cultura, por isso se interessam em aprender a língua de seus ancestrais, mesmo que sistematizada por brancos.

A economia dos Potiguara é extraída do cultivo de camarão em viveiros, da cana-de- açúcar, da fruticultura, das raízes, da pesca marítima e nos mangues e do artesanato. Eles praticam o extrativismo vegetal (mangaba, dendê, caju e batiputá18) e a agricultura de subsistência, baseada no cultivo de milho, feijão e mandioca, além de pequenas criações. Também realizam o plantio comercial da cana-de-açúcar, em geral, em terras arrendadas de usinas. O assalariamento rural e urbano, o funcionalismo público, principalmente o municipal, e as aposentadorias dos idosos constituem, também, fontes de renda dos indígenas (MÓDULO..., 2006). A exploração madeireira e o cultivo da cana-de-açúcar têm alterado profundamente o cenário geográfico das Terras Indígenas dos Potiguara. As usinas de cana da região despejam vinhoto nos rios, o que provoca a destruição da fauna e prejudica as populações de muitas aldeias. Além disso, o cultivo de camarões em viveiros, construídos dentro do mangue, devasta a vegetação e polui as águas (PALITOT, 2005). O autor relata que, ao longo dos últimos cinco séculos, na faixa de terras do litoral paraibano, os Potiguara foram construindo uma identidade étnica específica, em situações históricas concretas e na interação com múltiplos atores sociais.

Palitot (2005) atenta para as condições de existência e a manipulação das estruturas de poder que geram processos classificatórios de acusação e negação da identidade dos Potiguara. De um lado, a FUNAI, órgão indigenista oficial, institui uma indianidade hegemônica, e de outro, a Companhia de Tecidos Rio Tinto - CTRT - nega a identidade étnica dos Potiguara. A negação da identidade potiguara resulta dos ambiciosos projetos de expansão industrial dos proprietários da CTRT e do seu interesse em dispor da mão de obra indígena, o que deu início ao regime conhecido como Tempo da Amorosa19. Durante as décadas de 1960 e 1970, a fábrica de tecidos foi perdendo competitividade e chegou a encerrar suas atividades industriais nos anos de 1980, quando vendeu parte das suas terras para usinas de álcool. O autor aposta que é através do enfrentamento com a Companhia de Tecidos Rio Tinto, as usinas de cana-de-açúcar e a FUNAI que se abrem novas possibilidades para que os Potiguara possam se assumir como agentes históricos. Ele percebe também que as transformações ocorridas, os reposicionamentos dos diversos atores sociais e a ampliação dos espaços de circulação dos indígenas, em diversas instâncias, concorrem para que os Potiguara ampliem o

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Designação popular de uma planta da família das Ochnaceae (ARAÚJO, 2010), da qual os Potiguara extraem o óleo, que é utilizado em sua alimentação.

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Refere-se ao regime de terror, à espoliação e à negação da identidade indígena que se instalaram nas terras

indígenas de Monte-Mór a partir da construção da CTRT. Para mais informações sobre o Tempo da Amorosa, consultar Palitot (2005).

valor da “cultura”, considerada “como um conjunto de elementos significantes da diferença”

(PALITOT, 2005, p. 212) e, através dessa ideia, representem para si mesmos e para a sociedade envolvente a sua condição indígena.

Já na década de 1980, Moonen (1989) observou que os Potiguara perceberam a necessidade de exibir símbolos de indianidade

[...] nas Reuniões Regionais de Lideranças Indígenas, organizadas pelo Conselho

Indigenista Missionário (CIMI), aprenderam que “índio precisa ter cultura indígena”, precisa exibir símbolos de indianidade. E assim o toré, agora usado como

exibição pública de indianidade, passou a ser dançado por homens vestidos com saiotes de palha, enfeitados com cocar de penas de galinha e armados com algo que tem uma vaga semelhança com arco e flechas. Também não rejeitam colares e outros objetos vendidos nas lojas de Artesanato Indígena, da Funai, ou por outros índios nas Reuniões de lideranças Indígenas (MOONEN, 1989, p. 8. Grifos do autor).

Isso vai ao encontro do que falaram Hobsbawn e Ranger (2008), ao se reportarem à

invenção das tradições. Para esses autores, “tradição inventada” é

um conjunto de práticas, normalmente reguladas por regras tácita ou abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar certos valores e normas de comportamento através da repetição, o que implica, automaticamente, uma continuidade em relação ao passado (HOBSBAWN; RANGER, 2008, p. 9).

Originariamente, os Potiguara eram falantes da língua tupinambá20. Os registros dessa língua foram realizados já no século XVI, pelos franceses André Thevet e Jean de Léry. Este último publicou também as primeiras observações gramaticais sobre essa língua. Com o objetivo de catequizarem os índios para a religião católica, os jesuítas modificaram essa língua, que se torou a língua geral, também chamada de língua brasílica. Em 1595, foi editada a gramática do Padre Anchieta, a primeira a tratar da língua geral (RODRIGUES, 2002).

Atualmente, a língua materna dos Potiguara é a língua portuguesa, mas estão estudando o tupi, inclusive, estão traduzindo para essa língua o Toré21, que, há muito tempo, vem sendo cantado22 em português.

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Adoto a terminologia Língua Tupi ao me referir à Língua Tupinambá, em virtude de ser essa a nomenclatura

utilizada pelos colaboradores da pesquisa. 21

Trata-se de “uma ação ritual que constitui marca de indianidade de grande parte dos índios do Nordeste, que

relaciona – conforme as particulares performances étnicas – uma dança executada ou de forma circular (geralmente no sentido anti-horário) ou em fila ou em parelha, levando a efeito variados cantos e, muitas vezes, sendo empregada a ingestão de bebidas como a jurema e varia no uso de maracás, apitos e gaitas, zabumbas,

No que concerne a crenças, os Potiguara desenvolvem práticas religiosas plurais. O Toré é uma das suas principais práticas religiosas e sinal diacrítico de referência étnica (BARCELLOS, 2005). A maioria professa a religião católica, herdada do contato com os colonizadores. Nas aldeias potiguaras existem várias igrejas católicas, como a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Figuras 5 e 6), na Aldeia São Francisco.

Figura 5:Foto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Aldeia São Francisco

Fonte: Dados da pesquisa - junho de 2010.

Figura 6: Foto do interior da Igreja de Nossa Senhora da Conceição

Fonte: Dados da pesquisa - junho de 2010.

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A Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres (Figura 7) fica situada na Aldeia Jaraguá, no município de Rio Tinto, e é a terceira igreja mais antiga do estado da Paraíba. Os Potiguara contam que os seus antepassados dançavam o Toré em volta do Cruzeiro (Figura 8), que fica situado em frente à Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, na Aldeia Jaraguá. Os capuchinhos consideravam que os indígenas não tinham alma e, por isso, eles eram proibidos de entrar na igreja.

Figura 7: Foto da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, na Aldeia Jaraguá

Figura 8: Foto do Cruzeiro situado em frente à Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres

Fonte: Dados da pesquisa – dezembro de 2010

Cada aldeia tem uma capela onde os indígenas celebram a festa do seu santo padroeiro e rezam novenas. A Figura 9 apresenta a foto da Capela de Santa Luzia, na Aldeia Jacaré de São Domingos.

Figura 9: Foto da Capela de Santa Luzia, na Aldeia Jacaré de São Domingos

Outras igrejas cristãs, como a Batista, a Assembleia de Deus e a Betel, também estão localizadas nas aldeias potiguaras. Além disso, cultos afro-brasileiros como a Umbanda e a Jurema Sagrada encontram adeptos entre os Potiguara.