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CAPÍTULO 3: CLIO, A MUSA DA HISTÓRIA

3.5 Os procedimentos utilizados

Foi elaborado um questionário estruturado (cf. Apêndice I), baseando-nos em Martins (2008), com perguntas fechadas referentes aos dados demográficos como idade, sexo, tipo de graduação, tempo de magistério, tipo de instituição que ensina, tempo de carreira como professor, se possui pós-graduação latu sensu, mestrado ou doutorado e em que áreas, em que tipo de instituição ensina Inglês Instrumental no nível superior (pública ou privada) e em que níveis já ministrou Inglês Instrumental,

Além dessas perguntas fechadas, como o objetivo era o de conhecer as percepções dos professores através do seu discurso, optamos por perguntas abertas que gerassem pequenas narrativas a respeito do tema das perguntas:

Como você avalia a sua formação para ministrar Inglês Instrumental?

Como você avalia as experiências ensinando Inglês Instrumental em qualquer nível? Que formação específica para ensinar inglês instrumental você recebeu?

Como você avalia a sua formação para ministrar Inglês Instrumental?

Qual a sua opinião sobre o fato de muitos cursos universitários terem em seus programas a disciplina Inglês Instrumental?

Você prefere ensinar inglês geral, instrumental ou não faz diferença? Por quê?

Como você definiria Inglês Instrumental? Quais os conteúdos que considera relevantes para serem ministrados nessa disciplina?

Como faz (ia) a escolha do material a ser usado pelos alunos? Como você se atualiza(va) para ensinar Inglês Instrumental?

Que autores você costuma(va) ler sobre Inglês Instrumental e em que enfoque teórico a respeito de Inglês Instrumental você se baseia (baseava)?

Você costuma(va) fazer análise das necessidades dos alunos com relação ao Inglês Instrumental no início de cada semestre de turmas novas? Por quê?

Que critérios você usa(va) para elaborar o plano de curso da disciplina de Inglês Instrumental?

Ao elaborar o plano de curso e o material a ser usado em Inglês Instrumental você leva(va) em consideração a área a que pertencem os alunos de cada turma? Por quê?

Primeiramente o questionário foi elaborado em Word e enviado por e-mail como pré-teste para alguns colegas que não eram do nível superior, mas professores de inglês em escolas de línguas, para testar a clareza e a eficácia das perguntas, de acordo com Oliveira (2007), e segundo Bortoni-Ricardo (2008). Era uma Pesquisa Piloto para testar o instrumento de pesquisa, nos certificarmos se as perguntas eram pertinentes e claras e obtermos algumas sugestões por parte dos respondentes.

Um dos respondentes sugeriu que se fizesse um questionário mais eficiente, mais fácil de preencher, onde o espaço de resposta se adaptasse ao texto conforme

fosse redigido e, por essa razão, o questionário foi disponibilizado no Google.docs, porque assim facilitaria o meu acesso o dos professores, já que geraria uma tabela em PDF e em Excel e poderia ser transformado em Word ou outro tipo de arquivo que fosse necessário, além de ser mais fácil para os entrevistados preencherem os espaços com as respostas, pois as janelas são flexíveis.

Percebi pelas respostas dos colegas que testaram o questionário em Word que deveria acrescentar uma pergunta referente à análise de necessidades, (ROBINSON, 1991; DUDLEY-EVANS; ST. JOHN, 1998), ficando o formato final com 14 perguntas ao todo, cinco objetivas, demográficas, e nove que geraram pequenos textos.

Foi enviado, então, um e-mail a todos os participantes da pesquisa em que se pedia para que eles acessassem o link do Google.Docs e preenchessem o questionário. Esclareci que posteriormente lhes enviaria o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE) (cf. Anexo II) para que eles o assinassem e que seus nomes e outros detalhes não seriam divulgados na pesquisa. Além disso, houve o cuidado de explicar o objetivo do questionário e pedir que escrevessem o máximo possível nas respostas às perguntas abertas.

O questionário foi enviado no início de maio de 2011 e as respostas foram recebidas entre maio e julho de 2011 e está dividido em perguntas objetivas, informativas sobre a formação do docente e dados pessoais como idade e tempo de magistério, e em perguntas com respostas narrativas a respeito da formação do docente para ministrar aulas de Inglês Instrumental, bem como sua opinião sobre a disciplina e sobre sua experiência ao ensiná-la.

É importante ressaltar a dificuldade de encontrar professores que ministram ou ministraram essa disciplina no nível superior devido ao número de instituições de ensino superior público ser reduzido no Estado e porque nas instituições particulares nem todas possuem a disciplina Inglês Instrumental na grade curricular dos seus cursos. Mais difícil ainda foi encontrar quem se dispusesse a responder o questionário. Enviei o questionário para 26 pessoas, no entanto somente 19 me retornaram e, mesmo assim, algumas depois de muita insistência. Como uma das instituições concentrava mais professores (nove na UFRN) e os outros 10 estavam distribuídos em 4 outras, decidimos usar apenas os dados dos nove professores da UFRN, principalmente porque sendo a pesquisa narrativa, minha história teria mais

em comum com esses colegas por sermos todos de um mesmo Panorama Profissional.

A entrevista só foi levada a termo depois de decidirmos enveredar para a pesquisa narrativa, ao perceber que algumas respostas dos professores estavam bem resumidas e também pelo fato de que, ao proceder à análise, percebemos que algumas questões não foram aprofundadas pelos participantes ou mesmo não foram respondidas de acordo com o que se perguntava.

Optamos, então, por entrevistar as três professoras que continuavam ensinando IFE na UFRN até aquele momento: duas professoras bem experientes e uma outra professora, menos experiente, em sua primeira experiência no nível superior, substituta como eu. Além disso, julgamos relevante conhecer as histórias das professoras (cf. Anexo I) assim como a minha, apresentada no capítulo 1, com o objetivo de compormos os sentidos a partir das quatro histórias, além de termos mais material de análise, principalmente com relação às metáforas relacionadas a suas concepções do que é ensinar e ser professor, além de outros dados relevantes que fomos descobrindo na composição dos sentidos ao analisarmos os textos de campo: o questionário, as entrevistas e as autobiografias.

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