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CAPÍTULO 4. ASPECTOS METODOLÓGICOS

4.3 Os sujeitos da pesquisa

Após a definição das instituições e dos polos a pesquisar, definiram-se os sujeitos da pesquisa. Inicialmente, foi feita uma busca no Portal UAB das localidades e do número de telefone de cada uma das IES selecionadas. Junto a isso, nas duas universidades selecionadas, identificou-se quem eram os coordenadores dos cursos. Foi realizado contato telefônico com cada um desses coordenadores para explicar os procedimentos da pesquisa e solicitar a realização de entrevista com cada um. Foi requerido, de cada coordenador, os contatos dos tutores dos cursos e então foram feitos contatos por e-mail e telefone com cada um deles.

Polos IES Cursos

Conceição do Mato Dentro UFMG matemática

UFOP geografia

Conselheiro Lafaiete UFMG pedagogia

UFOP matemática

Governador Valadares

UFMG matemática

pedagogia

O próximo passo foi marcar um encontro, em cada polo e em cada universidade, com os coordenadores e tutores. As entrevistas foram realizadas nas IES e nos municípios selecionados. Os coordenadores de polo e os tutores presenciais foram entrevistados nos locais de trabalho, o mesmo ocorrendo como os coordenadores de curso e os tutores a distância que atuam nas universidades. Todos os entrevistados assinaram um termo autorizando a realização do trabalho (APÊNDICE 1).

Foram realizadas entrevistas com cinco coordenadores de cursos, três coordenadores de polos, duas professoras formadoras, dez tutores a distância e onze tutores presenciais, totalizando 31 entrevistas. Entre os cinco coordenadores de curso, três são do sexo feminino e todos possuem mais de 46 anos. Três deles possuem doutorado e um possui pós-doutorado. Entre os coordenadores de polo, dois são do sexo masculino, todos possuem curso de especialização e idade maior que 46 anos. A maior parte dos tutores a distância entrevistados são do sexo masculino, com idades que variam entre 26 e 45 anos, com predominância entre 31 e 35 anos. Dentre os dez tutores a distância entrevistados, cinco são alunos de doutorado e estão na função há, pelo menos, quatro anos. Em relação aos tutores presenciais, a maioria é do sexo feminino, com idade entre 26 e 30 anos, sendo um deles com mais de 50 anos de idade. Entre os onze tutores presenciais entrevistados, oito possuem curso de especialização. As professoras formadoras entrevistadas possuem mais de 46 anos, curso de doutorado e exercem essa função há mais de quatro anos.

Foi aplicado também um questionário para todos os alunos dos cursos mencionados, nos polos pesquisados, presentes no dia das entrevistas. Em Conceição do Mato Dentro, estavam presentes nove alunos do curso de matemática e cinco responderam. No polo de Conselheiro Lafaiete, havia quinze alunos fazendo prova presencial e todos responderam. Já em Governador Valadares, estava presente um aluno do curso de geografia, que respondeu ao questionário. Entre os 48 alunos do curso de pedagogia que estavam no polo para a aula presencial, 22 responderam e entre cerca de 12 alunos do curso de matemática, quatro entregaram o questionário respondido. Com isso, chegou-se a um total de 47 questionários respondidos por alunos dos cursos pesquisados. Sobre o perfil desses alunos destaca-se que a maioria, 40 deles, são do sexo feminino. Há uma grande variação

da idade, desde menos de 20 anos até mais de 50 anos, sendo que a maior concentração está entre 26 e 30 anos. Para a maioria, 34 alunos, o curso a distância é a primeira graduação, havendo 13 alunos que já possuem uma outra graduação presencial. Cerca de 80% não trabalhavam com educação antes de iniciar o curso e, desses, 50% passaram a ser professores depois que iniciaram o curso.

Foi perguntado também aos alunos os motivos que os levaram a procurar o curso e, entre os principais, estão o fato de ser a distância, gratuito e por desejo de fazer um curso superior e ser professor. E a grande maioria dos alunos entrevistados, 45 deles, responderam que preferem estudar em casa.

Para um melhor entendimento da pesquisa e para se ter uma visão geral do que se busca neste trabalho, elaborou-se o Quadro 4 a seguir. Para cada objetivo específico estabelecido, foram construídas hipóteses de pesquisa e questões evidenciando-se as categorias de análise:

Objetivo Geral: analisar os limites e possibilidades do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a formação de professores, considerando o papel exercido pelas formas de organização dos polos de apoio

presencial de aprendizagem nos municípios e nas universidades para a realização dos cursos. Objetivos específicos Questões Hipóteses de trabalho Categorias

Analisar como a política UAB se materializa nas IES e nos municípios.

Como é a organização da UAB em Universidades e

polos?

Cada município e cada universidade têm uma forma própria de organizar seus polos

de apoio presenciais e seus cursos de acordo com suas condições e necessidades.

A inserção do curso na UAB e sua gestão. Estrutura e funcionamento

da UAB para a oferta de licenciaturas.

Identificar as questões envolvidas nas formas de organização da UAB para a formação de

professores.

Como os municípios têm organizado para atender aos cursos? Como as IES têm

organizado para oferecer os cursos?

Quanto mais IES atuarem no polo de apoio presencial mais complexa será a organização

desse polo. Quanto mais cursos o polo atender mais complexa será a

organização do mesmo.

A estrutura da IES para oferta de EAD. A organização dos polos.

Analisar como a organização da UAB interfere na efetivação dos cursos de formação de professores.

De que modo a forma de organização da

UAB interfere na execução dos cursos?

Como essas diferenças interferem

na efetivação dos

A diversidade de formas de organização dos polos de apoio presencial e das IES, que neles atuam, interfere negativamente

na execução dos cursos.

O funcionamento do curso. A formação para o trabalho com EaD.

cursos? Comparar a forma de

organização dos polos e dos cursos pesquisados.

Quais as diferenças relativas a organização em cada

polo e cursos?

A forma de organização dos polos e dos cursos pode apresentar resultados diferentes

na formação de professores.

A diferenciação da organização dos polos e

das IES.

A organização dos polos e IES.

Quadro 4 – Correlação entre objetivos específicos, questões, hipóteses e categorias de análise deste trabalho

A pesquisa exploratória analisou distinções de cada IES e polo pesquisados considerando variáveis de infra-estrutura e humanas. Assim foi possível compreender que uma política educacional pode se materializar de formas diversas.

CAPÍTULO 5. ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO DA UFMG PARA OFERTA DE