• Nenhum resultado encontrado

Sua economia é fortemente influenciada pelo setor de serviços (67,78%), destacando-se a administração pública direta e autárquica, e o comércio varejista (15,68%). Outros serviços como os de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e administração de imóveis tem ganhado representatividade, principalmente em decorrência da atividade turística. Na Mesorregião Norte Catarinense, o setor industrial é o que concentra a maior parte dos trabalhadores registrados com 47,77% da mão de obra empregada. Os principais setores da indústria são: têxtil (vestuário e artefatos de tecidos), madeira e mobiliário, metalúrgica e mecânica. O setor de serviços participa com 34,03% para o estoque de empregos.

A Mesorregião Serrana tem a sua maior concentração de trabalhadores no setor de serviços (37,23%), seguido do industrial (29,06%). Entretanto é a Mesorregião que apresenta a maior representatividade relativa de mão-de-obra na área agropecuária, com 13,9%.

Na Mesorregião Oeste Catarinense os setores mais importantes são o Industrial com 38,55% e o de Serviços com 32,61%. No setor Industrial o destaque é para a indústria de produtos alimentícios e no setor de serviços para a administração pública direta e autárquica.

Semelhante à Mesorregião Oeste Catarinense, a Mesorregião Sul Catarinense também possui no setor industrial (40,01%) e de serviços (33,57%) o maior número de trabalhadores. O destaque das indústrias, porém, é representado pela área têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, e por produtos minerais não metálicos.

Cabe mencionar que os segmentos que mais tem se destacado como geradores de emprego formais no setor de serviços são os subsetores de serviços de alojamentos (hotéis, pousadas, albergues e pensões) e alimentação (bares e restaurantes) (SEBRAE, 2011). Esses são alguns dos subsetores que integram a complexa atividade turística, que vem se expandindo no Estado.

Nesta mesma lógica, como resultado do levantamento realizado, constatou-se que as ACTs de alimentação e alojamento foram as que mais geraram empregos formais no período em análise (2006-2012). O Gráfico 6 representa a participação percentual média de empregos gerados por cada ACTs neste período.

Ao analisar a geração de emprego de cada uma das ACTs, pode- se verificar que, embora a média de crescimento do número de empregos formais gerados, no período analisado seja similar à média de empregos dos grandes setores gerados em escala nacional e regional, há algumas atividades que superam esta média, conforme se pode observar na Tabela 14.

Apesar do grande número de postos de empregos formais gerados pelas ACTs de alimentação e alojamentos, a Tabela 14 demonstra que as ACTs que vem apresentando maior crescimento, no período analisado, são as relativas a aluguel de transportes (69,86%) e de agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas (crescimento de 57,33%), seguidas das de alimentação (46,94%) e atividades de serviços de alojamento (20,48%). Com menor crescimento, aparecem as ACTs de patrimônio cultural/ambiental e recreação e lazer (6,27%) e de transportes (aquaviário, aéreo, terrestre) e auxiliares dos transportes (4,72%). Esse crescimento pode estar relacionado, tanto ao crescimento do turismo, como também, da população, visto que se torna extremamente difícil distinguir o consumo feito pelos turistas e/ou pela própria comunidade local, que também se utiliza dos produtos turísticos61.

61 Santa Catarina foi o Estado que obteve maior crescimento populacional do Sul do Brasil, de acordo com o Censo 2010 do IBGE. Passou de 5.357.862 habitantes, em 2000, para 6.249.682 habitantes, em 2010 (crescimento de 16,68%) (IBGE, 2011). Segundo relatório de análise populacional de Santa Catarina (SECCHI, 2011), o Estado teve um expressivo crescimento de sua população residente na última década. Para efeitos comparativos tem-se que a população brasileira cresceu 12,5% na última década. Os principais elementos de análise são: a) os municípios da faixa litorânea catarinense tiveram crescimento populacional superior ao dos municípios da Serra Catarinense e Oeste; b) os grandes municípios tiveram crescimento percentual superior aos dos pequenos municípios; c) houve poucas mudanças no ranking de municípios mais populosos de Santa Catarina; d) as cidades sedes de SDRs tiveram, em média, crescimento populacional superior ao dos outros municípios integrantes de SDRs; e) a mesorregião do Vale do Itajaí mantém-se como a mais populosa de Santa Catarina, além de ter as SDRs e municípios com maiores taxas de crescimento populacional na última década. Analisando os dados de crescimento populacional agregados por mesorregião, é possível perceber que o Vale do Itajaí, a Grande Florianópolis e o Norte Catarinense tiveram ganhos de população superiores à média catarinense. O Sul Catarinense também obteve ganhos na população residente

Tabela 14: Número de trabalhadores formais por ACTs em SC entre 2006 e 2012

ACTs Catarinenses 2006 2008 2010 2012 Cresc. Médio Cresc. Período Serviços de Alojamentos 13.760 14.680 15.757 16.578 3,17 20,48 Serviços de Alimentação 34.326 39.532 44.359 50.440 6,64 46,94 Agências de Viagens, operadores turísticos e serviços de reservas. 2.116 2.578 2.745 3.329 7,90 57,33 Transportes (aquaviário, aéreo, terrestre) e auxiliares dos transportes

8.561 9.001 7.723 8.965 1,14 4,72 Aluguel de transportes 657 782 957 1.116 9,41 69,86 Patrimônio Cultural / Ambiental e Atividades de Recreação e Lazer 2.743 2.876 2.965 2.915 1,19 6,27 Total 62.163 69.449 74.506 83.343 5,02 34,07 Fonte: Dados Ministério do Trabalho e Emprego/Rais (BRASIL, 2013)

(12,46%), mas abaixo da média catarinense. As regiões Serrana (1,41%) e Oeste Catarinense (7,5%) obtiveram ganhos populacionais bem abaixo da média catarinense. O destaque positivo foi para o Vale do Itajaí que, além de ter a maior taxa de crescimento entre as mesorregiões (27,13%), também é a mesorregião que agrega as SDRs de maior crescimento (Itajaí e Brusque) e o município com maior crescimento populacional (Itapema). O ranking dos maiores municípios de Santa Catarina sofreu poucas alterações nos últimos 10 anos. As cinco maiores cidades permaneceram Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José e Criciúma. Houve uma mudança de posição entre Lages (que passou a ser a 8ª maior) e Chapecó (que passou a ser a 6ª maior). Os municípios que mais ganharam posições no ranking das 25 maiores foram Camboriú, que passou de 26ª para 17ª colocação, e Navegantes, que passou de 28ª para 20ª maior municipalidade de Santa Catarina. Os dados do IBGE também mostram que a concentração nos grandes centros urbanos cresceu. Os 25 maiores municípios passaram a concentrar 56% da população do Estado em 2010, ante uma concentração de 54,3% em 2000.

Figura 6: Mapa da distribuição geográfica da população em Santa Catarina (2011) Fonte: Organização da autora e elaboração da geógrafa Renata Duzzioni em 2013

A Figura 6 traz a composição geográfica de cada mesorregião do Estado de Santa Catarina e a distribuição populacional, conforme o último censo realizado em 2010 e estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

As mesorregiões próximas ao litoral, como a

da Grande Florianópolis e a do Vale do Itajaí são as que apresentam

maior

densidade

populacional,

quando

comparadas

as

mesorregiões do interior do Estado. Essa concentração da