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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.4 P ROPOSTA DE ALTERAÇÕES PARA O PROTOCOLO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

4.4.2 Outorga de direito de uso dos recursos hídricos

A análise do pedido de outorga segue conforme os critérios técnicos estabelecidos pela resolução 01 de 2016 do CERH-AM (Figura 11). O primeiro deles é o teste de bombeamento, que também consta na NBR 12.244, a resolução acrescentou o teste escalonado que poderia ser solicitada apenas para poços de alta vazão como em alguns estados só é exigido para poços com vazões acima de 20 m³/h, por exemplo. A qualidade da água deverá ser atestada e apresentada por meio de laudos técnicos emitidos por laboratórios cadastrados e sob a responsabilidade de profissionais legalmente habilitados, devendo ser apresentada as respectivas Anotações de Responsabilidade Técnica cabendo aos conselhos de classe definir os profissionais habilitados

LAU - para perfuração

de poços

 Estudo geológico, hidrogeológico e projeto do poço.

 ART do profissional/empresa habilitado (a).  Manifestação da UC (se for o caso).

Figura 10 - Ilustração da proposta dos documentos técnicos necessários para obtenção da licença para perfuração de poço tubular no Estado do Amazonas.

(Figura 11) e ao órgão ambiental notificar os Conselhos no caso de alguma incongruência. Considera-se desnecessária a apresentação das informações em formulários próprios uma vez que os laudos são obrigatórios.

A qualidade da água deve estar de acordo com os limites estabelecidos pela portaria 2914 de 2011 do Ministério da Saúde ou qualquer regulamentação que venha a lhe substituir, embora estabeleça os padrões de potabilidade para consumo humano esta regulamentação foi adotada pela resolução do CERH não distinguindo a finalidade de uso, considerando que são adequadas para o consumo humano (Silva, 2006; Silva e Silva 2007), porém, na análise deve ser considerado o caráter levemente ácido característico das águas da região. O consumo da água é informado pelo interessado no cadastro de usuário de recursos hídricos e levado em conta a população atendida e a finalidade do uso.

Para a finalidade “consumo humano”, independentemente do resultado da análise físico- química e bacteriológica propõe-se que seja oficiada a Secretaria Estadual de Saúde como ocorre em Minas Gerais, informando sobre a conclusão pelo deferimento do pedido de outorga de direito de uso de recursos hídricos, para que possam exercer a devida fiscalização (IGAM, 2010, p. 56).

Sugere-se que seja determinada a interferência entre poços através do raio de influência do poço, o qual é entendido como a distância compreendida entre o poço de bombeamento ao nível do aquífero, onde já não são mais observados os efeitos do bombeamento, ou seja, a distância a partir da qual os efeitos de um bombeamento num determinado poço são nulos. No subsistema livre ou em suas unidades integrantes, o rebaixamento máximo é de aproximadamente 2/3 da espessura saturada. No subsistema confinado (ou semi-confinado), o rebaixamento máximo admitido é dado pela profundidade da base da formação geológica confinante (COSTA et al., 2011).

Quanto a estrutura externa do poço deve constar relatório fotográfico ilustrando os componentes exigidos na resolução 01 de 2016 do CERH que são: equipamentos de medição de volume extraído (hidrômetro); dispositivo para coleta de amostra da água; tubo auxiliar de medição de nível; laje de proteção.

Fonte: produção do próprio autor.

Para o estado de Pernambuco também foi estabelecido a periodicidade mínima de 1 ano para a manutenção dos poços tubulares, o que é recomendado para aumentar a vida útil do poço. Embora sejam necessárias as manutenções periódicas, como adotado por Pernambuco, e o monitoramento do nível da água estado do Amazonas ainda não conta com sistema capaz de receber e sistematizar as informações e facilitar a análise o que, na pratica, seria mais uma burocracia para o usuário e mais um passivo para o órgão regulador. Desta forma recomenda- se que os esforços sejam em regularizar os poços e garantir que estes estejam dentro nas normas vigentes. Análise do Teste de Bombeamento  Teste de rebaixamento 24h ou estabilização.

 Teste de recuperação por igual período ou até 90% de recuperação.

 Teste escalonado 4 etapas, 1h/etapa.  Responsável técnico legalmente

habilitado

Qualidade da água

 Número mínimo de parâmetros analisados.

 De acordo com os limites de potabilidade.

 Considerar particularidades da região.  Responsável técnico legalmente

habilitado.

Consumo

 Finalidade do uso

 Demanda de água por finalidade

 Demanda de água de acordo com o porte do empreendimento

Figura 11 - Procedimentos para análise do pedido de outorga de direito de uso de recurso hídrico para captação de água subterrânea.

Tabela 14 - Proposta para regularização de poços tubulares. Teste de Bombeamento Contínuo e escalonado

ART Profissional/empresa habilitado

Análise de água Potabilidade

Período de

bombeamento

De acordo com a demanda, máx. de acordo com o período de recuperação do poço.

Vazão máxima Interpretativo

Estrutura do poço Laje, tudo auxiliar, hidrômetro, torneira.

Demanda Demanda x finalidade

Relatório fotográfico Sim

Localização Coordenadas geográficas. Mapa para poços sem LAU

Fonte: produção do próprio autor.

4.4.3 Formulários

A partir da comparação entre os formulários utilizados para outorga de água subterrânea foi constado que aqueles adotados no estado do Amazonas por meio da portaria SEMA/IPAAM n° 12 de 2017 são extensos e solicitam informações por vezes repetidas. Desta forma, foi proposto um formulário simplificado contendo informações necessárias para alimentar o banco de dados do CNARH-40, excluindo informações que já são apresentadas de forma detalhada nos laudos de análise de água, nos relatórios de construção do poço e nos testes de bombeamento (Figura 12).

Na elaboração da proposta é necessário considerar alguns fatores: o primeiro é o sistema de informação adotado pelo estado do Amazonas, que é o CNARH-40, desta forma as informações solicitadas para análise devem contemplar as que são exigidas no sistema; o segundo ponto é que as informações técnicas apresentadas são necessárias para subsidiar os estudos de planejamento e gestão de recursos hídricos.

O estado do Amazonas solicita formulários extensos, os três formulários e o termo de referência para o teste de bombeamento totalizam 23 páginas. Deste modo para ter uma síntese das informações necessárias com o objetivo de dar agilidade às análises dos processos devem ser retiradas dos formulários informações que são apresentadas de forma repetida como os dados construtivos dos poços como cimentação, profundidades dos filtros e revestimentos devem ser apresentados em relatórios técnicos junto com seus perfis esquemáticos visto que o

sistema adotado pelo Amazonas (CNARH-40) não comporta essas informações. O mesmo vale para o perfil litológico no local da perfuração.

As informações hidrogeológicas obtidas a partir do teste de bombeamento são contempladas no termo de referência para o relatório, mas minimamente é solicitado: Nível Estático, Nível Dinâmico, Rebaixamento, vazão de bombeamento, vazão específica e profundidade da do teste. No formulário de solicitação sugere-se que seja incluída a vazão requerida, que deve ser analisada em relação às vazões obtidas durante o teste.

Os resultados obtidos nas análises de água serão apresentados junto com os laudos analíticos realizados por laboratórios credenciados, não havendo, portanto, necessidade de incluir esta informação no formulário.

A identificação do responsável técnico pela construção do poço, pelos testes de bombeamento e manutenções já constam nas Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) cabendo, se for o caso, apenas nome e assinatura nas informações técnicas apresentadas.

Nestes a proposta é de que o formulário simplificado contenha a identificação do requerente faz-se necessária para a responsabilização legal pelas informações, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica.

A finalidade do uso será usada no cálculo da demanda deve conter no formulário, é importante que fique claro como foi feito o cálculo da demanda, a referência utilizada e a vazão requerida juntamente com o período de bombeamento (h/dia, dia/mês, meses/ano).

O poço pode ser identificado pela localização informada pelo endereço da propriedade e por meio de coordenadas geográficas estas últimas são essenciais na realização de estudos hidrológicos, hidrogeológicos para gestão das bacias hidrográficas. No caso de ter mais de um poço na mesma propriedade um código de identificação, profundidade do poço e diâmetro do revestimento ajudam na localização em caso seja necessária visita técnica e da realização de perfilagem ótica.

Figura 12 - Proposta de formulário de requerimento para outorga de água subterrânea.

2 - LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Data da Instalação:

Profundidade (m): Diâmetro de perfuração (pol): Altura da boca do tubo (m): Diâmetro do filtro (pol): Cota do Terreno (m):

Área total dos tanques (m²): Espécie: N° de pessoas: Consumo por pessoa (l/dia): Qt por dia:

Consumo Industrial (m³/dia): Nome da empresa / Interessado:

Bairro: Município: CEP:

ATENÇÃO! Esta página deve ser preenchida com informações de apenas um ponto de captação. Se houver mais de um ponto, tirar cópias da mesma antes de preenchê-la.

1- IDENTIFICAÇÃODO REQUERENTE

Nome do empreendimento: Endereço para correspondência:

3 - DADOS DO POÇO

CNPJ/CPF: Inscrição estadual (SEFAZ-AM):

Fone: E-mail:

Represnetante: Cargo/função:

N ° d a f o l ha (USO EXCLUSIVO DO IPAAM )

FORMULÁRIO DE REQUERIMENTO DE OUTORGA PARA USO DA EXPLOTAÇÃO DE

ÁGUAS SUBTERRÂNES Latitude: Latitude: COORDENADAS GEOGRÁFICAS* (SIRGAS 2000) ____°____'____,___" Sul

Natureza do ponto: poço tubular poço amazonas piezômetro poço de monitorameno poço escavado/caçimba/cisterna

____°____'____,___" Oeste

Dados gerais*:

Bacia hidrográfica*:

Município*: _________________________ _________________________ Local (fazenda, sítio, etc.):

______________________________________________________________________________________

Dados Construtivos*:

4 - INFORMAÇÕES DE USO Finalidade*:

Abastecimento público

Populaçãoatendida (hab): Vazão per capita (l/d. hab):

Aquicultura em tanque escavado

parcial Penetração: total

Aquífero: Condição:

Dados hidrogeológicos:

Tipo (CNAE): Pupulação anual:

Unidade: livre confinado semi-confinado.

Indústria

Profundidade (m):

Consumo Humano

No campo de identificação do requerente no “Nome da empresa/ Interessado” deve contar o nome de registro de pessoa física ou no caso de pessoa jurídica a razão social. O “nome do empreendimento” serve para auxiliar na identificação deste, como ocorre com nome “fantasia” por exemplo. O endereço para correspondência não necessariamente deve ser o mesmo do empreendimento, mas que seja possível entrar em contato com um representante caso necessário. Deve ser informado o CNPJ e a inscrição da SEFAZ-AM em caso de pessoa jurídica, e o CPF caso o requerente seja pessoa física. As informações de e-mail, telefone, nome do representante e cargo/função preferencialmente devem ser referentes ao representante legal (procurador ou proprietário do empreendimento ou imóvel). Essas informações podem constar em vários processos distintos uma vez que a mesma pessoa física pode ter várias casas e a mesma pessoa jurídica pode ter várias empresas em diferentes endereços.

5 - VAZÃO REQUERIDA PARA OUTORGA

(Responsável Legal) __________________________

Local Tipo de cultura:

Mineração - Outros

Mineração - extraçãode areia

Consumo (m³/dia)*:

Irrigação

____________________________________________________ ____________________________________________________

(Responsável Técnico) * Informações indispensáveis para cadastro no CNARH-40

_____/_____/___________ Data

Vazão (m³/h) Hora/dia Dias/mês

Declaro, para os devidos fins, que as informações prestadas acima são verdadeiras, sob pena de responsabilidade civil e / ou criminal.

Referências utilizadas para cálculo do consumo: Termoelétrica

Outras

A identificação do empreendimento refere-se ao lugar onde o poço está localizado, deve ser identificada a bacia hidrográfica, o município e as coordenadas em graus minutos e segundos, no formato que é solicitado no formulário. O sistema onde estas informações serão lançadas, o CNARH-40 já conta com a base de informações geográficas oficiais, coordenadas fora do município informado geram um erro no sistema por incompatibilidade das informações. As informações ou dados do poço ajudam a identifica-lo, deve ser informada qual a natureza do poço: tubular, ou poço amazonas, ou piezômetro, ou poço de monitoramento ou poço escavado/cacimba/cisterna, apenas uma das informações. A data de instalação representa a data de perfuração do poço tubular, porém deve ser considerado que a obra de perfuração não dura um único dia, pode ser uma data aproximada considerando o período autorizado para execução da obra.

Os dados construtivos a profundidade representa a distância entre a cota mais baixa do poço e a superfície, sendo considerada a profundidade de perfuração visto que em embasamentos cristalinos é possível que o poço não seja revestido a partir de uma dada profundidade. A altura da boca do poço deve ser mínima de 0,5 m conforme a ABNT e deve estar acima do nível máximo histórico de inundação da sua localização conforme a resolução 01 de 2016 do CERH (Art. 17). A cota do terreno ou altitude, deve ser apresentada em metros e os diâmetros de perfuração (relacionado a broca usada) e o diâmetro dos filtros (relacionado a tubulação de revestimento) devem ser informados em polegadas.

Dos dados hidrogeológicos deve ser informado o nome do aquífero, se ele é livre, ou confinado ou sem confinado, a penetração do aquífero parcial indica que da superfície até a profundidade do poço perfurado existe só um aquífero, se o poço atravessar um aquífero da superfície até a base e atingir outro aquífero ou outra unidade geológica então tem-se a penetração total do aquífero.

Nas informações referentes ao uso devem ser preenchidas todas as finalidades do uso da água na propriedade, os valores de referência de consumo médio por atividade devem ser com base em algum estudo técnico referenciado no devido campo ou com base no próprio controle de consumo de água na propriedade, caso exista. Essas informações deverão ser usadas para o cálculo da vazão requerida para suprir o abastecimento do empreendimento e informado no campo vazão requerida.

4.4.4 Usos Insignificantes

No estado do Amazonas conforme resolução 02 de 2016 do CERH para captação de água subterrânea só é prevista a dispensa para captações de até 5 m³/dia. É previsto ainda no Art. 3º a dispensa para vazões derivadas individuais de até 43 m³/dia para “acumulações, vazões derivadas, captadas ou extraídas e lançamentos de efluentes, que isolados ou em conjunto, por seu pequeno impacto na quantidade e qualidade do corpo hídrico, possam ser considerados insignificantes” (parágrafo 2º, do artigo 1º). Como o neste último não fica claro que se trata de água subterrânea adota-se a vazão de 5 m³/dia para o uso insignificante, este valor corresponde aos mesmos adotados por exemplo pelo Distrito Federal e Rio de Janeiro que apresentam conflitos pelo uso da água com grande abrangência ou generalizados e com maior complexidade (Tipologias C e D, conforme ANA, 2018), para outros estados como SP, MG e CE que também possuem tipologia D são considerados insignificantes os usos acima de 10 m³/dia.

Considerando a baixa incidência de conflitos de uso pela água que o estado do Amazonas apresenta o uso insignificante de 5 m³/dia pode ser considerado muito restritivo quando comparado com os demais estados, desta forma a proposta é que considerando o disposto na resolução 02 de 2016 do CERH seja levado em consideração 43 m³/dia como baixo impacto nos recursos hídricos desde que fora da área urbana, considerando que já que existem indícios de rebaixamento do lençol freático na área urbana de Manaus (Saraiva, 2015).

4.4.5 Emolumentos

O estado do Amazonas não cobra o pagamento de taxa pela análise do processo de outorga, isto é benéfico para o requerente considerando que os serviços são caros e que já existe o pagamento para emissão da licença ambiental. Porém se o poço foi perfurado sem licença ambiental o requerente pode ser multado e deverá seguir com a regularização do poço, mas para solicitar outorga não haverá pagamento de taxa e nem será feita análise das informações técnicas, o que pode ser uma alternativa para que o usuário perfure o poço sem autorização se regularize depois sem ter o ônus para emissão da licença ambiental. Para evitar este tipo de benefício e considerando que os valores cobrados para a LAU já são altos quando comparados a outros estados uma alternativa seria cobrar emolumentos correspondentes aos valores praticados nas licenças para aqueles usuários que perfuraram o poço tubular sem licença ambiental.

O IPAAM ou o CERH poderiam incluir que aqueles que perfurem o poço sem a licença ambiental além de terem as penalidades cabíveis deverão pagar para emissão da outorga valores equivalentes ou superiores aos da licença, e aqueles que obtiveram a licença para perfuração de poços não terão custos para emissão da outorga.

5 CONCLUSÃO

A captação de água subterrânea está concentrada na área urbana de Manaus, sendo a indústria o setor que representa maior número de poços regularizados e maior vazão outorgada nos dois primeiros anos de regularização. Porém, este não pode ser considerado o setor que mais explora os recursos hídricos subterrâneas, tendo em vista que dos mais de 9.000 poços cadastrados no estado, apenas 341 foram outorgados. Para impulsionar a regularização nos municípios do interior é necessário que haja um empenho e disponibilização de recursos e pessoas como ocorreu em Apuí.

O estado do Amazonas, levou 16 anos, após a política estadual de recursos hídricos, para começar a regularizar os poços, o que mostra a pouca experiência na gestão de recursos hídricos. Mas ainda assim, a maioria dos estudos que devem ser apresentados para regularização dos poços estão alinhados com o que é praticado nos outros estados.

Após análise para verificar a possibilidade de isenção do pagamento da licença ambiental, para perfuração de poços de baixo impacto nos recursos hídricos, como poços para consumo humano em comunidades rurais e poços para pesquisa científica, a conclusão é que precisa de alteração na Lei 3.785 de 2012.

O estado do Amazonas já apresenta procedimentos definidos para regularização dos poços tubulares, mas estes são muito burocráticos quando comparados aos procedimentos de estados que possuem conflitos pelo uso da água e maior complexidade de gestão. A duplicidade de informações solicitadas pelos formulários dificulta a coleta e organização de informações, tanto para o usuário quanto para os servidores, e isso não ajuda a melhorar a eficiência do sistema. Dessa forma, a criação de um formulário simplificado visa dar agilidade no fornecimento e análise de informações buscando a regularização dos usuários dentro das normas e legislações vigentes.

O uso insignificante adotado pelo estado do Amazonas, 5 m³/dia, é muito restritivo, quando comparado a regiões onde há menor disponibilidade hídrica, maior demanda e mais conflitos pelo uso da água, porém neste estudo não temos elementos técnicos para definir um novo valor.

Embora não sejam cobradas taxas para as análises dos pedidos de outorga no estado do Amazonas, é cobrado um valor para licenciamento dos poços, que dependendo da profundidade, o valor cobrado apenas para emissão da licença pode ultrapassar os valores para

autorização de perfuração e outorga de direito de uso praticados em outros estados. Esta taxa é a critério do próprio estado e pode ser dispensável.

É importante que haja um sistema informatizado que dê suporte às análises, mas se isso apenas aumentar o volume de informações solicitadas a análise será mais demorada considerando o quadro de funcionários e o tamanho do estado.

É possível trazer soluções para otimizar o tempo de análise, e sintetizar as informações solicitadas de acordo com a legislação, com os estudos técnicos que já existem, mas é necessária constante revisão dos procedimentos que são adotados, bem como, deixá-los explícitos à sociedade.

GLOSSÁRIO

Água de domínio estadual: águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes ou em

depósito, ressalvadas, nos termos da Lei, as decorrentes de obras da União e corpos hídricos situados exclusivamente no território do estado e que não sirvam de limites com outros países.

Autorização: documento expedido quando a utilização dos recursos hídricos não for de

utilidade pública.

Água subterrânea: água presente no subsolo ocupando a zona saturada dos aquíferos, e

movendo-se sob o efeito da força gravitacional, suscetível de extração e utilização pelo homem;

Água superficial: denominação genérica para qualquer manancial hídrico superficial, curso

d’água, trecho de rio, reservatório artificial ou natural, lago ou lagoa;

Aquífero: formação ou grupo de formações geológicas capazes de armazenar e conduzir água

subterrânea.

Bacia hidrográfica: espaço geográfico natural delimitado pelas partes mais altas do terreno,

dentro do qual toda a água escorre em direção a uma mesma foz ou vazante;

Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH): sistema de cadastramento,

via internet (http://cnarh.ana.gov.br), que é obrigatório para pessoas físicas ou jurídicas usuárias de recursos hídricos;

Captação: retirada de porção de água, proveniente de qualquer corpo hídrico, por mecanismo

de bombeamento;

Caracterização hidroquímica: análise da composição química das águas subterrâneas e de

suas variações, sem alterações causadas por ações antropogênicas;

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