• Nenhum resultado encontrado

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

No documento ECV5318 apostila custos industriais v2011b (páginas 70-106)

CMg = CVm = Preço da Empresa

6.1.1 RESULTADO PARCIAL DO EXERCÍCIO 6.1.1.1 RESULTADO OPERACIONAL

4.1.4 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

4.2 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS

4.2.1 Venda/Baixa De Bens Do Ativo Permanente 5 - CONTAS TRANSITÓRIAS 5.1 CUSTOS 5.1.1 CUSTOS DE EMPREENDIMENTOS 5.1.1.01 EMPREENDIMENTOS CIDADE "XXX" 5.1.1.01.001 EMPREENDIMENTO X 5.1.1.01.001.100 SERVIÇOS PRELIMINARES 5.1.1.01.001.101 DENOMINÇÕES E RETIRADAS 5.1.1.01.001.101.01 Mão de Obra 5.1.1.01.001.101.02 Material Aplicado 5.1.1.01.001.101.03 Gastos Gerais

5.1.1.01.001.117 Preparo de Argamassa Mista A Base De Arenosas 5.1.1.01.001.117.01 Mão de Obra 5.1.1.01.001.117.02 Material Aplicado 5.1.1.01.001.117.03 Gastos Gerais 5.1.1.01.001.200 INFRA-ESTRUTURA 5.1.1.01.001.201 FUNDAÇÃO 5.1.1.01.001.201.01 Mão de Obra 5.1.1.01.001.201.02 Material Aplicado 5.1.1.01.001.201.03 Gastos Gerais 5.1.1.01.001.206 CONCRETO 5.1.1.01.001.206.01 Mão de Obra 5.1.1.01.001.206.02 Material Aplicado 5.1.1.01.001.206.03 Gastos Gerais 5.1.1.01.001.1600 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 5.1.1.01.001.1601 FECHOS 5.1.1.01.001.1601.01 Mão de Obra 5.1.1.01.001.1601.02 Material Aplicado 5.1.1.01.001.1601.03 Gastos Gerais 5.1.1.01.001.1606 LIMPEZA FINAL 5.1.1.01.001.1606.01 Mão de Obra 5.1.1.01.001.1606.02 Material Aplicado 5.1.1.01.001.1606.03 Gastos Gerais

5.1.1.01.001.2000 CUSTO HORÁRIO EQUIPAMENTO 5.1.1.01.002 EMPREENDIMENTO Y 5.1.1.01.002.100 SERVIÇOS PRELIMINARES 5.1.1.01.002.101 DEMOLIÇÕES E RETIRADAS 5.1.1.01.002.101.01 Mão de Obra 5.1.1.01.002.101.02 Material Aplicado 5.1.1.01.002.101.03 Gastos Gerais

5.1.1.01.002.2000 CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS

5.2 ( -) CUSTOS TRANSFERIDOS

5.2.1 ( -) Custos Transferidos Empreendimentos 5.2.1.01 ( - ) EMPREENDIMENTOS "CIDADE XXX" 5.2.1.02.001 ( - ) EMPREENDIMENTO X

5.2.1.01.002 ( - ) EMPREENDIMENTO Y

4.4.3 – Plano de Contas por Ordem de Fabricação.

Este plano de contas tradicionalmente denominado por “ordem de fabricação” corresponde ao modelo proposto para acompanhamento contábil por obra ou serviço de engenharia. 4.4.3.1 – O DRE – Apropriação por Ordem de Fabricação

Neste item, será apresentado um modelo de DRE como sugestão para lançamento de custos segundo o sistema por ordem de fabricação.

O plano, neste caso, visa atender às necessidades de uma empresa de construção civil que atua em três segmentos de mercado: a construção de edificações, o fornecimento de serviços de engenharia e de obras de terra ou terraplenagem. Além disso, conforme foi elaborado atende às necessidades da contabilidade legal e da contabilidade gerencial ou de custos.

.

3 – DRE - Plano de Contas 3.1.0.000 – Receita Bruta de Produtos e Serviços 3.1.1.000 – Edifícios

3.1.1.001 – Residencial Palhoça 3.1.1.002 – Fórum de São José 3.1.1.003 – Shopping do Saco Grande 3.1.1.004 – Residencial Sol Azul 3.1.2.000 – Serviços Técnicos de Engenharia

3.1.2.001- Projeto da Rodovia SC-2001 3.1.2.002 - Projeto do Edifício Tubarão 3.1.2.003 - Projeto da ponte do Rio do Vão 3.1.2.004 - ...

3.1.3.000 – Obras de Terra.

3.1.3.001 – Fabrica da Montadora KRIZ 3.1.3.002 – Rodovia SC-999

3.1.3.003 – Contorno da Grande Fpolis. ... 3.2.0.000 – Impostos Faturados 3.2.100 – ICMS 3.2.200 - Contribuição Social 3.2.300 – I.S.S.Q.N 3.2.400 - ... 3.3.0.000 - Abatimento e Devoluções

3.4.0.0.0 - Receita Líquida de Produtos e Serviços 3.5.0.000 - Custos de Produtos e Serviços Vendidos 3.5.1.000 - Construção de edifícios

3.5.1.001 Residencial Palhoça 3.5.1.002 Fórum de Tubarão

3.5.1.003 Shopping do Saco Grande 3.5.1.004 Residencial Sol Azul ...

3.5.2.000 – Serviços Técnicos de Engenharia. 3.5.2.001 Projeto da Estrada SC- 999 3.5.2.002 Projeto do edifício Imperador 3.5.2.003 Projeto da ponte do Maruim d’Oeste ...

3.5.3.000 – Obras de Terra

3.5.3.001 Fabrica da Montadora KRIZ 3.5.3.002 Rodovia SC -789

3.4.3.003 Contorno de Florianópolis – leste ... 3.6.0.0.0 - Lucro Bruto 3.7.0.0.0 - Despesas Operacionais 3.7.1.0.0. - Salários 3.7.1.1.0 - Diretoria 3.7.1.1.1 - Construção de edifício 3.7.1.1.2 - Projetos de Engenharia 3.7.1.1.3 - Terraplanagem 3.7.1.2.0 - Pessoal administrativo 3.7.1.2.1 - Construção de edifício 3.7.1.2.2 - Projetos de Engenharia 3.7.1.2.3 - Terraplanagem 3.7.1.3.0 - Pessoal Técnico ... 3.7.2.0.0 - Materiais e Equipamentos 3.7.2.1.0 - Materiais de Consumo 3.7.2.2.0 - Equipamentos de Escritórios 3.7.3.0.0 - Propaganda 3.7.4.0.0 - Vendas ... 3.8.0.0.0 - Depreciações 3.8.1.0.0 Edificações 3.7.5.1.1 - Edifício sede 3.7.5.1.2 - Almoxarifado 3.7.5.1.3 - Oficinas 3.8.2.0.0 - Veículos 3.7.5.2.1 - VTL – Gol 98.01 3.7.5.2.2 - VTP – Ford 97.03 3.8.3.0.0 Equipamentos 3.8.3.1.0 - PCR – Case 95.02 ... 3.9.0.0.0 - Amortizações 3.9.1.0.0 – BNDES 3.9.2.0.0 - Banco da Providência 3.10.0.0.0 - Lucro da Atividade 3.11.0.0.0 - Resultado Financeiro

3.12.0.0.0 - Despesas com Contas Incobráveis 3.13.0.0.0 - Lucro Operacional

3.14.0.0.0 - Receitas não Operacionais 3.15.0.0.0 - Despesas Não Operacionais

3.16.0.0.0 - Lucro antes do Imposto de Renda – LAIR 3.17.0.0.0 - Compensação de Prejuízos Acumulados 3.18.0.0.0 - Provisão para o Imposto de Renda 3.19.0.0.0 - Lucro Líquido do Exercício 3.20.0.0.0 - Participações Estatutárias 3.21.0.0.0 - Reserva legal

3.22.0.0.0 - Lucro do Exercício a Disposição dos Acionistas 3.23.0.0.0 - Provisão para Dividendos

3.24.0.0.0 - Lucros RETIDOS

4.4.3.2 – Ficha de Controle – Ordem de Fabricação.

O modelo de “Ficha de Controle de Custos” abaixo apresentada é um documento que integra a contabilidade de custos. Além de propiciar o controle dos contratos, este instrumento permite acompanhar, estatisticamente, a evolução dos custos, ao comparar o orçado com o realizado. Ver Fig. 4.4.

Por facilidade de procedimento, recomenda-se que, somente, as contas terminadas em 00 - duplo zero ou em 000 – triplo zero, ou seja, que exprimam o somatório das contas

parciais e denominem o respectivo grupo, é que devam ser levadas para a Contabilidade Legal.

E, que as demais contas, integrem, apenas, o controle de custos.

Havendo o interesse em realizar a Contabilidade Gerencial com um menor número de contas, o procedimento é transferir, apenas, o somatório total da “FICHA” para a conta específica ou global de custos do DRE – Custo de Produtos Vendidos ou às contas de Estoque, localizadas no Ativo.

É importante ao profissional que atua no gerenciamento de suas empresas participar da elaboração ou aprimoramento do Plano de Contas.

Assim procedendo, tem condições de implantar um sistema contábil que atenda as reais exigibilidades da contabilidade legal e as suas necessidades de controle e acompanhamento, através do estabelecimento de um adequado e integrado sistema de contabilidade de custos. Fato este que reduz o custo de informação e controle dos custos realizados.

Custos Por Ordem de Serviço Construção Civil Obra Residencial:

Edifício Sol Azul N.º Conta 351. 004

item Quant. Orçado Valor Quant. Realizado Valor 1.0.0.0 - Estudos Preliminares 1.1.1.0. Topografia 1.1.1.1. Geotecnia 1.1.1.2. Projeto Arquitetônico 1.1.1.3. Projeto Elétrico 1.1.1.4. Projeto Hidro-Sanitário 1.1.1.5. Projeto estrutural 1.1.1.6. Contratação de Pessoal 1.1.1.7. Legalização 1.1.1.8. Projeto de Viabilidade 2.0.0.0 Estrutura de Concreto 2.1.0.0 – Fundações 2.1.0.1. Mão de Obra 2.1.0.2. Materiais 2.1.0.3. Equipamentos 2.2.0.0 – Super Estrutura 2.2.1.0 - Mão de Obra 2.2.2.0 - Materiais 2.2.3.0 - Equipamentos 2.3.0.0 – Castelo d’ água 2.3.1.0 - Mão de Obra 2.3.2.0 - Materiais 2.2.3.0 - Equipamentos 2.4.0.0 – Arrimos 2.4.1.0 - Mão de Obra 2.4.2.0 - Materiais 2.2.3.0 - Equipamentos ...

3.0.0.0 – Fechamentos 3.1.0.0 – Tijolos 3.1.1.0 - Mão de Obra 3.1.2.0 - Materiais 3.1.3.0 - Equipamentos 3.2.0.0 – Especiais 3.2.1.0 – Mão de obra 3.2.2.0 – Materiais 3.2.3.0 – Equipamentos ... 4.0.0.0 – Revestimentos 4.1.0.0 – Interno 4.1.1.0 – Massa Rebocada 4.1.1.1. Materiais 4.1.1.2. Mão de Obra 4.1.1.3. Equipamentos 4.1.2.0 – Azulejos 4.1.2.1. Materiais 4.1.2.2. Mão de Obra 4.1.2.3. Equipamentos 4.1.3.0 – Pedra 4.1.3.1. Materiais 4.1.3.2. Mão de Obra 4.1.3.3. Equipamentos ... 4.2.0.0 – Externo 4.2.1.0 – Massa Rebocada 4.2.1.1. Materiais 4.2.1.2. Mão de Obra 4.2.1.3. Equipamentos 4.2.2.0 – Cerâmico 4.2.2.1. Materiais 4.2.2.2. Mão de Obra 4.2.2.3. Equipamentos ... 5.0.0.0 – Pisos 5.1.0.0 – Madeira 5.1.0.1. Materiais 5.1.0.2. Mão de Obra 5.1.0.3. Equipamentos 5.2.0.0 – Cerâmicos 5.2.0.1. Materiais 5.2.0.2. Mão de Obra 5.2.0.3 - Equipamentos 5.3.0.0 – Pedra 5.3.1.0 – Materiais 5.3.2.0 – Mão de Obra 5.3.3.0 – Equipamentos 5.4.0.0 - Cimento 5.4.1.0 - Materiais 5.4.2.0 - Mão de Obra 5.4.3.0 - Equipamentos ... 6.0.0.0 – Redes Equip. Elétricos 6.1.0.0 – Redes

... 6.2.0.0 – Equipamentos

... etc. etc. etc. ...

Tab. 4.4 - Custos Por Ordem de Serviço

4.5 – Dos Relatórios de Controles. 4.5.1 – Exigibilidades.

Os relatórios de controle de custos devem ser emitidos com periodicidade pré-estabelecida, exprimir os custos orçados e os custos incorridos, de modo a permitir a contínua avaliação sobre os mesmos.

O recomendável, visando uniformidade de controle e informação, é que sejam estruturados de acordo com o plano de contas pré-estabelecido, de tal modo que permita comparação entre os custos orçados e realizados, proporcionando, desta forma, a análise de desvios.

Assim, todos os relatórios de controle de custos devem formar um sistema onde a informação é introduzida, processada, e extraída gerando novas informações que produzirão resultados capazes de satisfazer novos objetivos, ou seja, atender à realização de orçamentos futuros. Desta forma o ciclo de acompanhamento e controle se repete, permitindo a obtenção de valores o mais próximo possível da realidade.

O sistema de custos deve fornecer um banco de dados com base nas obras executadas, isto facilitará e tornará mais confiável o trabalho de estimativas de custos de novas obras, formando a memória técnica da empresa.

Para obter um controle de custos que atendam estas características, é necessário dispor no mínimo de:

Disposição da administração para fornecer recursos para este sistema, com o comprometimento da alta gerência. Pessoal qualificado e treinado com domínio de conhecimento

técnico e consciência da utilidade e objetivos de um sistema de controle de custos.

Sistema informatizado e adequado que proporcione agilidade e integração.

Projetos, especificações e memorial descritivo do empreendimento.

Planilha orçamentária.

Cronograma físico-financeiro

Manual de procedimentos operacionais. PCMAT.

Visando garantir um bom sistema de controle recomenda-se implantar seguintes relatórios na organização: a) Acompanhamento custo orçado x custo realizado de acordo

com o plano de contas, com respectivos desvios.

b) Acompanhamento físico-financeiro, atividades previstas x atividades realizadas, considerando atividades a realizar por etapa de serviço.

c) Planilhas de apontamento de utilização de equipamentos. d) Planilhas de apontamento de utilização de materiais. e) Relatório de medições dos serviços executados na obra. f) Apropriação dos apontamentos de mão de obra,

equipamentos materiais e medições dos serviços em planilhas próprias, que possibilitem a análise dos índices de produtividade e desperdício e que sirvam de retro alimentação para planejamento e reprogramação de obras.

Através dos relatórios de controle de custo é possível efetuar um efetivo controle do processo de construção, realizar a análise de desvios, possibilitando a comparação dos custos realizados com os custos orçados o que permite deflagrar, tempestivamente, possíveis ações corretivas.

4.5.2 - Fluxogramas de Acompanhamento.

A seguir são apresentados alguns fluxogramas que mostram a tramitação e lançamento contábeis relativos à:

Notas Fiscais

Mão de Obra e Encargos Sociais Contrato de Vendas

No caso do Fluxograma para Notas Fiscais e Documentos de Entregas, vide Fig.4.6, se presume que o bem seja entregue ou entre pelo local onde será consumido, seja uma obra ou unidade de serviço.

Observe-se que o Lançamento Contábil do pagamento é efetuado na conta caixa ou bancos, e somente será efetuada quando do efetivo pagamento.

Os fluxogramas que mostram o fluxo de serviços contábeis visando o lançamento de Mão de Obra e Encargos Sociais e o de Contratos de Vendas são mostrados, respectivamente, nas Fig.4.7 e 4.8.

Início

Contrato de Vendas

Identificação e Classificação do documento cfmr

Plano de Contas

Lançamento dos valores em Contas a receber

Conferencia e Arquivo

FIM

Fig.4.8 – Fluxograma Para Contratos de Vendas

4.6 – Fluxos Contábeis

O objetivo deste item é discutir o fluxo dos lançamentos contábeis, mais especificamente dos dispêndios, caso ocorra ou não saídas de caixa.

A importância de conhecer o fluxo de apropriação das despesas e dos custos por diversas contas contábeis é devido a ocorrência da existência de contas transitórias. Contas estas onde são apropriados custos e despesas antes de serem lançadas em contas de encerramento a exemplo das contas do DRE. Tal fato ocorre devido a situações como: i) custos e despesas lançados em contas estoques de produtos em elaboração, contas integrantes do ativo circulante, e que não são concluídos dentro do exercício de sua fabricação; ii) produtos cujos dispêndios são mantidos na conta de estoques de produtos acabados e só transferidos ao DRE após vendidos. 4.6.1 - Visão Contábil

O exemplo abaixo, Fig.4.9, mostra a evolução do dispêndio efetuado com a aquisição de qualquer insumo, de investimento a custo. E, a nomenclatura em cada fase do processo.

É interessante notar que muitos dispêndios são contabilizados diretamente como custos, situação que reflete a contabilização de pequenas importâncias, quando são alocadas diretamente no processo de produção.

Conceitualmente, a separação contábil entre custos e despesas é efetuada segundo a aplicação do gasto na atividade fim ou na atividade meio da empresa. Ver Fig. 4.10

Da análise do DRE, é possível verificar e analisar dois tipos de lucro da organização. O Lucro Bruto e o Lucro Operacional. Ver Fig. 4.11.

O Lucro Bruto é obtido deduzindo do faturamento os custos diretos, ou seja, os gastos realizados em atividades fabris ou fins da organização e os tributos incidentes sobre o faturamento.

A menos de uma estratégia agressiva de inserção de mercado e temporariamente utilizada, uma empresa que apresenta lucro bruto negativo deve considerar, seriamente, sua descontinuidade ou dos produtos que provocam tal situação.

O Lucro Operacional é obtido deduzindo as despesas administrativas e de vendas do Lucro Bruto. Ou seja, os gastos realizados em atividades meio.

Em havendo lucro operacional negativo, prejuízo operacional, deve-se analisar a possibilidade de redução de despesas ou mesmo uma reorganização do modelo administrativo visando viabilizar a empresa. A priori não é uma situação de pânico, pois pode ocorrer a realização de prejuízo em algum exercício contábil.

Demonstrativo Resultado do Exercício $ + Receita de Vendas/Faturamento...

(-) Custo de Produtos Vendidos... (-) Tributos ... 74.567 18.866 2.134 = Lucro Bruto... (-) Despesas Administrativas... (-) Despesas de Vendas... 53.567 12.345 11.222 = Lucro Operacional... 30.000

Fig. 4.11 – Modelo de DRE

4.6.2 – O Fluxo Contábil / Processo de Encerramento.

Custos e despesas são apropriados em contas contábeis, visando o seu controle, o fluxo dentro da organização e, ao final do exercício, permitir a elaboração do Demonstrativo de Resultados do Exercício - DRE e do Balanço Patrimonial.

Mesmo que, temporariamente, os gastos sejam apropriados em contas de Ativo, especialmente aquelas apropriadas nas contas de estoques ou insumos, após ocorrer vendas, seus saldos são transferidos para o DRE como custo de produtos vendidos.

Como analise inicial, neste item será discutido o fluxo de apropriação contábil das contas de custos e despesas,

Fábrica Administração Vendas

Nesta Divisão ocorre CUSTOS

Nestas Divisões ocorrem DESPESAS Fig. 4.10 - Alocação dos Gastos

independentemente do sistema de apropriação adotados pela empresa, situação a ser analisada no Capítulo 6 – O custeio.

Por definição, os custos dizem respeito aos gastos incorridos diretamente no processo produtivo e, as despesas, abrangem os gastos realizados com a manutenção da administração central e com o processo de vendas. Como seus fluxos de apropriação seguem processos distintos, será efetuada a análise específica para cada um destes fluxos.

4.6.3 - Fluxo das Despesas.

Os diversos tipos de despesas são apropriados durante o exercício fiscal em contas transitórias abertas, especificamente, para cada uma delas.

Ao final do exercício, visando à apuração do balanço, são encerradas e transferidas para uma conta definitiva, específica do DRE quando, basicamente, são apropriadas nas contas de Despesas Administrativas ou Despesas de Vendas.

Como exemplo de trâmite contábil, seja o esquema abaixo onde são considerados dois tipos de despesas administrativas, o salário de empregados do escritório o material de expediente. (Ver Fig. 4.12).

Como se vê, cada uma delas é escritura durante o exercício no respectivo razonete em T, e no final do exercício são encerradas e o saldo transferido, integralmente, para o DRE.

Como regra de procedimento, as despesas são escrituradas, durante exercício corrente, em contas próprias que são encerradas no final do mesmo, quando são levadas ao DRE para a apuração do resultado.

Razonete em T DRE

Salários do

Escritório Administrativas Despesas

Débito Crédito Débito Crédito

800 725 423 591 2.539 2.539 2.539 1.071 3.610 3.610 0,00 Material de Expediente Débito Crédito 456 258 357 1.071 1.071

Fig. 4.12 - Fluxo de Despesas.

4.6.4 – Fluxo dos Custos.

No caso dos custos, o fluxo de apuração de matérias primas, de mão de obra e de outros custos de fabricação segue um processo mais complexo do que o das despesas.

Contas definitivas Contas transitórias

Neste caso há que se levar em consideração a existência de insumos lançados nos estoques de insumos de matérias primas, dos insumos em elaboração e do estoque em produtos acabados, além da mão de obra permanentemente apropriada como custo daquela etapa de produção.

Dois são os métodos de lançamento de custos adotados: i) Lançar todos os custos diretos incorridos durante um exercício diretamente na conta Custo de Produtos Vendidos do DRE;

ii) Lançar os custos incorridos em contas intermediárias, denominadas de “Custos de Produtos em Elaboração” e “Custos de Produtos Acabados”.

No primeiro caso, não há maiores problemas quanto a análise do fluxo de custos. A restrição a este procedimento é que, em o nível de vendas ser inferior ao de produção, poderá ocorrer uma redução no lucro do exercício expresso em balanço, situação que pode não refletir o desempenho da empresa.

No segundo caso, conforme os insumos vão sendo requisitados do estoque e processada a produção, os custos serão lançados, primeiramente, na conta “Custos de Produtos em Elaboração” e, terminado o processo de produção, lançados por seus valores históricos, na conta “Custos de Produtos Acabados”.

Deste modo, os custos vão sendo apropriados no DRE na proporção em que os produtos forem vendidos, situação que melhora o lucro do exercício, porém incorrendo no pagamento de maior imposto no exercício de lançamento. Ou seja, no exercício em que ocorrer a venda.

Depois de efetuadas as vendas é que os custos relativos a cada produto são levados à conta “Custos de Produtos Vendidos” do DRE.

A seguir, é efetuado um exemplo de fluxo onde é mostrada a possível apropriação dos custos no momento de encerramento de um exercício contábil.

Insumos Produtos em Elaboração

Produtos Acabados

Fig. 4.13 - Fluxo das contas de produção

Produtos

Acabados Custo de Produtos Vendidos

4.6.4.1 - Fluxo de Custos - Matérias Primas:

Para cada tipo de matéria prima adquirida é aberta uma conta contábil, apropriada na conta estoque de matérias primas ou insumos. Nesta etapa, essa conta é, via de regra, controlada por um documento denominado razonete em T.

Conforme vai sendo requisitada para produção, seu valor passa a ser transferido e apropriado em uma conta denominada de Estoque de Produtos em Elaboração.

Razonete em T Ativo

Estoque de

Matéria Prima – A Produtos em ElaboraçãoEstoque de

Débito Crédito Débito Crédito

OC1... 123 OC2... 987 OC3... 456 OC4... 654 Saldo....920 Req1.... 692 Req2.... 608 Transf...920 0,0 M.º....2.539 CIF...1.071 Req1... 692 Req2... 608 Saldo..4.910 Ativo

Estoque Mat. Primas Débito Crédito M.Pr.A..920

Outros..888 1.808

Fig. 4.15 - Fluxo de apropriação da matéria prima.

Ao final do exercício, ao ser encerrado o balanço, seu saldo é transferido para a conta Estoque de Matérias Primas. É importante notar que ambas as contas são integrantes do Ativo. 4.6.4.2 - Fluxo de Custos - Produtos em Elaboração

Durante o exercício fiscal e conforme vai sendo concluída a produção, os custos apropriados na conta Produtos em Elaboração vão sendo transferidos para a conta Estoque de Produtos Acabados.

Ativo Ativo

Estoque Prod. Elaboração Estoq. Prod. Acabados - A

Débito Crédito Débito Crédito

M.O...2.539 CIF...1.071 Req1... 692 Req2... 608 Saldo.... 350 A1... 1.810 A2.... 2.750 A1... 1.810 A2... 2.750 Saldo... 710 V4...250 V5...1.040 V6... 510 V7...2.050 3.850 DRE

Custo Prod. Vendidos Débito Crédito V4...250 V5...1.040 V6... 510 V7...2.050 Saldo. 3.850

Efetuada a venda, os custos das matérias primas apropriados na conta “produtos acabados”, conta integrante do ativo circulante, são transferidas para a conta custo de produtos vendidos, conta esta integrante do DRE. Ver esquema acima, Fig. 4.12 e Fig. 4.13.

Ocorrendo a venda do produto “A”, respectivamente as vendas V4, V5, V6 e V7, o preço apurado é lançado no DRE na conta “Receita de Vendas”.

E, como mostrado na Fig.4.16, o custo dessas vendas no montante de R$ 3.850, segundo registro na conta “Estoque de Produtos Acabados”, é transferido para a conta “Custo de Produtos Vendidos”, conta esta integrante do DRE, o que permitira apurar o resultado do exercício.

O saldo da conta Estoque de Produtos Acabados, no valor R$ 710, será levada ao Ativo Circulante em conta de igual denominação, demonstrando um bem disponível pela empresa.

Custo Produtos Acabados Custo Produtos Vendidos Conta de Ativo -Conta Transitória- Conta do DRE -Contas de Encerramento-

Custos & Precificação

Apostilha CustosIndustriais~2011

Custos Diretos - Fábrica Administração

Matérias

Primas Mão de ObraDireta Outros CustosIndustriais Despesas deVendas 11.890 10.891 8.542 7.654 10.653 9.876 11.222 11.222

999 999 888 0,00 777 0,00

Custo Produtos

em Serviço Custo Produtos Acabados Custo Produtos Vendidos AdministrativasDespesas 999 888 777 6.789 10.891 7.654 9.876 5.000 7.000 8.000 1.000 5.000 7.000 8.000 1.000 12.345 12.345 0,00 2.664 0,00 2.664 35.210 21.000 21.000 21.000 14,210 14.210 0,00 0.00 DRE $ + Receita de Vendas...

(-) Custo de Produtos Vendidos... 74.567 21.000 = Lucro Bruto... (-) Despesas Administrativas... (-) Despesas de Vendas... 53.567 12.345 11.222 = Lucro Operacional... 30.000 Balanço Patrimonial 1 - Ativo 2 – Passivo 1.1 – Circulante 1.1.1 - Caixa e Bancos 1.1.2 - Contas a Receber 1.1.3 -- Estoques 1.1.3.1 - Matérias Primas... .. 999 1.1.3.2 - Produtos em Serviço.. ... 2.664 1.1.3.3 - Produtos Acabados... 14.210 ... 2.1 – Circulante . . . . . . .

3.1 – Realizável Longo Prazo 2.2 – Exigível em Longo Prazo

3.2 – Ativo Permanente 2.3 - Patrimônio Líquido

Total do Ativo Total do Passivo

Fig.4.18 – Modelo de Alocação de Custos e Despesas

Não participa do fluxo de custos

!

50; 6

1 /0 <2 341.

5.1 – Definição.

Por definição, a margem de contribuição representa um parâmetro que demonstra a capacidade da cobertura dos custos variáveis e das despesas fixas. Ou seja, o quantum com que cada produto, departamento ou unidade de produção contribui para o lucro da empresa.

Este é um conceito decorrente da metodologia do custeio direto e, matematicamente, a margem de contribuição é estabelecida após a dedução dos custos variáveis e despesas fixas do volume de vendas, descontado as devoluções. Em termos de DRE, a margem de contribuição equivale ao lucro operacional da empresa.

Conforme Martins, apud Evandir Megliorini, Custos pg. 138, a margem de contribuição, conceituada como a diferença entre a receita de vendas e a soma dos custos (fixos) e despesas (variáveis), é um parâmetro que tem a condição de tornar visível a potencialidade de cada produto. Isto porque, a margem de contribuição mostra como cada um contribui para a amortização dos custos e despesas e, em seguida, formar o lucro propriamente dito. Matematicamente:

MC($) = Vendas – ( Custos Variáveis + Despesas Fixas ) E, também pode ser expressa em termos percentuais:

das ceitadeVen Re cional LucroOpera (%) MC =

5.1.1 – Determinação da margem de contribuição.

Disponível o DRE pode-se calcular a margem de contribuição da empresa como um todo ou de partes da organização sejam elas: uma empresa, uma unidades de produção, dos departamentos, das seções ou mesmo de produtos.

Como exemplo, seja o caso de determinar a margem de contribuição de uma empresa, cujo DRE esta expresso na Tab. 5.1 – DRE e margem m de contribuição..

DRE

+ Receita de Vendas – R$ 1.489

(-) Custo de Produtos Vendidos – VARIÁVEIS – R$ (694)

= Lucro Bruto – R$ 795

(-) Despesas Gerais e Administrativas – FIXOS - R$ (433) = Lucro Operacional ≡ Margem de Contribuição – R$ 362

Margem de Contribuição (%) =

Margem de Contribuição (%) = 0,2431

1489 362

24,31% Tab. 5.1 – DRE e Margem de Contribuição Especícfica

A margem de contribuição pode ser expressa em valor monetário ou em porcentagem, Então:

MCE(R$) = 1.489 - 694 - 433 = 362 R$ % , , . das ceitadeVen Re cional LucroOpera (%) MCE 02431 2431 489 1 362 = = =

5.1.2 – Margem específica e margem relativa.

A margem de contribuição pode ser definida como:

No documento ECV5318 apostila custos industriais v2011b (páginas 70-106)

Documentos relacionados