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Em primeiro lugar, é importante destacar que Ricoeur, oferece grande contribuição para a filosofia por se dedicar à teoria da interpretação e seu poder de argumentação desde o processo de associação até a interpretação, descrição, compreensão e justaposição – operadores epistêmicos que sustentam a hermenêutica – uma longa peregrinação nos conflitos de interpretação. Por isso, as obras ―O conflito das interpretações‖ e ―Do texto à ação‖, atribuem ao filósofo uma especificidade própria, um método filosófico que articulado a outros métodos, leva à compreensão e explicação dos fenômenos. Com isso:

Compreender não é projetarmo-nos num texto, mas expormo-nos a ele; é receber dele um si aumentado pela apropriação de mundos propostos que a interpretação revela. Em suma, é a matéria do texto que confere ao leitor sua dimensão da subjetividade; a compreensão é, assim, não mais uma constituição da qual o sujeito tem a chave. (...) A leitura me introduz nas variações imaginativas do ego. A metamorfose do mundo em jogo no texto constitui também a metamorfose divertida do ego. (...) Vejo nesta ideia de ‗variações imaginativas do ego‘ a possibilidade mais fundamental para uma crítica das ilusões do sujeito (RICOEUR,1986, p.369-370).

A hermenêutica ricoeuriana se mostra como adequado caminho de compreensão do discurso ou da ação, configurando-se como processo mimético que se caracteriza como uma articulação daquilo que chamamos interpretação, no sentido heideggeriano, - de articulação significante da estrutura compreensível do ser-no-mundo (RICOEUR, 1989, p. 100). Por isso sinalizo que ele vai além das controvérsias para criar um estilo

próprio da filosofia quando assume a tarefa de instigar conhecer o si mesmo fazendo o desvio pela interpretação dos signos por meio da existência.

Pode-se dizer que Ricoeur é considerado pensador polimórfico, pois pensa em evolução emovimentos a partir desses operadores citados que implicam à dinâmica da compreensão e da explicação. Fonseca (2009) diz que não se pode encontrar uma visão unitária e sistematizada emsua obra, por isso é considerado pensador de sistematicidade fraturada, do movimento interior para o exterior.A sua extensa obra caracteriza-se não só pela diversidade dos temas, como também, pelo retorno sucessivo a interpretações que faz a partir desses temas, sendo, portanto, inevitável fazê-lo, face à natureza ontológica dahermenêutica, enquanto um processo de autorreflexão do sujeito, sempre a partir de suas mediações culturais e, especificamente, textuais. A partir dessas mediações surgem às criações que o próprio sujeito elabora não como um processo de auto-constituição, mas como resultado de algo que se lhe tornou externo e autônomo - o mundo do texto. Ricoeur esclarece:

Não há compreensão de si que não seja mediatizada por signos, símbolos e textos; a compreensão de si coincide, em última análise, com a interpretação aplicada a estes termos mediadores. Ao passar de um para outro, a hermenêutica liberta-se progressivamente do idealismo com o qual Husserl tentara identificar a fenomenologia. (...) O papel da hermenêutica, dissemos nós, é duplo: reconstruir a dinâmica interna do texto e restituir a capacidade de a obra se projetar para fora na representação de um mundo que eu poderia habitar (RICOEUR,1989, p 40-43).

Importante destacar que nesse constructo, o filósofo sinaliza três momentos de profícuas produções: a hermenêutica dos símbolos, a hermenêutica do texto e a hermenêutica da ação. A primeira etapa é marcada pelas inquietações reflexivas em torno do voluntário e involuntário, a meditação sobre as questões metafísicas acerca da verdade e liberdade, bem como a descrição da condição humana entre investigação e compreensão:

É nessa investigação limitada à simbólica do mal ligada a definição geral do símbolo que acontece a primeira abordagem do problema hermenêutico. Denomino símbolo toda expressão caracterizada pelo fenômeno do duplo sentido, segundo o qual a significação literal remete a um sentido segundo que só é essencial pelo retorno do sentido primeiro ao sentido segundo. (...) com o símbolo autêntico a transferência do sentido literal ao sentido figurado é a única via de acesso (RICOEUR, 2011, p. 20).

A hermenêutica dos símbolos trata de reencontrar o núcleo de sua hermenêutica situada pela busca do sentido, a linguagem de duplo sentido, cujo papel ancora-se no desvelar/velar. Assim, a hermenêutica dos símbolos trata de pensar a partir dos símbolos o laço entre o homem e o sagrado, buscando uma ontologia para a finitude (CESAR, 2002). A hermenêutica de Ricoeur situada nos símbolos, nos mitos e nas metáforas, consiste na construção/captação do potencial de sentido, por entender que aí contem mais sentido do que aquele que exprime verbal e literalmente, por isso necessitam ser interpretados. O segundo sentido de sua itinerância filosófica remete ao contributo da linguagem, cujos argumentos o leva a criar uma teoria do conflito das interpretações.

Para tanto, Ricoeur propõe a determinação reconstrutiva do sentido objetivo apropriado pelas pessoas, - sentido existencial tradicional para o alcance de novo sentido para o texto. A linguagem assume protagonismo nessa etapa, considerando tanto à busca do núcleo semântico da hermenêutica, como a reflexão em torno da linguagem simbólica, cujo papel é o desvelamento de um significado profundo sob o significado imediato nas expressões de duplo sentido. Nessa etapa, o pensamento de Ricoeur é caracterizado pela hermenêutica dos textos e a linguagem assume ponto central de sua hermenêutica, formulada em sua teoria como linguagem transitante nas obras de discurso aproximada da escrita. Ao considerar o sentido objetivo e a aproximação existencial, o texto é deslocado em direção ao mundo, que ele chama de ―mundo da obra‖. Esse acontecimento é o ponto fundante da questão hermenêutica (CESAR, 2002). Para Ricoeur, não só a palavra, mas também o texto possui valor polissêmico. Este carrega um potencial de sentido, um excesso que não se esgota em apenas uma ou outra interpretação porque o sentido do texto é autônomo em relação à intenção do autor, a situação do discurso e em relação ao seu primeiro que se confrontou com a obra. Com isso, ele adota a concepção de hermenêutica preocupando-se com o aspecto existencial da atividade intelectual, ao considerar a estrutura de um texto como abertura da existência possível. Explicando melhor, ele procura no texto a origem das diferentes estruturas do objeto que é dada de forma simbólica. Daí sua formulação de uma teoria do símbolo. Essa perspectiva o leva a reconhecer a validade da linguagem mítica introduzida em sua investigação à luz dos processos fenomenológicos, com apoio do esquema estruturalista de Lévi-Strauss para postular uma hermenêutico-existencial (BLEICHER, 2002).

A título de esclarecer um pouco mais sobre seu interesse pela fenomenologia existencial, o caminho que Ricoeur decide enfrentar é árduo e o seu ponto de partida fenomenológico é a hermenêutica na sua forma ontológico-existencial como já explicitado acima. Cabe esclarecer que essa visão não tem o mesmo sentido dado pela fenomenologia descritiva de Husserl, remontada pela atividade humana a um ego transcendental, o Cogito, associado ao problema da linguagem com a ontologia no Lebenswelt (mundo da vida). Como também, é contrária à hermenêutica fenomenológica preconizada por Heidegger, ao partir de um Dasein para determinar o sentido da existência revestida de uma ontologia fundamental. Ao discordar de ambos, Ricoeur argumenta que o problema é bloqueado com uma descrição direta do Dasein e a interpretação mantém-se aí, em certa medida, numa posição de conforto ao considerar o conhecimento pessoal transparente, o que não é possível, desde que Marx, Nietzsche e Freud colocaram em dúvida essa transparência. Ricoeur acredita que o homem só pode conhecer a si mesmo e enfrentar suas ilusões mediante a dialética do distanciamento e aproximação entre as permanências e as mudanças (BLEICHER, 2002).

É primeiramente na trama, portanto, que devemos buscar pela mediação entre permanência e mudança, antes de ser capaz de transferi-lo para o personagem. A vantagem deste desvio através da trama é que ela oferece o modelo da concordância discordante sobre a qual é possível construir a identidade narrativa de um personagem. A identidade narrativa deste personagem somente será conhecida correlativa à concordância discordante da historia em si (RICOEUR, 1991, p 77-78).

O filósofo adota como desafio o caminho dessa longa peregrinação indo pela linguagem, porque é na linguagem que o mundo e o homem se dizem. Para essa jornada cheia de desafios, o filósofo mergulha nas disciplinas que exercem um trabalho de interpretação, a História, a Psicologia, e, em geral, as Ciências Humanas. O objetivo para essa via longa sustenta-se numa reflexão voltada para o alcance de uma ontologia. Para tanto, o filósofo contrapõe a ‗via curta‘, ao atalho direto como Ricoeur chama, seguido por Heidegger na obra ―Ser e Tempo‖, situando diretamente a analítica de

Dasein, quando afirma que a linguagem é a abertura ao ser ou ao local de revelação do

ser (sein), encontrando aí a formulação para a questão ontológica, portanto, hermenêutica. Diante disso, questiona-se: que ente é este cujo modo de ser consiste na compreensão? Indo por essa via, Ricoeur situa aí a ontologia da compreensão, e para ele, o compreender é o modo de ser do homem. Segundo Fonseca (2009), para Ricoeur,

a via longa exige um caminho para a compreensão a partir da mediação, pressupondo que não há compreensão sem mediação.

Seguindo o pensamento de Ricoeur, o homem só pode conhecer-se através das suas expressões, no jogo contínuo e sempre inacabado da sua figuração, (re)figuração e (re)configuração. Portanto, toda compreensão é resultado de uma mediação ou de uma interpretação, ela própria também sempre mediada. A interpretação leva ao conhecimento indireto de nossa existência, já que o homem não é transparente para si mesmo. Sendo o homem um estranho para si mesmo, o texto interpretado possibilita a compreensão da sua existência pela via indireta. Nesse sentido o interpretar-se possibilita a compreensão de si pela via de sinais que não são mais do cogito, mas é um existente que descobre pela exegese da sua vida que já está posto no ser antes mesmo de se pôr e de se possuir. Existir é ser interpretado. Ou seja:

O homem, mais que ser, descobre-se, sobretudo como possibilidade de ser. A ―via longa‖ é ainda exigida a um sujeito finito que não tem conhecimento ou evidência imediata de si e só mediatamente, pelas diferentes e conflitantes interpretações, nenhuma a poder instaurar-se como única, se pode desvendar através das obras que expressam o seu esforço e o seu desejo de existir. O percurso em direção a si-mesmo só é possível afinal pela via longa, através do outro, tomando aqui o

outro no sentido lato, de tudo o que é outro face a mim, seja o texto, a

narração ou o outro-eu. O outro si, o outro homem (FONSECA, 2009, p.4. Grifos do autor).

No esforço incansável para uma itinerância em direção ao si mesmo, o terceiro sentido da hermenêutica de Ricoeur é delineada pela hermenêutica da ação a partir do estudo em relação ao caráter da linguagem na experiência humana:

Vamos estabelecer que a pessoa é uma das coisas que distinguimos por referencia identificadora, e isso será feito por meio de uma investigação prévia aplicada aos procedimentos pelos quais individualizamos um algo geral e o consideramos uma amostra indivisível no interior de uma espécie. Com efeito, a linguagem é feita de tal modo que não nos deixa encerrados na alternativa, durante muito tempo processada por Bergson: ou o conceitual ou o inefável. A linguagem comporta montagens específicas que nos põe em condições de designar indivíduos (RICOEUR, 2014, p.1-2)

Nesse sentido, parte-se da noção de pessoa enquanto a entidade que se ‗adscreve‘ os predicados físicos, sua linguagem em comum com os corpos e predicados

psíquicos que se apresentam. No entanto, a pessoa ainda é aquilo do que falamos, ―ele/ela‖ e quando se analisa a relação entre a narrativa histórica e a narrativa de ficção, as convergências formam uma tessitura que Ricoeur chama de intriga, a tessitura de ações e o desvelamento da condição humana.

Ora, se o homem se compreende pela narrativa, ao narrar suas experiências, as pessoas apreendem os acontecimentos como uma totalidade significativa em movimento do interior para o exterior e vice versa. O filósofo lembra que:

As dificuldades que obscurecem a questão da identidade pessoal resultam da falta de distinção entre os dois usos do termo identidade. Veremos que, de fato, a confusão não é sem razão, à medida que as duas problemáticas recobrem-se em certo ponto (RICOEUR, 1988, p. 296).

Nessa perspectiva, ao considerar a própria ação do homem como texto que se pode ler e decifrar, Ricoeur passa a definir uma ontologia do agir humano criando proposições significativas em torno da ontologia, da ética e da política (CESAR, 2002).

Sobre a narrativa, Ricoeur investe seu esforço para realçar a compreensão do si mesmo e do mundo, pois a narração permite a autocompreensão numa dimensão temporal, isto é, histórica, mas, mais que isso, permite compreender a própria historicidade. Pelas narrações que lemos ou quando contamos algo, nos sentimos habilitados a nos conhecer melhor, por essa via, aprendemos a julgar, bem como, apreciar ou condenar algo que fazemos ou mesmo, o que as pessoas fazem às outras. As narrações têm, portanto, a ver com o sentido que se busca para a vida, ainda que esta se faça em meio ao desafio do sofrimento entre o bem e o mal.

A dimensão da alteridade, bem como, as questões éticas e políticas se fazem presentes com importância mais acentuada nesse momento do narrar e do ouvir. Em ―O si mesmo como o outro‖e em ―Percurso do reconhecimento‖, o autor caminha para uma hermenêutica do si e para uma hermenêutica da reciprocidade. O caráter temporal da experiência humana, o deixar-se narrar para encontrar a identidade (ipse), reconhecendo-se simultaneamente a si-mesmo através do reconhecimento da mesmidade mediante as mutações temporais (idem), é projeto máximo da hermenêutica ricoeuriana. Nessa via o homem percebe a alteridade do outro, o outro como si-mesmo, e só então o homem é pessoa na sua ―ex-sistência‖. É através desta contínua dialética que compreendemos a nós próprios, já que somos seres-no-mundo e seres-com- outros(FONSECA,2009).

Aqui faço aportes ricoeuriano ao interpretar o sentido de currículo no acontecimento da reforma curricular que possibilita o desvelamento desse acontecimento, criado e recriado numa polissemia discursiva. A linguagem tem como função descrever, revelar e também criar realidades. Entretanto, a linguagem e o real são mediados por símbolos, imaginário, mito e poesia, que se configuram nos textos, documentos e monumentos (RICOEUR, 1989).

As falas produzidas por cada pessoa é fruto das tradições, do ser marcado por crenças, interesses, convicções, intenções, etc., que possivelmente incidem aos ‗atos de currículo‘. E quando as vozes se articulam entre si, o currículo sofre alteração, como também altera o ser sendo da cada pessoa envolvida no processo. Portanto, interpretar a tessitura da reforma do currículo à luz da hermenêutica fenomenológica, requer explorar alguns conceitos, quais sejam: o conceito de ‗experiência‘, que não se reduz a uma perspectiva empirista ou positivista, mas no sentido de alterar o campo de percepção, a visão de mundo, que rompe nossos projetos ou nossas convicções, para abrirmo-nos a novos horizontes.

Para Ricoeur (1989), o pressuposto fenomenológico de uma filosofia da interpretação está na pergunta pelo sentido do que se mostra na experiência, ou seja, a experiência é o campo que se mostra, manifesta, que desvela o mundo, o si. De acordo a sua visão, desconstruir é, em muitas situações, o primeiro passo na direção de uma interpretação, a qual conduz a consciência reflexiva. Na medida em que se revela também se oculta porque se traduz por mediações individuais e grupais, sempre de forma aberta e inesgotável. Desse modo, toda experiência é temporal e histórica, mas não está presa ao tempo medido, mas o tempo vivido e ao contexto.

Para tanto, cabe trazer também o conceito de ‗tempo‘. Não um tempo formal, vazio, horizontal, sem plenitude e intensidade. Mas o tempo como fluxo, sempre em movimento. É o tempo cairológico (Kairós), pleno, o da ação, do encontro plasmado no acontecimento. Aqui se trata tempo narrado, que subjaz na temporalidade da experiência humana. Interpretar o sentido profundo desse tempo encontra-se no símbolo. Quando dizemos algo que quer dizer outra coisa, remete a uma expressão simbólica como uma estrutura de múltiplos sentidos (RICOEUR, 2008).

Por fim, o conceito de ‗texto‘. Texto compreendido nessa perspectiva se insere dentro da tradição, tendo como objeto, a ação humana, ou seja, a ação tem a mesma estrutura de um texto o que leva a interpretação. Partindo do pressuposto que o texto é essencialmente aberto e polissêmico, permite múltiplas interpretações. Entram aí as

duas atitudes diante do texto: explicar e compreender. Essa dialética ricoueriana coloca a compreensão de que no texto é considerado o paradigma da ação, projetando um mundo a que se dirige uma série de leituras/leitores que, por sua vez, cria ou elabora novos textos, dando continuidade ao processo texto-leitura-ação. Esse tipo de ação ―deixa um 'rastro', põe a sua 'marca', quando contribui para a emergência de tais configurações, que se tornam os documentos da ação humana.‖ (RICOEUR, 1989, p. 196. Grifos do autor).

O autor aborda a via longa da compreensão propondo o arco hermenêutico. Dito isto, sua ideia é mostrar a noção de texto tendo como primazia, o ato de leitura, encontrando aí, a correspondência fecunda entre as duas atitudes metodológicas: explicar e compreender. O desafio da discussão de Ricoeur advém do seu contato com o estruturalismo não como recusa, mas para criar na hermenêutica a alternativa da análise estrutural ao pensar o lugar da objetividade no seio das atividades de compreensão. Em relação a isso, Desroches escreve:

A dialética entre explicar e compreender é uma abordagem que coloca a compreensão hermenêutica no termo de uma mediação com a análise estrutural. Ao seu modo, a dialética é dupla: a do conceito metodológico de interpretação redefinido à luz de uma hermenêutica dos textos, depois a de um si que busca se compreender perante o texto, ao termo de um arco hermenêutico que necessita da mediação do si como outro diverso dele mesmo (DESROCHES, 2002, p.26). Sendo assim, a interpretação torna-se a apropriação do sentido mesmo do texto, isso à referência do que ele diz. Em seguida pensa-se na luta para o distanciamento do sentido, para conceber a interpretação, a leitura efetuada pelas potencialidades semânticas abertas ao texto, e por fim, a apropriação do si que busca si compreender diante do texto. Nesse sentido, interpretar o fenômeno da reforma curricular inspirada pela hermenêutica fenomenológica de Ricoeur, ajuda-me a reconhecer o nosso modo de ser na experiência vivida, como também, reconhecer a fecundidade da experiência como via para o reconhecimento mútuo.

2.2 MEU DIÁLOGO COM PAUL RICOEUR: HERMENÊUTICA, NARRATIVA E