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Para um espaço rural energeticamente eficiente

CAPÍTULO III | ENERGIA PARA O FUTURO

3.3 Eficiência energética: um olhar além do urbano

3.3.2 Para um espaço rural energeticamente eficiente

É através da promoção de uma racionalidade na procura de energia no território municipal como um todo, que será possível alcançar e demonstrar uma solução com balanço energético nulo, englobando o espaço urbano e o espaço rural. A oportunidade de desenvolver um processo de ordenamento do território municipal com base numa estratégia de eficiência energética, possibilita que o modelo de planeamento inclua em si mesmo objectivos de equilíbrio entre capacidade de produção e limiar de consumos. No quadro do espaço rural e do seu modelo de transformação e de ocupação com actividades humanas e nas suas conexões entre os restantes espaços do território municipal, importa que se identifiquem os principais domínios de intervenção a ter em consideração no desenho futuro do modelo de um território energeticamente eficiente. Os determinantes da eficiência energética identificados na subsecção anterior,

possibilitaram entender que domínios de intervenção são indutores da redução dos consumos nas áreas urbanas. Neste sentido, a importância de se reinterpretar as formas de reforço da eficiência energética, que decorrem das abordagens na cidade, faz com que se identifiquem as seguintes áreas de intervenção a aplicar ao espaço rural.

➢ FORMAS E TIPOLOGIAS DE AGLOMERADOS

A identificação da forma e tipologia dos aglomerados e a relação com o modelo do território prende-se directamente com dois determinantes fundamentais da eficiência energética: as densidades e os usos. São estes os parâmetros urbanísticos que possibilitam uma melhor rentabilização do modelo de ocupação do território, de modo a que o município desenvolva as suas actividades num espaço definido mais contido. Por outro lado, as áreas rurais são caracterizadas por duas categorias funcionais a saber: os aglomerados rurais que são compostos por núcleos edificados com funções residenciais e de apoio a actividades localizadas em solo rural e as áreas de edificação dispersa (DGOTDU, 2011). Ambas as situações são caracterizadas pelo fenómeno da dispersão61

que, por sua vez, constitui uma das principais causas dos padrões de consumo de energia e da proliferação das infra-estruturas energéticas nas áreas rurais (Carvalho, 2003).

É, pois, de referir que o estilo de vida próprio no espaço rural, baseado no modelo da vivenda isolada e do uso predominante do automóvel, determina uma forte relação de causa-efeito entre consumos de energia e factores de dispersão (Shammin et

al., 2010). Equacionar este entendimento durante a elaboração de orientações para o

planeamento constitui uma oportunidade para combinar a coerência espacial com o reforço da eficiência energética, sendo de incluir62 a promoção da centralidade urbana

e outros factores de aglomeração; o controle dos factores de difusão, como por exemplo os impactes das grandes redes viárias arteriais; a articulação em rede das infra- estruturas de apoio à actividade económica, parques industriais e logísticos e com as redes rodo e ferroviária; as políticas urbanísticas: qualificação de grandes manchas de povoamento difuso e o reordenamento das grandes ocupações lineares. O potencial para o reforço da eficiência energética decorrente destas orientações leva a um esforço

61De referir que a dispersão dos aglomerados nas áreas rurais apresenta problemáticas, em termos de

energia que são directamente equiparáveis ao fenómeno do “Urban-Sprawl” (Shammin et al., 2010).

62Como exemplo, citam-se um conjunto de orientações elaboradas pela DGOTDU, (2011) que demostram

de análise geo-energética da relação urbano e rural, nomeadamente através da construção de modelos empíricos que combinem de forma exclusiva as lógicas de polarização/compactação com os domínios de intervenção do planeamento.

➢ ELEMENTOS MORFOLÓGICOS DOS AGLOMERADOS

Entender quais os parâmetros que determinam as diferentes morfologias dos aglomerados e a consequência sobre qual o papel das relações que decorrem do apro- veitamento bioclimático do lugar, é fundamental para garantir a obtenção natural das condições de conforto do espaço público e do interior dos edifícios. É neste domínio que se coloca a questão do desenho urbano, a qual reflecte a forma como o planeamento dos aglomerados se relaciona com as dinâmicas de desenvolvimento de um município e com o problema da métrica, que optimiza a relação entre a eficiência energética e o ambiente construído. Nos trabalhos dos vários autores citados nas subsecções anterio- res, é possível identificar um conjunto complexo de elementos morfológicos fundamen- tais em que o desenho urbano se apoia (Tabela 23).

Tabela 23: Elementos morfológicos fundamentais para o desenho urbano

Traçado das ruas Quarteirão

Lotes Praças

Vazios urbanos Edifícios

Logradouros Fachadas

Em linha com esta temática, faz sentido perguntar, que potencialidades traz a aplicação do desenho urbano, baseado em elementos morfológicos e princípios de bio- climática, em relação ao reforço da eficiência energética nos aglomerados rurais?

A resposta encontra-se, em parte, no trabalho de Peeters e Etzion (2012) que transpõem a análise dos elementos morfológicos do contexto urbano para o rural. No entender destes autores, as formas vernaculares que estão associadas às partes mais antigas dos aglomerados, constituem uma referência incontornável para aproveitar os recursos naturais que as próprias condições climáticas de cada lugar. Por outro lado, este princípio impõe reflectir sobre as alterações significativas que os aglomerados nas áreas rurais têm vindo a sofrer ao longo dos séculos e nas épocas mais recentes. É o fenómeno da descaracterização dos núcleos históricos, resultado das intervenções nas malhas dos antigos povoamentos de origem islâmica, romana, medieval (Baganha, 2016) a pôr em causa os bons exemplos do passado. É o fenómeno da procura do

“campo pelos urbanos” (Carvalho, 2003:120) que ocorre, por vezes, em urbanizações de vivendas, contiguas a alguns aglomerados urbanos ou espalhadas pelo território, esta- belecendo uma mistura urbano-rural sem características identitárias do lugar em que se insere. É o fenómeno da periurbanização que decorre da expansão dos aglomerados bem para além dos seus limites históricos, de forma pouco densa e com predomínio da habitação unifamiliar, configurando tecidos heterogéneos e desconexos (Carvalho, 2003). Perante este panorama, o estudo dos elementos morfológicos e a sua relação com os princípios bioclimáticos constituem o denominador comum para orientar as in- tervenções de expansão, compactação, reconversão ou reabilitação dos aglomerados rurais e reforçar um campo de investigação ainda pouco explorado, mas com grande relevância para o desenvolvimento do espaço rural energeticamente eficiente.

➢ TIPOLOGIAS DE EDIFÍCIOS

A relação entre morfologia urbana e energia é um domínio relacionado directamente com a dimensão bidimensional dos aglomerados. A sua transposição para a escala tridimensional remete para as formas e volumetrias que moldam os ambientes construídos. Neste contexto, a identificação das tipologias de edifícios possibilita classificar os aglomerados em termos volumétricos e dirigir a intervenção do planeamento para as escalas mais inclusivas do bairro e do quarteirão (Rode et al., 2014). O espaço rural apresenta tipologias de edifícios nas suas versões autenticamente vernaculares e mais modernas. Em relação à arquitectura vernacular, Moutinho citado por Baganha (2016) identifica 10 tipologias de casa popular em Portugal (Tabela 24).

Tabela 24: 10 tipologias de casa popular em Portugal

Tipo I – Casa Minhota (Norte) Tipo II – Casa Serrana (Norte) Tipo III – Casa de Madeira (Centro­Litoral) Tipo IV – Casa Alpendra (Centro­Litoral)

Tipo V – Casa Saloia (Centro­Litoral) Tipo VI – Casa Ribatejana (Centro­Litoral) Tipo VII – Casa de Monte (Alentejo) Tipo VIII – Casa do Povoado (Alentejo) Tipo IX – Casa de Pescador (Algarve) Tipo X – Casa Rural (Algarve)

Cada uma destas tipologias apresenta singularidades e características distintas que decorrem do clima, da Natureza, dos materiais locais, da morfologia do terreno, da dimensão da propriedade e dos tipos de actividade predominantes – agrícolas, comércio etc. (Baganha, 2016). Classificar os edifícios da arquitectura vernacular, significa então

identificar e entender os traços comuns que dependem da sua própria localização geográfica, afigurando-se por vez difícil estabelecer uma classificação tipológica rigorosa. Neste sentido, o que importa salientar para o enquadramento desta investigação é a sistematização proposta por Baganha (2016) que identifica as seguintes tipologias gerais:

• casa de ascendência rural directa – edifício de um piso;

• casa com influência rural atenuada pela introdução de alguns elementos urbanos – edifício com dois pisos;

• casa de características predominantemente urbanas – edifício sempre com mais de um piso, embora de dimensões relativamente reduzidas;

• casa de transição para os edifícios arquitectonicamente mais ricos – edifício geralmente com dois ou três pisos.

Na verdade, o potencial em termos de eficiência energética, que este “gradiente de casas rurais” apresenta, é enorme, reflectindo, por um lado, formas compactas e com dimensões reduzidas e, por outro, princípios de bioclimática e sustentabilidade próprios da arquitectura vernacular (Poggi et al., 2015). Embora os edifícios vernaculares consti- tuam um padrão de referência do espaço rural, as recentes dinâmicas de “rurbanização” têm vindo a influenciar o surgimento de tipologias de edifícios com arquitectura duvi- dosa63 (Firmino, 1989). Assim, generalizando para o caso dos aglomerados e a edificação

dispersa, podem-se considerar as seguintes tipologias:

• Os edifícios de habitação individual, em bloco ou agregados ­ que foram integrados nos vazios ou nas operações de reabilitação dos núcleos históricos rurais;

• As moradias unifamiliares, isoladas ou geminadas ­ que são uma característica das áreas envolventes aos aglomerados;

• Os blocos de habitação isolados e/ou agregados ­ que compõem os pequenos núcleos rurais cuja génese tinha ocorrido em épocas mais recentes;

• As formações pavilhonares muito utilizadas no caso das indústrias ou actividades económicas do sistema agro­florestal.

63Nomeadamente, devido à introdução, por parte dos emigrantes, de materiais e tipologias que se inspiram

Esta sistematização por tipologias gerais, condiz com as preocupações supra- mencionadas na descrição dos fenómenos de expansão urbana no espaço rural, sendo assim fundamental adoptar uma racionalidade de intervenção especializada para o caso da reabilitação, conservação e renovação dos edifícios da arquitectura vernacular e res- tantes tipologias de edifícios.

➢ MATERIAIS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS

Em linha com quanto anteriormente foi referido em relação à arquitectura vernacular, é possível afirmar que cada espaço rural é um lugar e, como tal, caracterizado por materiais e sistemas construtivos específicos do local, decorrentes ainda do contexto climático e cultural onde se inserem. O desenvolvimento de uma análise de natureza geográfica sobre a arquitectura vernacular e moderna em termos da sua adequação na perspectiva da eficiência energética, resulta num elemento importante para inter-relacionar com a performance em termos de consumo de energia. Este é um princípio importante, que deveremos ter em mente também quando se intervém à escala dos edifícios, no âmbito agora mais da arquitectura do que do planeamento.

Apesar deste enquadramento disciplinar, é na obra do geógrafo Orlando Ribeiro (2013) que se encontra uma sistematização única da variedade de materiais e estratégias adoptadas para tornar a habitação mais confortável. Da análise desenvolvida por este autor, é possível identificar elementos que são importantes para a presente discussão sobre a eficiência energética, ao evidenciar que:

• no Norte, o principal material de construção é a pedra, nomeadamente granito e xisto;

• no Sul, domina o barro utilizado para criar a taipa e o adobe que são em geral associados à cal.

Os sistemas construtivos associados a materiais, resultam em edifícios cujas pa- redes espessas e janelas de dimensão reduzida permitem controlar a temperatura, duma forma natural, mantendo o calor no Inverno e proporcionando uma temperatura agradável de Verão (Firmino, 2004). Existem naturalmente inúmeras variantes e porme-

nores de estilo que definem os edifícios nas diferentes sub-regiões do País, mas a opo- sição esquemática entre os materiais e sistemas construtivos do Norte e do Sul, basta para revelar o profundo conteúdo humano e o contraste geográfico que caracterizam os traços climáticos e físicos do país.

Por outro lado, Oliveira e Galhano (2003) evidenciam que a partir dos anos 60, a elevação geral do nível de vida, a urbanização do campo e a difusão de novos produtos, de carácter industrial, contribuíram para o desaparecimento progressivo dos materiais e técnicas construtivas tradicionais. De acordo com estes autores, esta mutação dá-se em primeiro lugar quanto aos materiais tradicionais que são substituídos pelo tijolo, os blocos de concreto e o betão armado, que se usa em especial para placas ou vigas de pavimento e de cobertura, estrutura de paredes, enquadrando painéis de tijolo furado. Em termos de desempenho energético, os edifícios em pedra, taipa ou adobe ficam à margem do conforto interior, não pelas características térmicas destes materiais em si, mas por causa de soluções de caixilharias e vidros pouco eficientes, coberturas e pavi- mentos sem isolamento e falta de sistemas de aquecimento. Por outro lado, estas pro- blemáticas podem ser resolvidas com plena razão funcional através de intervenções de reabilitação focadas na melhoria da eficiência energética, numa lógica de preservação da autenticidade histórica e material do edifício antigo (Alev et al., 2014). Por seu turno, os edifícios mais recentes terão de ser reabilitados de acordo com as medidas de me- lhoria identificadas ao nível dos fogos objecto de certificação energética (Presidência do Conselho de Ministros, 2013).

➢ ENERGIA SOLAR NO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Em paralelo com a redução dos padrões de consumo de energia às escalas do aglomerado e do edifício, é fundamental reunir as condições técnicas para incentivar a utilização de fontes de energia renovável nos edifícios. Esta condição prende-se directamente com a implementação da micro-geração na forma de painéis fotovoltaicos e colectores solares64 que, por sua vez, deve ser equacionada e articulada com as

orientações do planeamento municipal e integrada de forma coerente nos edifícios pela

64Faz-se aqui referência à argumentação de Eicker e Klein (2012), sobre o elevado potencial de integração

arquitectura. Vários autores têm demostrado que o potencial de produção de energia solar nas cobertura e fachadas dos edifícios é enorme (Brito et al., 2012; Byrne et al., 2015; Gadsden et al., 2003; Redweik, Catita e Brito, 2013). Neste sentido, Amado e Poggi (2012) sugerem que a fixação de índices de ocupação, densidades e usos seja articulada com o potencial de radiação solar e o próprio acesso e exposição solar das coberturas e fachadas dos edifícios. No entanto, é importante considerar os limites relacionados com a instalação de tecnologias solares nos edifícios históricos e a obrigação de não criar impactos na paisagem cultural e histórica da qual fazem parte (Moran e Natarajan, 2015).

➢ O USO DA ENERGIA NAS ACTIVIDADES DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA E ANIMAL

Olhar para o futuro do mundo rural à luz do reforço da eficiência energética sig- nifica também considerar a sua função principal – a produção de alimentos e a sua acti- vidade económica dominante – a agricultura (Ferrão, 2000). De referir que a implemen- tação das actividades agro-florestais consome energia que provém, na sua grande mai- oria, da combustão de derivados de petróleo, sendo, o sector da agricultura responsável por 78% da energia total consumida (Ministério da Agricultura e do Mar, 2014). Ora este dado transporta para o espaço rural um patamar de intervenção adicional face à efici- ência energética, que importa ter em consideração quando o objectivo é alcançar o ba- lanço nulo entre produção e consumo. A localização e dimensão das actividades agro- florestais devem, pois, ser vistas não apenas como áreas para a produção de alimentos e ou de biomassa, mas também como unidades espaciais com consumos de energia re- lacionados com a necessidade de irrigação, a utilização de fertilizantes e pesticidas e mecanização das culturas. Neste sentido, apresenta-se uma síntese dos principais siste- mas de produção agrícola, evidenciando para cada um deles a sua relação com o con- sumo e utilização de energia.

• Agricultura convencional/intensivo – representa o sistema de produção com consumo de energia mais elevado. Este facto, deve­se à utilização das máquinas agrícolas, aos sistemas de irrigação e ao processo de produção dos fertilizantes, sementes e herbicidas (Pimentel et al., 2005);

• Agricultura extensiva – o sistema extensivo baseia­se na utilização de grandes áreas de solo, com níveis muito baixos ou nulos de mecanização da produção. Este sistema

apresenta padrões de consumos de energia muito próximos dos da agricultura biológica (Haas, Wetterich e Köpke, 2001);

• Agricultura biológica/orgânica – a análise de ciclo de vida desenvolvida por Pelletier, Arsenault e Tyedmers (2008), demonstra que este sistema contribui significativamente para a redução de consumos de energia no sector. Este aspecto deve­se principalmente ao processo de produção de fertilizantes nitrogenados, utilizados na agricultura convencional, em comparação com a utilização de fertilizantes naturais à base de estrume que caracteriza a agricultura biológica; • Permacultura – Este modelo constitui uma abordagem mais holística à agricultura

biológica prevendo a produção de alimentos em articulação com um tipo de vivência que responde às necessidades físicas, biológicas e sociais de forma equilibrada e sustentável (Firmino, 1999). A promoção deste tipo de sistema, interliga­se com o comportamento das pessoas, sendo a redução dos consumos de energia um dos aspectos incluídos neste tipo de mudança de mentalidade, sendo um tipo de agricultura permanente em equilíbrio com a natureza. Neste sentido, Hawken (2014) salienta que a permacultura não se resume apenas à aplicação das técnicas da agricultura biológica ou às formas de produção sustentáveis. Segundo este autor, está­se perante um movimento que visa conceber, criar, administrar e aprimorar acções, implementadas por pessoas e comunidades, em busca de um futuro sustentável, com base o modelo criado por David Holmgren, (2002). Como tal, a permacultura envolve um tipo de estilo de vida, de produção de alimentos, de construções eficientes, de desenvolvimento de eco­vilas, numa palavra: uma cultura baseada na hipótese de progressiva redução do consumo de energia e recursos; • Sistemas agro-silvo-pastoris – estes sistemas são caracterizados, em geral, por uma

ocupação florestal de baixo grau de coberto, com actividade pecuária e/ou agrícola associadas (Barrico, Rodríguez­Echeverría e Freitas, 2010). Não existe literatura que analise o desempenho em termos energéticos deste tipo de produção. No entanto, pode­se deduzir que os consumos de energia terão de ser atribuídos às actividade de limpeza e fertilização, especialmente no âmbito de montados de sobreiro e azinheira (Barrico, Rodríguez­Echeverría e Freitas, 2010);

• Sistemas de produção animal – os consumos de energia associados à produção animal constituem um tema de grande relevância. De acordo com Kraatz (2012), as

actividades relacionadas com a produção de pastagens e forragens são as que determinam o maior consumo de energia, sendo também as que apresentam mais interesse pela sua ligação directa com o sector da agricultura e o uso e ocupação do solo.