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PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA 37

Nesta Área estão incluídas as várias competências e intervenções que estavam adjacentes ao processo de coadjuvação no Desporto Escolar (DE), assim como a intervenção desenvolvida no seio da comunidade escolar.

No início do ano letivo foram escolhidos os núcleos de DE, tendo a minha escolha recaído sobre o núcleo de patinagem (Anexo 24). Esta opção deveu-se à sugestão do professor orientador, procurando acompanhar uma modalidade em que tivesse menor ligação, e, desse modo, alargar os meus conhecimentos sobre esta modalidade. Este núcleo era o mais popular na escola, registando uma grande aceitação por parte dos alunos (sobretudo os alunos do 2ºciclo). Por esta razão, a divulgação das atividades decorreu sem problemas e com uma elevada taxa de sucesso – desde o primeiro dia, e tal como era expectável, houve uma enorme afluência dos alunos a estas sessões. Além dos cartazes de divulgação, foi importante o facto de muitos dos alunos inscritos no presente ano letivo já terem participado no mesmo núcleo em anos anteriores, tendo contribuído para a divulgação dos trabalhos da modalidade e consequente aquisição de novos alunos inscritos. Este núcleo incluía duas sessões semanais com a respetiva duração de 50 minutos, sendo realizadas no espaço G2 (pavilhão). Devido ao facto, das duas sessões ocorrerem em plena hora de almoço, contavam-se bastantes alunos que apenas tinham possibilidade de comparecer a parte das sessões ou, em apenas uma das duas sessões realizadas.

Uma vez que o professor responsável por este núcleo era o nosso professor orientador de escola, houve desde o início uma relação aberta e de cooperação, promovendo a partilha de experiências e conhecimentos em questões cruciais como o planeamento e condução das sessões. Naturalmente este foi um aspeto facilitador da minha prestação, sobretudo na fase inicial, em que apresentava lacunas ao nível dos conhecimentos desta modalidade. Além do contributo do professor responsável, a aquisição de conhecimentos através de fontes bibliográficas (relacionadas com ensino da modalidade) veio a revelar-se como outro aspeto contributivo para o desempenho.

No caso concreto do planeamento das atividades deste núcleo procurei transportar as linhas orientadoras que serviram de base ao longo da área 1. Embora me tenha sentido menos à vontade na planificação da primeira e segunda etapas, por entender que não dominava as determinantes desta modalidade, considero que a terceira e quarta etapa foram planeadas sem grandes problemas.

Durante a etapa de avaliação inicial, experimentei grandes dificuldades em conseguir recolher dados de todos os alunos inscritos, por diversas razões (falta de assiduidade, falta de pontualidade e/ou o elevado número de participantes na sessão). Além disso, procurei nas primeiras aulas, e em especial relativamente aos alunos iniciantes na modalidade, desenvolver rotinas de organização e segurança, dadas as características próprias desta modalidade. Para isto recorri a diferentes soluções que pudessem servir de apoio aos alunos inexperientes na experimentação da sensação de deslize, como a utilização da parede ou outros objetos com rodas.

Desde o início do ano, verifiquei a existência de um aspeto condicionante na atividade do núcleo. Este aspeto decorria da constatação de que, tendo sempre um número elevado de participantes em cada sessão (em média 30 alunos), a escola dispunha de um significativo número de patins em estado avançado de degradação, impossibilitando o seu uso. Assim, muitos dos alunos acabavam por trazer patins a partir de casa, por forma a facilitar o decurso das sessões. Esta realidade prejudicava a qualidade da prática dos conteúdos lecionados, pois vários dos alunos inscritos não tinham patins em casa e, como tal, necessitavam de utilizar os patins da escola (que não estavam nas melhores condições).

Ao longo das aulas iniciais, fomos procurando formar dois grupos de nível para cada sessão. Para o primeiro grupo, com um maior nível de desempenho, o objetivo passava por dar continuidade ao seu desempenho na modalidade com vista a participar nas competições interescolas, enquanto o segundo grupo contemplava os alunos com mais necessidades dentro da modalidade, trabalhando com a intenção de promover a sua evolução a fim de conseguir integrar o grupo de alunos participante nas competições externas.

Por sugestão do professor orientador, procurei ter uma intervenção mais próxima dos alunos iniciantes na modalidade. Tal como transmitiu o professor

Tive oportunidade de comprovar esta constatação, e passei a centrar a minha ação nestes alunos. O planeamento para estes casos contemplava uma sequência lógica de estratégias a seguir, nomeadamente o ensino e preparação dos alunos para as quedas decorrentes da prática da modalidade, a capacidade de equilíbrio em cima dos patins e, por fim, a habilidade de deslocamentos com os patins.

Durante a minha intervenção, senti necessidade de ter uma atitude que promovesse a motivação e capacidade de lidar com o insucesso nestes alunos, por forma a evitar que os mesmos desistissem da modalidade. Considero que esta foi uma ação bem sucedida, já que não houve desistências de alunos durante esta fase e, alguns destes alunos, chegaram a participar nas competições interescolas. Ainda sobre as estratégias de ensino desta modalidade, senti que dois dos aspetos que mais favoreciam a aprendizagem e o clima positivo dentro da aula eram: (1) a utilização de outras modalidades (como o basquetebol ou o hóquei) em conjunto com as atividades de patinagem, por forma a que os alunos pudessem estar a desenvolver as habilidades de deslize, mudanças de direção e equilíbrio, sem estarem unicamente preocupados com os receios associados a andar sobre patins; (2) o recurso, sempre que possível, a situações de competição sob a forma de corridas (em especial para os alunos mais aptos), gerando entusiasmo e níveis elevados de competitividade entre os alunos.

Quanto à participação em competições interescolas, estas aconteceram apenas a partir do final da segunda etapa. Foram um total de quatro os encontros em que participamos, fazendo um balanço globalmente positivo quanto ao desempenho atingido. Em relação aos resultados conseguidos, a nossa escola recolheu um total de 6 medalhas nos vários escalões etários, com uma dessas medalhas a pertencer ao primeiro lugar (no escalão de infantis). Todavia, e não ignorando o papel competitivo associado a este tipo de encontros, salienta-se o espírito saudável de competição que foi existindo ao longo das competições, promovendo valores importantes como o fairplay e o espírito de entreajuda presente nos professores e alunos. No caso específico da minha experiência, considero esta como mais uma oportunidade de experimentar novos desafios inerentes ao papel do professor de EF e enriquecer o meu percurso formativo. Assim tive ocasião de experimentar novas tarefas, nomeadamente, a de juiz de percurso e de cronometrista, além de poder participar na montagem de um percurso de competição e respetiva organização e distribuição dos alunos na realização do mesmo.

Além destas funções, tive também a oportunidade de gerir todo o processo que envolvia cada uma das saídas para estes encontros de competição (entrega de autorizações aos alunos para os EE, acompanhamento durante as viagens de ida e regresso, entre outros).

De acordo com o Programa de Desporto Escolar 2013-2017, este tem como missão proporcionar o acesso à prática desportiva regular de qualidade, contribuindo para a promoção do sucesso escolar dos alunos, dos estilos de vida saudáveis, de valores e princípios associados a uma cidadania ativa. Considero que estes objetivos foram cumpridos, e, a experiência aqui desenvolvida foi bastante enriquecedora para o meu desenvolvimento profissional, por complementar o trabalho que vinha a ser desenvolvido na Área 1. Simultaneamente, permitiu-me consolidar conhecimentos sobre uma modalidade com a qual não tinha uma anterior ligação.

Atividades de Enriquecimento Curricular

Ao longo do ano letivo fui tendo a oportunidade de participar em várias atividades organizadas pelo grupo de EF da escola, nomeadamente a atividade de

megasprint, o corta-mato e os torneios interturmas.

Quanto à prova de corta-mato da escola, esta não foi possível de se realizar, devido a razões atmosféricas. Por outro lado, os torneios interturmas realizaram-se no final de cada período, tendo participado ativamente na organização e condução dos mesmos. No caso do megasprint, a minha colaboração cingiu-se à recolha dos resultados da turma nas várias provas de atletismo, para partilhar com a professora coordenadora do DE e a fim de proceder ao levantamento de quais os alunos que estariam aptos para participar nas provas regionais.

Na minha opinião, a participação neste tipo de atividades revelou-se como uma etapa importante no meu processo de aprendizagem ao longo do ano letivo, por ser um novo estímulo para o desenvolvimento de competências relacionadas com o planeamento, organização e execução das diferentes atividades. Além destes aspetos, considero que a envolvência do professor em atividades deste tipo confere- lhe uma melhor perceção acerca da importância que as mesmas podem assumir no desenvolvimento pessoal dos alunos, quanto à aquisição de valores fundamentais

O Guia de Estágio Pedagógico 2014 – 2015 previa, ainda, a conceção e implementação de uma ação intervenção adaptada às características da escola. Neste sentido, o NE procedeu à realização de uma atividade de promoção à interação entre todos os alunos do 4º ano das várias escolas primárias do agrupamento, através da prática da atividade física. Esta atividade tem o nome de “Quintal Desportivo” (Anexos 22 e 23) e vem sendo utilizada, desde há vários ano, em todo o agrupamento com vista a preparar os alunos de 4º ano para a entrada numa nova escola. Ficou, então, estipulado que o NE assumiria a responsabilidade de todo o processo de organização desta atividade (com o auxilio dos professores do grupo de EF, sempre que assim se justificasse). A atividade contou com um total de 234 alunos do 4º ano, divididos em dois horários (manhã e tarde), e consistiu em criar um percurso com várias estações, relacionadas com matérias de EF (Ginástica, Aptidão Física e Jogos Pré-Desportivos) e onde todos os alunos teriam de passar determinado período de tempo. No cômputo geral, e de acordo com o feedback dos colegas do grupo de EF, assim como do professor orientador, esta atividade decorreu com sucesso, possibilitando aos professores estagiários desenvolverem contacto com alunos de idades mais baixas, e, também, desenvolver capacidades no âmbito do planeamento e organização, promovendo o trabalho conjunto com escolas de 1º ciclo do agrupamento.

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