• Nenhum resultado encontrado

Parto recente: a) mulher viva:

No documento medicina-legal (páginas 52-77)

ABERRAÇÕES OU PERVERSÕES SEXUAIS

B) Homossexualismo feminino:

1.8.1 Parto recente: a) mulher viva:

01º-turgência dos seios 02º- pigmentação aréola

03º- hipertrofia dos tuberculos de Montgomery 04º- presença de colostro primeiros dias

05º- presença de leite (3º ao 20º dia) 06º- linha nigra

07º- flacidez das paredes abdominais 08º- estrias gravídicas

09º- vulva tumefeita

10º- vulva aberta e sanguinolenta 11º- mucosa vaginal rubra e lisa. 12º- colo uterino fica entreabertos

13º- colo útero amolecido

14º- útero da altura até o epigástrico

15º- lóquios (líquidos que se escoam dos órgãos genitais).

b) mulher morta:

Todos os sinais da mulher viva e devendo-se examinar macroscopicamente e microscopicamente os ovários e úteros.

1º - Ovário-- pesquisar corpo lúteo gravídico, que permanece até o 5º mês da gestação, quando começa a retroceder até o parto.

2º- Útero-- dimensões, forma, secreções, sangue coagulado, vestígios de inserção placentária, orifício do colo, fibras miometriais.

1.8.2 Parto antigo: a) mulher viva: 1º-cicatriz epissiorrafia 2º- colpocistoretocele 3º- carúnculas mirtiformes 4º- orifício colo útero 5º- linha nigra

b) mulher morta:

Além dos dados da mulher viva, à necrópsia , observará vários dados que indicam nuliparidade ou multiparidade.

1º- Útero : forma triangular da nulípara, piriforme mulitípara corpo uterino tem um comprimento superior ao colo pesquisar vestígios da inserção placentária orifício do colo

1.8.3 Parto Post Mortem:

No parto post mortem o feto é expelido depois da parturiente morta, sob a influencia das contrações uterinas pós mortais ou gases de putrefação.

O estado adiantado de putrefação, a expulsão tardia, o prolapso do útero e o achado feto entre as coxas, autorizam o diagnóstico de parto post mortem .

1.8.4 Parto Cesariana Post Mortem:

A medicina impõe aos profissionais o dever de salvar a vida do nascituro, uma vez que não foi possível salvar a da genitora.

A indicação de cesariana pos mortem vem da antiqüidade.

1.8.5 Puerpério:

Puepério, sobreparto ou pós parto é o espaço de tempo que vai do descolamento da placenta até a involução total do organismo materno às suas condições anteriores ao processo gestacional que tem uma duração média de seis a oito semanas.

1.8.5.1 Diagnóstico do puerpério:

a)útero: o útero começa a diminuir seu volume logo após a expulsão da placenta e membranas, essa involução é rápida. A involução uterina leva em torno de seis

semanas, podendo levar a hemorragia pós parto tardia nesse período ocorre um corrimento vaginal constituído de sangue e decídua necrótica, isto é conhecido como loquiação.

b)colo: No exato momento do parto, o colo apresenta-se mole e orifício frouxo, com algumas insignificantes lacerações.

c)vagina: após o parto a vagina transforma-se numa cavidade ampla, espaçosa, flácida e de tonalidade pálida aspecto normal em 8 a 10 semanas.

d)ovário e ovulação: a fertilidade durante o puerpério quase não existe, principalmente quando está amamentando, nas não lactentes a menstruação aparece na 10º semana e nas lactantes na 30/36 semana.

Aborto Legal e Aborto Criminoso

ABORTO --- de ab ortus, privação de nascimento.

Definição: Obstétrica: interrupção da gravidez, espontânea ou propositada, desde o monento da fecundação do óvulo pelo gameta masculino até a 21º semana gestacional. Medicina Legal: interrupção da gravidez, expontânea ou propositada, desde o momento da fecundação do óvulo pelo gameta masculino até momentos antes do início do trabalho de parto a termo ou não. A ºOMS define: é a morte fetal antes da expulsão do produto completo da gestação, independente da duração da mesma, e classifica em: aborto precoce até a 19a semana, intermediário 20a a 27a semana e tardio após 28a semana.

Obs: Obstétrica: Da 22º semana até a 28º semana - parto imaturo. Da 29º semana até a 37º semana - parto prematuro.

A partir da 38º - parto viável.

Legislação:

O Código de Hamurabi (2235-2242 ac)

"Art. 209”:- Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, pagará pelo feto 10 cicles de prata.

"Art. 210”:- Se esta mulher morre, matar-se-á o filho do agressor.

"Art. 211”:- Se for mulher nobre que, em conseqüência das pancadas, aborta, ele pagará 5 cicles de prata.

"Art. 212”:- Se esta mulher morre, pagará meia mina de prata.

Código Brasileiro de 1940 (em vigor)

"Art. 124”:- Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoquem. Pena: detenção de 1 a 3 anos.

"Art. 125”:- Provocar o aborto sem o consentimento da gestante. Pena: reclusão de 3 a 10 anos.

"Art. 126”:- Provocar aborto com o consentimento da gestante. Pena: reclusão de 1 a 4 anos.

Parágrafo único: aplica-se a pena artigo anterior se a gestante é menor de 14 anos, ou alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, violência ou ameaça grave.

"Art. 127”:- As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provoca-los, a gestante sofre lesão de natureza grave; e são duplicados, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.

"Art. 128”:- Não se pune o aborto praticado por médico: I- Senão há outro meio de salvar a vida da gestante;

II- Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante

ou, quando incapaz, de seu representante legal.

a) Aborto natural: expontâneo, acidental.

b) Aborto terapêutico: para salvar a vida da gestante quando: 1- Mãe apresenta perigo vital.

2- Perigo com dependência direta da gravidez

3- Interrompendo a gravidez cessa perigo da mãe

4- Único meio de salvar a gestante

5- Sempre se possível concordância de dois médicos

c) Aborto sentimental: indicados em casos de estupro

Surgiu na Primeira Guerra mundial, quando os países da Europa, tiveram suas mulheres violentadas pelos invasores, pois não seria concebível admitir um ser humano tivesse um filho que não fosse gerado pelo seu consentimento e pelo seu amor.

Contra: devido a dificuldade da caracterização de estupro, que é a conjunção carnal com mulher mediante violência física e psíquica ou presumida ou grave ameaça.

Tenha-se em mente que o estupro habitualmente não é testemunhado por terceiros, nem fácil de comprovar, tanto que a jurisprudência tem entendido que a palavra da ofendida é privilegiada, podendo a mulher alegar estupro, quando desejosa de interromper a gravidez.

O médico, com anuência da gestante ou se incapaz, de seu representante legal, pode intervir, legalmente, independentemente de autorização judicial , além do mais, na verificação de estupro de que resultou gravidez amiúde não há necessidade legal de uma prova concreta.

A favor: O estupro é, em regra obra de um anormal sexual, ébrio ou degenerado, cuja reprodução é altamente indesejável; seria inumano constranger uma mulher, que já sofreu o dano da violência carnal, a suportar também o da gravidez.

ABORTO CRIMINOSO:

É a interrupção ilícita da vida endo-uterina, normal e não patológica, em qualquer fase de sua evolução gestatória até momentos antes do início do trabalho de parto.

Trata-se de delito material de dano efetivo (e não crime de perigo) cujo momento consumativo ocorre com a morte do produto da concepção, seja ovo, embrião ou feto ou nascido vivo inadaptado.

TIPOS DE ABORTOS CRIMINOSOS

Aborto Eugênico:

Feitos em fetos defeituosos ou com possibilidade de serem.

O direito de viver a mais sagrada prerrogativa do homem, não deve ser submetido a uma simples opinião que pode variar de acordo com raciocínios individualista, deste modo não existe nenhum homem, nem ciência alguma capazes de dispor incondicionalmente da vida de um ser, propondo sua destruição, baseado-se em justificativas pessoais ou doutrinárias, pois essa vida é inatingível e inalienável.(é também conhecido como aborto piedoso).

Aborto Social ou Econômico:

Feito por motivo econômicos, em casos de família numerosas, falta de mínimas condições de subsistência.

Aborto por motivo de Honra:

Proteção à honra e a reputação, nessa forma de aborto, a mulher coloca-se na difícil situação de manter a honra e preservar o fruto do seu afeto. De início, o amor sobreleva- se à honra e surge a gravidez, em seguida, a honra sobrepõe-se ao amor e impõe-lhe a destruição do filho.

Aborto estético:

É a interrupção ilícita da gravidez para não enfear a mulher e tornando-a sexualmente menos atraente.

PROCESSOS ABORTIVOS

Classificamos em dois tipos: medicamentoso e mecânico.

Medicamentoso:

Drogas vegetais e drogas minerais e farmacológicas

Não existe droga especificamente abortiva, o que existe é intoxicação do organismo materno e, consequentemente morte ovular, embrionária ou fetal.

Estas drogas podem agir no organismo materno em quatro eventualidades: a)- intoxicação da gestante determinando a morte sem que verifique o aborto. b)- intoxicação da gestante seguindo-se o aborto e a morte da gestante.

c)- intoxicação sem determinação da morte do ovo e cura posterior da gestante d)- intoxicação da gestante seguindo-se o aborto e cura da gestante

Drogas vegetais: a jalapa, o sene, a sabina, o apiol, a arruda, o quinino, o centeio espigado, cabeça de negro, a quebra pedra.

Drogas minerais: o fósforo, o arsênico, o chumbo o mercúrio.

Drogas Farmacológicas: hormônio feminino (ginecoside), Prostaglandinas

Mecânicos:

a) na cavidade vaginal: tamponamentos, duchas alternadas de água quente e fria e cópulas

repetitivas.

b) No colo uterino: dilatação do colo uterino.

c) Na cavidade uterina: punção das membranas por objetos introduzidos na vagina (sondas

de borrachas, agulhas de croché, penas de gansos, varetas de bambú, palitos de picolé, aspas de sombrinhas).

d) Na cavidade uterina: descolamento das membranas através de líquidos.

e) Na cavidade uterina: curage descolamento da membrana com o dedo.

COMPLICAÇÔES DO ABORTO CRIMINOSO

As complicações do aborto criminoso são as mais variáveis possíveis, e de considerável interesse médico legal, resultando de lesões corporais leves a lesões graves, ou até a morte.

QUESITOS NA PERÍCIA DO ABORTO CRIMINOSO NA VIVA:

a) se há vestígio de provocação de aborto e se é recente

b) qual o meio empregado, tem valor valor inestimável afim de

caracterizar o ato doloso.

c) se, em conseqüência do aborto ou do meio empregado para

provocá-lo , sofreu a gestante incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, ou perigo de vida, ou debilidade permanente, ou perda, ou inutilização de membro, sentido e função, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade incurável, ou deformidade permanente.

d) se a gestante é alienada, ou débil, ou menor de 14 anos.

NA MORTA: a) se houve morte.

b) se a morte é precedida de provocação de aborto.

c) qual o meio empregado para a provocação do aborto.

d) qual a causa morte.

e) Se a morte da gestante sobreveio em conseqüência ou do meio empregado para

provocá-lo.

TÉCNICAS ANTICONCEPCIONAIS

esterilização definitiva: aplicação de raio x nos testículos e ovários (abandonada)

zação cirúrgicas: salpingostomia (ligadura das trompas uterinas) e vasectomia. (ligadura do canal deferente)

ncia prolongada: amamentação por períodos prolongados retarda o reaparecimento da ovulação. itus interruptus": interrução da relação sexual antes que ocorra ejaculação no interior da vagina.

ducha pós-coital: após a relação sexual faz lavagem vaginal.

espermicidas: são colocados no interior da vagina logo após a relação sexual. condon: preservativo (camisinha)

ritmo de Ogino-Knaus: manter relações sexuais quando não tem ovulação (tabelinha) D.I.U.: dispositivo intra uterino

pílula do dia seguinte: consiste em ingerir a pílula horas após a relação sexual. pílula do homem

INFANTICÍDIO

Crime de Infanticídio: Pela antiga legislação penal, infanticídio era crime que consistia em matar o recém-nascido até seta dias depois do nascimento, o crime poderia ser cometido não só pela mãe, como por qualquer pessoa.

Crime de Infanticídio: Pela legislação em vigor, infanticídio é o ato de matar o filho pela mãe, durante o parto ou logo após este, sob a influencia do estado puerperal.

Se a própria mãe matar o filho, durante ou logo após o parto, mas fora da influência do estado puerperal, não haverá infanticídio, mas homicídio.

"Estado Puerperal: trauma psicológico do parto, traduzido por angustia, aflição, dores, sangramento e extenuação que levaria a um estado de confusão mental, de até levar ao ato criminoso A influencia de estado puerperal, não deixa de ser fruto de imaginação, que na realidade pouco ou nunca tenha ocorrido em gestantes sadias, com bom casamento, que durante a gestação teve amparo do marido e da família, dando a luz dentro de um bom aparato médico hospitalar ou as vezes em seu próprio lar com parteiras.

As acometidas deste "estado puerperal", são mulheres que engravidam inconsciente, contra a sua vontade, muitas vezes de pai desconhecido, sem apoio familiar ou melhor

as vezes uma vergonha para a família isto é uma gravidez totalmente desamparada de carinho e vivida em uma solidão, sendo assim, o que levaria a mulher ao "estado puerperal", seria por um conflito social e não por um motivo fisiológico ( parto). Entenda-se que estado puerperal é uma simples desnormalização psíquica, isto é pequenas alterações emotivas e não transtorno psíquicos graves. O infanticídio tem uma incidência tão rara que não se pode levá-lo como problema e, ainda mais, ma maioria das vezes, trata-se de uma gravidez desejada que posteriormente não foi mais aceita, tem ele fundamento nos fatores bio-psiquico-sociais.

A expressão "logo após" (o parto) significa imediatamente, prontamente, sem intervalo poucos minutos do nascimento da criança. O infanticídio durante o parto, embora raro, é possível, na fase de coroamento cefálico, por contusão craniana, por perfuração das fontanelas e quando ocorrido exteriorização da cabeça, por asfixia.

PERÍCIA MÉDICA LEGAL

A caracterização do infanticídio constitui a maior de todas as perícias médico-legais pela sua complexidade e pélas inúmeras dificuldade de tipificar o crime.

1- prova de ser nascente: apresenta todas as características do infante nascido, menos a

faculdade de ter respirado.

2- prova de infante nascido: é aquele que acabou de nascer e não recebeu nenhum cuidado

especial.

3- prova do rescém-nascido: vai dos primeiros cuidados de higienização corporal até o

sétimo dia de vida.

Diagnóstico da causa morte: 1- não criminais:

a) acidentes antes do parto: traumatismo violentos aplicados sobre o abdome

b) acidentes durante o trabalho de parto: desproporção céfalo pélvica, descolamento

prematuro da placenta, hipodinamia uterina,, circular de cordão, aspiração de líquido aminiótico etc.

2- criminais:

a) fraturas de crânio: golpes por instrumentos, projeção contra a parede ou choque

violento contra o assoalho.

b) sufocação: tapando o nariz e boca, com almofadas e colchas, corpo estranho garganta

(trapos papeis), enterramento etc. c) estragulamento: com a mão ou laço.

d) submersão: imerso em vasos sanitários

e) feridas: instrumentos corto perfurantes (mutilações)

f) queimaduras: acidentais, o fogo é empregado para desaparecer cadáver

g) envenenamento: dificuldade de diagnóstico.

Exame da Puerpera:

1- A existência de parto, em caso afirmativo se é recente.

2- Confirmado, as condições que ele ocorreu

3- Se a imputada, após o crime, escondeu ou não o filho morto

4- Se ela tem lembrança do ocorrido

5- Se ela simula ignorar o ocorrido

6- Se é portadora de antecedentes psicopáticos

SEXOLOGIA CRIMINAL * Hímen

É uma membrana mucosa que separa a vulva da vagina, a causa principal do defloramento é a conjunção carnal, mas 1% é por outras causas como; empalamento, prolapso uterino, toque negligencial em exame médico, manobras impudicas, traumatismo direto, dilatação instrumental pré-coito e acidentes em higiene mal orientada. Não merecem crédito as alegações de ruptura da membrana por afastamento abrupto dos membros inferiores, como no balé, na equitação ou pedalar de bicicleta, exclui também a masturbação feminina, que habitualmente ela é praticada por atrição do clitóris.

*Perícia do Defloramento

Toda a perícia deve concluir pela existência ou não da conjunção carnal.

1º - houve conjunção carnal: Não devemos perguntar se há ou não virgindade, pois para uns, virgindade é topográfica, ou fisiológicas e para outros é estritamente moral.

2º- qual a data provável dessa conjunção carnal: Conceituar com exatidão é muito dificultoso. O tempo de cicatrização, da rotura, varia de acordo com o estado geral da mulher, do estado de assepsia vaginal, repouso do órgão, espessura da membrana e vários outros fatores.

3º- teve conjunção carnal anterior: definir o tempo do evento aludido por ela, e se havia sinais de conjunção carnal anterior.

4º- houve violência para esta prática: a violência descaracteriza a sedução e configura o estupro.

5º- qual o meio dessa violência: este quesito prende-se ao fato da violência efetiva- física ou psíquica. , as vítimas geralmente, falam que houve violência e usam a expressão "à força". As vezes durante o interrogatório, chega-se a conclusão de que a "à força" foi realizada três ou quatro vezes em dias diferentes, ou também a estória de um cigarro ou uma bebida misteriosa e que foi seduzida e não lembra de nada, a não ser desconfiar de seu desvirginamento.

6º- se da violência resultou da vítima: incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias, ou perigo de vida, ou debilidade permanente ou perda de membro, sentido ou função, ou aceleração do parto, ou incapacidade permanente para o trabalho.

7º- a vítima é alienada ou débil mental.

8º- se houve qualquer outra coisa que impossibilitasse a vítima de resistir.:

1)CRIME DE SEDUÇÃO:

Antigamente defloramento, que significa rotura do hímen, devido ao fato de haverem hímen complacente, isto é permitem a cópula sem se romperem, define nos dias de hoje como sedução do latim (seductio, de seducere - seduzir, enganar, ludibriar), é a conjunção carnal, sem violência, em mulher virgem, entre 14 e 18 anos, quando o agente se aproveita de uma inexperiência ou de uma confiança justificável , também, é toda e qualquer atuação exercida de modo irresistível e influente o bastante para convencer outrem a fazer ou realizar o que é de intenção do agente, ou melhor, sedução é o aliciamento hábil e manhoso da vontade da virgem adolescente, no intuito da obtenção do ato sexual através de falsas juras e reparação. É sempre atribuído ao homem e jamais à mulher, pois a infração importa em lesões positivas ao interesse da pessoa, da família e da sociedade.

* conjunção carnal: É a cópula fisiológica, é a introdução parcial ou total do membro ereto na vagina, não importando a ocorrência de orgasmo, pouco importando se a introdução tenha sido completa ou incompleta, nem a ruptura física do hímen, a conjunção carnal incompleta constitui o coito vulvar.

* inexperiência: Inexperiência no crime de sedução não quer dizer inocência, completa ingenuidade, ignorância, é a prova de que a jovem seduzida era incapaz de ter uma concepção mais real e mais clara do sentido e dos resultados do ato sexual.

* justificável confiança: É o crédito ou convicção relativa a idoneidade do homem junto a seduzida, capazes de levá-la a confiar.

• mulher virgem: é a que nunca copulou

2)ESTUPRO:

Estupro : derivado do latim(stuprum- afronta, infâmia, desonra), é constranger mulher à conjunção carnal, mediante o emprego de violência, física ou moral e grave ameaça. Constranger significa violentar, coagir, impedir os movimentos, compelir, obrigar por força, é uma maneira de obrigar alguém a fazer o que não quer. Só a mulher pode ser vítima dessa espécie delituosa, da mesma maneira que somente o homem pode ser sujeito ativo do crime. Para caracterizar estupro, deverá haver conjunção carnal, outras modalidades de coito não constituem estupro (introdução do membro viril ano-retal ou a introdução de dedo, pênis artificial e objetos na vagina). O coito vulvar, desde que resulte gravidez, configura juridicamente conjunção carnal para fins de reconhecimento de ocorrência de estupro.

I - Estupro com violência efetiva:

Quando existe o concurso da força física ou emprego de meios capaz de privar ou perturbar o entendimento da vítima, impossibilitando-a de reagir ou defender-se, no ponto de vista prático essa violência necessita ser obrigatoriamente ser provada. A violência física deixa habitualmente vestígios da agressão e da resistência, representados por estigmas ungueais, escoriações, contusões, hematomas, equimoses, nas proximidades da boca, nos seios, na face interna das coxas e nos genitais da ofendida. È objeto de dúvida se uma mulher, adulta e normal, pode ser fisicamente coagida por um só homem à conjunção carnal, a os que negam há possibilidade de um homem manter relação com uma mulher caso haja resistência por parte desta, pois alegam que o movimento esquivo da bacia e a junção dos membros inferiores (coxas) impedem a introdução do membro viril na vagina. Os que admitem a violência física só se convencem quando há uma desproporção muito grande de forças, mesmo assim após uma luta mais breve com perda das forças. Exige a lei, que a vítima esboce resistência, todavia, não se pode exigir da que a mulher leve sua resistência até a morte. A violência contra meninos ou entre mulheres constitui outras formas delituosas.

Nossa legislação penal estabelece as condições: menores de 14 anos, alienados ou débeis mentais e por outra causa qualquer que impeça a vítima de resistir.

III - Estupro com violência psíquica:

É quando a resistência da vítima é anulada por meios inibitórios, enfraquecimento das faculdades mentais impossibilitando-a de resistir, através da anestesia , embriaguez completa, estados hipnóticos (expontâneo ou provocados) e ação das drogas alucinógenas.

IV - Estupro por grave ameaça:

É uma modalidade de constrangimento psíquico, visando vencer a resistência da mulher, através de ameaças contra si ou um ente querido.

No documento medicina-legal (páginas 52-77)

Documentos relacionados