• Nenhum resultado encontrado

062 PATÓGENO DA BRUSONE DO ARROZ EM GERMOPLASMA ARMAZENADO A LONGO PRAZO (Rice blast pathogen in long-term stored germplasm)

Biologia Molecular

062 PATÓGENO DA BRUSONE DO ARROZ EM GERMOPLASMA ARMAZENADO A LONGO PRAZO (Rice blast pathogen in long-term stored germplasm)

Ramos, V. R.1, Ribeiro, V. S.2 , Wetzel, M.M.V. da S.3

A conservação de germoplasma a longo prazo é realizada no Banco Base de Germoplasma da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e é denominada Coleção de Base (Colbase). O manejo das sementes na Colbase segue os padrões internacionais de qualidade de sementes estabelecidas pela FAO (1994), com algumas adequações (Faiad et al., 1998). São realizadas atividades de monitoramento da viabilidade das sementes durante o período de armazenamento, cuja informação estabelecerá a tomada de decisão quanto à regeneração do acesso. Os testes de sanidade são realizados através de amostragem aleatória correspondendo a 10% dos acessos recebidos, utilizando-se 50 sementes por acesso com duas repetições. Acessos de arroz (Oryza sativa L.) armazenados há 15 e 8 anos, sob temperatura de –20ºC e baixa umidade relativa, foram analisados através do método de papel de filtro. As sementes foram mantidas sob luz negra (radiação na faixa de 320–400nm), em turnos de 12h luz/12h escuro e temperatura ± 25ºC, por um período de 7 dias. Verificou- se a sobrevivência de Magnaporthe grisea (Herbert) Barr, fungo causador da brusone, doença mais importante da cultura do arroz, uma vez que afeta diretamente a formação dos grãos, diminuindo a produtividade. No campo o fungo sobrevive de um ano para outro em restos de cultura, plantas hospedeiras e sementes contaminadas. A disseminação pode ocorrer pela ação do vento transportando esporos e pelas sementes, nas quais pode se localizar interna ou externamente. O desenvolvimento de cultivares resistentes é o método mais viável de controle dessa doença, entretanto, estas têm apresentado uma vida útil de dois a três anos após seu lançamento (Correa-Victoria & Zeigler, 1993). Estudos para um melhor entendimento da dinâmica da virulência do patógeno e testes de patogenicidade devem ser conduzidos. O conhecimento da qualidade sanitária das sementes armazenadas é fundamental para garantir a distribuição e uso de germoplasma em boas condições.

1

Eng. Agr., doutoranda, Universidade Estadual Paulista-Unesp/Botucatu, CNPq

2

Estudante Nível Médio, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

3

063 - RESGATE DE Pseudananas sagenarius (ARR. CAM.) CAMARGO E A CONSERVAÇÃO A LONGO PRAZO (The Pseudananas sagenarius (Arr. Cam.) Camargo rescue and the long term conservation)

Sacramento, E.R.S.1, Martins-Costa, L.F.M.2, Wetzel, M.M.V.S.3, Ferreira, F.R.3 A coleta, conservação, caracterização e avaliação de germoplasma de abacaxi, podem indicar genótipos que apresentem características para uso direto por parte dos produtores e/ou de interesse para a pesquisa e melhoramento genético. O gênero Pseudananas inclui uma única espécie, P. sagenarius (Arr. Cam.) Camargo. Apresenta distribuição geográfica nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, principalmente na costa litorânea (Mata Atlântica), Sudeste do Paraguai e Nordeste da Argentina (bacias dos rios Paraguai e Paraná). A planta é rústica, exuberante e vigorosa, podendo atingir até dois metros de altura; propaga-se por sementes e principalmente através de estolão. Possui flores sésseis, abrindo de baixo para cima. Seu fruto é sincarpo, de até 20 cm de comprimento e 10 cm de diâmetro, suculento e sem coroa. O acesso de germoplasma foi coletado, em 1980, na área de Itaipu (PR), hoje inundada, e incorporado a Coleção de Base da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade das sementes de P. sagenarius (Arr. Cam.) Camargo conservadas a longo prazo em câmara fria (-20ºC).As sementes foram limpas, desidratadas a 5% de umidade, embaladas em sacos aluminizados e armazenadas em câmara fria a – 20°C. Em 2004, retirou-se uma amostra, para controle da viabilidade das sementes. Para o teste de germinação, realizado com uma repetição, utilizou-se uma amostra de 50 sementes, as quais foram colocadas em Gerbox, tendo como substrato papel filtro (SP) umedecido com água destilada. A amostra foi colocada para germinar em estufa incubadora (germinador Biomatic), a uma temperatura constante de 25°C. Foram feitas observações a cada três dias. A germinação iniciou após 5 dias do plantio, e encerrou aos 30 dias. Buscou-se observar as plântulas normais, sementes duras e mortas. O resultado apresentado foi 88% de plântulas normais e 12% de sementes mortas. Os dados sugerem que as sementes podem ter dormência e ainda diferenças no amadurecimento das mesmas, influenciando a germinação, que ocorreu ao longo de 25 dias. O poder germinativo apresentado após 24 anos de armazenamento indica que a espécie P. sagenarius (Arr. Cam.) Camargo possui sementes ortodoxas, o que permite o seu armazenamento e conservação a longo prazo, em câmara fria a temperatura de -20°C.

1

Eng. Agr., graduando, Universidade de Brasília-UnB 2

Bióloga, B.Sc., Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia 3

064 - TAXA DE GERMINAÇÃO IN VITRO DE SEMENTES DE Syngonanthus elegans (BONG.) RUHLAND (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland seeds in vitro germination)

Souza, G.A.B.1, Cardoso, L.D.2, Mendes, R.A.3

A espécie Syngonanthus elegans, denominada popularmente como pé-de- ouro, é uma das espécies de plantas conhecidas como “sempre vivas”. Essas plantas são nativas dos campos rupestres e cerrados e intensamente comercializadas devido às suas características peculiares. Mesmo após colhidas e secas ou desidratadas, as inflorescências das sempre vivas não sofrem, praticamente, alteração alguma em sua forma e coloração, conservando características e aparência de estruturas vivas, o que faz delas plantas amplamente utilizadas para fins decorativos. A principal família de “sempre vivas” de interesse comercial é a Eriocaulaceae, da qual faz parte a S.

elegans, espécie procedente do cerrado. Em função da coleta extrativista muito intensa, considerada predatória, muitas das “sempre vivas” comercializadas aparecem na “Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção”, sendo a S.elegans uma dessas espécies. O presente trabalho teve como objetivo analisar quantitativamente a taxa de germinação de sementes de S. elegans. As sementes da S. elegans são, praticamente, microscópicas e, por isso, de difícil manuseio. Sua germinação foi realizada in vitro utilizando os frutos da espécie. Os frutos por sua vez, permitem um melhor manejo e cada um possui em média três sementes. Após a destruição dos capítulos, os frutos foram separados com o auxílio do microscópio e submetidos a um tratamento de desinfestação. Eles foram imersos em uma solução de hipoclorito de sódio a 2% p/v com duas gotas de detergente por um período de 15 minutos dentro de uma seringa de injeção descartável. Os frutos foram, então, enxaguados três vezes, inserindo água na seringa e expelindo-a em seguida. Ao final do tratamento de desinfestação os frutos foram semeados em três placas de Petri contendo meio de cultura de Murashige e Skoog na metade de sua concentração. Em cada placa foram cultivados, aleatoriamente, 46, 84 e 41 frutos, somando um total de 171 frutos (ou 513 sementes). Após uma semana da semeadura já foi possível identificar sementes em início de germinação e ao final de 45 dias a germinação mostrou-se completa. De todos os frutos semeados, 12,9% das sementes germinaram. As plântulas obtidas foram individualizadas em tubos de ensaio para permitir um maior desenvolvimento.

1

Biologia, graduanda, Centro Universitário de Brasília-UniCEUB 2

Assistente de Operação, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia 3

065 - USO DE Ananas bracteatus COMO CERCA VIVA (Utilization of ananas bracteatus as hedgerow).

Sacramento, E. R. S.1, Ferreira, F. R.2, Fávero, A. P.2, Cabral, J. R. S.3

O ananás, ou abacaxi como é popularmente conhecido tem o nome originário do tupi-guarani, e significa fruta cheirosa. Na grandeza de sua família destaca-se o abacaxi (Ananas comosus) e outras espécies de importante valor ornamental e industrial (produtora de fibras), além do aspecto medicinal. A maioria das espécies desta família é originária da América, com poucas espécies de zonas temperadas. São espécies que ocorrem principalmente em regiões tropicais e subtropicais com clima quente e seco ou com chuvas irregulares, sendo o ananás uma planta resistente à seca, porém muito sensível ao frio, com temperatura média favorável entre 21º C e 27 º C. Pode ser plantado em qualquer tipo de solo, desde que permeável e leve devido as suas raízes superficiais serem muito susceptíveis à água estagnada, e com pH preferencial entre 5,5 e 6. A utilização do abacaxi silvestre como cerca viva no meio rural e urbano promove a preservação do meio ambiente e o aumento da produtividade gerando, para o homem do campo, uma maior rentabilidade no cultivo de certas culturas e na criação de animais. Cercas vivas são manejos sustentáveis que podem apresentar a alternativa perfeita para a separação dos espaços de forma criativa e ao mesmo tempo produtiva. Consideradas esteticamente perfeitas, representam uma maneira natural de isolar áreas, disfarçar paredes ou muros e formar uma bonita impressão no ambiente. Possuem baixo custo de implantação, e têm reduzido custo de manutenção. A espécie

Ananas bracteatus, além de fazer parte do “pool” gênico do abacaxi, é normalmente

cultivada como cerca viva, principalmente na região sul do Brasil. A planta é vigorosa, com produção de muitas mudas. As folhas são verdes ou variegadas com faixas longitudinais de cor branco-amarela, com matrizes rosadas, largas e compridas armada com espinhos grossos, espaçados e ascendentes. Escapo grosso e vigoroso. Inflorescência rosa claro e vermelho, muito vistosa. Flores com brácteas conspícuas imbricadas cobrindo os ovários, grosseiramente serrilhadas, normalmente vermelhas ou cor-de-rosa. Fruto suculento, acima de 10 cm de comprimento, sustentado por um pedúnculo de tamanho médio, maior que 15 cm de comprimento. Floresce no início do verão e demora aproximadamente 18 meses para atingir a maturidade. Quando as plantas da cerca viva estão floridas e/ou em frutificação, apresentam um belo visual.

1

Eng. Agr., graduando, Universidade de Brasília-UnB 2

Eng. Agr., Ph.D., Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia 3

Outline

Documentos relacionados