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PAUTA DE REIVINDICAÇÕES

No documento Em busca de mar calmo (páginas 97-100)

Exmo. Sr.

Candidato à Presidência da República Federativa do Brasil

A Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), entidade representativa com atuação na atividade portuária, inscrita no CNPJ sob nº 60.016.326/0001-39, localizada em Santos, Estado de São Paulo, à Rua Martim Afonso, 24, 5º andar, conjuntos 51/52, CEP 11.010.912, neste ato presentada pelo presidente do Conselho de Administração, senhor Bayard Freitas Umbuzeiro Filho, no cumprimento das suas funções estatutárias, e visando contribuir para o êxito do sistema portuário brasileiro e de toda a cadeia de logística de transportes, encaminha a Vossa Excelência um estudo de conjuntura sobre os avanços obtidos pelos portos brasileiros, a partir da promulga- ção da Lei Federal nº 8.630/93, conhecida como Lei de Modernização dos Portos e, ao mesmo tempo, requer que sejam apreciadas as reivindi- cações abaixo relacionadas, a fim de que as mesmas possam ser inclusas na sua plataforma eleitoral e, por consequência, no seu plano de governo.

As reivindicações seguem nos seguintes termos: 1. DOS INVESTIMENTOS PORTUÁRIOS

Que na elaboração do Programa Geral de Dispêndios das Empresas Estatais, no item de Investimentos, produzido anualmente pelo Governo Federal, as companhias docas federais que administram 18 portos públicos contem com uma participação mínima de 5% no valor global, além da reposição gradual, de forma separada, da perda de investimentos apurada nos últimos 23 anos, no valor de R$ 14,4 bilhões;

Que os recursos alocados para investimentos com recursos federais sejam parte integrante dos chamados “empenhos globais”, de forma que

possam ser repassados às empresas na sua totalidade fixada no orçamen- to, dentro do próprio exercício fiscal da dotação, permitindo que as obras possam ser licitadas em tempo hábil e desenvolvidas na integralidade e sem contratempos financeiros;

Que as obras de médio e grande portes previstas para serem executa- das nos portos possam ser inclusas no Regime Diferenciado de contrata- ções (RDC), previsto na Lei 12.462/11, utilizado no período da Copa de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Brasil, com o propósi- to de dar a dinâmica necessária para relevantes investimentos que contri- buam com o bom desempenho de toda a economia nacional;

Que o Governo Federal institua uma programação mínima de investi- mentos para o período de 2019 a 2022 para todo o Plano Nacional de Logística e Transportes e para o Plano Nacional de Logística Portuária, obedecendo o critério emergencial nos respectivos modais de transportes de cargas;

Que sejam consolidados em um único documento os investimentos programados para o Plano Nacional de Logística e Transporte, com adaptação imediata do Plano Plurianual de Investimentos.

2. DA GESTÃO PORTUÁRIA

Que o Governo Federal promova um amplo diagnóstico econômico- financeiro das companhias docas federais, envolvendo inclusive a apuração efetiva de débitos com o Sistema Portus, e de posse das informa- ções conjunturais, contábeis e legais defina, em 180 dias, o que pretende fazer com as companhias docas, ou seja, se irá reforçá-las com aporte de capital ou se pretende privatizar seus serviços ou concedê-los ao setor privado para operações, conforme defendem as empresas portuárias;

Que institua critérios para o regular acompanhamento do desenvolvi- mento da execução orçamentária destas companhias docas, com recursos próprios ou repasses federais, a fim de que, ao final de cada exercício, não seja registrado índice de eficiência orçamentária abaixo de 85%, taxa média registrada pelo conjunto das estatais federais nas duas últimas décadas, conforme levantamentos oficiais.

3. DAS RECEITAS ADICIONAIS

Que o Governo Federal promova alterações na Lei nº 10.893/2004, permitindo a utilização da parte do Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) para a realização de serviços de draga- gem nos 18 portos públicos federais, administrados pelas companhias docas;

Que a receita arrecadada para fins de financiamento do Ensino Profissional Marítimo seja aplicada proporcionalmente nos portos brasileiros, com programação definida conjuntamente com o Orçamento da União, de forma que as comunidades portuárias possam programar treinamentos de forma antecipada, balizadas na programação orçamentá- ria definida para o exercício seguinte.

4. DA SEGURANÇA JURÍDICA

Que o Governo Federal defina com clareza os temas e os limites do teor jurídico de mudanças legais que possam ser adotadas por instrumen- tos como Decretos e Resoluções, preservando questões mais complexas, para alteração por leis ordinárias e, em casos ainda mais complexos, sob a forma de lei complementar;

Que as mudanças de ordem legal que venham, eventualmente, interferir nos instrumentos contratuais firmados entre o Poder Conce- dente e as empresas concessionárias atuantes nos portos brasileiros sejam precedidas de Estudos de Impactos Econômicos e Financeiros, com ampla divulgação prévia e discussão em audiências públicas específicas.

Que o Governo Federal promova a consolidação dos avanços preco- nizados pelo Decreto 9.048 e um amplo debate público visando a moder- nização da Lei 12.815, criando um arcabouço jurídico semelhante aos existentes nos países mais eficientes na gestão portuária, garantindo a competitividade brasileira no comércio exterior.

Agência Nacional de Transportes Aquaviários

Balanços Patrimoniais da Companhias Docas Federais Banco Central do Brasil

Departamento de Coordenação e Governança das Estatais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Ministério da Fazenda

Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil Prestação de Contas da Presidência da República Secretaria da Receita Federal

Secretaria do Tesouro Nacional Secretaria Nacional de Portos

No documento Em busca de mar calmo (páginas 97-100)

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