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25. A transferência para o domínio do Município das vias, das praças, dos espaços livres, das áreas destinadas a edifícios públicos e de outros equipamentos públicos denomina-se concurso voluntário (PGM-POA).

PENAL E PROCESSO PENAL

#Dicas - Crimes contra administração pública - para procuradoria (outubro 2018)

1. O conceito de funcionário público engloba até mesmo as organizações sociais (AgRg no AREsp 455.203).

1.1 (FCC) Não é considerado funcionário público, ainda que por extensão, para os efeitos penais o funcionário atuante em empresa contratada para prestar serviço atípico para a Administração pública.

1.2 É considerado funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função pública, ainda que transitoriamente e sem remuneração (Procurador - Câmara de Cotia).

2. A causa de aumento prevista no Art. 327 não deve incidir em virtude apenas do mandato parlamentar (inq. 2606). No entanto, incide para os casos de governador de Estado (Inq 2606 - STF).

3. A progressão de regime nesses tipos de crimes, fica condicionado à reparação do dano causado, conforme Art. do CP.

4. O princípio da insignificância não é aplicável aos crimes cometidos contra a Administração Pública, ainda que o valor seja irrisório, porquanto a norma penal busca tutelar não somente o patrimônio, mas também a moral administrativa (Prev - SJP). Atenção: O STF reconhece a aplicação do princípio da insignificância em alguns crimes.

PECULATO

4. O objeto do peculato tem de ser bem móvel (PGM/JP), inclusive energia elétrica (MPF). 5. Nomear uma pessoa para cargo sem que ela exerça a função, configura o crime de peculato-desvio.

6. O uso indevido de bem público não constitui crime (peculato-uso). No entanto, configura crime em relação ao combustível consumido pelo funcionário.

7. É admissível a tentativa.

8. A jurisprudência majoritária é no sentido de não aplicar o princípio da insignificância nos crimes de peculato (HC 310.458). Importante relembrar a nova sumula do STJ - Súmula 599: "O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública".

9. Existe a forma de peculato culposo e regra especial para o mesmo: a) reparação dos danos antes da sentença -> extingue a punibilidade e b) reparação do dano após a sentença -> diminui a pena pela metade. Cuidado, a CESPE tenta confundir o marco temporal da sentença com o recebimento da denuncia, o que não esta correto.

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9.1 PGE/BA - Caso o denunciado por peculato culposo opte, antes do pronunciamento da sentença, por reparar o dano a que deu causa, sua punibilidade será extinta. CORRETO!

10. ação penal pública e incondicionada em todas as hipóteses.

11. No peculato culposo, é possível a transação penal e a suspensão condicional do processo. 12. CESPE - Q: A qualidade de funcionário público do sujeito ativo é elementar do crime de peculato, a qual não se comunica a coautores e partícipes estranhos ao serviço público. R: FALSO! pode sim comunicar, desde que ele saiba da condição de funcionário público.

1. No crime de emprego irregular de verbas públicas, não é admitido a modalidade culposa. A tentativa, é possível e não é preciso que exista dano para administração pública para se consumar.

2. Ação penal pública incondicionada e não precisa ter intuito lucrativo por parte do agente público (CESPE - TCU - PROC).

CONCUSSÃO

3. Os jurados e os médicos credenciados ao SUS podem ser sujeitos ativos do crime de concussão. O crime pode ocorrer ainda que o funcionário público esteja de férias ou licença. 4. A mera solicitação não caracteriza o crime de concussão, é preciso a EXIGÊNCIA por parte do agente.

5. Não existe a concussão na modalidade culposa.

6. É crime FORMAL, não precisa que o autor receba a vantagem indevida para se consumar. (FCC - JUIZ): Q "O crime de concussão é de natureza formal, reclamando o recebimento da vantagem para a consumação". R: Falso! É formal, mas justamente por isso independe do efetivo recebimento da vantagem indevida.

7. Parte da doutrina entende ser POSSÍVEL a tentativa. EXCESSO DE EXAÇÃO

8. As duas formas tem natureza formal. Ação pública incondicionada. CORRUPÇÃO PASSIVA

9. O jurado pode ser responsabilizado por corrupção passiva.

10. Obs: O brasil é signatário da convenção da ONU contra a corrupção, que adota o conceito AMPLO de corrupção.

11. Não existe corrupção passiva culposa.

12. O crime tem natureza formal, salvo quanto à hipótese de receber, que é material.

13. Somente é possível a tentativa na forma solicitar, por exemplo: tenta escrever uma carta solicitando a vantagem indevida e a mesma é interceptada.

14. Ação penal é pública e incondicionada.

15. A intenção de obter lucro fácil e a cobiça não podem ser utilizadas como causas de aumento da pena-base em caso de crime de corrupção passiva (PGE-PE).

16. No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não incorre em corrupção ativa (PGM-Guarapari).

OUTROS CRIMES

1. No crime de resistência, o perseguido deve opor uma situação de atividade contra a ordem policial. Vejamos exemplo da FCC sobre o tema: "Astolfo, é surpreendido na prática de crime de roubo e recebe ordem de prisão por dois policiais militares do Estado X que estão devidamente fardados e com viatura. Para evitar a prisão, Astolfo arremessa pedras em direção aos policiais ferindo a ambos que, ainda assim, conseguem prendê-lo com o uso da força necessária. Em relação à ação contra a execução de ordem legal praticada por Astolfo, sem prejuízo de outros crimes decorrentes da violência, ele poderá responder pelo crime de Resistência".

1.1 Configura-se o crime de resistência quando o agente, para evitar cumprimento de reintegração de posse, lança pedras contra o oficial de justiça que está cumprindo o mandado. 2. O crime de falso testemunho abrange o processo judicial, administrativo e arbitral (FCC - ALESE).

3. A retratação do agente torna o fato impunível no crime de falso testemunho ou falsa perícia, se realizada antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito.

4. Lembrar que peculato é o único tipo dos crimes contra a administração pública que admite a forma culposa. Veja essa proposição FALSA sobre o tema: "Nos termos da jurisprudência, os crimes de resistência e desacato admitem modalidade culposa".

5. Quando o funcionário pública deixa de responsabilizar o seu subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente comete o crime de condescendência criminosa. 6. (CESPE) No mesmo contexto fático, são incompatíveis o crime de corrupção ativa praticado por particular e o crime de concussão praticado por funcionário público. Isso ocorre em virtude da diferença, tendo em vista que na concussão o funcionário público faz uma EXIGÊNCIA ao particular.

7. A importação de coletes à prova de balas sem prévia autorização do comando do Exército configura crime de contrabando (PGE-PE).

8. O crime de desacato é compatível com a constituição (PGE-PE).

8.1 Funcionário público pode ser sujeito ativo do crime de desacato, vez que se trata de crime comum (Prev - SJP).

8.2. O crime de desacato é classificado como FORMAL (PGM-Itupeva).

9. “Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com

outros presos ou com o ambiente externo”, consiste em que crime tipificado contra a administração pública denominado prevaricação (ADV- CRA/SC).

10. Advocacia administrativa é quando o funcionário público patrocina direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública.

11. O delito de tráfico de influência é crime formal, de consumação antecipada, de modo que a obtenção da vantagem configura-se como mero exaurimento do crime (Prev - SJP).

11.1 O crime de tráfico de influência caracteriza-se independentemente de o agente influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função (Procurador - Cârama de Cotia). 12. O indivíduo que, ao ser preso em flagrante, informa nome falso com o objetivo de esconder seus maus antecedentes pratica o crime de falsa identidade, não sendo cabível a alegação do direito à autodefesa e à não autoincriminação (PGM-BH).

13. O crime de sonegação de contribuição previdenciária é de competência da Justiça Federal (Vunesp).

14. A reparação do dano como condição para a progressão de regime prisional ou do cumprimento de pena é destinada tanto ao funcionário público quanto ao particular (TCU - Procurador).

15. A condenação de funcionário público em processo criminal decorrente de crime funcional não prejudica o ajuizamento da ação de improbidade administrativa (TCU - Procurador). 16. Para a caracterização do crime de emprego irregular de verba ou renda pública, não há que se fazer presente o lucro ou proveito próprio ou de terceiro; esse crime será caracterizado ainda que não haja lucro ou proveito próprio ou de terceiro (TCU - Procurador).

#Dicas - Crime organizado (outubro 2018)

1. Associação de quatro (4) ou mais pessoas, coordenadas para a prática de crimes que possuam pena superior a 4 anos ou de caráter transnacional. 1.1 (TJMG) Nos termos da Lei nº 12.850/2013, considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

1.2 (PC-MG) Para ser reconhecida uma organização criminosa, exige-se a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos ou, que sejam de caráter transnacional, o que, como se percebe, é um requisito objetivo e alternativo. 2. Exige-se como especial fim de agir o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem

de qualquer natureza.

a metade, seja a arma de uso permitido ou proibido. 4. Se houver condenação de servidor público, ele será condenado à perda do cargo. Trata-se de efeito automático e que dispensa motivação expressa na sentença. 4.1 Assim como pode ficar até 8 anos sem outro cargo público.

5. Se houver participação de policial, o inquérito será instaurado pela corregedoria de polícia e

será acompanhado por membro do MP.

6. O juiz não pode participar do acordo de delação premiada.

6.1 (DPF-2018) Se algum dos indiciados no âmbito desse IP apresentar elementos que justifiquem a celebração de acordo de colaboração premiada, e se a situação permitir a concessão do benefício a esse indiciado, o próprio delegado que estiver à frente da investigação poderá celebrar diretamente o acordo, devendo submetê-lo à homologação judicial.

6.2 O delegado de polícia pode formalizar acordos de colaboração premiada, na fase de inquérito policial, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, o qual deverá se manifestar, sem caráter vinculante, previamente à decisão judicial (DOD).

6.3 (TJMG) Segundo a Lei nº 12.850/2013, que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal, realizado o acordo de colaboração, será remetido ao Juiz para homologação, o qual deverá verificar sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais, ou adequá-la ao caso concreto.

6.4 (TJMG) No procedimento relativo às infrações penais da lei de organização criminosa, o prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, referentes ao colaborador, poderá ser suspenso por até 06 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.

6.5 (PC-MG) A ação penal poderá deixar de ser proposta temporariamente contra o colaborador até o cumprimento das medidas de colaboração.

6.6 (TRF3) A colaboração premiada é expressamente prevista como meio de obtenção da prova, em qualquer fase da persecução penal.

7. Em todos os atos da delação, o colaborador deverá estar assistido por defensor. Vale ressaltar que nenhuma sentença pode ser proferida com base apenas nas declarações do colaborador.

8. somente pode ser beneficiário da delação, o agente que integrar a organização criminosa. 9. O termo de colaboração deve ser escrito e ser aceito pelo delator e seu defensor.

10. Não há necessidade de autorização do Poder Judiciário para realização da ação controlada,

basta a mera comunicação.

11. Se a ação controlada for também relativa a território de outros países, será necessária

cooperação entre as autoridades dos países.

12. É possível a infiltração de agente policial, desde que exista autorização judicial para tanto. Cuidado: Ação controlada -> Não precisa de autorização; infiltração de agente policial -> precisa de autorização.

12.1 O juiz poderá estabelecer os limites da ação controlada nos casos de investigação de crimes organizados.

13. Limite da infiltração: 6 meses, podendo ser prorrogado sucessivas vezes. 14. Os crimes previstos na lei de organização criminosa correrão pelo procedimento ordinário do CPP.

15. O Delegado de Polícia terá acesso, independentemente de autorização judicial, apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito (PGM-Bauru).

#Não esquecer (outubro 2018)

Não esquecer: (DPF - 2018) Os livros comerciais, os títulos ao portador e os transmissíveis por endosso equiparam-se, para fins penais, a documento público, sendo a sua falsificação tipificada como crime.

Não esquecer: (PC-SP 2018) O peculato admite a modalidade culposa.

Não esquecer: (PC-SP 2018) O cartão de crédito ou débito, para fins penais, é equiparado a documento particular.

Não esquecer: Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa (PC-RS).

Não esquecer: A insignificância não incide no crime de moeda falsa (PC-BA).

Não esquecer: O crime de falsidade ideológica é comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa (ABIN 2018).

Não esquecer: A configuração do crime de moeda falsa exige que a falsificação não seja grosseira (ABIN - 2018).

#Dicas - Lavagem de dinheiro - item 20 PGF e PGE-SC (outubro 2018)

1. O juiz pode decretar medidas assecuratórias de ofício. Neste sentido (PC-MT) O juiz poderá decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado, independentemente de requerimento do MP ou representação do delegado de polícia.

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2. CESPE (TRE/BA): "Não haverá crime de lavagem de dinheiro caso o agente seja absolvido, por atipicidade da conduta, do crime antecedente a ele imputado, uma vez que o crime de branqueamento, embora autônomo, é delito derivado do antecedente". Correto! Vejamos a lição de Habib: "Absolvição do agente pela infração penal antecedente. Não impede que o agente seja autor do delito de lavagem de dinheiro, salvo absolvição com fundamento na inexistência do fato (art. 386, I do Código de Processo Penal) ou atipicidade da conduta (art. 386, llI do Código de Processo Penal).

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3. Se o indiciado for servidor público, o mesmo deve ser afastado de suas funções, sem prejuízo do salário e demais direitos, até que exista deliberação fundamentada pelo juiz em sentido contrário.

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4. Em caso de colaboração, a pena pode ser reduzida de 1 a 2/3 e ser cumprida em regime inicial aberto ou semiaberto.

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5. A colaboração premiada pode ser realizada a qualquer tempo, ainda que após o trânsito em julgado.

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6. TCE/PA - Procurador: "Em crimes de lavagem de dinheiro, dada a natureza do delito praticado, é incabível a tentativa". Falso! De acordo com Renato Brasileiro: "Tratando-se de crime plurissubsistente, afigura-se possível a tentativa do crime de lavagem de capitais, dado que o agente pode, antes de completar a conduta ligada à primeira fase do crime (colocação), ser interrompido em um ato de início dessa execução".

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7. A lavagem de dinheiro consiste em "transformar" dinheiro de origem ilícita em lícita. -

8. Tem natureza acessória, ou seja, depende de infração anterior, seja ela crime ou contravenção (PFN-2015).

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9. Qualquer infração anterior serve para caracterizar o crime de lavagem de dinheiro, sendo considerada uma lei de 3º geração.

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9.1 (PauliPrev - Procurador) Q: o ordenamento pátrio adotou a legislação de segunda geração, já que apenas um rol fechado de infração penal antecedente pode ensejar crime de lavagem de dinheiro. R: Falso! Não é de segunda, mas sim terceira geração.

9.2 (TCE-RN) A lei brasileira que criminaliza a lavagem de dinheiro classifica-se como de terceira geração, pois admite que o delito de lavagem de dinheiro pode ter como precedente qualquer ilícito penal.

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10. É delito autônomo, em que ocorre concurso material com o crime anterior (AGU/2015). -

11. O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. -

12. É crime de natureza formal, permanente e que admite a tentativa. -

12.1 (DPF - 2018) Q: O crime de lavagem de capitais ou ocultação de bens, direitos e valores não é admitido na modalidade tentada. R: Falso! A lei menciona expressamente que é possível a tentativa.

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13. Caso exista colaboração, a pena pode ser iniciada em regime ABERTO ou SEMIABERTO (AGU/2008).

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14. Mesmo se existir a prescrição do crime antecedente a lavagem poderá ser punida (Informativo 494, STJ). De acordo com o Tribunal: "o crime de lavagem de dinheiro é delito autônomo, independente de condenação ou da existência de processo por crime antecedente".

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15. A denúncia deverá ser instruída com indícios suficientes da existência de infração penal antecedente (PC-MG).

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16. O processo de lavagem de dinheiro é composto por, pelo menos, três fases: ocultação, dissimulação e integração (Juiz - TRF3).

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17. Atenção: O delito de lavagem de bens, direitos ou valores (“lavagem de dinheiro”), previsto no art. 1º da Lei nº 9.613/98, quando praticado na modalidade de ocultação, tem natureza de crime permanente. STF. 1ª Turma. AP 863/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 23/5/2017 (Info 866) (Vide comentários do professor Márcio André - DOD).

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18. Não há previsão de lavagem de dinheiro na modalidade culposa (PauliPrev - Procurador). -

19. O recurso cabível da decisão que determina medida assecuratória nos crimes de lavagem de dinheiro é o da apelação (TRF2-Juiz).

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20. O STF entende que a autolavagem também é considerada crime. De acordo com Renato Brasileiro: "O Supremo Tribunal Federal tem precedentes no sentido de que o crime de lavagem de capitais não funciona como mero exaurimento da infração antecedente, já que a Lei n° 9.613/98 não exclui a possibilidade de que o ilícito penal antecedente e a lavagem de capitais subsequente tenham a mesma autoria, sendo aquele independente em relação a esta. Nessas hipóteses, em que o autor da lavagem é o mesmo autor da infração antecedente, por ambos os delitos deverá responder em concurso material, com a aplicação cumulativa das penas (CP, art. 69), salvo se praticá-los em uma mesma ação, quando, então, ter-se-á concurso formal impróprio (CP, art. 70, última parte)".

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21. Questão comentada (DPU): Ricardo foi denunciado pela prática do crime de lavagem de capitais provenientes do tráfico internacional de drogas. Nessa situação, o crime de lavagem de capitais será processado e julgado pela justiça federal, haja vista a competência constitucional do crime antecedente. CORRETA! Vejamos: "III - são da competência da Justiça Federal: a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas; b) quando a infração penal antecedente for de competência da Justiça Federal".

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22. O servidor público que for condenado não perderá o cargo automaticamente, precisa ser fundamentado. Os únicos casos que ele perde automaticamente é no caso de tortura e organização criminosa.

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23. A fase de layering, ou dissimulação, na lavagem de dinheiro, é aquela em que se busca dar aos recursos financeiros a aparência de legítimos, à qual se sucede a fase de integração (integration) (PC-PA).

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24. Nos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei n. 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro), incorre nas mesmas penas quem participa de escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou, até mesmo secundária, é dirigida à prática de crimes previstos na supramencionada legislação repressiva (MP-SC).

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25. Nos crimes de lavagem de dinheiro, o bem jurídico tutelado é a ordem socioeconômica. -

26. De acordo com a jurisprudência do STJ, o delito de lavagem de dinheiro NÃO absorve a infração penal antecedente (DPE-RN).

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27. (MP-GO) A Lei nº 9.613/98 consagra a chamada política do "know your costumer" ao estipular como dever da instituição financeira conhecer o perfil de seu correntista de forma que seja possível a definição de um padrão de movimentação financeira compatível com seus rendimentos declarados. Na mesma linha, a lei preconiza o desenvolvimento de mecanismos de "compliance".

#Dicas - Crimes de Trânsito (CTB) (outubro 2018)

1. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.

2. A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.

2.1 Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado (Detran/CE).

3. A suspensão para dirigir pode ser aplicada isolada ou cumulativamente com outras penalidades.

4. O período de suspensão ou perda do direito de dirigir é de 2 meses até 5 anos.

4.1 (TJPI-Juiz) A suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor prevista no Código de Trânsito Brasileiro tem a duração máxima de cinco anos.

5.1 (DPE-AP) Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, ainda que de ofício, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.

5.2 (TJ-SP Juiz) O juiz, no curso da ação penal, havendo necessidade para garantia da ordem pública, poderá, de ofício, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção, cabendo contra tal ato recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo. 6. Nos termos da Lei n. 9.503/1997, a conduta de conduzir veículo automotor com

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