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1. Resultados

1.2. Optimização dos estudos Gated-SPECT comparação de parâmetros funcionais do

1.2.2. Análise da interferência do número de contagens totais, por simulação, no cálculo

1.2.2.6. Percentagem média de ruído e contraste

Relativamente à % média de ruído, esta foi determinado após se terem processado os estudos simulados pelo software QGS/QPS, em 5 cortes: 3 cortes de curto eixo (região do apéx, região média e região distal), 1 corte de eixo longo horizontal e 1 corte de eixo longo vertical.

Nos cinco cortes seleccionados por cada estudo, foram traçadas regiões de interesse semelhantes com 8 pixeis nas regiões evidenciadas pela figura 79 e para os quais foram registados os valores de contagens médias por pixel bem como o respectivo desvio padrão.

Figura 79. ROIS traçadas no eixo curto (EC), eixo longo horizontal (ELH) e eixo longo vertical (ELV) dos estudos simulados para determinar a % de ruído e contraste.

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Os valores da percentagem média de ruído obtidos para cada um dos estudos, em cada um dos cortes encontram-se em apêndice (c.f. Apêndice E).

Procedeu-se posteriormente, a uma análise estatística dos referidos dados pelo teste

Mann-Whitney-Wilcoxon (c.f. tabela 47), tendo-se verificado se existiam diferenças signi-

ficativas na percentagem de ruído global dos 5 cortes para um mesmo estudo, quando se usava a mesma actividade por voxel no miocárdio, mas fazendo variar o tempo de aquisi- ção por projecções.

Tabela 47. Valores de % média de ruído nas várias ROI´s dos 5 cortes e respectivos valores de p.

Variável Actividade/Voxel (Bq)

Médias

Valor de p 8 Segundos 15 Segundos 30 Segundos

Ruído 275 - 15,5 16,0 0,724 385 - 15,1 16,2 0,494 500 - 17,3 16,3 0,694 750 - 17,9 16,5 0,468 825 16,1 18,5 - 0,443

* Existem diferenças estatísticas significativas (p value < 0,05) ** Não existem diferenças estatísticas significativas (p value > 0,05)

Conforme se pode avaliar pela análise da tabela 47, não existem diferenças significati- vas em termos estatísticos, pois todas as análises efectuadas tomam valores de p superio- res a 0,05. Procedeu-se ainda à análise do contraste, para tal foram traçadas nas referidas imagens, ROI´s correspondentes às regiões de fundo de forma a permitir o cálculo do contraste entre estas regiões e as regiões do miocárdio do VE (c.f Apendice E).

Na tabela 48 e com o auxílio do teste Mann-Whitney-Wilcoxon apresentam-se os valo- res de p determinados quando se avalia o contraste global dos 5 cortes num mesmo estudo com a mesma actividade por voxel de miocárdio mas fazendo variar o tempo de aquisição por projecções.

Tabela 48. Valores de contraste nas várias ROI´s dos 5 cortes e respectivos valores de p.

Variável Actividade/Voxel (Bq)

Médias

Valor de p 8 Segundos 15 Segundos 30 Segundos

Contraste 275 - 2,1 2,2 0,852 385 - 2,2 2,2 0,852 500 - 2,4 2,7 0,604 750 - 2,6 3,0 0,756 825 2,3 2,5 - 0,724

* Existem diferenças estatísticas significativas (p value < 0,05) ** Não existem diferenças estatísticas significativas (p value > 0,05)

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Nas figuras seguintes comparam-se apenas os estudos que foram simulados com uma mesma actividade/voxel mas tempos por projecção diferentes em termos de % média de ruído e contraste nas seguintes regiões do miocárdio: ELH – apex, ELV – região inferior e anterior e EC – região média lateral, inferior, septo e anterior.

Figura 80. Simulações com 275Bq/voxel do miocárdio e com 15s/projecção e 30s/projecção. (a) % de ruído, (b) contraste. Em ambas (a) e (b) estão representados os valores determinados nos diferentes cortes: eixo longo horizontal na região do apex (ELH_Apex); eixo longo vertical na região inferior (ELV_Inf) e eixo longo vertical na região anterior (ELV_Ant); eixo curto (EC): na região média do septo (EC_Septo), na região média Inferior (EC_Inf), na região média lateral (EC_Lat) e na região média anterior (EC_Ant).

Figura 81. Simulações com 385Bq/voxel do miocárdio e com 15s/projecção e 30s/projecção. (a) % de ruído, (b) contraste. Em ambas (a) e (b) estão representados os valores determinados nos diferentes cor- tes: eixo longo horizontal na região do apex (ELH_Apex); eixo longo vertical na região inferior (ELV_Inf) e eixo longo vertical na região anterior (ELV_Ant); eixo curto (EC): na região média do septo (EC_Septo), na região média Inferior (EC_Inf), na região média lateral (EC_Lat) e na região média ante- rior (EC_Ant).

(b) (a)

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Figura 82. Simulações com 500Bq/voxel do miocárdio e com 15s/projecção e 30s/projecção. (a) % de ruído, (b) contraste. Em ambas (a) e (b) estão representados os valores determinados nos diferentes cor- tes: eixo longo horizontal na região do apex (ELH_Apex); eixo longo vertical na região inferior (ELV_Inf) e eixo longo vertical na região anterior (ELV_Ant); eixo curto (EC): na região média do septo (EC_Septo), na região média Inferior (EC_Inf), na região média lateral (EC_Lat) e na região média ante- rior (EC_Ant).

Figura 83. Simulações com 750Bq/voxel do miocárdio e com 15s/projecção e 30s/projecção. (a) % de ruído, (b) contraste. Em ambas (a) e (b) estão representados os valores determinados nos diferentes cor- tes: eixo longo horizontal na região do apex (ELH_Apex); eixo longo vertical na região inferior (ELV_Inf) e eixo longo vertical na região anterior (ELV_Ant); eixo curto (EC): na região média do septo (EC_Septo), na região média Inferior (EC_Inf), na região média lateral (EC_Lat) e na região média ante- rior (EC_Ant).

(a) (b)

143 Figura 84. Simulações com 825Bq/voxel no miocárdio e com 8s/projecção e 15s/projecção. (a) % de ruído, (b) contraste. Em ambas (a) e (b) estão representados os valores determinados nos diferentes cor- tes: eixo longo horizontal na região do apex (ELH_Apex); eixo longo vertical na região inferior (ELV_Inf) e eixo longo vertical na região anterior (ELV_Ant); eixo curto (EC): na região média do septo (EC_Septo), na região média Inferior (EC_Inf), na região média lateral (EC_Lat) e na região média ante- rior (EC_Ant).

Tendo por base os resultados dos estudos simulados descritos anteriormente, em que a partir de uma actividade de 450 MBq, o correspondente a 500 Bq/voxel no miocárdio do fantôma NCAT, o número de contagens totais por aquisição não interferem de forma significativa na avaliação dos parâmetros funcionais do miocárdio do VE. E conside- rando que, de acordo com as guidelines (29) cada serviço de Medicina Nuclear, e de acordo com o seu protocolo de aquisição deverá optimizar os parâmetros do filtro, tam- bém no presente estudo se pretendeu contribuir para a optimização no processamento dos referidos estudos.

Sendo assim, escolheram-se os referidos estudos simulados com a referida activida- de/voxel e com os tempos de 15s e 30s/projecção, para serem processados no software QGS/QPS com a finalidade de definir para um paciente padrão (com as seguintes carac- terísticas: 70kg, 170 cm e sem patologia cardíaca conhecida, em que foi administrada uma actividade média de 450 MBq no primeiro estudo), os parâmetros do filtro a usar. Nomeadamente a ordem e a frequência de corte (fc) do filtro Butterworth a usar no pro- cessamento destes estudos.

Os resultados em termos de %mr encontrados para os estudos simulados considera- dos, encontram-se expostos nas figuras seguintes.

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Figura 85. Percentagem média de ruído determinada nas imagens de eixo curto (EC) dos estudos Gated-SPECT simulados com 15s/projecção.

Figura 86. Percentagem média de ruído determinada nas imagens de eixo curto (EC) dos estudos Gated- SPECT simulados com 30s/projecção.

Nas figuras 87 e 88 apresentam-se os valores de contraste determinados nos estudos simulados com 500 Bq/voxel com 15s e 30s/projecção.

% M é d ia va r iaç ão d e R u íd o % M é d ia d e V a r ia ç ão d e R u íd o

145 Figura 87. Contraste determinado nas imagens de eixo curto dos estudos Gated-SPECT simulados com 15s/projecção.

Figura 88. Contraste determinado nas imagens de eixo curto (EC) dos estudos Gated-SPECT simula- dos com 30s/projecção.

O compromisso entre o contraste e ruído para as várias fc usadas (de 0,2 a 0,6) em cada ordem (10, 20 e 30) do filtro Butterworth apresentam-se nas figuras 89 e 90.

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Figura 89. Contraste sobre a %mr nos estudos simulados com 500Bq/voxel e 15s/projecção.

Figura 90. Contraste sobre a %mr nos estudos simulados com 500Bq/voxel e 30s/projecção.

Cont ras te / %m r

Contraste/%Média de Ruído nos estudos 500Bq/vóxel – 15/projecção

Contraste/%Média de Ruído nos estudos 500Bq/vóxel – 30/projecção

Cont

ras

te

/%m

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1.3. Interferência do número de ciclos cardíacos (ciclos/frame) e con-