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6. Ciclo de Vida do Sistema:

6.2. Conhecer seus usuários e tarefas

6.2.1. Perfil dos usuários

a) Dados Pessoais:

Maioria de jovens na faixa etária, não havendo grande diferença no número de homens e mulheres. O grande contraste se dá a nível educacional, os jovens oriundos de classe média e média alta, possuem maior escolaridade estando à maioria em um curso superior.

Figura 38 Gráfico Sexo dos Entrevistados

Quanto maior a renda e o grau de instrução dos pais maior o incentivo a qualificação dos filhos.

Sexo

homens mulheres

Figura 39 Gráfico Faixa Etária

Alunos cuja família possuem baixa renda, dependem dos recursos oferecidos pelo governo e projetos de inclusão, para se aperfeiçoar tanto educacionalmente quanto profissionalmente. O sonho da maioria é ter uma qualidade de vida melhor, acesso aos melhores tratamentos e autonomia financeira. Renda Familiar 12 28 22 10 0 5 10 15 20 25 30

até 1 2 até 4 5 até 6 maior que 6

Quantidade de Salários Mínimos

Q ua nt ida de de I nd iv ídu os Faixa Etária 21% 49% 24% 6% <18 19-25 26-30 >30

Para esses alunos o esforço e a força de vontade são as únicas ferramentas disponíveis. Alguns alunos com os quais conversamos, dizem literalmente que não tem mais esta ilusão e se conformam com a pensão oferecida pelo governo. NÃO PODEMOS, deixar esse entusiasmo acabar se não dermos oportunidades esses alunos vão provavelmente desistir e se conformar em mais uma geração de aposentados por invalidez, com grande capacidade intelectual e trabalho.

b) Habilidades Técnicas

Todos os alunos entrevistados possuem conhecimento de informática através dos projetos de inclusão digital, porém tem conhecimento e acesso somente aos softwares gratuitos, que muitas vezes são limitados, não possuindo todos os recursos de softwares mais sofisticados e também caros.

Lembrem-se que isso não é a realidade do país, a pesquisa foi realizada em três capitais, onde em todas elas o instituto de cegos possuía recursos de informática com acesso gratuito aos seus alunos.

Apesar de todos considerarem possuir no mínimo conhecimentos básicos, somente 13% possui computador em casa, a grade maioria acesa o computador da escola ou instituição que freqüenta.

Figura 39 Gráfico com o Nível de conhecimento em Informática Nível de Conhecimento em Informática

0% 24% 62% 14% Não Tem Básico Intermediário Avançado

Figura 40 Gráfico dos alunos que possuem computador em casa

Figura 41 Gráfico representando os alunos que acessam o computador com freqüência

Possui Computador em Casa?

13%

87%

SIM NÂO

Acessa o Comutador com Frequência

100% 0%

SIM Não

c) Tarefas.

As principais tarefas realizadas no âmbito educacional relaciona-se a atividades de leitura, manipulação de dados numéricos, interpretação de mapas, gráficos e imagens

Para as atividades de leitura são necessários para os cegos, livros ou materiais em Braille, que possuem uma vida útil baixa e um volume e custos enormes. Em áudio existem as opções de áudio livros, também em números escassos e não são existem bibliotecas em todas as cidades, esses livros necessitam de voluntários para serem os ―ledores‖, apesar da qualidade se boa, e muitos ―ledores‖ fazem uma leitura dramatizada, exigisse um tempo muito elevado para a criação desses livros. Com o uso de voz sintetizada, basta que o livro seja scaneado ou já esteja em formato texto ou outro compatível o software para ser lido, no entanto não é uma voz humana natural e torna-se cansativo e muitas vezes incompreensível a audição.

‗ Para os alunos com visão subnormal uma das melhores alternativas são os circuitos fechados de TV que permitem ampliar qualquer material de acordo com o ajuste necessário ou a ampliação e impressão, quando se trata de pequenos textos.

No entanto para disciplinas que exigem cálculos e interpretações de gráficos e figuras geométricas são as que mais geram dificuldades e necessidade de adaptação. Por questões de delimitação do tema, trabalhamos inicialmente somente com as informações necessárias que se encontram em modo texto. Mesmo assim no site, poderão ser encontrados relatos de experiências para o ensino de química e a criação de um instrumento denominado Geoplano para o auxílio ao ensino de geometria para deficientes visuais

Ponto fraco do trabalho, como dito anterioremente, não foi possível usar o ideal. Alternativas como as descritas, não faltam, a qualidade e a quantidade do material em áudio ou digitalizado dependeu somente da mão de obra da pesquisadora e de alguns voluntários

e) Informações para Sistema Futuro

As principais solicitações são a de ter no início do ano letivo, igual aos demais, material acessível. No caso do ensino fundamental, alunos de escolas públicas recebem o material em Braille de alguns livros, mais com um atraso significativo. No ensino médio e superior ainda não existem essas alternativas. Cabem ao aluno, instituição e professores a devida adaptação.

Como sugestão para o ambiente, o que foi mais solicitado foram justamente materiais didáticos para um melhor acompanhamento das aulas e sugestões de postura aos professores, que muitas vezes ―esquecem que eles existem‖ em sala.

Para criar um ambiente que possa ser utilizado tanto por deficientes visuais quanto ao público geral, buscou-se através dos conceitos de design universal e acessibilidade, implementar um ambiente que fosse adequado a ambas as necessidades. Foram usados os recursos como textos alternativos para imagens, ampliação de textos, teclas de atalho entre outros recursos para facilitar a navegação.

Caracterizado os diversos perfis de usuários com relação a aspectos que interessam para o desenvolvimento do produto. Esta caracterização foi feita em termos de um conjunto abstrato de necessidades, expectativas, comportamentos e responsabilidades dos diversos atores envolvidos na interação com o produto a ser desenvolvido. Segundo Cybis (2003) a equipe de projeto que adota um enfoque centrado no usuário deve ter em mente os três tipos básicos de envolvimento possíveis: o informativo, o consultivo e o participativo. Assim se pode buscar do usuário as informações necessárias para o projeto, através de técnicas de entrevistas, questionários ou de sua observação em seu trabalho.

interação. Neste tipo de envolvimento o usuário é visto como fonte de informação. Levou-se ao usuário as decisões de projeto para que ele as verifica-se e emitisse uma opinião sobre elas. Neste caso se se caracterizou como um envolvimento consultivo; o usuário é consultado sobre decisões de projeto. É importante salientar que o usuário deve ser consultado com base no conhecimento que só ele possui sobre sua tarefa.

A prototipação é uma metodologia mais flexível e informal, que torna interativo e define um papel importantíssimo do usuário no desenvolvimento do sistema (Batista). Dessa maneira, o sistema pode ser modelado de acordo com as demandas do usuário, facilitando a modelagem do sistema final. Essa metodologia permite ainda que os usuários revejam suas necessidades e descubram requisitos antes não percebidos.

A prototipagem tem aberto aos usuários finais o processo de desenvolvimento da aplicação. Consiste em um processo repetitivo e interativo que combina etapas do ciclo tradicional d desenvolvimento de sistemas. Após a etapa inicial de análise de viabilidade e identificação dos usuários, passamos para o ciclo de prototipagem do sistema.

Apresenta-se neste capítulo a estrutura do protótipo de conteúdos e serviços para o CAP, tendo por base a pesquisa realizada junto ao público alvo, e recomendações para seu desenvolvimento futuro

Conforme descrito nos capítulos anteriores, os resultados confirmam uma carência de informações tanto do corpo discente quanto do docente, além dos pais, gestores e público em geral sobre o assunto da deficiência visual e as tecnologias de informação e comunicação que possam dar apoio.

Para tanto foi criado o CAP, que visa ser um portal de informações sobre a inclusão educacional do deficiente visual, bem como servir de subsídios para a elaboração de um plano de inclusão dentro das instituições.