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Perfil dos usuários: dados gerais (idade, sexo, naturalidade, estado civil)

5 UM OLHAR ATENTO PARA OS DADOS DA PESQUISA

5.1 PERFIL DOS USUÁRIOS: OS DOCENTES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM

5.1.1 Perfil dos usuários: dados gerais (idade, sexo, naturalidade, estado civil)

A partir deste ponto os dados coletados começam a ser analisados/interpretados. Inicialmente essa análise começa contemplando os dados gerais dos docentes para composição do perfil. Variáveis como idade, sexo, cor da pele, naturalidade e estado civil serão apresentadas através de gráficos e quadros para uma melhor visualização dos resultados.

QUADRO 4 – Perfil dos usuários: dados gerais Docente Faixa

Etária

Sexo Cor da Pele Naturalidade Estado Civil

D1 31-40 anos Masculino Branca Recife-PE Casado

D2 31-40 anos Feminino Branca Guaíba-RS Solteira

D3 51-60 anos Masculino Branca Fortaleza-CE Solteiro

D3 51-60 anos Feminino Parda Recife-PE Solteira

D5 31-40 anos Masculino Branca Jaboticabal - SP Solteiro D6 51-60 anos Masculino Branca Rio de Janeiro-

RJ

União estável

D7 Acima de 61 anos

Feminino Branca Recife - PE Separada

D8 Acima de 61 anos

Feminino Parda Picuí-PB Divorciada

D9 Acima de 61 anos

Feminino Branca Brasileira Solteira

D10 41-50 anos Masculino meso índio, meso branco,

brs Casado

D11 31-40 anos Masculino Branca Interior de São Paulo

Casado

D12 Acima de 61 anos

D13 51-60 anos Feminino Parda Santarém- Pará Solteira D14 41-50 anos Masculino Branca Quatá - SP Divorciado D15 Acima de 61

anos

Feminino Branca Recife-PE Separada

D16 Acima de 61 anos

Masculino Parda Br Divorciado

D17 41-50 anos Masculino Branca Santa Cruz do Sul, RS

Casado

D18 51-60 anos Masculino Branca Rio de Janeiro- RJ

Casado

D19 41-50 anos Feminino Branca João Pessoa-PB Casada D20 31-40 anos Masculino Parda Santana dos

Garrotes

Casado

D21 41-50 anos Feminino Branca Guarujá do Sul- SC

União estável

D22 41-50 anos Masculino Parda João Pessoa-PB Casado Fonte: Dados da pesquisa, 2013.

Com relação à variável “Idade” observa-se, no quadro acima, que cinco (23%) docentes estão entre a faixa etária de 31 a 40 anos de idade. Outros cinco (23%) estão entre a faixa etária de 51 a 60 anos. Também é possível observar que as faixas etárias de 41 a 50 anos e aqueles que estão acima de 61 anos apresentam cada um seis (27%) docentes. Para uma melhor representação visual dos dados segue, abaixo, um gráfico com os valores interpretados aqui.

GRÁFICO 1 – Faixa Etária

Fonte: Dados da pesquisa, 2013.

23% 27% 23% 27% 31-40 anos 41-50 anos 51-60 anos Acima de 61 anos

Apesar do equilíbrio entre as faixas etárias, observa-se que os brasileiros estão vivendo mais e, consecutivamente, estudando mais também. Os dados da pesquisa apontam que seis (6) docentes já têm idade acima de 61 anos, ou seja, fazem parte da população crescente idosa do Brasil com maior expectativa de uma vida mais longa conforme dados do último senso populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Os dados também entram em consonância com a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre “Retornos da educação no mercado de trabalho”, com base no senso 2010, onde afirma que quanto mais tempo dedicado aos estudos, maior é a probabilidade do indivíduo estar empregado e, por consequência ser bem remunerado, embora a remuneração dos docentes não tenha sido objeto do nosso estudo.

No que tange a variável “Sexo” os dados evidenciam que doze docentes (55%) são do sexo masculino, e que dez (45%) são do sexo feminino conforme a ilustração do gráfico 2.

GRÁFICO 2 - Sexo

Fonte: Dados da pesquisa, 2013.

De um modo geral, o resultado ficou bem equilibrado, apenas com uma pequena diferença para os homens. Assim, pode-se inferir que eles tiveram mais disponibilidade para participar da pesquisa ou que esteja ocorrendo um leve e discreto crescimento da participação do sexo masculino no ensino da pós-graduação. Vale salientar que, a pesquisa de mestrado sobre “Socialização da informação no processo de ensino-aprendizagem: uma análise a partir da teoria da sociedade Habermasiana” de autoria de Alini Casimiro (2013) também pesquisou os docentes desses três programas e naquela ocasião encontrou um número maior de docentes do sexo feminino. Apesar do resultado, é importante destacar no quadro 4 que na faixa etária acima de 61 anos a maioria dos docentes é do sexo feminino. O que pode ser explicado pelo

55%

45% Masculino

fato de que historicamente as mulheres entravam no exercício do magistério muito mais cedo que os homens. Praticamente, era uma das profissões mais bem aceitas na sociedade para uma mulher.

Na questão que aborda a “Cor da Pele” ficou evidente a predominância da cor de pele branca. Dos 22 respondentes, quinze (68%) declararam ser da cor branca, seis (27%) da cor parda e apenas um (5%) respondeu outros (meso índio) conforme gráfico 3.

GRÁFICO 3 – Cor da pele

Fonte: Dados da pesquisa, 2013.

O resultado ora apresentado é coerente com as questões étnico-sociais acerca do tema sobre a presença quase imperceptível dos negros nas universidades, seja na condição de discente ou docente, e por consequência a problemática que trata do acesso deles ao ensino superior, visto que dentre os respondentes nenhum docente se considera negro. Por outro lado, é uma afirmação da concepção da presença maciça de indivíduos da cor branca nas universidades públicas. De acordo com essa temática, Guimarães (2003, p. 262) se posiciona afirmando que:

No que toca aos universitários brasileiros, é preciso reconhecer que há, de fato, interesses contraditórios em jogo entre o movimento negro, por um lado, e professores e alunos já matriculados, por outro. Uns, os estudantes que tiveram uma boa educação escolar e que podem entrar nas universidades públicas pelo vestibular, temem que políticas de acesso especial para negros diminuam as suas chances, uma vez que o número de vagas não se expande na mesma razão da expansão da demanda; outros, os professores, temem que a política educacional do governo tome a via mais fácil, cedendo às reivindicações negras, mas mantendo razoavelmente estável o investimento na educação superior pública, o que, na prática, significaria o comprometimento do nível de “qualidade” dos cursos universitários da rede pública. [...], parte da garantia dessa qualidade é justamente a relativa estagnação no tempo da oferta de vagas.

15

6

1

Branco Parda Outros

A afirmação de Guimarães, apesar de já ter completado 10 anos, continua muito atual. Portanto, essas questões que envolvem a presença de negros nas universidades públicas já são antigas e há muito tempo tenta sensibilizar governos e sociedade civil. Recentemente, o sistema de cotas para negros (aqueles que se definem negros) tem figurado como uma ação para minimizar os prejuízos causados a essa parcela da população em prol dos mais de trezentos anos de escravidão. O Projeto de lei N°. 8.035-B de 2010 aprovado pela Câmara dos Deputados que trata do Plano Nacional de Educação apresenta em uma de suas metas elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior, para isso é necessário focar dentre outras, duas estratégias de ação, ampliando as políticas de inclusão de modo a reduzir as desigualdades étnico-raciais aumentando as taxas de acesso e permanência na educação superior de estudantes egressos da escola pública e afrodescendentes. Sendo assim, ampliar a participação proporcional de grupos historicamente desfavorecidos na educação superior.

Com relação à variável “Naturalidade” optou-se por agrupar as cidades de origem dos docentes, e apresentá-las uma a uma através na tabela abaixo. Em seguida, para uma melhor visualização, um gráfico que apresenta a origem dos docentes por região do país.

TABELA 1: Naturalidade

Natural de67 Quantidade Porcentagem %

Fortaleza-CE 1 4.54 Guaíba-RS 1 4.54 Guarujá do Sul-SC 1 4.54 Jaboticabal-SP 1 4.54 João Pessoa-PB 2 9.09 Natal-RN 1 4.54 Picuí-PB 1 4.54 Quatá-SP 1 4.54 Recife-PE 4 18.18 Rio de Janeiro-RJ 2 9.09 Santa Cruz do Sul-RS 1 4.54 Santana dos Garrotes-PB 1 4.54

Santarém-PA 1 4.54

Fonte: Dados da Pesquisa, 2013.

6 Três (3) docentes não responderam a naturalidade 7 Um (1) docente respondeu interior de SP.

De acordo com a tabela acima, três (3) docentes confundiram a pergunta sobre a naturalidade e responderam sobre a nacionalidade. Tem docente natural de Fortaleza, João Pessoa, Santana dos Garrotes, Guaíba, Guarujá do Sul, Interior de SP, Jaboticabal, Natal, Picuí, Quatá, Recife, Rio de Janeiro, Santa Cruz do Sul e Santarém. Esses docentes são oriundos de Estados como Ceará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro e Pará. Abaixo, segue gráfico com a divisão por Região. O Nordeste é a Região que concentra o maior número de docentes, o que já era de se esperar devido aos programas, universo da pesquisa, estarem situados nessa região. Apenas a Região Centro-Oeste não aparece nos resultados.

GRÁFICO 4: Origem dos docentes por Região

Fonte: Dados da Pesquisa, 2013.

A Região Norte aparece nos resultados com 4% do total. O Sudeste ficou em segundo lugar com uma parcela de 23%. O Sul aparece com 14% o que não deixa de ser um número significativo pela distância entre as Regiões. Infelizmente, 14% dos docentes não terá sua região de origem conhecida por confundirem a pergunta sobre naturalidade.

Quando perguntados sobre o “Estado Civil”, oito (8) docentes afirmam ser casados (36%), dos quais, sete são homens e uma mulher; sete (7) disseram ser solteiros (32%), desses, dois são homens e cinco são mulheres; dois (2) deles afirmam ter uma união estável (9%), sendo um homem e uma mulher; dois (2) deles assumem que estão separados (9%), nesse caso são duas mulheres; três (3) dizem estar divorciados (14%), dos quais, dois homens e uma mulher. Nenhum dos pesquisados afirmou ser viúvo conforme gráfico 5.

14% 45% 14% 23% 4% Brasileiro/Desconhecido Nordeste Sul Sudeste Norte

GRÁFICO 5: Estado Civil

Fonte: Dados da Pesquisa, 2013.

Com base nos dados, o número de casados e solteiros ficou bem equiparado. Embora seja possível inferir a partir do gráfico, que entre os casados a maioria é homem; entre os solteiros a maioria são mulheres. Diante desse resultado pode-se levantar a hipótese de que isso esteja ocorrendo em virtude de, atualmente, as mulheres estarem cada vez mais investindo na carreira profissional, buscando aperfeiçoar-se em cursos de pós-graduação dando seguimento aos estudos, e nesse caso deixando para mais tarde, ou seja, em segundo plano o projeto de formar uma família. A união estável apresentou um resultado pequeno, assim como os resultados de docentes separados e divorciados. Estando homens e mulheres relativamente equilibrados entre essas variáveis.

5.1.2 Perfil dos usuários: trajetória acadêmica

A composição do perfil acadêmico do docente será apresentada a partir desse ponto. Variáveis como curso em que se graduou, última titulação obtida (área, ano de obtenção do título e instituição), programa de pós-graduação em que leciona, linha de pesquisa em que se encontra vinculado no programa de pós-graduação, tempo de atuação na pós-graduação, disciplinas que leciona na pós-graduação, número atual de orientados da pós-graduação serão apresentadas através de gráficos e quadros para uma melhor visualização dos resultados.

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