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Perguntas feitas nas entrevistas com os alunos: 

No documento Download/Open (páginas 187-200)

1.  O que é a extensão universitária?  2.  Qual o objetivo deste programa?  3.  Quais as metodologias utilizadas para a execução deste programa?  4.  Como é o processo de registro das atividades? 

5.  Existe  algum  tipo  de  produto  (a  elaboração  de  artigos  científicos  e  ou  a  realização de eventos) que finalize o programa ou o encaminhe para uma 2ª fase?  Como você participa deste trabalho?  6.  Você recebe algum tipo de apoio institucional? (bolsas)  7.  Como é o seu envolvimento no projeto? o que você faz?  8.  Qual o  momento mais difícil, do processo de trabalho, que você desenvolve, ou  desenvolveu, para concretizar este projeto?  9.  Você trabalha com outros professores de outras disciplinas na formatação deste  projeto? (Do seu curso ou de outros?) Quem faz essa articulação? 

10. Como  você  avalia  o  efeito  da  interação  resultante  da  ação  da  extensão  nas  atividades acadêmicas? 

11. Você acredita que este trabalho influencia na construção da sua identidade, e na  sua educação sócio­política? Por que e como? 

12. Você  tem  motivações  pessoais  para  desenvolver  este trabalho?  Se  sim,  quais?  Se não, então por que desenvolveu? 

13. Você  acha  que  este  programa  desenvolve,  predominantemente,  atividades  assistencialistas, ativistas ou de marketing institucional. 

14. Como você analisa a formação acadêmica e a experiência de vivenciar práticas  político­sociais dentro de um mesmo contexto? 

15. A  partir  deste  trabalho,  você  observa  que  houve  aquisição  de  novos  conhecimentos e, confronto entre a formação acadêmica com a prática? 

16. Como é que você voltou para a sala de aula depois da sua primeira participação  neste projeto? 

17. Você  acha  que  seus  colegas  de  projeto  tem  envolvimento  com  o  projeto  motivados por questões pessoais, assistencialistas ou institucionais? Explique?  18. Qual a maior aquisição que esta experiência lhe trouxe? (pessoal? profissional?)

APÊNDICE 2 

Entrevista  realizada  com  o  Pró­reitor  de  Extensão  e  Assuntos  Comunitários da Universidade, em outubro de 2006. O texto aqui apresentado  se encontra na íntegra. 

1. Como são caracterizados os trabalhos de extensão na Universidade A, isto  é, quais as formas de se “fazer” extensão? 

Pró­reitor:  Olha  a  universidade  A,  hoje,  ela  adere  a  toda  a  conceituação  contemporânea  de  extensão  no  Brasil.  Então  a  extensão  é  realizada,  planejada  pedagogicamente,  existe  uma  preocupação  muito  grande  em  situar  o  aluno,  o  estudante,  o  educando  na  intervenção  propriamente  dita,  no  relacionamento  desta  intervenção  com  a  sua  formação  profissional,  o  envolvimento  dos  professores  que  coordenam os  projetos que  ajudam na  execução  dos  projetos, no  dia  da  execução  do  projeto,  e  toda  a  intervenção  de  extensão  na  universidade  A  ela  é  registrada,  como  todo  trabalho acadêmico  deve ser, como  toda  a  prática acadêmica  deve ser,  ela  é  registrada  na  sua  construção,  na  sua  execução  e  depois  no  retorno  para  a  academia. 

A  construção  é  feita,  usa­se  uma  metodologia  dialógica  com  a  comunidade  aonde a intervenção será feita, para que não haja uma  imposição da universidade,  do saber acadêmico sobre o saber popular, ou até mesmo a imposição na definição  da  problemática  existente  na  comunidade.  Então  existe  um certo  percurso,  que  se  percorre antes da intervenção e após a intervenção. 

Estas  intervenções estão vinculadas  a programas, são  projetos vinculados  a  programas,  programas  construídos  segundo  as  linhas  da  extensão  e  as  áreas  temáticas da extensão, como adotadas pelo ministério da educação. 

2. Quais as principais ações de extensão promovidas pela Universidade A?  Pró­reitor: Os nossos programas, os principais programas que temos hoje, eu  destacaria o F, que é um programa de atenção às famílias. Ele tem uma aderência  maior  ao  curso  de  Serviço  Social,  mas  ele  envolve  diversos  cursos,  é  uma  característica da extensão. A extensão ela é antes de tudo interdisciplinar e hoje eu  acredito  que  é  a  única  prática  acadêmica  que  verdadeiramente  consegue  a  transdisciplinaridade  ao  sair  das  salas  de  aula,  sair  desse  espaço  que  a  gente  considera  de  construção  teórico­abstrata  da  sala  de  aula  para  a  vivência,  para  a  realidade,  para  o  mundo  real,  onde  o  aluno  aprende  a  problematizar,  aprende  a  articular  os saberes  que  ele viu  de  forma fragmentada  nas  diversas disciplinas que  compõem  o  seu  currículo  e  ele  também  trabalha,  de  forma  bastante  evidente,  habilidades de comunicação com o outro, que é uma das coisas que foi colocada até  pela  UNESCO  como  uma  das  habilidades  necessárias  para  o  profissional  do  sec.  XXI.  Tem  [Existe]  um,  chamam  de  decálogo  do  profissional  do  séc.  XXI  [um]  documento  da  UNESCO  muito  interessante, e  a  gente consegue  perceber  naquele  documento habilidades que são trabalhadas hoje exclusivamente na extensão, pois  dificilmente você trabalharia alguma daquelas habilidades em sala de aula.

Então  a  extensão  apresenta­se,  hoje,  como  uma  prática  acadêmica  necessária,  diria  eu,  como  uma  alternativa  necessária  para  a  universidade  que  verdadeiramente  quer  atender  às  demandas  da sociedade  e  do  mercado,  mercado  como  subconjunto  da  sociedade,  mas  isso  é  importante  dar  uma  olhada  também,  voltando,  desculpe,  voltando  aos  programas,  existe  o  F,  o  S  que  trabalham  educação com pessoas com necessidades especiais; tem o R que trabalha a partir  da  fusão  com  a  cultura  musical;  temos  o  P,  que  trabalha  a  educação  de  jovens  e  adultos; temos a UN que é a universidade da melhor escrita e leitura, temos todos os  programas das  feiras  de saúde  e  os programas  de atendimento à comunidade  nas  diversas  clínicas,  e  espaços  de  interação  com  a  comunidade,  seja  no  Núcleo  Jurídico, seja na clínica de psicologia, temos a empresa jr, agência de comunicação  integrada, escritório de projetos, a engenharia. Todos os Centros, hoje, tem projetos  vinculados,  principalmente  ao  Centro,  eles  trabalham  como  eu  falei,  de  maneira  transversal  e  a  interdisciplinaridade,  mas  existe  uma  aderência  maior  a  um  determinado  Centro.  Então,  hoje,  a  nossa  preocupação  foi  primeiro,  ter  todos  os  Centros  com  programas  de  extensão  para  poder  disponibilizar  ao  seu  aluno,  e,  segundo o nosso desafio é tentar fazer com que todos os Cursos tenham atividades  de extensão nos seus currículos. 

3.  Qual  o  público  atingido  pela  extensão,  hoje,  entre  beneficiados,  alunos  e  professores? 

Pró­reitor: Esse número é bastante grande, hoje nós temos beneficiados, por  ano,  uma  base  de  40.000,  é  em  torno  de  40.000  alunos,  nós  temos  9.000  alunos  hoje envolvidos em todos os programas e nas ações. 

4. Quantos programas a universidade A contempla neste ano de 2006, o Sr.  citou vários? 

Pró­reitor:  De cabeça agora eu não poderia te dar este número, mas [nós]  temos  diversos  programas,  como  eu  falei  pelo  menos  1  em  cada  centro,  e  esta  informação eu posso te passar depois, ela fechada. 

5. Há um processo crescente de número de programas? 

Pró­reitor:  Sim  há,  até  por  conta  da  percepção  do  valor  da  extensão,  como  prática  acadêmica,  o  envolvimento  de  professores,  o  envolvimento  dos  alunos.  Inclusive  ontem nós tivemos  a  entrega  do  prêmio  de  integração social,  que  é  mais  um programa e [nós] tivemos uma fala [do] Jós, que veio da FGV, e ele falou sobre o  crescimento do que hoje se chama o 3 setor, o 3 setor se tornando uma opção viável  para  o  desenvolvimento  profissional  de  um  egresso  do  ensino  superior.  Então,  há  diversas  pessoas  que  se  envolvem  na  extensão  por  ela  ter  uma  dinâmica  semelhante ao 3 setor. Não é o 3 setor, mas tem uma dinâmica muito semelhante,  por sua metodologia de trabalho, na maneira como ela trabalha a intervenção social,  na  maneira  como  ela,  inclusive  a  extensão  ela  é  uma  excelente  escola  para  a  formação  de  profissionais  para  o  3  setor,  porque  toda  a  metodologia  aplicada  no  desenvolvimento de um projeto, de um programa, de uma ação extensionista [ela] é  adotada também no 3 setor, porque as preocupações são as mesmas, não frustrar a

comunidade,  atingir  as  metas,  satisfazer  o  teu  parceiro,  você  trabalhar  dentro  de  limitações  orçamentárias,  limitações  de  conhecimento,  de  intervenção,  limitações  políticas  de  intervenção.  Então,  isso tudo se  trabalha  na  extensão e  o  que  a gente  percebe  é  que  o  3  setor  [ele]  também  trabalha  segundo  esse  modelo,  então  a  extensão acaba sendo uma excelente escola. 

6.  Hoje  na  Universidade  existem  parcerias  envolvidas  nestas  ações  de  extensão? 

Pró­reitor:  Existem  parcerias,  nós  temos  parceiros  do  poder  público,  do  1º  e  do 2º setor, o setor produtivo. 

7. Existem aportes financeiros? (bolsas concedidas?) 

Pró­reitor:  Sim,  existem.  Eu  estava  pensando  agora,  no  P,  que  é  um  programa de educação  de  jovens  e adultos, e  que  é  um programa  que  desenvolve  um projeto junto a uma empresa, na região de Guarulhos para trabalhar a educação  de  funcionários  dessa  empresa,  e  é  uma  coisa  bastante  interessante  porque como  deve  ser  feito,  a  Universidade  entra  com  o  conhecimento,  com  a  expertise  e  a  Empresa entra com o pagamento de monitores e professores que estão envolvidos,  é bastante interessante isso. 

8. Estes incentivos eles provém também da Universidade A? 

Pró­reitor: Sim, provém também da Universidade A, a mantenedora, para falar  a  verdade,  é  uma  das  grandes  financiadoras  da  extensão  na  Universidade  A.  A  instituição  educacional  S  seria  a  primeira  parceira  da  extensão na  Universidade  A,  sem sombra de dúvidas. 

9.  Quais  as  políticas  existentes  na  Universidade  A  para  o  desenvolvimento  das atividades de extensão? 

Pró­reitor:  Nós  temos  algumas  políticas  indutoras,  agora  é  o  Pibex,  que  é  o  programa  institucional  de  bolsa  de  extensão,  isto  para  o  aluno,  a  Universidade  A  reconhece  o  trabalho  de  extensão  como  prática  acadêmica,  então  na  composição  contratual  dos  professores,  o  plano  de  cargos  e  salários  da  Universidade  A,  até  numa  vanguarda  absurda  que  as  universidades  públicas,  as  federais,  as  estatais,  não  conseguiram  fazer  até  hoje:  o  peso  da  extensão  na  carreira  universitária  é  semelhante ao peso da pesquisa na carreira docente. Isto na Universidade A, então  existe  um  reconhecimento  institucional  muito  grande,  a  todos  os  alunos  e  professores que participam, com certificado de participação, isso é excelente para o  currículo,  isso  é  uma  coisa  que compõe  o  currículo  da  pessoa.  O  currículo  Lattes,  hoje,  do  CNPQ,  a  plataforma  Lattes  [ela]  contempla  atividades  de  extensão,  então  para o docente um certificado de participação em atividades de extensão é ponto no  currículo Lates, na plataforma Lattes. Isto foi uma conquista dos fóruns de extensão,  junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia no ano passado.

10.  Então  esta  política  é  nova  na  universidade  A,  estes  certificados  de  participação? 

Pró­reitor:  Esta  do  currículo  Lattes  é  uma  política  nacional,  não  é  só  da  universidade  A,  é  uma  plataforma  nacional,  como  se  fosse  um  grande  banco  de  dados  dos  pesquisadores  no  Brasil.  O  nosso  novo  plano  de  cargos  e  salários  acredito que foi ano passado, já contempla. 

11. Então a partir deste novo plano de cargos e salários? 

Pró­reitor:  As  ações  extensionistas  são  tão  relevantes  para  a  promoção  profissional  quanto  às  ações.  Como  prática  acadêmica,  na  gestão  dessa  prática  acadêmica  na  universidade A, a  extensão  não  é feita  de  forma  amadorística,  ela  é  feita de uma forma bastante profissional, dentro da academia, então todo o cuidado  metodológico  para  a  execução  da  ação  é  verificado  os  registros  diz  ações,  no  currículo do professor. Eu vejo que é uma coisa justa. 

12. Qual o compromisso da Universidade A para a estruturação e efetivação  das atividades de extensão? 

Pró­reitor:  Olha  a  universidade  A  tem  aprovado,  nos  seus  documentos,  uma  política  de  extensão,  um  documento  que  rege  a  ação  da  universidade  A  na  extensão. O próprio reconhecimento institucional, como a bolsa de extensão, já é um  reconhecimento,  o  próprio  peso  nas  relações  contratuais  com  os  professores  que  tem  horas  de  extensão,  tem  professores  com  20  horas  de  extensão,  quer  dizer  é  uma  carga  horária  bastante  significativa,  é  um  reconhecimento  da  instituição  de  como a extensão, como a prática acadêmica, como algo necessário e de uma certa  forma, em seu documento de fundação como universidade A, de 1993, já proposto,  o  projeto  que  foi  encaminhado  para  o  MEC,  onde  a  Universidade  A,  como  universidade,  [ela]  foi  reconhecida  como  Universidade,  o  caráter  extensionista  está  registrado  naquele  documento  e  hoje  ele  aparece  explicitado  na  missão  da  universidade A. Então, existe de alguma forma, inclusive tem um livro do fórum que  foi escrito, e eu escrevi a parte da institucionalização da extensão. O que eu percebo  é  que  o  que  nós  hoje  podemos  como  movimentos  necessários,  como  ações  necessárias para que haja a institucionalização da extensão, inclusive as avaliações  de suas ações, a extensão como prática acadêmica necessita, precisa ser avaliada  faz  parte  da  legitimidade,  da  respeitabilidade  dessa  ação como  prática  acadêmica,  se  você  fizer  esse  “check  list”,  todas  as  ações  foram  implementadas  pela  Universidade  A,  para  a  institucionalização  da  extensão  como  prática  acadêmica  reconhecida pela mantenedora. 

13.  Quais  as  sistemáticas  de  avaliação  das  atividades  de  extensão  desenvolvidas pela universidade A? 

Pró­reitor:  Existem,  saiu  recentemente  mais  um  livro  que  foi  lançado  nesse  congresso  de  Santa  Catarina,  revisitando  a  avaliação  da  extensão,  nós  tivemos  momentos bem interessantes, um deles foi  quando os fóruns começaram a discutir

as  diversas  dimensões de  avaliação  da  extensão  e  os  diversos  atores  avaliando  a  participação  dos  diversos  atores.  A  extensão  por  trabalhar  uma  interação  entre  a  universidade e a sociedade, [e] a sua avaliação não se prende somente aos atores  institucionais,  quer  dizer,  somente  a  professores  e  discentes,  ao  educando,  ela  também  precisa  contemplar  a  comunidade  onde  a  contemplação  vai  ser  feita  e  nessa contemplação,  nessa  análise, nesse  diálogo  com a comunidade,  o  que você  precisa  fazer  e  o  que  nós  verificamos  foi  o  seguinte,  não  dá  para  você  partir  para  uma convenção [avaliação] desvinculada dos propósitos do projeto Se [nós] vamos  trabalhar um projeto na área de educação [eu] posso, obviamente, verificar impactos  na área da saúde, contudo, eu preciso ter instrumentos, eu preciso ter uma fala, eu  preciso  ter  um  olhar  mais  [maior]  para  a  área  da  educação,  para  os  objetivos  do  projeto,  por  isso  que  é  importante  essa  construção,  por  isso  que  é  importante  trabalhar na metodologia dialógica, onde a comunidade reconhece a intervenção, a  área  onde  ela  vai  acontecer  e  como  são  as  propostas  da  Universidade,  pois  nós  estamos  trabalhando,  nós  estamos  interagindo,  eu  não  vou  trabalhar  para  uma  comunidade,  eu  vou  trabalhar  com  uma  comunidade,  existe  uma  diferença  muito  grande  nesta  colocação,  ao  trabalhar  com  a  comunidade  eu  preciso  primeiro  reconhecer  metodologias  pedagógicas,  ou  melhor,  propostas  como  metodologias,  mas  infelizmente  pouco  utilizadas  em  uma  sala  de  aula,  mas  você  reconhecer  a  história  do  educando,  de  onde  ele  vem  qual  o  seu  degrau,  para  poder  utilizar  isso  como elemento de função de diálogo para o próprio aprendizado do educando, isso  é  feito  de  maneira  mais  evidente  na  extensão  por  conta  até  dessa  metodologia  dialógica que nós utilizamos. 

14.  O  Sr.  acha  que  o  professor  que  está  em  sala  de  aula,  ele  tem  essa  concepção esclarecida da extensão? 

Pró­reitor: Alguns tem sim a grande maioria dos nossos professores tem uma  idéia muito clara sobre o que é extensão, a extensão como um princípio pedagógico,  a  importância  da  extensão como  princípio  pedagógico,  até como  um  elemento que  possibilite a flexibilização curricular é uma discussão muito recente, quer dizer uma  discussão  que  já  vem  há  algum  tempo,  mas  agora  está  envolvendo  a  academia  como  um  todo,  é  este  ano,  ano  passado.  Mas  eu  acho  que  sim,  eu  estive  no  3º  congresso brasileiro de extensão e eu participei da avaliação de diversos trabalhos e  mesmo quando o professor estava para apresentar o trabalho eu queria falar com o  aluno também, e a minha primeira pergunta para o aluno é [foi]: Você entende o que  você está fazendo? O que é  isso que você esta fazendo? Como é  que você voltou  para a sala de aula depois da tua primeira participação neste projeto? Esse é um re­  significado  da  formação  absurda  [?]  e  isso  é  uma  pesquisa  que  nós  vamos  estar  começando  a  trabalhar  agora  até  dentro  da própria  universidade,  analisando  a  fala  de diversos alunos que participarão dos projetos e como isso mudou a maneira com  que ele viu o espaço da sala de aula, a interação professor/aluno em sala de aula e  como ele viu a sua formação, a importância para sua formação.  15. Existe um acompanhamento do impacto das atividades de extensão junto  aos segmentos sociais que são alvos ou parceiros das atividades de extensão?  Pró­reitor:  Sim

16.  Hoje  a  universidade  tem  estatísticas  qualitativas  da  participação  dos  estudantes nas ações de extensão e da respectiva conseqüência em sua formação? 

Pró­reitor:  Nós  estamos  começando  a  construir  isso  agora,  essa  é  uma  pesquisa nossa, para falar a verdade essa é uma pesquisa pessoal minha. 

17.  Como  é  feita  a  integração  das  atividades  de extensão com  o  ensino  e  a  pesquisa e com as necessidades e demandas do entorno social? 

Pró­reitor:  Olha  muito  que  a  gente  chama  de  indissociabilidade,  ele  é  construído  entre  os  gestores  para,  digamos  assim,  compatibilizar  as  ações  e  as  expectativas  de  uma  dessas  ações.  Quando  eu  estava  falando  dos  programas  eu  falei  do  F,  que  é o  programa  de  atenção  as famílias e  esse  programa  [eu] acredito  que  [ele]  tenha  sido  o  embrião  para  um  mestrado  na  universidade  A,  coordenado  pela  coordenadora  do  programa,  a  professora  Rosa.  Muito  do  que  é  feito,  por  exemplo,  algumas  atividades  complementares,  que  aparecem  necessárias  em  diversos cursos da universidade A são realizadas na forma de ações extensionistas  com o ensino de graduação. É uma construção que esta sendo feita, digamos assim  que  começamos  a  olhar  com  mais  carinho,  com  mais  calma,  a  partir  deste  ano,  numa forma de institucionalizar estas relações. Eu tenho a sorte de trabalhar com 2  colegas  que  são  capazes  em  suas  áreas,  são  pessoas  brilhantes  e  que  tem  me  ajudado sempre que possível na interação com a extensão. 

Na  reação  com  o  entorno,  existe  uma  preocupação  muito  grande  dos  extensionistas  de  não  se  colocarem  como  3º  setor,  não  se  colocarem  como  substitutos  do  Estado,  não  é  isso.  Existe  um  amigo,  prof.  EC,  da  Universidade  B,  durante  alguns  anos  presidente  do  Fórum  de  Pró­Reitores  de  Extensão  das  Universidades  Públicas  brasileiras,  ele  fala  que  a  extensão  universitária  brasileira  tem  nome  e  sobrenome,  substantivo  e  adjetivo.  Essa  fala  já  é  do  JH,  é  a  fala  da  universidade,  ela  se  posiciona  na  universidade  como  prática  acadêmica,  então  ela  tem  a  parte  política  da  ação,  mas  ela  não  pode  ser  somente  ação.  Existe  uma  preocupação muito grande de um caráter excessivamente pragmático da extensão,  a extensão reflexiva, a extensão somente ação e quando você começa a atender a  toda e qualquer demanda, por mais que o nosso coração queira, é o que eu costumo  falar  com  [para]  as  pessoas,  nós  podemos  atender como cidadãos,  mas  não como  universidade,  como  grupo  de  cidadãos  voluntários,  nós  podemos  atender,  mas  existe  uma  diferença  entre  o  trabalho  de  um  grupo  voluntário  e  a  intervenção  extensionista  de  uma  instituição  de  educação  superior.  Uma  intervenção  extencionista de uma instituição de educação superior ela não se “assocializa”, não  integra saberes, ela  produz saberes.  Então,  isso  é uma coisa  muito  proveitosa  que  nós  vimos  agora.  Nós  tivemos  reuniões,  mais  de  uma,  com  representantes  de  5  ministérios, lá em Florianópolis, inclusive pela primeira vez um ministério assina um  convênio  com  uma  instituição,  uma  organização  ligada  ao  segmento  das  particulares.  O  Ministério  do  Meio  Ambiente,  da  Ministra  Marina  Silva,  vai  assinar,  em  Brasília  agora,  com  o  fórum  de  extensão,  um  convênio,  um  acordo  de  cooperação,  e  o  que  nós  percebemos  é  que  existe  o  reconhecimento  do  poder  público da extensão como um agente que faz, mas que pensa e que propõe políticas  públicas.  Essa  é  a  nossa  intenção,  que  a  universidade  volte  a  ser  como  já  foi  no  passado, uma proponente de políticas públicas, um lugar aonde se discute políticas  nacionais,  e  de  onde  podem  surgir  e  emanar  novas  propostas  e  hoje  a  extensão

[ela]  trabalha  como  esse  elemento  articulador,  o  papel  da  extensão,  hoje,  citando  uma frase de uma profa da USP, Marilena Chauí, [ela fala] que a extensão permite  que  a  universidade  cumpra  sua  vocação  política  e  acadêmica,  política  enquanto  a  ação, ela vai e age numa [a] comunidade, e acadêmico­científica porque ela pensa e  reflete sobre a situação e gera conhecimento a partir dessa ação. 

18.  Atualmente  quais  as  propostas  de  extensão  nos  currículos  e  programas  de  estudos  dos  cursos  de  graduação?  O  Sr.  pode  apontar  a  que  mais  tem  dado  certo? Por que ela dado certo? 

Pró­reitor: Proposta, dado certo, é meio complicado falar [sobre] isso, porque  dar  certo,  eu  preciso  elencar  uma  dimensão,  eu  preciso  dar  a  relevância  de  uma  dimensão sobre a outra, dar certo em termos do que? Do envolvimento do aluno? 

19. Isto, de envolvimento do aluno. 

Pró­reitor: Nós temos um envolvimento muito grande dos alunos nas feiras da  saúde. A área da saúde ela é extensionista por vocação. É uma coisa, mais até do  que  na  área  da  educação.  No  Brasil,  nós  temos  dados  [a]  onde  os  programas  e  projetos  na  área  da  saúde,  inclusive  encaminhamos  uma  carta  ao  Ministro  da  Saúde,  não  só  ressaltando  a  importância  dos  programas  que  o  ministério  vem  desenvolvendo na área de extensão, mas também a necessidade de ampliá­los, até  por conta dessa vocação da área da saúde. 

20. Então dentro do próprio currículo destes cursos já existe uma proposta de 

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