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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO  PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO . EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA:  O JOGO ENTRE AS TEORIAS INSTITUCIONAIS E AS  MOTIVAÇÕES PESSOAIS . MAGALI FERNANDES . São Bernardo do Campo, SP  2008.

(2) Magali Fernandes . Extensão Universitária:  o jogo entre as teorias institucionais e as  motivações pessoais . Dissertação  apresentada  ao  Programa  de  Pós­Graduação . em . Educação . da . Universidade  Metodista  de  São  Paulo  para  obtenção do título de Mestre em Educação,  sob a orientação do Prof. Dr. Décio Azevedo  Marques de Saes. . São Bernardo do Campo, SP  2008.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA  F391e . Fernandes, Magali  Extensão universitária: o jogo entre as teorias institucionais  e as motivações pessoais / Magali Fernandes. 2008.  239 f.  Dissertação (mestrado em Educação) ­­Faculdade de  Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo,  São Bernardo do Campo, 2008.  Orientação: Décio Azevedo Marques Saes  1. Extensão universitária  2. Motivação (Educação)  3. Política educacional  I.Título.  CDD 379.

(4) DEDICATÓRIA  Ao meu amor, companheiro  e cúmplice Roque Monteleone Neto.  Que me amou, me apoiou  e me aturou  durante este parto.

(5) AGRADECIMENTOS  As  Andréas,  Renatas,  Sandras,  Isabeis  e  Naiaras  que  passaram  pela  minha  vida,  ontem, hoje e sempre. . Ao  meu filho  Vinícius  Fernandes  Paz que  teve  paciência  comigo e  com as  minhas  neuras, neste inacabável processo de criação. . Ao  meu  GRUPO,  Silvana  Lopes  Sanches,  Margarete  Mafra  e  Mireilli  Sant  Anna,  porque sem elas eu não teria descoberto o verdadeiro significado deste mestrado, e  sem  elas  eu  não  teria  chegado  ao  objetivo  final.  E  a  Eliana  Mariano  Rosa  a  mais  nova integrante do nosso GRUPO. . As  minhas  amigas  e  parceiras  de  trabalho  Rose  e  Georgette  que  são  mestres  de  verdade e de fato. . A todos os alunos extensionistas que colaboraram para a realização desta pesquisa. . Ao prof. Décio Saes, meu orientador, pelas oportunas e valiosas considerações. . Ao  Prof.  Joaquim  Barbosa  que  me  mostrou  caminhos  com  sua  simplicidade  sofisticada. . Ao  Prof.  Rômulo  Nascimento  que  confiou  em  mim  e  em  meu  trabalho  em  sala  de  aula, e me ajudou a ser a profissional que sou hoje.  Ao Prof. Danilo, que me instigou com suas palavras, em suas aulas, a entender que  o caminho é um só e que o ceticismo e o cinismo também têm alma, também sabem  por onde ir e principalmente como ir. Desde que, você saiba o sentido da jornada..

(6) “O X da questão é o processo  e não o objetivo”.  Leon Trotsky.

(7) SUMÁRIO . INTRODUÇÃO.................................................................................................... . 13 . CAPÍTULO I ­ EXTENSAO UNIVERSITARIA.................................................... . 24 . 1.1. Políticas e Conceitos............................................................................... . 25 . 1.2. Marco Jurídico da Extensão Universitária............................................... . 27 . 1.3. FORPROEX............................................................................................ . 28 . 1.3.1. Áreas Temáticas............................................................................ . 30 . 1.3.2. Linhas de Extensão........................................................................ . 30 . 1.3.3. Ações de Extensão........................................................................ . 31 . 1.4. PROEXT.................................................................................................. . 32 . 1.5. FOREXP.................................................................................................. . 34 . 1.6. ForExt...................................................................................................... . 35 . CAPÍTULO II ­ IDENTIDADE  INSTITUCIONAL E  POLÍTICAS DE  EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA.................................................. . 38 . 2.1. Identidade Legitimadora e Coletiva......................................................... . 39 . 2.2. A Universidade........................................................................................ . 41 . 2.3. Plano de Desenvolvimento Institucional.................................................. . 42 . 2.4. Metodologia Institucional......................................................................... . 44 . 2.5. Pró­Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários............................... . 46 . 2.6. Avaliação Institucional............................................................................. . 47 . 2.7. Os Programas de Extensão.................................................................... . 49 . 2.7.1. Programa 1 – P1............................................................................ . 50 . 2.7.2. Projeto 2 – P2................................................................................. . 51 . 2.8. Perfil do Aluno Extencionista................................................................... . 53 . CAPÍTULO III – POLÍTICAS............................................................................... . 57 . 3.1. A Interligação.......................................................................................... . 58.

(8) 3.2. As Nomenclaturas................................................................................... . 58 . 3.3. O Fluxograma.......................................................................................... . 60 . 3.4. A Categoria: Políticas.............................................................................. . 61 . 3.4.1. Conceito de Extensão Universitária [alunos P1]............................ . 61 . 3.4.2. Conceito de Extensão Universitária [alunos P2]............................ . 62 . 3.4.3. Objetivo do Programa ou Projeto [gestoras do P1 e do P2].......... . 64 . 3.4.4. Objetivo do Programa ou Projeto [alunos P1]................................ . 66 . 3.4.5. Objetivo do Programa ou Projeto [alunos P2]................................ . 67 . 3.4.6. A Concepção de Extensão: Ativismo Político; Assistencialismo;  Marketing Institucional [gestoras do P1 e do P2]......................................  3.4.7. A Concepção de Extensão: Ativismo Político; Assistencialismo;  Marketing Institucional [alunos P1]...........................................................  3.4.8. A Concepção de Extensão: Ativismo Político; Assistencialismo;  Marketing Institucional [alunos P2]........................................................... . 71  74 . 75 . 3.4.9. Envolvimento pessoal dos alunos [gestoras do P1 e do P2]......... . 78 . 3.4.10. Apoio Institucional – Bolsa Auxílio [gestoras do P1 e do P2]....... . 84 . 3.4.11. Motivados Por Questões Pessoais; Assistenciais ou  Institucionais [alunos do P1].....................................................................  3.4.12. Motivados Por Questões Pessoais; Assistenciais ou  Institucionais [alunos do P2]..................................................................... . 88 . 89 . CAPÍTULO IV ­ TRIPÉ: ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO........................... . 92 . 4.1. A Interligação.......................................................................................... . 93 . 4.2. O Fluxograma.......................................................................................... . 94 . 4.3. A Categoria: Pesquisa, Ensino e Extensão............................................. . 95 . 4.3.1. Metodologias do Programa ou Projeto [gestoras do P1 e do P2].. . 97 . 4.3.2. Metodologias que o Aluno Executa [gestoras do P1 e do P2]....... . 97 . 4.3.3. Ações  Interdisciplinares [gestoras do P1 e do P2]........................ . 101 . 4.3.4. Ações Interdisciplinares [alunos do P1]......................................... . 105 . 4.3.5. Ações Interdisciplinares [alunos do P2]......................................... . 107.

(9) 4.3.6. Metodologias que o Aluno Executa [alunos do P1]........................ . 109 . 4.3.7. Metodologias que o Aluno Executa [alunos do P1]........................ . 112 . 4.3.8. Processo de Registro [gestoras do P1 e do P2]............................ . 116 . 4.3.9. Processo de Registro [alunos do P1]............................................. . 118 . 4.3.10. Processo de Registro [alunos do P2]........................................... . 119 . 4.3.11. Articulação Entre Ensino, Pesquisa e Extensão [gestoras do P1  124  e P2]..........................................................................................................  4.3.12. Produto Final do Programa ou Projeto [alunos do P1]................. . 127 . 4.3.13. Produto Final do Programa ou Projeto [alunos do P2]................. . 129 . 4.3.14. Efeito Interação – Extensão X Atividades Acadêmicas [alunos  do P1]........................................................................................................  131  4.3.15. Efeito Interação – Extensão X Atividades Acadêmicas [alunos  134  do P2]........................................................................................................  CAPÍTULO V ­ MOTIVAÇÕES & MOTIVAÇÕES.............................................. . 137 . 5.1. A Interligação.......................................................................................... . 138 . 5.2. O Fluxograma..........................................................................................  139  5.3. A Categoria: Motivações e Motivações...................................................  140  5.3.1. Envolvimento no Programa [alunos do P1].................................... . 140 . 5.3.2. Envolvimento no Programa [alunos do P2].................................... . 141 . 5.3.3. Motivações Pessoais [alunos do P1]..............................................  143  5.3.4. Motivações Pessoais [alunos do P2]..............................................  147  5.3.5. O Momento Difícil do Processo [alunos do P1].............................. . 151 . 5.3.6. O Momento Difícil do Processo [alunos do P2].............................. . 153 . 5.3.7. O Retorno à Sala de Aula Depois do Trabalho [alunos do P1]...... . 155 . 5.3.8. O Retorno à Sala de Aula Depois do Trabalho [alunos do P2]...... . 157 . 5.3.9. Influência na Identidade Socio­Política [alunos do P1].................. . 160 . 5.3.10. Influência na Identidade Socio­Política [alunos do P2]................ . 162 . 5.3.11. Aquisição Profissional e Pessoal [ alunos do P1]........................ . 164 . 5.3.12. Aquisição Profissional e Pessoal [alunos do P2]......................... . 166.

(10) 5.3.13. Efeito Interação – Extensão X Atividades Acadêmicas [gestoras  P1, P2]...................................................................................................... . 170 . CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................  175  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. . 179 . APÊNDICES....................................................................................................... . 185 . Apêndice 1 ­  Perguntas da Entrevista com os Alunos....................................... . 186 . Apêndice 2 ­ Transcrição na Íntegra da Entrevista com o Pro­Reitor de  Extensão............................................................................................................. . 187 . Apêndice 3 ­ Transcrição na Íntegra da Entrevista com a Gestora do P1.......... . 197 . Apêndice 4 ­ Transcrição na Íntegra da Entrevista com a Gestora do P2.......... . 205 . Apêndice 5 ­ Transcrição na Integra da Entrevista com Aluna [A1] do P1......... . 212 . Apêndice 6 ­ Transcrição na Integra da Entrevista com Aluno [A6] do P1......... . 216 . Apêndice 7 ­ Transcrição na Integra da Entrevista com Aluna [B2] do P2......... . 220 . Apêndice 8 ­ Transcrição na Integra da Entrevista com Aluno [B7] do P2......... . 227 . ANEXO............................................................................................................... . 230 . Anexo 1 ­ Linhas de Extensão FORPROEX....................................................... . 231.

(11) RESUMO  FERNANDES,  Magali.  Extensão  Universitária:  o  jogo  entre  as  teorias  institucionais  e  as  motivações pessoais. São Bernardo do Campo: UMESP, 2008, 240p. . A  temática  desta  pesquisa  refere­se  ao  estabelecimento  de  relações  entre  o  institucional  e  o  pessoal,  a  partir  das  teorias  e  práticas  de  Extensão  Universitária,  contextualizadas  em  uma  determinada  instituição  de  Ensino  Superior,  da  rede  particular  do  Estado  de  São  Paulo.  O  seu  objetivo  é,  através  da  explicitação  da  política  institucional  de  Extensão  Universitária,  analisar  e  comparar  as  motivações  pessoais e o perfil psicossocial dos alunos extensionistas, e observar como estes se  relacionam, por meio da extensão, com o ensino, com a pesquisa e com as políticas  institucionais  estabelecidas.  Foram  entrevistados  o  Pró­Reitor  de  Extensão,  Coordenadores  de  Programas  de  Extensão  e  alunos  extensionistas  e  utilizou­se  o  método  da  análise  comparativa  dos  conteúdos.  Como  procedimento  metodológico  de análise  tomou­se  o  conjunto  de informações  recolhidas  junto  aos  entrevistados,  que foram organizadas em três grandes categorias: Política Institucional; Extensão,  Pesquisa e Ensino;  e Motivações.  Concluiu­se que as especificidades das políticas  institucionais  e  das  características  pedagógicas  da  Extensão  Universitária  da  Instituição  influenciam  e  podem  determinar  formas  de  atuação  dos  alunos  extencionistas,  que  são  movidos  por  fatores  motivacionais  que  transitam  entre  o  olhar assistencial filantrópico, a motivação profissional e a  militância política,  tendo  como norte o contexto cultural, político e socia, no qual estão inseridos, dentro e fora  da Universidade, e que se manifestam no contato com o trabalho extencionista..

(12) ABSTRACT  FERNANDES,  Magali.  Extra­mural  university  activities:  the  interplay  among  the  institutional  theories  and  the  personal  motivations.  São  Bernardo  do  Campo:  UMESP, 2008, 240 p. . The  thematic  subject  of  this  research  refers  to  the  establishment  of  possible  relationship  among  the  institutional  and  personals  aspects,  taken  from  the  theories  and  practices  of  the  extra­mural  activities  a Universities  of  the  private  sector  of  the  State of São Paulo. Presenting the institutional policy of the extra­mural activities, the  objective is  to analyze and compare the personal motivations and the psycho­social  profile of the involved students and observe how they establish the interplay among  extra­mural,  teaching,  research  activities  and  the  institutional  policies  established.  Interviews  with  the  Vice­Rector  for  Extramural  activities,  Program  Coordinators and  involved  students  were  made  and  the  comparison  of  contents  method  of  analysis  were  used.  The  procedures  of  the  methodological  analysis  took  into  consideration  the  information  as  whole  obtained  through  the  interviews  and  organized  into  three  main categories: Institutional Policies; Extra­mural activities, Research and Teaching  and  Motivations. It  is concluded  that the specificities  of  the  institutional  policies and  the  pedagogic  characteristics  of  the  Extramural  activities  have  influence  and  may  determine  on  how  the  involved  students  act,  that  they  are  motivated  by  either  their  philanthropic  feelings,  professional  motivations  or  political  militancy,  guided  by  cultural,  political  and  social  context  they  belong  to,  inside  or  outside  the  University,  and that show up during their contact with the extramural activities..

(13) LISTA DE ABREVIATURAS  ABESC  ­  Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas  CAPES ­  Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  CNE  ­  Conselho Nacional de Educação  CNPq  ­  Conselho Nacional de Pesquisa  EJA  ­  Educação de Jovens e Adultos  FOREXP  ­  Forum de Extensão das IES Particulares  ForExt  ­  Fórum  Nacional  de    Extensão  e  Ação  Comunitária  das  Universidades  e  Instituições de Ensino Superior Comunitárias  FORPROEX  ­  Fórum  de  Pró­Reitores  de  Extensão  das  Universidades  Públicas  Brasileiras  FUNADESP ­ Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular  IES  ­  Instituição de Ensino Superior . LDB ­  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional  MEC  ­  Ministério da Educação e Cultura . PDI  ­  Plano de Desenvolvimento Institucional  PREAC  ­  Pró­Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários  PROEXT  ­  Programa de Apoio à Extensão Universitária  RENEX  ­  Rede Nacional de Extensão  SESu  ­  Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação . SIEX/Brasil  ­  Sistema de Informação em Extensão Universitária na Web  SINAES  ­  Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.

(14) Introdução.

(15) 13 . INTRODUÇÃO . A  Extensão  Universitária  e  suas  atuais  políticas  de  viabilização  são  temas  explorados  e  trabalhados  por  diversos  órgãos  educacionais,  sejam  de  natureza  pública ou privada. O tripé ensino, pesquisa e extensão, e sua prática, de fato e de  direito, é a meta perseguida por universidades espalhadas pelo Brasil.  Tradicionalmente,  os  programas  de  extensão  representam  uma  das  funções  básicas  da  universidade  ao  lado  do  Ensino  e  da  Pesquisa,  que  no  seu  conjunto  formam a base de sua finalidade social e humanística.  Atualmente,  segundo  o  Plano  Nacional  de  Extensão  elaborado  pelos  pró­  reitores  das  universidades  públicas  brasileiras  e,  hoje,  apoiado  pelo  MEC,  a  atividade  de  extensão  é:  “prática  acadêmica  que  interliga a Universidade  nas suas . atividades  de  ensino  e  de  pesquisa,  com  demandas  da  maioria  da  população,  e  possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à  sociedade como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para  a superação das desigualdades sociais existentes”.  Assim,  torna­se  importante  perceber  o  contexto  no  qual  a  Universidade  se  insere  como  uma  instituição  educacional  compreendida  por  um  conjunto  de  processos pedagógicos e de socialização que se realizam no seu cotidiano, onde a  sociedade atribui funções educativas formais e sistemáticas, um saber especializado  que  conduz  a  uma  formação  intelectual  geradora  de  conhecimentos  que,  como  produção social, tem valor político e ideológico.  A  temática  desta  pesquisa  refere­se  às  relações  entre  o  marco  político­  institucional  e  as  motivações  pessoais,  observadas  a  partir  das  teorias  e  práticas  estabelecidas nas atividades de extensão universitária, contextualizadas no espaço  de  uma  determinada  instituição  de  ensino  superior,  da  rede  privada,  do  Estado  de  São Paulo.  O objetivo desta pesquisa é, através da explicitação da política institucional de  Extensão  Universitária  da  universidade  pesquisada,  comparar  e  analisar  as  motivações pessoais e o perfil psicossocial de cada aluno extensionista, observando.

(16) 14 . como estes se relacionam, por meio da extensão, com o ensino, com a pesquisa e  com as próprias políticas institucionais.  A  Extensão  Universitária  apresenta­se  como  um  conceito  em  construção  permanente, a partir do momento em que uma concepção de extensão passa a ser  assumida  pelos  sujeitos  de  sua  prática,  definem­se  caminhos  que  podem  ser  trilhados. Professores e alunos participam, desenvolvem e se dedicam a programas  de  extensão  institucionalizados,  que  têm  como  pressupostos  atender  às  expectativas que a sociedade tem em relação à atuação da universidade.  É  na  relação  aluno&universidade  que  a  extensão  universitária  torna­se  uma  prática acadêmica.  Espera­se que esta pesquisa ofereça, através de um olhar diferenciado, uma  observação atenta do que impulsiona o trabalho com extensão, das relações que se  processam . institucionalmente . e . das . práticas . pessoais . vivenciadas . e . contextualizadas no ambiente universitário e ou por meio dele.  Este trabalho é composto das seguintes partes abaixo relacionadas. . Introdução.  Capítulo  I  ­  Extensão  Universitária  ­  Políticas  e  Conceitos,  através  de  uma  pesquisa  bibliográfica,  procura­se  identificar  a  Extensão  Universitária  no  sentido  educativo,  cultural  e  científico,  que  articula  o  Ensino,  a  Pesquisa  e  a  Extensão,  através  de  conceitos  estabelecidos  por  diferentes  foros  públicos  e  privados  que  realizam e oferecem propostas políticas, análises, estratégias, apoio e divulgação de  questões relativas à Extensão. . Capítulo II ­ Políticas de Extensão Universitária e Identidade Institucional faz­  se um breve ensaio sobre diferentes aspectos da Universidade objeto deste estudo:  Infra­Estrutura,  Metodologia  Institucional,  Pró­reitoria  de  Extensão  e  Assuntos  Comunitários  e  Avaliação  Institucional  das  políticas  de  Extensão  Universitária.  As  características  principais  dos  Programas  de  Extensão  que  foram  pesquisados  na  Universidade  também  são  relatadas.  Este  capítulo  destina­se  a  traçar  um  perfil  resumido  da  identidade  da  instituição  de  ensino,  onde  se  identificam  os.

(17) 15 . pressupostos  da  política  de  extensão,  proposta  teoricamente  pela  instituição  pesquisada, e como esta se traduz em seus Programas de Extensão Universitária. . No Capítulo. III – Políticas pretende­se realizar a observação, comparação e a  interpretação das relações político­institucionais com a prática extensionista exercida  pelos alunos. . No Capítulo IV – O tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão, pretende­se analisar e  interpretar  das  relações  entre  ensino,  pesquisa  e  extensão,  tendo  como  foco  principal  a  extensão,  como  viabilizadora  do  ensino  e  da  pesquisa  exercida  pelos  alunos extensionistas. . No Capítulo V – Motivações & Motivações, pretende­se comparar e interpretar  as  relações  motivacionais  que  mobilizam  algumas  pessoas,  que  possuem  um  determinado  perfil  psicossocial  e  que  efetivamente  trabalham  no  Programa  ou  Projeto de Extensão pesquisado. . Considerações Finais, por fim, com base no que foi observado, pesquisado e  analisado tecemos reflexões e comentários que encerram este trabalho. . Referencias  Bibliográficas,  que  embasaram  as  pesquisas  e  as  reflexões  contidos neste trabalho. . Apêndices,  compostos  das  transcrições  integrais  das  entrevistas  feitas  com  os participantes da pesquisa e o anexo de documentos pertinentes à pesquisa..

(18) 16 . Referencial Teórico Metodológico  Este  estudo  buscou  premissas  e  pressupostos  que  tivessem  a  vinculação  entre o saber teórico e o saber prático, e na escolha de uma metodologia inspirada  no paradigma qualitativo.  Para  situar  a  Extensão  Universitária  no  contexto  da  Educação  Nacional,  considerou­se  o  trabalho  realizado  por  Gurgel  (1986)  e  o  olhar  que  enxerga  a  extensão universitária tanto como fruto da organização administrativa formal, quanto  como  uma  iniciativa  de  professores  e  alunos,  conjunta  ou  isoladamente  em  suas  categorias  funcionais.  Este  ponto  de  partida,  pelo  referencial  que  oferece  e  pelas  possibilidades  que  levanta  de  análise  crítica,  impulsionou  a  busca  da  identificação  teórica  e  prática da política de Extensão Universitária, que  atualmente  é  idealizada  em instituições públicas e privadas de Ensino Superior.  Consideram­se  as  idéias  desenvolvidas  por  Botomé,  que  confere  caráter  e,  forma, à linha norteadora de investigação do que vem a ser a extensão universitária  na atualidade, “uma administração séria e responsável precisa pensar e agir à luz do  conhecimento  já  disponível  e  desenvolver  uma  práxis  consistente  e  não  apenas  “ocupar espaços” com truques e técnicas políticas”. (Botomé, 1996, p.45)  O  exame  dos  conceitos  poderá  levar  a  identificar  quem  faz  e  o  que  são  as  ações  que  recebem  o  nome  de  “extensão  universitária”,  localizando­as  em  um  sistema de relações sociais que lhes dá consistência e significado. “A extensão pode  ser  vista  como  uma  parte  do  fazer  humano  que  é  realizado  pela  Universidade”  (Botomé, 1996, p.36)  Como orientação geral, serão considerados o comportamento, a relação entre  aquilo  que  uma  pessoa  faz,  as  características  da  situação  em  que  o  faz  e  o  que  decorre desse fazer na situação em que tal atuação se insere. (Botomé, 1981)  Comportamentos são motivados ou não. Segundo Bzuneck (2001), as teorias  cognitivas  da  Motivação 1  apontam  a  existência  de  orientações  motivacionais  Intrínsecas e Extrínsecas. . 1 . Conjunto  de  processos  que  dão  ao  comportamento  uma  intensidade,  uma  direção  determinada  e  uma forma de desenvolvimento próprias da atividade individual. [Dicionário Houaiss].

(19) 17 . Um  indivíduo  que  apresenta  orientação  motivacional  intrínseca  realiza  uma  atividade por satisfação e interesse, sendo movido a agir pelo desafio da atividade e  não  por  pressões  ou  recompensas.  Guimarães  (2001)  afirma  que  a  motivação  intrínseca refere­se à escolha e realização de determinada atividade por sua própria  causa,  por  esta  ser  interessante,  atraente  ou,  de  alguma  forma,  geradora  de  satisfação.  Guimarães enfatiza que:  Diversos  autores,  como  De  Charms  (1984),  Ryan,  Connel  e  Deci  (1985), destacam  a autodeterminação como sendo uma necessidade  humana  inata  relacionada  à  motivação  intrínseca.  Segundo  essa  perspectiva,  as  pessoas  seriam  naturalmente  propensas  a  realizar  uma  atividade  por  acreditarem  que  o  fazem  por  vontade  própria,  porque  assim  o  desejam  e  não  por  serem  obrigadas  por  força  de  demandas  externas.  A  pessoa  age  de  forma  intencional  com  o  objetivo de produzir alguma mudança. (2001, p.40­41) . A  motivação extrínseca tem sido definida como  motivação para trabalhar em  resposta  a  algo  externo  à  tarefa  ou  atividade,  como  para  a  obtenção  de  recompensas  materiais  ou  sociais,  de  reconhecimento,  objetivando  atender  aos  comandos  ou  pressões  de  outras  pessoas  ou  para  demonstrar  competências.  Quanto  à  motivação  extrínseca,  cabe  lembrar  que  a  maioria  das  atividades  desenvolvidas  pelos  indivíduos,  em  sociedade,  são  impulsionadas  por  fatores  externos (Guimarães, 2001).  A  motivação  cobre  grande  variedade  de  formas  comportamentais.  A  diversidade  de  interesse  percebida  entre  indivíduos  permite  aceitar,  de  forma  razoavelmente  clara, que as  pessoas  não  fazem as  mesmas coisas pelas  mesmas  razões (Bergamini, 2006).  O ser  humano não  se submete  passivamente ao  desempenho de  atividades  que  lhe  sejam  impostas  e  que,  por  conseguinte,  não  tenham  para  ele  nenhum  significado.  A  motivação  para  um  trabalho  depende  do  significado  que  cada  qual  atribui a essa atividade.  De  acordo com  Guimarães  (2001)  existem  diferentes níveis de  regulação  da  motivação extrínseca, que se desenvolvem através de um continuum, ressaltando a  tendência  humana  de  integrar  e  internalizar  comportamentos  intrinsecamente.

(20) 18 . motivados.  Os  níveis  seriam:  regulação  externa,  regulação  introjetada,  regulação  identificada e regulação integrada.  Ø  Regulação  externa:  no  ponto  inicial,  o  estudante  buscaria  razões  externas,  como  pressões,  incentivos  ou  recompensas  para  justificar seu envolvimento: “posso ter problemas se não o fizer”.  Ø  Regulação  introjetada:  no  segundo  nível,  é  interna  ao  estudante  porque  não  necessita  da  presença  concreta  do  controle  externo,  mas  permanece  separada  dos  propósitos  ou  desejos  do  próprio indivíduo: “vou­me sentir culpado se não fizer”.  Ø  Regulação  identificada:  o  comportamento  e  aceito  como  pessoal: “envolvo­me porque acho importante fazê­lo”.  Ø  Regulação integrada: o nível mais elevado do desenvolvimento,  refere­se  ao  caráter  autônomo  e  auto­determinado  da  motivação  extrínseca.  As  pressões  ou  incentivos  externos  são,  nesse  caso,  percebidos  como  fonte  de  informação  sobre  ações  importantes  a  serem  cumpridas  e  não  como  coerção.  Os  indicadores  de  sua  ocorrência  são  os  mesmo  da  motivação  intrínseca,  ou  seja,  a  flexibilidade  cognitiva,  o  processamento  profundo  de informações  e  criatividade. (Guimarães, 2001, p.47) . Outro  fator  de  referência  é  a  motivação  que  advêm  de  fatores  psicossociais  que mobilizam cada sujeito, assim, Sberga considera que: . Estudos realizados nos últimos anos ressaltam características como  altruísmo,  reciprocidade  e  troca  simbólica,  que  são  categorias  fundamentais  para  compreender  a  troca  gratuita,  desinteressada  e  de paridade, de algumas formas organizadas, para construir o bem  social. (2001, p.126)  (...)  O  fator  que  impulsiona  o  altruísmo  se  encontra  nas  normas  da  responsabilidade  social,  devido  às  quais  o  indivíduo  se  sente  obrigado a ajudar os próprios semelhantes em dificuldade, dentro do  relacionamento entre os sujeitos.  O  Conceito  de  reciprocidade,  o  qual  exige  um  relacionamento  de  partilha,  de  troca,  que  pode  se  prolongar  no  tempo  e  é  indeterminado a respeito do que vem em restituição.  A troca simbólica, ou seja, o dar ao outro aquilo que se sabe ou se  pensa que o outro necessita, na certeza de que o outro restituirá no  momento  oportuno,  satisfazendo,  com  um  equivalente  ou  quase  equivalente simbólico. (Idem, p.127).

(21) 19 . Na  ótica  dessas  três  categorias  interpretativas:  troca,  reciprocidade  e  altruísmo, é possível identificar certos perfis dos alunos extensionistas, relacionados  ao tipo de motivação que  impulsionam  uma  pessoa a agir  e que,  de alguma  forma  podem, estar ligados à definição do curso de graduação ao qual pertencem.  Para Botomé (1996) a atuação do aluno na sociedade pode ser de um tipo ou  de outro conforme as características do ensino que recebe (ou a que foi submetido)  na  Universidade.  As  pessoas  aprendem  a  transformar  conhecimento  e  informação  em comportamentos. É através do ensino que muitas pessoas aprendem a utilizar o  conhecimento  para  agir  de  formas  específicas  quando  se  defrontam  com  determinadas circunstâncias na realidade social onde vivem.  Botomé ainda salienta que:  Em  lugar  de  ser  “mão”,  “tripé”,  “via”  ou  “estrada”,  é  melhor  que  a  extensão seja definida, não por metáforas que dão uma idéia vaga,  provocando  envolvimento  emocional  e  impacto  social,  mas  pelas  propriedades  essenciais  ou,  pelo  menos,  mais  importantes  do  conceito. Parece ser mais significativo defini­la como parte inerente  da pesquisa e do ensino conforme já foi proposto por vários autores  (Gurgel,  1986).  O  acesso  ao  conhecimento  que  a  universidade  produz  e domina deve  ser o  aspecto  mais importante para orientar  os  trabalhos que possam  ser feitos sob  o  rótulo de  “extensão”.  Tal  acesso, porém, deve  ser considerada  uma  característica  do ensino  (para  o  ensino  ser  meio  de  acesso  ao  conhecimento  ele  próprio  precisa  ser  acessível  a  todos)  e  uma  etapa  inerente  ao  próprio  processo de produção de conhecimento (pesquisar). (1996, p.181) . Hipótese  Independentemente  das  proposições  da  Instituição  quanto  à  extensão,  é  a  partir  da  inserção  e  atuação  do  aluno  que  se  manifestam  o  tríplice  caráter  motivacional: filantrópico, profissional e militância política. . Metodologia  Quanto à forma de abordagem:   Pretende­se  usar  a  pesquisa  de  opinião  com  vistas  às  motivações  dos  agentes envolvidos em programas de extensão. . Quanto aos sujeitos:.

(22) 20 . Os  sujeitos  desta  pesquisa  são  alunos  de  dois  cursos  da  universidade  em  questão, gestores de projetos de extensão e o Pró­reitor de extensão. . Quanto à coleta de materiais :  Entrevista  semi­estruturada:  que  servirá  de  ferramenta  não  apenas  para  coleta de dados, mas também com objetivos voltados para análise e orientação.  A  opção pela  aplicação da técnica de entrevista semi­estruturada se  justifica  pela  necessidade  de  captar  os  relatos  da  história  vivida  dos  entrevistados,  pois  segundo Triviños:  A  pesquisa  semi­estruturada  parte  de  certos  questionamentos  básicos,  apoiados  em  teorias  e  hipóteses,  que  interessam  à  pesquisa,  e  que,  em  seguida  oferecem  amplo  campo  de  interrogativas, fruto de novas hipóteses que vão surgindo à medida  que ser recebem as respostas do informante (1995, p. 146). . Quanto aos critérios utilizados para a seleção dos entrevistados :  Os alunos extensionistas foram selecionados de duas formas distintas, pois o  programa e ou projeto pesquisados têm características diferentes quanto ao critério  de participação dos alunos. . Quanto ao Programa e ao Projeto pesquisado:  No  P1  (Programa  relacionado  ao  EJA),  os  entrevistados  compõem  uma  equipe  de  trabalho 2 ,  que  se  mantém  durante  o  percurso  e  duração  do  programa,  formada por seis pessoas, sendo cinco mulheres e um homem, com idades entre de  19  a  26  anos.  As  entrevistas  se  deram  no  horário  e  local  de  atuação  dos  alunos,  mas em uma sala de aula em separado, com a presença apenas do entrevistado e  da entrevistadora.  No  P2  (Projeto  relacionado  ao  curso  de  Administração  de  Empresa),  os  entrevistados  foram  selecionados  aleatoriamente,  sendo  que,  alguns,  faziam  parte . 2 . A  equipe  total  de  alfabetizadores  do  Programa  é  maior,  mas  estes  alfabetizadores  trabalham  em  empresas ou instituições que estão fora do espaço físico da Universidade, e não foram contemplados  nesta escolha dos sujeitos..

(23) 21 . de  equipes 3  de  trabalhos  diferentes,  num  total  de  sete  pessoas,  três  homens  e  quatro mulheres, com idades entre 18 e 28 anos. As entrevistas se deram no horário  de aula e em sala de aula, pois os alunos estavam fazendo a apresentação final de  seus trabalhos para as outras equipes. . Os procedimentos metodológicos foram realizados em seis fases distintas, a  saber:  1.  Levantamento  do  quadro  teórico  pela  literatura  bibliográfica,  elaborada  a  partir  de  material  já  publicado,  constituído  principalmente  em  livros,  artigos  de  periódicos  especializados,  jornais  e  revistas  nos  últimos  cinco  anos  e  material  disponibilizado pela Internet  2.  Identificação  e reconhecimento  do que é extensão universitária no âmbito  do Ensino Nacional;  3.  Identificação  e  reconhecimento  da  extensão  universitária  na  universidade  pesquisada;  4. Entrevista com o Pró­reitor de assuntos comunitários, gestores e alunos;  5. Análise dos dados primários e secundários recolhidos na pesquisa;  6. Interpretação referencial. . O movimento de análise das entrevistas  A  temática  desta  pesquisa  se  refere  a  estabelecer  relações  entre  o  institucional  e  o  pessoal,  a  partir  das  teorias  e  práticas  estabelecidas  na  extensão  universitária, e que são contextualizadas no espaço de uma determinada instituição  de ensino superior, da rede privada, do Estado de São Paulo.  O objetivo desta pesquisa é, através da explicitação da política institucional de  Extensão  Universitária  na  universidade  pesquisada,  comparar  e  analisar  as  motivações pessoais e o perfil psicossocial de cada aluno extensionista, observando  como estes se relacionam, por meio da extensão, com o ensino, com a pesquisa e  com as próprias políticas institucionais. . 3 . O referido programa de extensão é desenvolvido também em sala de aula e, as classes por serem  numerosas,  em  cursos  de  Administração  de  Empresas,  tem  o  contingente  de  alunos  dividido  em  várias equipes de trabalho. No caso desta sala eram 10 equipes..

(24) 22 . A  partir  destas  questões  norteadoras,  a  análise  das  entrevistas  feitas  com  gestores e alunos foi referenciada teoricamente.  O movimento de análise foi: “a partir da explicitação dos significados, elaborar  as categorias.  Estas  foram  agrupadas  aos  temas  referidos.  Para  discutir  os  temas,  voltou­se  às  categorias  e,  na  redação  final,  foram  utilizados  trechos  dos  depoimentos para dar suporte às interpretações” (Szymanky, 2002, p.81).  Utilizou­se, como procedimento metodológico de análise: tomar o conjunto de  informações  recolhidas  junto  aos  entrevistados  e  organizá­las;  primeiramente,  nas  três grandes categorias 4 . Os temas finais foram gerados por estas categorias.  Cada uma destas categorias tem o seu objetivo, a seguir a descrição: . 1. Política Institucional:  Tem  como  objetivo  relacionar  políticas  e  conceitos  sobre  Extensão  Universitária  que  qualificam  os  procedimentos  adotados  e  identificar  a  política  institucional de Extensão Universitária da universidade pesquisada. . 2. Extensão, pesquisa e ensino:  Tem como objetivo à contextualização do tripé: ensino, pesquisa e extensão,  sua  indissociabilidade,  as  metodologias  e  práticas  utilizadas  na  execução  dos  programas pesquisados. . 3. Motivações:  Tem  como  objetivo  interpretar  as  motivações  que  os  participantes  dos  programas  vivenciam  e  identificam  na  elaboração  e  construção  do  trabalho  extensionista, e como estas se relacionam com o ensino, com a pesquisa e com as  suas realizações pessoais. . Sobre a análise das categorias:  As  categorias  propostas  possibilitam  a  exploração  das  várias  faces  do  contexto, onde se apresenta a realidade da trama. . 4 . Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: filosofia.  em Immanuel Kant (1724­1804), cada um  dos conceitos fundamentais do entendimento puro (unidade, pluralidade, totalidade etc.), que são  formas a priori capazes de constituir os objetos do conhecimento.[Dicionário Houaiss].

(25) 23 . Mas,  para  que  a  análise  traga  à  tona  a  realidade  fez­se  necessário  que  as  perguntas fossem intercaladas, independentes de sua categoria, evidenciando assim  a  interdependência com  o  contexto  e viabilizando  a  comparação entre a  teoria  e  a  prática, gerando assim temas de análise para as comparações.  O  procedimento  adotado  para  a  análise  será  de:  organizadas  as  falas  dos  entrevistados, considerar os significados destes depoimentos, a partir de momentos  dos  discursos,  tendo  como  fundamentação  o  referencial  teórico  adotado,  autores  que compõem um quadro crítico na elaboração dos raciocínios.  A  expressão  da  compreensão  do  discurso  do  entrevistado  tem  um  caráter  descritivo e de síntese da informação recebida (Szymanky, 2002).  Para  que,  as  relações  de  comparação  possam  ser  exploradas,  adotou­se  a  seguinte forma de exposição:  Ø . Apresentação  de  um  diagrama  que  permita  a  interpretação  prévia  da . interligação feita entre as perguntas.  Ø . Apresentação  de  quadros  comparativos,  que  são  compostos  pela . pergunta e pela síntese da sua resposta, sendo, alguns de depoimentos dados por  gestoras dos programas e outros de depoimentos dados por alunos.  Ø . Intercalar estes quadros, na medida em que as categorias se interligam . e seguir uma linha de análise referente ao tema gerado.  Ø . Contextualizar,  na  análise  dos  temas,  momentos  do  discurso  do  Pró­ . reitor  de  extensão  e  assuntos  comunitários,  na  medida  em  que  se  façam  necessários, diante do assunto em questão.  As categorias serão temas dos capítulos III, IV e V.  O  roteiro  das  perguntas  feitas  nas  entrevistas  com  os  extensionistas,  encontra­se no apêndice 2..

(26) 24 . Capítulo I.

(27) 25 . CAPÍTULO  I  ­  EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA . 1.1. Políticas e Conceitos . A  extensão  universitária  pressupõe  uma  ação  junto  à  comunidade,  disponibilizando  ao  público  externo  à  Instituição  o  conhecimento  adquirido  com  o  ensino  e  a  pesquisa  desenvolvidos  na  Universidade.  Essa  ação  produz  aum  novo  conhecimento  a  ser  trabalhado e  articulado; assim  a  extensão seria  o  elemento  de  ligação entre a instituição de ensino superior e a sociedade em que se insere.  Gurgel (1986) procurou delinear a forma como a extensão universitária surgiu  no  país  e  sua  evolução  no  contexto  das  instituições  de  ensino  superior,  o  autor  indica  que  há  duas  vertentes  para  a  concepção  da  extensão:  “(1)  a  das  universidades  populares  da  Europa  no  século  XIX  (aproximação  com  a  população  para  ilustrá­la),  que surgiu como resultado do esforço autônomo  dos  intelectuais,  e  (2) a das universidades americanas (orientada pela idéia da prestação de serviços),  gerada  pela  iniciativa  oficial  de  instituições”  (Gurgel,  1986,  p.32­71).  Em  uma  vertente  predomina  a  ênfase  “culturalista”,  no  sentido  de  “ilustrar  o  homem  ignorante”, colocando­o em contato com o “saber”, com a “cultura, com aquilo que a  Universidade tem ou domina. A segunda vertente tem uma orientação mais voltada  para  a  utilização  do  conhecimento  (do  “saber”  e  da  “cultura”)  na  própria  atividade  social  e  diária  das  pessoas.  Botomé  observa:  “As  duas  vertentes  vão  combinar­se  de  formas  variadas  para  compor  a  experiência  da  extensão  universitária  nas  mais  variadas instituições da América Latina”. (1996, p. 52)  A extensão universitária na realidade brasileira tem suas origens, influências,  vinculações políticas e suas implicações.  Silva argumenta que: . A  extensão,  no  Brasil,  foi  percebida:  como  um  modo  de  comunicar  as  realizações  do  ensino  e  da  pesquisa  à  população  e,  quando  possível,  ajudá­la  a  enfrentar  suas  carências:  como  forma  de  dar  respostas a  todas  as  demandas  que  viessem  de  fora  da  universidade;  como  um  meio  de  fazer  a  integração  de.

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