3.1. A Interligação
Pretendese neste capítulo trabalhar com a categoria: Políticas, que de acordo com a metodologia utilizada, é na realidade, a junção de várias perguntas e respostas, que estão relacionadas abaixo, advindas dos três eixos principais: Política Institucional; Extensão, Pesquisa e Ensino; e Motivações, que foram feitas tanto às gestoras do Projeto ou Programa, quanto aos alunos extensionistas participantes. Alguns momentos do depoimento do Próreitor de extensão e assuntos acadêmicos também são utilizados. Categoria Políticas 1. O que é extensão universitária? (alunos) 2. Qual o objetivo deste programa de extensão universitária? (gestoras) 3. Momento Próreitor de Extensão 4. Qual o objetivo do programa? (alunos) 5. Momento Próreitor de Extensão
6. Ativismo político social, assistencialismo ou marketing institucional? (gestoras)
7. Ativismo político social, assistencialismo ou marketing institucional? (alunos) 8. Envolvimento pessoal dos alunos (gestoras) 9. Envolvimento dos alunos (alunos) 3.2. As Nomenclaturas Resumidamente, a partir deste momento, no capítulo a seguir e nos capítulos seguintes, teremos as seguintes nomenclaturas, que identificarão: Programa 1: P1
Programa 2: P2 Gestora do Programa 1: G1 Gestora do Programa 2: G2 Alunos do Programa 1: A1; A2; A3; A4; A5; A6 Alunos do Programa 2: B1; B2; B3; B4; B5; B6; B7 L.A.: ONG atendida em um dos projetos do P2
3.3. O Fluxograma
A função deste fluxograma é a de viasualizarse e entender, de forma mais simples e objetiva, as possíveis interligações entre as perguntas, respostas e análises dos vários eixos apresentados, mas que se traduzem nesta categoria: Políticas
.
OBJETIVOS O QUE É EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA? CONCEPÇÃO? ATIVISTA POLÍTICA SOCIAL, ASSISTENCIALISTA OU MARKETING INSTITUCIONAL ENVOLVIMENTO PESSOAL DO ALUNO [VISÃO DA GESTORA] ENVOLVIMENTO DO ALUNO [VISÃO DE ALUNO] APOIO INSTITUCIONAL POR MEIO DE BOLSAAUXÍLIO3.4. A Categoria: Políticas
A pergunta: “O que é extensão universitária ?”, foi feita para os dois grupos de alunos, que se encontravam em plena atividade extensionista, assim, entendese que ao participar deste programa ou projeto de extensão o significado desta seja alvo de curiosidade acadêmica, ou mesmo um aprendizado necessário.
Ao interpretar, momentos das falas, dos alunos que pertencem ao P1 e ao P2 identificamse alguns significados que traduzem o conhecimento ou a idéia que estes alunos têm sobre o que é extensão. A visão dos alunos sobre: 3.4.1. Pergunta: O que é extensão universitária? Quadro de depoimentos dos alunos do P1 Depoimentos Significados A1: O programa é extensão universitária, onde nós alunos podemos realizar algumas atividades que possam ser e contribuir de alguma forma nas questões sociais. Ø Espaço onde se realizam atividades que contribuem nas questões sociais. A2: Eu entendo assim: que você tem que buscar alguma coisa acima do que você já fez pra estar melhorando mais o seu trabalho. No meu caso é isso eu estou buscando, e me aperfeiçoando. Pergt: Buscando dentro do que você já fez, na graduação, ou num contexto de pós graduação? Resp: Eu acho que hoje no contexto em que estou seria na Pósgraduação, eu acho que é isso, buscar materiais e conhecimentos dentro do que eu gostaria de fazer, que é educação especial. Ø Algo que aperfeiçoe o trabalho. A3: São programas que vão além do âmbito da universidade e que atendem a comunidade e nesse atendimento ele vai Ø Trabalhos que ultrapassam
desenvolvendo trabalhos que saem da universidade.
o espaço da universidade.
A4: Não sei, eu acho que eu não tenho muito conhecimento, mas eu acho que é você estar num curso tendo outros conhecimentos, para ter uma visão maior, exercendo a função dentro da universidade naquilo que você faz. Eu sei lá, eu não entendo muito bem Ø É confusa sobre o conceito, mas entende que conhecimentos diferenciados são adquiridos e assim uma visão e atuação mais intensa nas funções que exerce. A5: É um programa que vai além da universidade, ao mesmo tempo que esta ligado, ele faz um pouco mais que a universidade pode oferecer, além dos alunos, para o pessoal da comunidade. Ø Trabalhos que ultrapassam o espaço da universidade e vão à comunidade. A6: Para mim extensão universitária é o que você pode fazer de extra na faculdade, na universidade, cursos ou o próprio programa da alfabetização eu considero como uma extensão, ou um processo que você possa fazer que a universidade proporciona aos alunos. Ø Atividades de aprendizagem.
Este grupo de alunos traduziu sua visão sobre extensão universitária como sendo: atividades de aprendizagem que ultrapassam o espaço da universidade e contribuem nas questões sociais.
Na continuidade os depoimentos do P2:
3.4.2. Pergunta: O que é extensão universitária? Quadro de depoimentos dos alunos do P2
Depoimentos Significados
B1: Eu praticamente não sei, mas tenho
curso e que também ajude na sua formação acadêmica. Algo extra a faculdade, uma coisa fora que ajude na sua aprendizagem.
seja um suporte de aprendizagem.
B2: Extensão universitária para mim são alguns cursos ou atividades que estão ligadas à universidade, mas estão fora do currículo obrigatório de formação.
Ø Cursos extras a graduação.
B3: Pra mim é conhecimento, porque experiência você vai adquirir no trabalho, teoria também.
Ø Conhecimento teórico.
B4: Logo que você conclui o curso você almeja planos maiores, quer ter um conhecimento maior referente a algum termo ao qual se identifica.
Pergt: É um curso de especialização então?
Resp: Sim.
Ø Curso após a graduação.
B5: Seria uma amplitude do que você tem aqui dentro, alguma coisa onde você pode crescer dentro do seu próprio curso, algo a mais, incrementar.
Ø Atividade que acrescenta algo a mais ao curso de graduação.
B6: É você fazer uma extensão nos seus domínios, fazer cursos, palestras.
Ø Participar de cursos e palestras.
B7: Seria um braço, além do curso profissional.
Pergt: Um braço que faz o que?
Resp: Eu estou pensando nisso agora, eu nunca fiz um trabalho de extensão universitária, mas eu acho que é um procedimento, uma especialização. Ø Uma especialização. Ø Afirma nunca ter feito um trabalho em extensão, apesar de estar sendo entrevistado porque participa de um.
Este grupo de alunos traduziu sua visão de extensão como: cursos extras à graduação, um reforço de aprendizagem, mais especificamente após a graduação.
Um dos entrevistados cita como uma especialização. Mas também afirma nunca ter feito um trabalho em extensão, apesar de estar sendo entrevistado porque participa de um22 .
É pertinente a comparação das idéias apresentadas pelos alunos extensionistas com a representação institucional, isto é, um momento da fala do Pró reitor de Extensão e Assuntos Acadêmicos:
Pergunta: Como são caracterizados os trabalhos de extensão na Universidade, isto é, quais as formas de se “fazer” extensão?
Resposta do Próreitor: “A universidade, hoje, ela adere a toda a conceituação contemporânea de extensão no Brasil. Então a extensão é realizada, planejada pedagogicamente, existe uma preocupação muito grande em situar o aluno, o estudante, o educando na intervenção propriamente dita, no relacionamento desta intervenção com a sua formação profissional (...). Estas intervenções estão vinculadas a programas, são projetos vinculados a programas, programas construídos segundo as linhas da extensão e as áreas temáticas da extensão, como adotadas pelo ministério da educação”. Na continuidade de exposição desta pesquisa, e seguindo os parâmetros do fluxograma proposto, a questão a seguir é sobre objetivos: A definição das gestoras sobre:
3.4.3. Pergunta: Qual o objetivo deste Programa (ou Projeto) de Extensão Universitária?
Quadro de depoimentos das gestoras do P1 e do P2
Depoimentos Significados
G1: São vários objetivos, o primeiro esta em fazer um atendimento das pessoas que não são alfabetizadas nas salas de Educação de Jovens e Adultos; tem outros
Ø Relação com a comunidade. Ø Formação de professores.
22
objetivos, pra justificar o nome que ficou Programa de Pesquisa temos também a questão da formação dos professores alfabetizadores, esta é uma outra frente em que atuamos dentro do PROEJA; um terceiro objetivo é o de sistematizar os conhecimentos relacionados a este campo da educação de jovens e adultos.
Ø Sistematização de conhecimento.
G2: Primeiro fazer o aluno fazer parte da cidadania, mostrar a ele que a universidade pode também fornecer o ensino cidadão; ele deve estar disponível com o aprendizado da cidadania, da solidariedade, do Terceiro Setor, da Responsabilidade Social.
O segundo objetivo é integrar o aluno ao grupo, fazêlo trabalhar em grupo, fazer com que o aluno aprenda liderança, organização, enfim, fazer com que ele consiga ligar o que tem dentro da sala de aula com aquilo que está vendo na prática, conseguindo integrar a prática com a sala de aula. Ø Ensino da cidadania. Ø Trabalho em grupo. Ø Integração entre teoria e realidade. Podese observar que o P1, esta direcionado a metas amplas e significativas dentro das políticas vigentes, em termos institucionais, em sua relação direta junto à comunidade e em sua atuação sistemática junto aos alunos no tocante a formação acadêmica e profissional.
No P2, os significados são pontuais e ligados aos objetivos disciplinares, quando se fala de trabalho em grupo e integração entre teoria e realidade, a proposta é claramente contextualizada no espaço da universidade, na interação entre o espaço da sala de aula e a prática realizada fora da universidade.
Quanto à questão do ensino da cidadania e questões de responsabilidade social 23 ambos os programas tem objetivos políticos, contextualizados de forma diferenciada.
23
Responsabilidade social empresarial segundo o Instituto Ethos é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da
A observação dos conceitos dispostos pelos entrevistados e suas análises indicam que “a atuação do aluno na sociedade pode ser de um tipo ou de outro conforme as características do ensino que recebeu (ou a que foi submetido) na Universidade”. (Botomé, 1996, p.85). Na seqüência, o entendimento sobre o objetivo do Programa (ou Projeto) desenvolvido, de acordo com o olhar dos alunos: A visão dos alunos sobre: 3.4.4. Pergunta: Qual o objetivo do Programa (ou Projeto)? Quadro de depoimentos dos alunos do P1 Depoimentos Significados A1: Dar condições as pessoas que não tiveram oportunidade de serem alfabetizadas na idade correta. Ø Dar condições de alfabetização a pessoas não alfabetizadas.
A2: É fazer com que alunos que não tiveram a chance de estarem estudando recuperem o tempo perdido, um resgate, e fazer com que eles cheguem naquilo que eles gostariam de ter chegado há um tempo atrás. Ø Dar condições de alfabetização a pessoas não alfabetizadas. Ø Resgatar necessidades pessoais. A3: É alfabetizar adultos que não tiveram a oportunidade de serem alfabetizados na idade correta, e não só alfabetizar mais também tornálos pessoas letradas, que tenha consciência do que estão fazendo e que tenham uma visão ampla de que estudar não é simplesmente vir para escola e que aquilo que se aprende fica lá mesmo. Tem que saber aplicar na vida particular o que se aprende na escola. Ø Dar condições de alfabetização a pessoas não alfabetizadas. Ø Letrar, e ensinar sobre a utilidade do conhecimento na vida cotidiana.
sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.( www.ethos.org.br)
A4: Alfabetizar jovens e adultos é a inclusão social, incluindo as pessoas na sociedade, numa sala só tem vários tipos de deficiências. Ø Inclusão social através da alfabetização. A5: O “P1” é alfabetizar o pessoal da terceira idade, no começo era alfabetizar os funcionários aqui da universidade, aqui é muito mais, além disso, é a participação da comunidade que vem se alfabetizar. Ø Alfabetizar adultos. Ø Participação comunitária. A6: O “P1” trabalha com jovens e adultos, pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar por algum motivo, e a gente trabalha com estas pessoas que não foram alfabetizadas, nós alfabetizamos estas pessoas. Ø Dar condições de alfabetização a pessoas não alfabetizadas.
Para os alunos do P1 o objetivo, em síntese, é: dar condições de alfabetização a pessoas não alfabetizadas e resgatando o valor do conhecimento na vida cotidiana, inclusão social e participação comunitária. 3.4.5. Pergunta: Qual é o objetivo deste Programa (ou Projeto)? Quadro de depoimentos dos alunos do P2 Depoimentos Significados B1: É fazer essa diferença para os alunos, de outras universidades, e mostrar que a Universidade “A” faz um trabalho fora, para os seus alunos serem diferentes dos outros e sair para o mercado de trabalho tendo uma noção diferente e se destacar entre as outras pessoas. Ø Diferencial de mercado, para a universidade e para o aluno, focado no mercado de trabalho. B3: Ajudar na administração das entidades, Ø Colaborar com as
colaborar pra melhorar, é o conhecimento, levar ajuda comunitária.
instituições; auxílio comunitário.
B4: O objetivo é que você possa fazer um trabalho de uma forma voluntária e através desse trabalho você possa aprender utilizar o que está aprendendo no curso de administração; o aluno acaba aprendendo e ajudando uma instituição. O trabalho que estou fazendo na instituição é em prol da instituição e também em prol do meu conhecimento, estamos ajudando a instituição e aprendendo um pouco com isso.
Ø Fazer trabalho voluntário e aprender através dele.
B5: Seria ter mais conhecimento e prática. Ø Conhecimento e prática.
B6: Fazer com que as pessoas trabalhem no Terceiro Setor, com seus problemas. Ø Experiência vivenciada através do trabalho com o Terceiro Setor. B7: Eu acho que é por em prática aquilo que a gente aprende na faculdade. Ø Praticar o conhecimento adquirido no curso. Para os alunos do P2, o objetivo do projeto de extensão no qual atuam é uma mescla de aquisição de conhecimentos e práticas para a vida profissional e, de alguma forma, um trabalho assistencialista centralizado no Terceiro Setor.
Atuar no Terceiro Setor foi citado por um aluno como “moda do momento”. Alguns depoimentos atestam:
Para o B1 o objetivo do projeto é: “é fazer essa diferença para os alunos, de outras universidades, e mostrar que a Universidade faz um trabalho fora, para os seus alunos serem diferentes dos outros”. Nuances de marketing institucional se fazem presentes nesta fala. Percebese que o aluno incorpora seu papel no grupo ao qual pertence, o grupo da Universidade .
Também existe uma preocupação com a influência que este trabalho possa vir a ter em seus currículos profissionais, esta é a fala de B2: “hoje as empresas estão à procura de pessoas que tenham no seu currículo atividades ligadas ao
Terceiro Setor, mesmo como voluntários”. B1 comenta: “sair para o mercado de trabalho tendo uma noção diferente e se destacar entre as outras pessoas”; e B5: “seria ter mais conhecimento e prática”; enquanto B7 diz que: “eu acho que é por em prática aquilo que a gente aprende na faculdade”.
Um olhar sobre o trabalho voluntário se apresenta de acordo com B4, mas sem perder a praticidade da experiência vivida: “o objetivo é que você possa fazer um trabalho de uma forma voluntária e através desse trabalho você possa aprender utilizar o que está aprendendo no curso de administração (...). O trabalho que estou fazendo na instituição é em prol da instituição e também em prol do meu conhecimento, estamos ajudando a instituição e aprendendo um pouco com isso”.
Para complementar estas falas é interessante relembrar a fala da gestora do P2, afirmando que, institucionalmente o objetivo do projeto é:
Gestora do P2: “Primeiro fazer o aluno fazer parte da cidadania, mostrar a ele que a universidade pode também fornecer o ensino cidadão; ele deve estar disponível com o aprendizado da cidadania, da solidariedade, do Terceiro Setor, da Responsabilidade Social.
O segundo objetivo é integrar o aluno ao grupo, fazêlo trabalhar em grupo, fazer com que o aluno aprenda liderança, organização, enfim, fazer com que ele consiga ligar o que tem dentro da sala de aula com aquilo que está vendo na prática, conseguindo integrar a prática com a sala de aula”.
Dessa forma, observase que o objetivo do programa, entendido pelos alunos que participam deste e disposto pela gestora, parecem estar em posições similares, mas quando o trabalho é levado para o exterior da sala notase que o entendimento dos objetivos parece transformarse, de acordo com seus interesses pessoais. Enquanto o objetivo institucional é o ensino cidadão, a integração da teoria com a prática e o trabalho em equipe, o objetivo do aluno é adquirir experiência, para que esta seja incorporada ao seu currículo profissional e, de alguma forma, assistir a instituição na qual esta sendo voluntário.
Segue a representação institucional da Universidade , isto é, um momento da fala do Próreitor de Extensão e Assuntos Acadêmicos:
“Então, há diversas pessoas que se envolvem na extensão por ela ter uma dinâmica semelhante ao Terceiro Setor. Não é o Terceiro Setor, mas tem uma
dinâmica muito semelhante, por sua metodologia de trabalho, na maneira como ela trabalha a intervenção social, na maneira como ela, inclusive a extensão ela é uma excelente escola para a formação de profissionais para o Terceiro Setor, porque toda a metodologia aplicada no desenvolvimento de um projeto, de um programa, de uma ação extensionista [ela] é adotada também no Terceiro Setor, porque as preocupações são as mesmas, não frustrar a comunidade, atingir as metas, satisfazer o teu parceiro, você trabalhar dentro de limitações orçamentárias, limitações de conhecimento, de intervenção, limitações políticas de intervenção. Então, isso tudo se trabalha na extensão e o que a gente percebe é que o Terceiro Setor [ele] também trabalha segundo esse modelo, então a extensão acaba sendo uma excelente escola”.
É pertinente, neste momento, que se faça a observação sobre a definição das gestoras sobre ativismo político social, assistencialismo ou marketing institucional, lembrando que a pergunta se refere ao olhar do aluno sobre estas questões.
3.4.6. Pergunta: Quanto à compreensão da concepção de extensão, dentro deste Programa (ou Projeto), como você acha que o aluno entende: como ativismo político social, como assistencialismo ou como uma forma de promover o marketing institucional?
Quadro de depoimentos das gestoras do P1 e do P2
Depoimentos Significados
G1: Aqueles que permanecem, por 1, 2, 3 anos têm um envolvimento enorme, nós vemos que eles ficam porque gostam do programa, da forma como e gerido e conseguem visualizar esta relação de ensinopesquisaextensão, são pessoas que ficam e se envolvem por conta destas questões. Como nós temos pessoas que iniciam ficam 1 mês ou 2 e não se identificam e saem.
Pergt: Você acha que este aluno que fica só 1 ou 2 meses tem uma concepção da extensão universitária onde ele vê o
Ø Permanência no programa por opção pessoal.
Ø Entendimento e envolvimento por conta da relação ensino pesquisaextensão.
trabalho como ativismo político social, assistencialismo ou marketing institucional? Resp: Aqui nós tivemos muitos momentos diferentes. Às vezes as pessoas não ficam porque acham que as bolsas demoram. Na verdade elas demoram de 1 mês a 2 e tem gente que não aguarda este tempo. Então ele veio não tanto pelo vínculo da extensão, da discussão, mas muito mais relacionado à necessidade que ele tem de pagamento da universidade, da sua mensalidade, de um desconto. Então o interesse dele não era um primeiro interesse, então esta e a minha visão, como nos não temos nenhum estudo que mostre exatamente quais os motivos, mas eu sinto que assim quando não vem a sua necessidade primeira de um desconto na mensalidade, ou uma bolsa para pagar o curso, eles saem. Então eles têm uma primeira necessidade que vem em primeiro lugar, antes do interesse pelo próprio tema da Educação de Jovens e Adultos ou pela Extensão. Porque todos eles chegam sem saber exatamente o que e extensão, eles vêm sem saber muito bem o que e o programa, eles querem entrar, aquele que der um retorno mais rápido no sentido de resolver o problema aqui, porque eu tenho alunos que participam aqui, na brinquedoteca, então eles ficam assim, vão pulando, se der para participar de todos eles participam, mas eu vejo que e muito mais assim, resolveu o meu problema, que era a minha primeira preocupação e não necessariamente o trabalho com a extensão.
E aqueles que dão um tempo, querem aprender mais, que ‘e a sua verdadeira preocupação, eles ficam.
Pergt: Você acha que o aluno que vem para a extensão tem uma característica voluntária, de ser voluntário?
Resp: Eu acho que alguns que permanecem até tem essa visão, que eu não sei se é de voluntariado, mesmo porque a gente não defende muito essa linha, de um trabalho voluntário, mas é mais Ø Necessidade financeira da bolsa de auxílio determina permanência ou não no programa. Ø Não conhecem o trabalho, mas se inscrevem para receber a bolsa auxílio. Ø Quem se mantém no programa entende que ele tem características de um trabalho de compromisso político com a educação.
um trabalho de compromisso político com a questão da educação, eu acho que quem fica é quem tem essa característica. Isso arremete aquela outra questão, quem vem interessado somente na bolsa, no pagamento esses ficam até seis meses, depois desaparecem e não tem mais um vínculo, uma discussão, eles perdem. Eu cheguei a ter um aluno da Geografia, muito interessante, ele foi um alfabetizador que a gente percebe que estava envolvido, ele