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Apesar de a presente dissertação buscar a solução para um problema recente resultante das evoluções dos conhecimentos e técnicas da Medicina, como sejam as ações de “vida indevida”, a verdade é que os avanços das tecnologias não param e muitos problemas, neste contexto, se avizinham. Aliás, ao mesmo tempo que nos podemos deleitar com a ideia de novas curas e tratamentos que prorroguem a nossa longevidade, não podemos deixar de perspetivar alguns problemas conexos, como aquele que aqui debatemos, e que exigirão muita atenção mas que, principalmente, beneficiarão da solução que seja dada às wrongful life actions.

Desde já, antevê-se que a FIV seja uma área muito suscetível de fundamentar

wrongful actions.

Assim, com o desenvolvimento dessa área, será de supor que, por um lado, as

wrongful birth e life actions irão aumentar exponencialmente. Aliás, a título de

exemplo, note-se que, no âmbito da PMA, o DGPI será tão importante como o DPN comum na procriação natural. Como tal, com a preterição dos deveres de informação médicos que exporiam a condição anómala do embrião, de que resulte nascimento de criança deficiente, poderão basear-se wrongful birth e life claims exatamente nos mesmos moldes em que as temos vindo aqui a estudar186.

Por outro lado, apesar de ainda só se ter verificado um caso – nos Estados Unidos – de wrongful surrogacy, será de supor que o recurso cada vez maior a técnicas de PMA dê maior margem a erros médicos, podendo originar situações em que as beneficiárias dessas técnicas acabem a engravidar com embrião que não seria o seu, com consequente responsabilização do médico e da Instituição de Saúde a que esse pertence.

186 Vera Raposo, (RAPOSO, Op. Cit., pp. 950-951) faz uma distinção das wrongful life actions em DGPI consoante se trate de embrião uterino ou embriões in vitro. No primeiro caso, o poder dos pais de decidir prosseguir ou não com a gravidez sempre estará mais limitado, uma vez que haverá mesmo a destruição de uma vida; no entanto, nos casos em que o embrião ainda esteja in vitro, não haverá qualquer justificação para o comportamento médico, tendo os progenitores o direito absoluto de escolher transferir um embrião em boas condições em detrimento de um que esteja em mau estado. Neste último caso, a Autora entende que será o próprio princípio médico da beneficência que exigirá que se transfira o embrião em melhor estado.

Casos desse género e muitos mais que, provavelmente, ainda nem são de possível previsão, exigirão respostas pelos Tribunais, sobretudo que sejam coerentes e que sigam o sentido do Direito Contemporâneo. Como tal, a sua resolução beneficiará das respostas que tenham sido dadas para as ações de “vida indevida”, o que torna ainda mais premente que alguma posição seja tomada quanto a elas.

Conclusões

Em suma, quero deixar alguns pontos assentes:

a) As ações de “vida indevida” – no contexto especificamente estudado, como seja no âmbito do exercício da Medicina por profissional médico – deverão ser consideradas procedentes, desde que devidamente verificados os pressupostos de responsabilidade civil, como supra especificados, tendo sempre por base uma análise casuística da situação de cada criança e do comportamento médico passível de responsabilidade;

b) No entanto, nenhuma ação poderá basear-se no “dano-vida”, alegar a vida integralmente como um dano ou fundamentar pretensão no facto de preferir não ter nascido de todo;

c) A aferição dos danos, pelos Tribunais, principalmente nos casos em que se cumulem wrongful actions em nome dos pais e do filho, deverá ser feita cautelosamente, avaliando tanto danos morais como patrimoniais de ambos;

d) Nos casos em que os danos patrimoniais sejam exatamente os mesmos por ambos os Demandantes, o Tribunal deverá evitar a duplicação da indemnização, privilegiando sempre a indemnização da criança e não dos pais, uma vez que será ela a principal onerada com despesas com o seu sustento durante toda a vida;

e) Subscrevendo a necessidade de responsabilização do médico, não me passa despercebida a necessidade de atenuação do risco que é a atividade médica, sobretudo com o desenvolvimento de novas tecnologias, insistindo na necessidade de se legislar no sentido da obrigatoriedade de contratos de seguro, principalmente por cada médico individual e independentemente do seguro da Instituição em que se insiram;

f) E já que se apela a legislação quanto ao contrato de seguro profissional e de responsabilidade civil médica, apelo igualmente à necessidade de tomada de posição do legislador quanto aos danos pré-natais, principalmente no que diz respeito às wrongful life actions;

Finda a dissertação a que me propus, creio ter esgotado, dentro do limite espacial que me foi concedido, a matéria quanto às ações de “vida indevida” e, sobretudo, espero, para além de ter exposto a matéria, ter conseguido adiantar algumas soluções que me parecem urgentes, face ao que não se poderá deixar de considerar o novo estatuto da criança no Direito Contemporâneo.

Com os avanços tecnológicos que não param, os desafios ao Direito também têm de correr para lhes dar resposta e, antes que mais problemas bioéticos e de Direito da Medicina surjam – nomeadamente no que a fertilização in vitro diz respeito, como se pode antever – cabe resolver estes em mãos.

Acabo com a sincera manifestação de vontade de que as ações de “vida indevida” venham a ser julgadas procedentes pelos nossos tribunais mas, acima de tudo, com o desejo de que seja promulgada uma lei que promova a segurança jurídica necessária quer para médicos como doentes.

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