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A PESQUISA DE CAMPO: ESTRATÉGIA E INSTRUMENTOS DE COLETA

No documento Download/Open (páginas 67-69)

Como caracterizado no tópico anterior, a realização da pesquisa de campo ocorreu em uma instituição de ensino superior no município de Guarujá, tendo como objeto de pesquisa o curso Superior de tecnologia em Segurança no Trabalho. E, foi realizada durante o segundo semestre do ano de 2014.

A coleta de dados, foi estrutura em duas etapas: primeiro foram aplicados questionários a alunos e professores com perguntas fechadas, à exceção de algumas questões semiabertas, que possibilitaram apontar outras respostas às alternativas daquelas perguntas.

Na segunda etapa do processo de coleta de dados, foram analisadas as questões determinantes do problema investigado, por meio de entrevistas. As entrevistas foram aplicadas com o objetivo de obter informações, conhecimentos, percepções e experiências acerca do problema, para o qual procuramos uma resposta; buscou-se também caracterizar o contexto do ambiente da pesquisa.

Para a coleta de dados com os discentes e docentes, na primeira etapa do processo de investigação, a aplicação do questionário aos discentes e docentes, objetivou oferecer uma análise prévia dos sujeitos, proporcionando desta maneira um planejamento mais eficiente e ajustado ao perfil daqueles que seriam entrevistados, subsidiando a análise e elaboração das questões para as entrevistas, que foram aplicadas na segunda etapa do processo de coleta de dados. Os questionários aplicados aos discentes, serviram também ao propósito de levantar dados

quantitativos socioeconômicos que permitissem investigar no grupo, características, tais como, faixa etária e situação econômica; nível de inserção e compreensão da área de segurança no trabalho no âmbito profissional e; se o grupo apresentava perfil homogêneo ou heterogêneo quanto suas características.

Para as entrevistas, foi elaborado um roteiro de perguntas para os discentes e outro para os docentes. A condução das entrevistas, se deu de maneira orientada aos tópicos do roteiro de questões. Porém, mesmo quando fora do elenco de perguntas, se o relato agregava informações à investigação; estas foram apropriadas. Todos os relatos foram gravados e transcritos de forma literal para análise posterior.

Em relação a amostra, adotamos estratégias diferentes para os alunos e professores; em relação aos discentes, na etapa relativa à aplicação dos questionários, responderam às questões, todos os alunos do curso na instituição pesquisada, que seja: quatro turmas ativas, distribuídas por segundo, quarto, quinto e sexto semestres. Para a escolha dos alunos pesquisados na segunda etapa, foram privilegiados àqueles que se apresentavam mais integrados ao contexto do curso e da problemática da pesquisa. Portanto no grupo de alunos, decidimos trabalhar com discentes da turma concluinte, portanto, o sexto semestre; esta escolha está pautada no fato de que estes por estarem completando todas as etapas do curso e, portanto, possuidores de uma compreensão geral do contexto, incluindo expectativas profissionais de inserção e ou movimentação, intrínsecas à fase pós-formação, poderiam contribuir de forma mais assertiva. Reforçando ainda a opção por estes discentes, ressalta-se que o primeiro contato do autor, com a problemática discutida neste trabalho, partiu desta turma e, portanto, representam os primeiros e principais agentes dos fatos e ideias da construção da hipótese diretriz desta pesquisa que aponta à percepção dos alunos de defasagens que se exprimem na inadequação entre: a estrutura do curso de tecnologia em segurança no trabalho, a esfera jurídico- legal e a estrutura do mercado de trabalho. Quanto aos docentes, para as duas etapas de coleta de dados, foram selecionados seis dos dezenove profissionais daquele período: o segundo semestre de 2014, representando 31,58% do corpo docente do curso.

Nos estudos qualitativos, não há preocupação com amostra, privilegia- se o aprofundamento dos temas pesquisados com base na análise de dados coletados por meio de diversas fontes (relatos orais,

documentos, imagens, desenhos, etc.) e não há aplicação de testes estatísticos. (LANG; CAMPOS e DEMARTINI, 2010).

Assim, para a determinação da amostra, foi realizada a escolha intencional dos sujeitos e, considerando a metodologia adotada, focalizada em um único caso, optamos ainda, por trabalhar somente com discentes e docentes do contexto do estudo de caso, ou seja, o Curso Superior de Tecnologia em Segurança no Trabalho da instituição analisada.

Ainda em relação aos docentes, deu-se preferência aos professores com formação e atuação profissional específica à área de segurança no trabalho e, que desta forma pudessem contribuir com os questionamentos da pesquisa e, em especial contribuição a problemática levantada pela hipótese norteadora deste trabalho.

Após a coleta de dados, a fase seguinte da pesquisa é a de análise e interpretação. Estes dois processos, apesar de conceitualmente distintos, aparecem sempre estreitamente relacionados. A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos. (GIL, 2008, p. 156).

Considerando que o propósito das questões formuladas nos questionários, não tinham como objetivo o cruzamento das informações entre discentes e docentes. O processo de análise e interpretação das respostas dos questionários, foi estruturado de forma a discutir, as questões dos alunos, apartado da análise das respostas dos docentes. Quanto as entrevistas, o processo de análise e interpretação, foi organizado de forma a discutir, num primeiro momento, as questões dos alunos, depois as dos docentes; e por fim, realizar a análise integrada das percepções dos dois grupos de respondentes.

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