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4 RESULTADOS

4.3 Pessoas que compuseram o grupo HR possuíram significativo aumento dos marcadores

Os leucócitos de pessoas do grupo HR apresentaram aumento das médias das transcrições de OGG1 (Figura 11A), αOGG1 (Figura 11B), APEX1 (Figura 11C) e NFE2L2 (Figura 11D) em relação ao grupo HT + HD. É importante destacar que o gene APEX1 esteve mais transcrito no grupo HR em relação ao HD, HT e HT + HD (Figura 11C). Porém, não houve diferenças nas transcrições de AGER entre os grupos em comparação (Figura 11E). No plasma dessas pessoas, também houve aumento dos marcadores malondialdeído no grupo HR em relação ao grupo HD e HT + HD (Figura 11F), bem como da razão GSSG:GSH no grupo HR em relação ao grupo HT e HT + HD (Figura 11G). Vale a pena ressaltar que esses dois últimos marcadores foram os únicos desse tópico que se apresentaram aumentados no grupo HT + HR em relação ao grupo HD (Figura 11F-G).

Figura 10 – Caracterização do metabolismo energético da amostra em estudo. A) Quantificações

de glicose; B) triglicerídeos; C) colesterol total; D) HDL-c; E) LDL-c; F) Não-HDL-c e G) IMCs. Os resultados foram representados pela média, desvio padrão e pontos individuais. Os valores de referência foram adotados segundo os parâmetros da Sociedade Brasileira de Cardiologia (FALUDI et

Figura 11 – Quantificações dos marcadores de alterações da homeostase redox e da resposta antioxidante. A) Quantificação leucocitária dos transcritos de OGG1; B) αOGG1; C) APEX1; D) NFE2L2; E) AGER; F) Quantificação plasmática de marcadores malonildialdeído e G) do status redox

Para comprovar que os diversos marcadores aqui quantificados apresentaram resultados semelhantes por meio dos vários genes e técnicas escolhidas, buscou-se observar se as quantificações usualmente estariam aumentadas ou diminuídas em paralelo nas mesmas pessoas. O aumento das concentrações séricas de malondialdeído se correlacionou com maiores transcrições de NFE2L2 nos leucócitos, tanto para os 3 grupos (p = 0,003; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,606) (Figura 12A), como para o grupo HR (p = 0,023; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,778) (Figura 12B). O aumento das transcrições de NFE2L2 também aumentou quanto maiores foram as transcrições de αOGG1 nos leucócitos, tanto para os 3 grupos (p = 0,007; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,525) (Figura 12C), como para o grupo HR (p = 0,031; coeficiente de Pearson (r) = 0,752) (Figura 12D). As transcrições de OGG1 também aumentaram quanto maiores foram as transcrições de APEX1 nos leucócitos tanto para os 3 grupos (p < 0,001; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,765) (Figura 12E), como para o grupo HR (p = 0,017; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,745) (Figura 12F). O aumento das concentrações séricas de malondialdeído também se correlacionaram com maiores transcrições de OGG1 nos leucócitos, tanto para os 3 grupos (p < 0,001; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,679) (Figura 12G), como para o grupo HR (p = 0,001; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,952) (Figura 12H).

4.4 As concentrações dos marcadores de alterações na homeostase redox se correlacionaram com a diminuição do HDL-c e com o aumento dos triglicerídeos

Com o objetivo de tentar sugerir um mecanismo molecular que estivesse por trás do aumento dos marcadores das alterações na homeostase redox, foram testadas correlações com os parâmetros do metabolismo energético. Inicialmente, vale a pena observar que as transcrições leucocitárias de APEX1 e αOGG1 possuíram correlações positivas para para todos os grupos juntos (p = 0,023; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,444) (Figura 13A) e para o grupo HR isoladamente (p = 0,004; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,866) (Figura 13B). Por outro lado, as concentrações plasmáticas de triglicerídeos e do HDL-c apresentaram correlações negativas para todos os grupos juntos (p = 0,001; coeficiente de Spearman (ρ) = -0,647) (Figura 13C) e para o grupo HR isoladamente (p = 0,039; coeficiente de Spearman (ρ) = -0,578) (Figura 13D).

Figura 12 – Correlações internas entre os parâmetros quantitativos dos marcadores de alterações da homeostase redox a partir dos resultados apresentados na Figura 11. A)

Correlações entre malondialdeído e NFE2L2 para os 3 grupos; B) entre malondialdeído e NFE2L2 para o grupo HR; C) entre NFE2L2 e αOGG1 para os 3 grupos; D) entre NFE2L2 e αOGG1 para o grupo HR; E) entre OGG1 e APEX1 para os 3 grupos; F) entre OGG1 e APEX1 para o grupo HR; G) entre malondialdeído e OGG1 para os 3 grupos; H) entre malondialdeído e OGG1 para o grupo HR.

Também foi observado que as transcrições de APEX1 aumentavam quanto menores eram os valores do HDL-c para todos os grupos juntos (p = 0,030; coeficiente de Spearman (ρ) = -0,488) (Figura 13E) e para o grupo HR isoladamente (p = 0,007; coeficiente de Spearman (ρ) = -0,778) (Figura 13F). Além disso, as transcrições de APEX1 também aumentavam quanto maiores eram os valores plasmáticos de triglicerídeos para todos os grupos juntos (p = 0,046; coeficiente de Spearman (ρ) =

Figura 13 – Correlações entre os parâmetros quantitativos dos marcadores de alterações da homeostase redox e os parâmetros do metabolismo energético. Cálculos realizados a partir dos

0,450) (Figura 13G) e para o grupo HR isoladamente (p = 0,001; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,854) (Figura 13H). Esses mesmos achados se repetiram para a relação entre αOGG1 e HDL-c para todos os grupos juntos (p = 0,001; coeficiente de Spearman (ρ) = -0,686) (Figura 13I) e para o grupo HR isoladamente (p = 0,014; coeficiente de Spearman (ρ) = -0,743) (Figura 13J), bem como entre αOGG1 e triglicerídeos para todos os grupos juntos (p = 0,002; coeficiente de Spearman (ρ) = 0,662) (Figura 13L) e para o grupo HR isoladamente (p = 0,013; coeficiente de Pearson (r) = 0,781) (Figura 13M).

4.5 Pessoas que compuseram o grupo HR possuíram significativo aumento dos marcadores de lesões no DNA das mitocôndrias, bem como alta probabilidade de disfunções nessa organela

Os leucócitos de pessoas do grupo HR apresentaram aumento do número médio de lesões de DNA em relação ao grupo HT + HD (Figura 14A-B), refletido na diminuição de 38% na média da taxa de amplificação no grupo que apresentou a mutação rs786205071 nos dois alelos (HR) (Figura 14A-B). Aqui será destacado que o gene NFE2L2 foi menos transcrito quanto maiores foram as taxas de amplificação em todos os grupos (p = 0,022; coeficiente de Pearson (r) = -0,740) (Figura 14C).

A população estudada, residente no Nordeste do Brasil, foi analisada em três trabalhos prévios (DANTAS DE MEDEIROS et al., 2018; LIMA et al., 2016; LIMA et al., 2018) e suas manifestações clínicas foram resumidas na Figura 14D. Dessa forma, a porcentagem de positividade para determinada característica clínica foi inserida no preditor de disfunção mitocondrial MITODB. Os resultados demonstraram uma alta probabilidade (92%) de acometimento mitocondrial na população da qual a nossa amostra foi retirada (Figura 14E-F).

4.6 Pessoas que compuseram o grupo HR possuíram significativa diminuição

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