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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 RESUMO DO PROCESSO

4.1.1 Petição inicial

RECLAMANTE ALFA, brasileira, casada, auxiliar de escritório, CPF 000.000.000/00, CI 00000000, residente e domiciliada na Rua Willy Dietrich, Bairro Erica, nesta cidade de Panambi/RS, vem a presença de Vossa Excelência, por seu advogado e procurador que esta subscreve, com fulcro no art. 840 da CLT e 282 do CPC, propor a presente RECLAMATÓRIA TRABALHISTA contra a RECLAMADA BETA, estabelecida à Rua Rui Barbosa, Quadra 51, LT 4, Centro, CEP 47.850-000, Luiz Eduardo Magalhães/BA, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

DO CONTRATO DE TRABALHO

A Reclamante iniciou suas atividades laborais na Reclamada em 13/04/2004, na cidade de Panambi/RS, exercendo as funções de auxiliar administrativo, laborando das

08h00min às 12h00min horas e das 13h30min às 18h00min horas, de segunda a sexta-feira e ainda aos sábados pela manhã, das 08h00min às 12h00min horas.

Foi demitida sem justa causa no dia 17/10/2008, quando a reclamada encerrou sua atividade comercial, percebendo, por fim, o salário de R$1.000,00 (Um mil reais) mensais.

Na CTPS da Reclamante foi anotado o início das atividades laborativa, porém, não foi anotado a baixa, ou seja, permanece ainda com o contrato em vigor, não obstante ter sido demitida no dia 17/10/2008, sem perceber aviso prévio e demais verbas contratuais e rescisórias.

Importante destacar que a reclamante não percebeu sequer o salário referente o mês de setembro de 2008, bem como, o saldo de salário referente o mês da rescisão, fazendo jus ao referido crédito nessa ocasião.

DAS HORAS EXTRAS

Como mencionado, a Reclamante sempre laborou das 08h00min às 12h00min horas e das 13h30min às 18h00min, de segunda à sexta-feira e ainda aos sábados pela manhã, das 08h00min às 12h00min horas.

Assim, constata-se que a jornada legal foi ultrapassada, pelo que requer o pagamento das referidas horas, acrescidas de 50% nos termos do art. 59 da CLT.

Por serem habituais, requer ainda os reflexos das horas extras descritas, nas verbas contratuais e rescisórias (aviso prévio, saldo de salário, 13º salário vencido e proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, DSR e FGTS + 40%).

DAS FÉRIAS

A Reclamante é credora das férias que venceram no dia 13/04/2008, bem como, das férias proporcionais, isto é, até a data da rescisão contratual, as quais deverão ser pagas com o acréscimo de 1/3, pelo que se requer nessa oportunidade. Os arts 129, 130, 135, 142 e 145, culminados com os arts 9º e 134 da CLT, mais o art. 7º, XVII da CF de 1988 e enunciados 7, 81, 151 e 171 do TST, que conferem à reclamante o pleno direito de ressarcimento dos valores a título de férias, mais o adicional de um terço.

A Reclamante não percebeu o décimo terceiro salário referente ao ano de 2008, o que faz jus por ocasião da demissão sem justa causa, acrescido de juros e correção monetária, o que desde já se requer.

DAS VERBAS RESCISÓRIAS E CONTRATUAIS

Conforme noticiado acima, em 17/10/2008 a Reclamante foi demitida. Ocorre que nada foi lhe pago a título de verbas rescisórias e algumas verbas contratuais de todo o período contratual, como é o caso das horas extras, razão pela qual requer o pagamento de aviso prévio, salário referente o mês de setembro/08 e o saldo de salário referente o mês da rescisão, 13º salário proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40% e ainda a liberação das guias para o levantamento dos depósitos fundiários e seguro desemprego ou indenização equivalente.

DAS MULTAS DOS ART.(s) 477, PARÁGRAFO 8º E 467 DA CLT

Em face do evidente descumprimento dos prazos estabelecidos no § 6º, do art. 477 da CLT, requer também a imposição da multa de 1 salário em favor da empregada, como prevê o § 8º do dispositivo legal citado.

Por cautela, requer ainda a sanção prevista no art. 467, no que tange ao pagamento das verbas rescisórias na audiência inaugural, sob pena de serem acrescidas de 50%.

DO PEDIDO

Pelo exposto, REQUER a notificação da Reclamada para que conteste os itens supra descritos, sob pena de serem admitidos como verdadeiros (SÚMULA 74 TST), o que por certo ao final restará comprovado, com a conseqüente decretação da TOTAL PROCEDÊNCIA DA AÇÃO, nos termos expostos, condenando-se a reclamada ao pagamento de tudo que a seguir se pleiteia, calculado em liquidação de sentença:

a) Pagamento das verbas rescisórias e contratuais, tais como, aviso prévio, férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3, bem como, o pagamento do 13º salário vencido (referente 2008).

b) Pagamento do salário referente ao mês de setembro de 2008 e o saldo de salário referente o mês da rescisão.

c) Pagamento das horas extras prestadas, assim entendidas as que excederem às 8 horas diárias e 44 horas semanais, tendo como base de cálculo a remuneração fixa, com os acréscimos legais, bem como, com reflexos nas verbas rescisórias e contratuais como: aviso prévio, saldo de salário, 13º salário vencido e proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40% e DSR.

d) A condenação da Reclamada nos depósitos do FGTS em toda contratualidade tendo por base a remuneração devida à Reclamante, valores que deverão ser acrescidos de atualização monetária, juros legais e multa de 40%.

e) Entrega de guias para levantamento do FGTS com a multa de 40%, e seguro desemprego, ou indenização equivalente.

f) Pagamento da multa de que trata o art. 477, § 8º, da CLT.

g) Pagamento das verbas rescisórias na audiência inaugural, sob pena da aplicação da multa de que trata o art. 467, da CLT.

h) A assistência judiciária gratuita, conforme lei, eis que a reclamante é pessoa pobre, e não tem condições de arcar com as despesas sem que lhe traga prejuízo para seu sustento e de sua família.

i) Pagamento de honorários assistenciais de 15% sobre o valor bruto da condenação. j) Juros e correção monetária dos débitos.

Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada, oitiva de testemunhas e juntada de documentos, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis.

Dá-se à causa, provisoriamente, o valor de R$ 20.000,00 (Vinte mil reais). Nesses termos,

Pede deferimento.

Panambi/RS, 2 de março de 2009 Procurador da Reclamante.

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