(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Tospovirus
Tomato chlorotic spot virus (TCSV); virus da mancha clorótica do tomate Tomato spotted wilt virus (TSWV)
TCSV e TSWV encontrados em amostra de comigo-ninguem-pode sem especificações de sintomas (1). Em plantas com manchas e anéis e faixa clorótica de nervuras foi detectado TCSV identificado por ensaios moleculares (2) com análises filogenéticas (3).
Ref.: (1) Galleti, S.R. et al. Vius Rev. Res. 5: 197. 2000; (2) Rivas, E.R. et al. Fitopatol.Bras. 26: 515. 2001. (3) Rivas, E.B. et al. Arq.Inst.Biol. 70:615. 2003.
Potyvirus
Dasheen mosaic virus (DsMV); vírus do mosaico do taro
DsMV foi detectado por sorologia em plantios comerciais de Diffenbacchia sp. no Est.S.Paulo, com sintomas de mosaico, faixas das nervuras e anéis cloróticos (1, 2). Em D. amoena com manchas cloróticas e anéis concêntricos com contorno avermelhado, foram detectadas, por microscopia eletrônica, partículas alongado- flexuosas semelhantes a potyviridae (2).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Summa Phytopathol. 24: 71. 1998, (2) Rivas, E.B. et al. Arq. Inst.Biol. 70: 615-619. 2003
Tobamovirus
Tobacco mosaic virus (TMV); vírus do mosaico do fumo
Em D. picta foi detectado um tobamovirus associado a manchas e anéis cloróticos. Testes biológicos, sorológicos e moleculares mostraram tratar-se de um isolado de TMV (1).
Digitaria decumbens Stent (Capim Pangola) Poaceae Fijivirus
Pangola stunt virus (PaSV); vírus do nanismo do capim Pangola
Foi constatado no Est.S.Paulo plantas de capim Pangola com nanismo e avermelhamento das folhas. A condição foi transmitida por cigarrinhas. Partículas isométricas de ca. 70 nm em diâmetro foram detectadas em suspensões de folhas de plantas afetadas; elas foram observadas no parênquima do floema juntamente com viroplasmas no citoplasma (1). Verificou-se sua transmissão pela cigarrinha do gênero Sogata (2).
Ref.: (1) Kitajima, E.W. & Costa,A.S. Proc.7th Int.Cong.Electron Microscopy (Grenoble, Fr) p.131. 1970; (2) Costa, A.S. & Kitajima, E.W. Fitopatologia (Lima) 9: 48. 1974.
Digitaria sanguinalis (L) Scop. (Capim-colchão) Poaceae Potyvirus
Potyvirus não identificado
Foi constatada a ocorrência de um possível Potyvirus em capim-colchão no Est. S. Paulo. O vírus infetou hospedeiras experimentais inoculadas (Gomphrena globosa e Chenopodium amaranticolor) após inoculação com extratos de capim colchão sintomática (1).
Ref.: (1) Vega, J. et al. Summa Phytopathol. 7: 7. 1981.
Dioscorea spp. (Inhame)* Dioscoreaceae (revisto por Paulo E. Meissner Fo.)
Badnavirus
Dioscorea bacilliform virus (DBV); vírus baciliforme de Dioscorea
Detectado por microscopia eletrônica em amostra procedente do SE (1). Ocorrência relatada em PE, PB (2), AL (3). Há um relato de possível ocorrência de DBV na BA (4).
Ref.: (1) Boari, A.J. et al. Summa Phytopathol. 31: 35. 2005. (2) Paula, DF et al. Vírus Ver&Res 11(supl): 189. 2006.(3) Lima, JS et al. Vírus Ver&Res 15(supl)185.2010; (4) Costa, D.P. et al.XVII Enc.Nac.Metodologia e Gestão de Lab. Da Embrapa. 2013.
Curtovirus
Beet curly top virus (BCTV); vírus do broto crespo da beterraba
Um possível isolado do BCTV foi detectado molecularmente em amostras de inhame coletado em AL, PE e PB Não informações sobre suas propriedades biológicas (1).
Ref.: (1) Lima, J.S. et al. Trop.Plt.Pathol. 38(supl.): 197. 2013. Potyvirus
Yam mild mosaic virus (YMMV); vírus do mosaico suave do inhame
YMMV foi detectado em plantas de inhame São Tomé (D. alata) de Itapissum, PE, com sintomas de mosaico (1). O vírus também foi detectado em inhame, na PB (2). Análises moleculares indicam que estes isolados estão relacionados com aqueles de Guadelupe (3) e seu genoma foi inteiramente sequenciado (4).
Ref.: (1) Andrade, GP et al. Fitopatol.Bras. 31: S344. 2006. (2) Andrade,GP et al.
Fitopatol.Bras. 32 (supl): 322. 2007; (3) Andrade, GP et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl) CDRom 2011; (4) Rabelo Fo., F.A.C. et al. Arch.Virol. 158: 515. 2013.
Yam mosaic virus (YMV); vírus do mosaico do inhame
Foram encontradas plantas de inhame cvs. Yam Giboia e Maresby, procedentes da coleção de germoplasma da Embrapa/ Mandioca e Fruticultura, e multiplicadas na Embrapa/Hortaliças, DF, para adaptação, alta incidência de mosaico. Partículas do tipo potyvirus foram encontradas em extratos de plantas e em secções, inclusões lamelares
típicas de potyvirus. O vírus foi transmitido mecanicamente para plantas de cara sadias (1). Foi também constatado em SE um caso de possível infecção pelo YMV (2). Detecção e identificação do YMV foram feitas em PE , AL (3), PB (4), BA (5).
Ref.: (1) de Ávila, A.C. et al. Fitopatol.Bras. 7: 447. 1982; (2) Boari, A.J. et al. Summa Phytopathol. 31: 35. 2005; (3) Pio-Ribeiro, G. et al. Fitopatol.Bras. 31 (supl):S309. 2006; (4) Andrade,GP et al. Fitopatol.Bras. 32 (supl): 322. 2007; (5) Costa, D.P. et al.XVII Enc.Nac.Metodologia e Gestão de Lab. Da Embrapa. 2013.
*Segundo proposta aprovada durante o I Simp. De Inhame e Cará (Venda Nova, ES) em 2001, deve-se usar em publicações formais, o termo “inhame” para Dioscorea, e “taro” para Colocasia (Pedralli, G. et al. Hort.Bras. 20 (4): 530. 2002).
Dracaena marginata Lam. (Dracena-de-Madagascar) Dracaenaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cilevirus
Cilevirus não identificado
Plantas de dracena-de-Madagascar, com folhas senescentes exibindo manchas verdes, associadas à infestação com ácaros Brevipalpus, foram encontradas em Piracicaba, SP. Exames ao microscópio eletrônico indicaram a presença de partículas baciliformes curtas e viroplasma no citoplasma, típicas da infecção por vírus transmitido por Brevipalpus do tipo citoplasmático (1).
Ref.: (1) Nogueira, N.L. et al. Fitopatol. Bras. 29: S234. 2004.
E
Emilia sagittata DC (Falsa-serralha) Asteraceae Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
TSWV infetando naturalmente a falsa-serralha foi constatado em S.Paulo, SP. A identificação foi feita por ensaios biológicos e sorologia (1).
Ref.: (1) Colariccio, A. et al. Fitopatol. Bras. 21: 423. 1996.
Emilia sonchifolia (L) DC (Serralhinha) Asteraceae Potyvirus
Potato virus Y (PVY); vírus Y da batata
Infecção natural pelo PVY, sem menção da sintomatologia, constatada no Est.M. Gerais (1).
Ref.: (1) Oliveira, C.D. et al. Fitipatol.Bras. 21: 427. 1996.
Erigeron bonariensis L. (Buva) Asteraceae Potyvirus
Lettuce mosaic virus (LMV); virus do mosaico da alfase
Identificação da infecção natural de E. bonariensis pelo LMV, no Est. S. Paulo, através de ensaios biológicos, sorológicos, moleculares e microscopia eletronica (1) Ref.: (1) Chaves, A.L.R. et al. Fitopatol.Bras. 28: 307. 2003.
Eruca sativa HILL (Rúcula) Brassicaceae Comovirus
Turnip ringspot virus (TuRSV); vírus da mancha anular do nabo
Um isolado do TuRSV infetando rúcula foi encontrado no PR (1). Ref. (1) Picoli, M.H.S. et al. J. Phytopathology 160: 55. 2012.
Eucharis grandiflora Planch. & Linden (Lírio-do-Amazonas) Amaryllidaceae (Revisado por Maria Amélia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV). vírus do mosaico do pepino
Plantas de lírio-do-Amazonas, com sintomas de mosaico, coletadas em SP, foram investigadas através de ensaios biológicos, microscopia eletrônica e técnicas sorológicas e moleculares. CMV e um potyvirus não identificado foram detectados (1). Estudos de genealogia mostraram que o CMV isolado a partir do lírio-do-Amazonas agrupou-se no mesmo clado dos demais isolados brasileiros (2).
Ref.: (1) Cilli, A. et al. Virus Rev. Res. 7: 151. 2002; (2) Duarte, L.M.L. et al. Tropical Plant Pathol. 33(supl.): S290. 2008.
Potyvirus
Hippeastrum mosaic virus (HiMV); vírus do mosaico do Hippeastrum
Potyvirus inicialmente não identificado foi caracterizado como sendo HiMV através de RT-PCR e seqüenciamento em SP (1).
Ref. (1): Alexandre, MAV et al. Trop.Plant Pathol. 36 (supl.) CDRom. 2011.
Eugenia uniflora L. (Pitangueira) Myrtaceae Cilevirus
Cilevirus não identificado
Pitangueira exibindo manchas cloróticas anelares nas folhas foi encontrada em Águas de S. Pedro, SP, associada à infestação com ácaros Brevipalpus. Exames ao microscçopio eletrônico revelaram a presença nas células de partículas baciliformes curtas e viroplasma no citoplasma, característico de infecção por vírus transmitido por Brevipalpus, do tipo citoplasmático (1).
Ref.: (1) Nogueira, N.L. & Rossi, M.L. Summa Phytopathol. 30: 111. 2004.
Euphorbia heterophyla L (=E. prunifolia Jacq.), (Amendoim bravo, Leiteiro)
Euphorbiaceae
Begomovirus
Euphorbia mosaic virus (EMV); vírus do mosaico da Euphorbia
Mosaico dourado nesta invasora é comum em todo território brasileiro. Descrito inicialente em SP. É causado por um begomovirus, transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci. É transmissível mecanicamente para algumas plantas-teste. Eventualmente pode infectar naturalmente outras espécies (1,2). Há informações moleculares sobre um isolado do Brasil Central (DF) que poderia ser uma nova espécie de Begomovirus, mas não se acha caracterizado biologicamente (3). O sequenciamento completo dos isolados citados em (3) mostrou identidade de 87,3% com um isolado de EuMV do Perú e assim considerados nova espécie que foi designado de mosaico amarelo de Euphorbia (Euphorbia yellow mosaic virus- EuYMV). Logrou-se infectar algumas plantas testes por métodos biobalísticos (4).
Ref.: (1) Costa, A.S. & Bennett, C.W. Phytopathology 40: 266. 1950; (2) Costa, A.S. & Carvalho, A.M.B. Phytopathol. Zeit. 38: 129. 1960; (3) Rocha, W.B. et al. Fitopatol.Bras. 29: S148. 2004; (4) Fernandes, F.R. et al. Arch.Virol. 156: 2063. 2011.
Euphorbia splendens Boyer (coroa-de-Cristo) Euphorbiaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Ilarvirus
Ilarvirus não identificado
Coroa-de-cristo, apresentando mosaico clorótico em desenho e anéis necróticos, foi encontrada em SP e submetida a testes biológicos, sorológicos e microscopia eletrônica e de luz. Propriedades “in vitro” também foram determinadas, concluindo-se estar infectada por uma espécie de Ilarvirus (1).
Eustoma grandiflorum (Raf.) Shinners (Lisianto) Gentianaceae
(revisado por Maria Amelia V. Alexandre)
Cucumovirus
Cucumber mosaic virus (CMV); vírus do mosaico do pepino
Plantas apresentando bolhosidades, riscas necróticas nas folhas e superbrotamento mostraram-se estar infectados por um isolado do CMV, em SP. O vírus foi identificado por ensaios biológicos, sorologia e microscopia eletrônica (1, 2). Ref.: (1) Borsari, P.L. et al. Fitopatol.Bras. 22: 332. 1997 (2) Alexandre, M.A.V. & Duarte, L.M.L.(Ed.) Plantas ornamentais: Doenças e Pragas. 319pp. 2008.
Ilarvirus
Tobacco streak virus (TSV); vírus da necrose branca do fumo
Sintomas de manchas anelares cloróticas e necróticas nas folhas, flores menores e morte precece em plantas de lisiantus foram descritos em plantios comerciais no Est. S.Paulo, tendo sido associado a um ilarvirus (1), identificado como TSV, através de ensaios biológicos, microscopia eletrônica e sorologia (2).
Ref.: (1) Rivas, E.B. et al. Fitopatol. Bras. 19:311. 1994; (2) Freitas, J.C. et al. Fitopatol. Bras. 21(supl.): 425. 1996.
Tospovirus
Tomato spotted wilt virus (TSWV)
Lisiantus com manchas necróticas e nanismo, mostraram estar infectados por um isolado do TSWV, através de ensaios biológicos, sorológicos e microscopia eletronica (1).
Ref.: (1) Freitas, J.C. et al. Fitopatol. Bras. 21(supl.): 425. 1996.
Tobravirus
Pepper ringspot virus (PepRSV); virus do anel do pimentão
Plantas de lisiantus com mosaico, desenhos necróticos foliares e quebra de coloração nas flores foram encontradas em plantio comercial em Jundiaí, SP. Ensaios biológicos, sorológicos e de microscopia eletrônica identificaram o agente causal como o PepRSV (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Res. VII Enc.Nac.Virol.: 282. 1996.
Chrysantemum stem necrosis virus (CSNV); vírus da necrose da haste do crisântemo Groundnut ringspot virus (GRSV); vírus da mancha anular do amendoim
Plantas de lisiantus com sintomas de mosaico clorótico, deformação foliar e aneis necróticos procedentes de Atibaia, SP, estavam duplamente infectadas pelo GRSV e CSNV (1).
Ref.: (1) Alexandre, M.A.V. et al. Summa Phytopathol. 25: 353. 1999
F
Fevillea trilobata L. (Nhandiroba), Cucurbitaceae Potyvirus
Zucchni Bellow mosaic virus (ZYMV), vírus do mosaico amarelo da abobrinha zucchini
Foram encontrdas plantas de nhandiroba de uma coleção de germoplasma da Embrapa Hortaliças. Ensaios biológicos, morfológicos, sorológicos e moleculares identificaram o agente causal como um isolado do ZYMV (1).
Ficus carica L. (Figueira) Moraceae Emaravirus
Fig mosaic virus (FMV); vírus do mosaico da figueira
Sintomas de mosaico em folhas de figueira, transmissível por ácaros eriofiídeos [Aceria fícus (Cotte)] e enxertia foram observados no Est. S. Paulo provavelmente causados pelo FMV (1,2). Não se constatou perda qualitativa ou quantitativa na produtividade em plantas sintomaticas (3).
Ref.: (1) Zaksveskas, M.L.R. Fitopatologia (Lima) 8: 21a; 21b. 1973; (2) Zaksveskas, M.L.R. & Costa, A.S. Fitopatologia (Lima) 9: 74. 1974; (3) 10: 65. 1975.