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4. Preparação para os Jogos Olímpicos

4.2. Planeamento da competição

Depois de analisar a carta olímpica, a primeira tarefa solicitada pelo treinador principal foi o planeamento anual da equipa. A sua elaboração tem como finalidade situar e concretizar o programa de ensino no local e nas pessoas envolvidas. Assim, tal como refere Bento (2003), é possível afirmar que a elaboração do PA constitui o primeiro passo do planeamento e preparação do ensino, na medida em que engloba uma análise das condições locais, pessoais e materiais.

Após ser confrontada com a tarefa de realizar o plano anual de equipa, decidi reunir com a minha equipa técnica, no sentido de perceber o que aquele deveria conter. Desta reunião surgiram vários pontos de partida: análise dos objetivos do programa e planificação local do 12º ano (PNEF), estudo do calendário de jogos (calendário escolar), determinação dos objetivos e análise do espaço de treinos (roulement).

Com base na análise dos programas e planificação local do 12º ano, a equipa técnica, tendo por base as indicações dos PNEF, optou por escolher as modalidades com base nas preferências dos atletas. Assim sendo, por indicação do treinador principal, escolhemos realizar uma prática distribuída das diferentes matérias, dividindo a competição em dois momentos. Esta divisão serviu para escolher quais as modalidades que iriam ser abordadas nos diferentes momentos e as que iriam ter maior impacto numa determinada fase.

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Em seguimento, e tendo por base o referido por Bento (2003, p.68), surgiram as seguintes questões: “Se neste ano letivo quero alcançar estes

objetivos, que função e que valor têm as diferentes unidades temáticas?”

Quantos treinos (aulas) preciso para cada modalidade? Segundo o mesmo autor “a distribuição e ordenamento de horas e de matérias constituem o esqueleto do

plano anual” (p.71). Desta forma, a distribuição dos treinos teve em conta os

conteúdos que tinha de lecionar, bem como a complexidade de cada modalidade. Assim, tal como advoga Bento (2003, p.71), “a concretização da

matéria implica o seu ordenamento e sequência, determinados por uma relação ajustada entre volume e o grau de dificuldade, por um lado, e o tempo, os objetivos essenciais, o nível e as condições de ensino por outro”.

Posteriormente, também é necessário verificar quantas horas estão realmente à disposição durante as olimpíadas (ano escolar). “Neste contexto

podem e devem ser já marcados os “pontos altos” no decurso da competição.”

(Bento, 2003, p.67), tais como datas de provas/competição (avaliação), festas e convívios desportivos. Desta forma, considerei importante analisar o calendário de jogos, de forma a contabilizar o número de treinos que a equipa teria em cada fase de competição (períodos) e também as fases de paragem para férias, atividades da equipa e feriados.

Simultaneamente, através do roulement, procurei analisar o espaço de treino que teria à disposição e quantas equipas iriam treinar em simultâneo. Este espaço é pré-definido no início da competição, sendo que as equipas trocam de espaço de treinos de três em três semanas. De salientar que o campo exterior não conta para os termos de rotatividade dos espaços, pelo que foi necessário ter em atenção o sistema de prioridades: a equipa que estava no espaço do meio tinha prioridade para utilizar o campo exterior.

Estes pontos de partida permitiram-me iniciar o processo de organização da competição, contudo foram vários os rascunhos realizados. O facto de nunca ter realizado um planeamento anual com as matérias distribuídas fez com que sentisse algumas dificuldades no início do processo. Em conversa com o treinador principal, este esclareceu-me acerca da importância de ter em

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consideração o roulement e os espaços disponíveis, pelo que optei por distribuir as matérias tendo em conta estes fatores.

Quanto à cultura desportiva, ficou definido que, com base no PNEF, tanto nos jogos desportivos coletivos como nas modalidades individuais, os atletas teriam de conhecer e aplicar as regras do jogo, bem como as ações técnicas e táticas de cada modalidade. Desta forma, optámos por realizar, no início de cada modalidade, uma pequena apresentação, que contemplava as regras e os conteúdos que iriam ser lecionados.

Relativamente à elevação e manutenção da condição física (CF), ficou definido que esta iria ser contemplada ao longo de toda a competição, com maior ênfase na 1º fase (1º período). O objetivo principal do processo era elevar o nível funcional das capacidades condicionais, sendo que também procurei desenvolver o conhecimento dos atletas relativo aos pressupostos inerentes à melhoria e manutenção da aptidão física.

No que concerne aos conceitos psicossociais e tendo em conta as características da equipa, os valores definidos foram a superação, a autonomia, a responsabilidade, a liderança, a cooperação e o espírito de equipa. A equipa apresentava dificuldades a nível de relacionamento, pelo que era importante trabalhar alguns aspetos como a cooperação e o espírito de equipa. Por outro lado, dado o número reduzido de atletas na equipa, era possível realizar tarefas diferentes que potenciassem a autonomia, responsabilidade e liderança dos atletas.

Ao contrário da condição física, dei maior relevância aos conceitos psicossociais nas 2º e 3º fase da competição (2º e 3º período), criando dinâmicas e exercícios que potenciassem os diferentes conceitos.

Em suma, na planificação anual ficaram definidas as modalidades que iriam ser abordadas ao longo da época, o número de aulas para cada uma e os momentos de prova/competição (avaliação). Contemplou ainda os objetivos referentes à cultura desportiva, conceitos psicossociais e condição física (Quadro 2).

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Quadro 2. Planeamento Anual

Modalidades Número de aulas Período

Badminton 12 1º e 2º períodos Futebol 12 Todo o ano Andebol 11 Basquetebol 14 Acrobática 9 2º e 3º períodos Condição física

Desenvolvimento e manutenção da condição física – capacidades condicionais: ✓ Resistência direta e indireta

✓ Força ✓ Flexibilidade

Conceitos psicossociais e aquisição da cultura desportiva Conhecimento:

✓ Conhecer e aplicar as regras do jogo.

✓ Conhecer e aplicar as ações técnicas e táticas de cada modalidade ✓ Conhecer e compreender a importância do trabalho de condição física. ✓ Conhecer e aplicar autonomamente trabalho de condição física.

Aspetos psicossociais de maior incidência:

✓ Autonomia – gestão do aquecimento por parte dos alunos ✓ Superação

✓ Responsabilidade ✓ Liderança

✓ Cooperação ✓ Espírito de equipa

Aspetos constantes em todas as aulas: ✓ Cumprimento das regras

Contudo, como refere Bento (2003, p.16), “o ensino é criado duas vezes:

primeiro na conceção e depois na realidade”. Desta forma, o plano anual não

pode ser encarado como algo estanque. Ao longo dos Jogos Olímpicos, foi necessário alterar algumas vezes o plano anual, principalmente as modalidades abordadas em cada treino, devido a questões climatéricas e espaços de treino.

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Assim, no processo real de competição, existe o inesperado, uma vez que este tem mais particularidades do que aquelas que podem ser contempladas no seu planeamento e preparação (Bento, 2003, p.16).

Em reunião com a equipa técnica e por estímulo do treinador principal, foi elaborado um plano anual de condição física (Quadro 3). Ficou definido que o processo de desenvolvimento e manutenção da condição física seria realizado de forma gradual e com crescente dificuldade, dando maior foco às capacidades condicionais: força, flexibilidade e resistência.

Quadro 3. Plano Anual de Condição Física

Da mesma forma que aconteceu relativo à condição física, também foi sugerida à equipa técnica a realização de um plano dos conceitos psicossociais (Quadro 4). O plano foi estruturado de forma a satisfazer dois aspetos: pequena descrição das capacidades que iriam ser desenvolvidas ao longo da competição e as estratégias para as incorporar nos treinos e competições.

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Quadro 4. Conceitos Psicossociais

Conceitos psicossociais Estratégias

Responsabilidade:

Obrigação de responder por atos próprios, alheios ou por uma coisa confiada.

Tarefas organizativas: • Arrumar o material; • Montagem de campos. Atribuição de tarefas pedagógicas:

• Condição física – capitão; • Feedbacks entre pares Função de arbitragem.

Autonomia:

Condição ou qualidade de independência.

Poder de escolha:

• Escolher exercícios para o momento de CF ou flexibilidade (de forma supervisionada e guiada – por exemplo: 1 exercício de MI);

• Escolher as equipas. Função de treinador.

Utilização do espaço fitness com controlo do professor à distância.

Liderança:

Função de comando e orientação.

Capitão (principalmente nos atletas/alunos com atestado).

Treinador.

Espírito de equipa:

Sentimento de união partilhado pelos elementos de um grupo.

Estafetas.

Jogos desportivos coletivos.

Cooperação:

Ato de colaborar para a realização de um projeto comum ou para o desenvolvimento de um campo de conhecimento.

Junção de alunos com níveis distintos: • Pares: um rapaz e uma rapariga. Ajudas em ginástica.

Exercícios de flexibilidade a pares.

Superação:

Ato ou efeito de superar – Passar além de.

Exercícios com critérios de êxito: • Ao longo do treino (aula) • Ao longo da Unidade.

Condição física com mínimo e máximo.

Em síntese, é importante mencionar que o plano anual foi alterado ao longo da competição. Estas alterações ocorreram devido a constrangimentos no espaço de treinos, situações climatéricas e eventos circunstanciais. Ao longo da

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Olimpíada também foi sujeito a um maior investimento, onde a equipa técnica procurou especificar e melhorar as várias categorias transdisciplinares.

Mesociclo

No treino, o mesociclo é definido como a etapa mais extensa no período de treinos, que tem como principal objetivo ensinar os conteúdos que correspondem a uma etapa de preparação da equipa. No ensino, o mesociclo é denominado de Unidade Didática. Em conformidade, esta é definida como um conjunto de aulas correspondentes a uma determinada modalidade, em que o principal objetivo é lecionar os diferentes conteúdos.

Como Bento refere (2003, p.75), “as unidades temáticas ou didáticas, ou

ainda de matéria, são partes essenciais do programa de uma disciplina. Constituem unidades fundamentais e integrais do processo pedagógico e apresentam aos professores e alunos etapas claras e bem distintas de ensino e aprendizagem”.

Ao longo desta competição foram elaboradas seis unidades didáticas, recorrendo ao modelo de estrutura de conhecimento (MEC) proposto por Vickers em 1990. Este modelo pretende ligar o conhecimento acerca de uma matéria com as metodologias e estratégias de ensino, servindo como um guia na ação do treinador (professor) (Vickers, 1990).

Antes da elaboração das UD’s, o treinador principal reuniu com a equipa técnica e explicou como deveriam ser realizadas. Mostrou-nos uma maneira diferente de realizar as UD’s, substituindo as funções didáticas (introdução, exercitação e consolidação) por informações que nos ajudassem no processo de ensino-aprendizagem. O TP sugeriu ainda que em cada treino fosse esclarecido como iríamos abordar determinado conteúdo, realizando uma divisão da equipa por géneros, caso fosse necessário.

Admito que algumas UD’s foram mais trabalhosas, não só pela falta de experiência, mas também pela forma como o TP solicitou que fossem estruturadas. Como o treinador principal declarava muitas vezes: “As unidades

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didáticas têm de nos ajudar, se não ajudarem não servem para nada”. Assim, como refere Bento (2003, p.78), “um planeamento adequado de unidades

temáticas tem que ser algo mais do que a distribuição da matéria pelas diversas aulas, tem que ser a base para uma elevada qualidade e eficácia do processo real de ensino”.

Da mesma forma que o plano anual, as UD’s não podem ser encaradas como um documento fechado, sendo passíveis de alterações e reajustes, sempre que as circunstâncias, fruto do desempenho e prestação dos atletas ou por fatores imprevisíveis, assim o exijam. Desta forma, em vários momentos foi necessário reformular as UD’s, não só por ter perdido alguns treinos, mas também porque em algumas modalidades os atletas não estavam a aprender os conteúdos conforme tinha prognosticado:

“Sinto que na construção de algumas unidades didáticas fui um pouco “ambiciosa” no que diz respeito aos conteúdos. Deparo-me com este problema essencialmente na modalidade de basquetebol, em que os alunos estão a ter dificuldades em reter e adquirir conteúdos básicos, como o enquadramento com o cesto. Por este motivo, os alunos têm muitas dificuldades na construção do jogo e na aquisição de novos conteúdos. Assim, é necessário reestruturar a UD de Basquetebol, no sentido de ajustar os conteúdos ao desempenho dos alunos, potenciando o processo de ensino-aprendizagem.”

(Reflexão da UD de Basquetebol, 5 de dezembro de 2018)

Como já referi, para conseguir elaborar as unidades didáticas segui o MEC, constituído por três fases: análise, decisão e aplicação.

A fase da análise engloba a estrutura do conhecimento (módulo 1), onde foram analisadas as modalidades e identificadas as categorias transdisciplinares (habilidades motoras, cultura desportiva, condição física e fisiológica e conceitos psicossociais); na análise das condições de aprendizagem foquei-me nos espaços, equipamento disponível e aspetos de segurança (módulo 2); por último, na análise dos atletas optei por realizar uma avaliação diagnóstica (AD) no início

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de cada modalidade, com o intuito de conhecer os níveis de desempenho de cada atleta (módulo 3).

Na segunda fase (decisão), tendo por base a análise realizada anteriormente, foi determinada a extensão e sequência dos conteúdos da matéria de ensino (módulo 4) e delineados os principais objetivos de aprendizagem, focando nas quatro categorias transdisciplinares (módulo 5).

Na primeira visita da diretora de equipa (PO), esta sugeriu algumas alterações nas unidades didáticas, nomeadamente que fosse mais além no processo de planeamento, realizando-o o mais completo possível. Como já referi, o facto de estar a elaborar uma unidade didática diferente tornou este processo mais demorado e com algumas dúvidas. Sem dúvida que a ajuda da equipa técnica e troca de ideias foram fundamentais no processo de planeamento das UD’s.

Ainda nesta fase, foi definido o modo de avaliação formativa (AF) e sumativa (AS) (módulo 6). Inicialmente não compreendi a importância deste módulo, contudo cedo entendi que a elaboração dos protocolos de avaliação no início da unidade didática permitia que o foco dos treinos se dirigisse essencialmente para o que seria avaliado. No módulo 7 foram elaboradas as progressões de ensino, tendo em conta todas as informações analisadas anteriormente. Estas progressões permitem que os atletas possam alcançar os objetivos definidos para cada unidade didática.

A última fase, da aplicação (módulo 8), englobou toda a planificação dos treinos. A maior dificuldade sentida foi na organização das informações relevantes de todos os módulos para estruturar a UD. Como questiona Bento (2003, p.80), “como realizar na prática aquilo que aceitamos na teoria?”. Foram vários os esboços realizados no sentido de elaborar uma unidade didática o mais completa e clara possível, tendo como objetivo principal a aprendizagem do atleta.

Atualmente, sem dúvida que um dos maiores desafios que um treinador (professor) encontra é promover de forma consistente a evolução dos seus atletas (Guilherme, 2015). Para que isto aconteça, é essencial elaborar UD’s o

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mais pormenorizadas possível, contemplando os objetivos de forma crescente e ajustando os métodos aos objetivos, aos conteúdos e condições (Bento, 2003). Contudo, como refere Pacheco (2007, p.103), “por mais complexo que seja todo

o modelo didático, é sempre provisório”.

As dificuldades sentidas no processo de planeamento e todas as reflexões sobre o mesmo permitem-me concluir que este não pode nem deve ser um documento fechado. Só este processo de reflexão sobre o planeamento permite ao treinador garantir a eficácia e a melhoria dos seus treinos. Neste sentido, “para um ensino eficiente são necessárias reflexões estratégicas, balizadoras da

ação durante todo um ano escolar” (Bento, 2003, p.66).

“Após as primeiras aulas de badminton, considero que a UD está um pouco desajustada. Nas duas primeiras aulas apenas abordei o serviço curto e longo, sendo que poderia ter introduzido logo na segunda aula um batimento (exemplo: clear). (…) Realizarei uma restruturação da unidade didática em questão, no sentido de potenciar o processo de ensino- aprendizagem.”

(Reflexão UD de Badminton, 24 de outrubro de 2018)

Microciclo

Tal como o treino, as aulas devem ser encaradas como um momento de aprendizagem. Contudo, muito mais do que a aptidão física, o professor “deve

contribuir para que a aula se ligue à vida, para que as potencialidades dos conteúdos da aula sejam utilizadas para a educação social e moral, para a autonomia, para a consciência de responsabilidade, para a criatividade, enfim, para a educação de qualidades da personalidade tão importantes no nosso tempo” (Bento, 2003, p.104).

Após a elaboração do macrociclo (planeamento anual) e do mesociclo (unidades didáticas), o treinador principal atribuiu-me a tarefa de construir um plano de treino. Esta tarefa revelou-se desafiante e estimuladora face à pouca experiência que tinha. Como refere (Bento (2003, p.102), “antes de entrar na

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imagem estruturada”. Assim, o plano de treino deve ser o mais preciso e

completo possível, funcionando como um guia no processo de ensino- aprendizagem.

Ao longo da olimpíada, o plano de treino foi sofrendo algumas alterações, no sentido de o tornar mais útil e completo. Numa fase embrionária, o plano contemplava no cabeçalho (figura 3) a data, hora, equipa (turma), duração, local, a modalidade, o número de atletas, o número do treino, o material necessário, a função didática e o objetivo da aula.

Relativamente ao corpo do plano de treino (figura 4), este foi dividido em três partes. Como refere Bento (2003), todas as formas de ensino ou de exercitação em desporto estruturam-se em três partes: parte preparatória, parte inicial e parte final. Esta separação serviu para me auxiliar, funcionando como uma ligação entre tempo e matéria, contudo não deve ser vista como uma norma, uma vez que “a apresentação do esquema tripartido deve ser entendida como

uma das propostas possíveis de construção de uma aula” (Bento, 2003, p.152).

De forma intrínseca, o corpo do plano contemplava ainda o tempo previsto para cada exercício, os objetivos específicos, as situações de aprendizagem e as componentes críticas. Foram estas as categorias escolhidas pela equipa técnica de forma a tornar o plano de treino o mais claro e completo possível. O plano de treino deve ser realizado o mais complexo possível, contemplando diversas opções que permitam ao treinador ajustar o treino consoante o momento.

Na primeira reunião da equipa técnica com a diretora, o plano de treino foi sujeito a algumas alterações. O cabeçalho não sofreu mudanças, contudo a diretora sugeriu que o objetivo do treino (aula) fosse estruturado de forma mais específica e focando os aspetos cruciais do treino. Quanto ao corpo do plano, este foi sujeito a algumas modificações, como a alteração da nomenclatura dos objetivos específicos para objetivos comportamentais, com a junção dos conteúdos.

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Figura 3. Cabeçalho do Plano de Treino

Figura 4. Corpo do Plano de Treino

No início da olimpíada, o treinador principal não estabeleceu um prazo para a entrega dos planos de treino, no entanto, numa fase inicial, a equipa técnica reunia-se antes dos treinos e discutia sobre as estratégias de ensino adotadas. O facto de não ter de entregar o plano antecipadamente levou-me a inicialmente adiar esse elemento para o final, mas gradualmente acabei por alterar este comportamento. Optei por realizar os planos de treino no início da semana, para que, posteriormente, tivesse tempo para os alterar e/ou apresentar ao treinador principal, de forma a que pudesse sugerir alterações ou melhorias nos mesmos.

Em síntese, como refere Bento (2003, p.106), “o resultado de uma aula

depende preponderantemente da qualidade da sua preparação”. Não obstante,

os treinos estão sujeitos a uma grande imprevisibilidade e constrangimentos, que obrigam muitas vezes o treinador a reajustar tudo que tinha planeado. Assim, torna-se importante a realização de um plano de treino completo e que nos seja útil no processo de ensino-aprendizagem.

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